0178/2017 - Problemas associados ao binge drinking entre estudantes das capitais brasileiras
Problems related to binge drinking among studentsBrazilian’s state capitals
Autor:
• Karla Gomes - Gomes, Karla - Universidade Federal de Sao Paulo Escola Paulista de Medicina - <karla_gomes01@hotmail.com>Coautor(es):
• Ana Regina Noto Faria - Faria, A.R.N - Universidade Federal de São Paulo, NEPSIS - <anareginanoto@gmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2622-6668
• Elaine Lucas dos Santos - Santos, Elaine Lucas dos - Universidade Federal de Sao Paulo, NEPSIS - <elaine_ls@hotmail.com>
• André Bedendo - Bedendo, A. - São Paulo, SP - Universidade Federal de Sao Paulo, NEPSIS - <andrebedendo@gmail.com>
• Tatiana de Castro Amato - Amato, T.C - Universidade Federal de Sao Paulo, NEPSIS - <tatiamato@yahoo.com.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1860-1010
Área Temática:
Saúde da Criança e do AdolescenteResumo:
Objetivo: Descrever e estimar a chance de problemas entre adolescentes que referiram consumo binge drinking comparados aos que referiram ter consumido álcool sem binge drinking.Método: Participaram 10.666 estudantes de ensino médio de escolas públicas e privadas das 27 capitais brasileiras (14 a 18 anos), que declararam uso de álcool ao menos uma vez nos 12 meses anteriores à pesquisa. A chance de ocorrerem problemas devido ao consumo foi estimada por regressão logística ordinal.
Resultados: Metade dos estudantes relatou binge drinking e 33,1% relatou ter vivido pelo menos um problema em decorrência do seu uso. O binge drinking no ano (aOR=4,7; IC:3,9-5,7) e mês (aOR=4,4; IC: 3,6-5,4) foi associado à maior chance de relato de problemas. Os problemas com maior chance de ocorrer foram: ir para a escola ou trabalho embriagado (aOR=6,5; IC:3,6-11,9); prática de relação sexual sem preservativo (aOR=5,0; IC:3,7-6,8); e entrar em brigas (aOR=4,5; IC:3,2-6,3).
Conclusão: Adolescentes que praticam binge drinking estão mais expostos a problemas decorrentes de seu consumo do que aqueles que beberam em menor quantidade. Sugere-se que programas preventivos sobre álcool considerem os problemas mais prevalentes e padrões de uso mais arriscados, ampliando a dicotomia consumo versus não consumo.
Palavras-chave:
AdolescentesBingeBeber Pesado EpisódicoÁlcoolComportamentos de RiscoAbstract:
Objective: To estimate the odds of problems related to adolescent’s binge-drinking compared non-binge-drinking users among Brazilian students.Methods: The sample was composed by public and private schools from all 27 Brazilians’ state capitals. Self-report questionnaires were administered high-school students aged 14 to 18. We analyzed data from the past year alcohol users (N=10666). The odds were estimated via weighted logistic regression model.
Results: Binge Drinking in the past year was mentioned by half of students and about 33% reported any alcohol related problem. Past year binge drinkers (aOR=4.7; CI: 3.9-5.7) and past month binge drinkers (aOR=4.4; CI:3.6-5.4) were more likely to have problems. The most likely problem was to go drunk to school or work (aOR:6.5; CI:3.6-11.9), to have sex without condom (aOR:5.0; CI:3.7-6.8) and fight with someone (aOR:4.5; CI:3.2-6.3). The higher the frequency of past month binge drinking by adolescents, the higher the odds of all these consequences.
Conclusions. Adolescents binge drinkers are more exposed to alcohol related problems than those who referred less alcohol use. Alcohol education programs should consider the most prevalent risk behaviors and the different patterns of alcohol use by adolescents, including a discussion beyond alcohol use versus non-alcohol use.