0072/2025 - Vacina Sim: desenvolvimento de aplicativos móveis pareados como estratégia inovadora para melhorar a adesão vacinal Vacina Sim: Development of Paired Mobile Applications as an Innovative Strategy to Improve Vaccine Adherence
Objetivo: descrever o desenvolvimento de protótipo de aplicativos móveis pareados para agentes comunitários de saúde e usuários como estratégia para aumentar a adesão vacinal. Método: trata-se de um estudo metodológico de produção tecnológica do tipo prototipagem. A construção seguiu o modelo do design centrado no ser humano, caracterizando-se por ser um processo colaborativo focalizado na pessoa para a pessoa. O desenvolvimento dos aplicativos se deu em quatro etapas. Resultados: o conteúdo técnico-científico do aplicativo foi construído de acordo com as recomendações e informações do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde do Brasil. O objetivo do protótipo desenvolvido para os agentes comunitários de saúde é auxiliar na gestão das vacinas dos usuários adscritos em suas microáreas. O aplicativo do usuário tem por objetivo emitir informações confiáveis sobre vacinas e lembretes de alertas para adesão vacinal. Os aplicativos pareados auxiliam na busca ativa de usuários com incompletude vacinal e aplicação de outras intervenções oportunas, como educação em saúde e autogestão para busca de saúde. Conclusão: o modelo construído é uma estratégia inovadora, e uma forma resiliente no intento de melhores coberturas vacinais e prevenção de agravos imunopreviníveis.
Objective: To describe the development of a prototype of paired mobile applications for community health workers and users as a strategy to increase vaccination adherence. Method: This is a methodological study of technological production using prototyping. The construction followed the human-centered design model, characterized by being a collaborative process focused on the person for the person. The development of the applications took place in four stages. Results: The technical-scientific content of the application was built according to the recommendations and informationthe National Immunization Program of the Brazilian Ministry of Health. The goal of the prototype developed for community health agents is to assist in managing the vaccines of users assigned to their microareas. The user application aims to provide reliable information about vaccines and alert reminders for vaccination adherence. The paired applications help in actively seeking users with incomplete vaccinations and applying other timely interventions, such as health education and self-management for health seeking. Conclusion: The constructed model is an innovative strategy and a resilient way to achieve better vaccination coverage and prevent vaccine-preventable diseases.
Keywords:
Mobile applications; Smartphone; Vaccines; Vaccination Coverage; Immunization.
Conteúdo:
INTRODUÇÃO
A vacinação é descrita como uma das melhores ações custo-efetivas para a prevenção das doenças imunopreviníveis. No entanto, o mundo vem vivenciando um decréscimo na cobertura vacinal global de 86% em 2019 para 81% em 2021, já sinalizando uma melhora em 2022 (84%), mas ainda com aproximadamente 14,3 milhões de crianças que não receberam qualquer vacinação – as chamadas crianças com doze zero(1-2).
Os determinantes das quedas nas coberturas vacinais são complexos e, muitas vezes, translativos e multifatoriais, com variações entre diferentes regiões geográficas e tipos de imunobiológicos, influenciados por aspectos como educação e letramento da população em saúde, confiança, complacência e conveniência(3-4). Tal cenário induziu a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, a designar a hesitação vacinal - relutância ou recusa em vacinar apesar da disponibilidade dos imunizantes - como uma das 10 ameaças mais importantes à saúde pública global(3).
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) brasileiro, instituído em 1973, é um programa renomado mundialmente por seus inúmeros avanços na imunização no Brasil, contudo vem acompanhando essa tendência mundial. O país apresentou um decréscimo nas coberturas vacinais desde o ano de 2016, com discreta melhora em 2022 e com tendência de queda no ano de 2023(5).
No Brasil, apesar das vacinas serem distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sua aplicação ser incentivada pelo Ministério da Saúde, vários fatores explicam a queda na cobertura vacinal dos últimos anos, como a ausência ou baixa percepção de risco para doenças, a infodemia de fake-news a respeito das vacinas, a falta de acesso à informação em saúde, a dificuldade de acesso às vacinas, desconfiança sobre a eficácia e segurança das vacinas, medo das reações adversas, falta de vínculo da população com as ações de vacinação, falta de tempo que os pais têm para ir às Unidades de Saúde vacinar seus filhos e a pandemia da Covid-19(1-2, 6-8).
Neste cenário, estratégias resilientes para à retomada dos ganhos em saúde pública para a prevenção de agravos imunopreviníveis, ganham notoriedade. No contexto mundial, em abril de 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), entre outros parceiros, lançaram a Agenda de Imunização 2030 (IA2030), no intuito de recuperar-se das interrupções causadas pela pandemia de Covid-19 e atingir melhores coberturas vacinais(1-2, 9).
A implementação de estratégias para aumentar a cobertura vacinal pode ser direcionada tanto para pacientes e familiares, como para sistema de saúde e profissionais. O intercâmbio de intervenções entre os dois grupos faz-se necessário para melhorar a cobertura vacinal, que abrange condições de estrutura e acesso as unidades de saúde, maior aporte tecnológico, treinamento de profissionais, educação em saúde para familiares e pacientes, busca ativa de pessoas com doses em atraso, até sistemas de lembrete. Assim, as tecnologias em saúde tem sido amplamente utilizadas como ferramentas para as estratégias educacionais e como recordatório sobre as imunizações, com impactos positivos relatados em estudos(10-11).
Neste sentido, uma tecnologia que auxilie o profissional de saúde e forneça informações fidedignas e lembretes sobre vacinas para os usuários pode intercambiar melhores resultados no que tange a otimização da adesão vacinal e melhoria de coberturas vacinais. Para tanto, o presente estudo tem por objetivo descrever o desenvolvimento de protótipo de aplicativos móveis pareados para agentes comunitários de saúde e usuários como estratégia para aumentar a adesão vacinal.
MÉTODO
Trata-se de um estudo metodológico para uma produção tecnológica do tipo prototipagem que visa a? construção de aplicativo móvel, mediante rigor científico. Teve como referência para sua elaboração as orientações técnico-científicas sobre as vacinas disponíveis do PNI do Ministério da Saúde do Brasil(12).
O desenvolvimento de software seguiu os princípios do design centrado no ser humano (HCD) abordagem metodológica que sistematiza o processo de criação de produtos, serviços e sistemas, bem como a resolução de desafios complexos que emergem como uma resposta a determinada necessidade humana, caracterizando-se por ser um processo colaborativo focalizado na pessoa para a pessoa(13). A Norma Internacional (ISO) amplia esta definição, destacando que o HCD não só aprimora a eficácia e eficiência dos procedimentos, mas também promove o bem-estar humano, a satisfação do usuário, a acessibilidade e a sustentabilidade(14). Além disso, a abordagem promete impulsionar a inovação no desenvolvimento de soluções orientadas para o usuário com o objetivo de garantir uma satisfação máxima por parte dos usuários(15).
O estudo foi desenvolvido em parceria com professora e aluna de um programa de pós-graduação em Ciências da Saúde (ambas enfermeiras), professoras do Curso de Graduação e de Técnico em Enfermagem e de orientador e orientando de um programa de pós-graduação em Modelagem Computacional e Sistemas.
Para o desenvolvimento do conteúdo dos aplicativos foram envolvidos seis profissionais da enfermagem com conhecimento sobre vacinas (sendo quatro profissionais com experiência em sala de vacinas e na Estratégia Saúde da Família e outras duas professoras de curso de graduação e pós-graduação em saúde) e dois profissionais da tecnologia da informação (um professor e orientador de curso de graduação em Sistemas de Informação e outro profissional mestrando de Programa de Modelagem Computacional e Sistemas). O trabalho aconteceu de forma transdisciplinar para contemplar o conteúdo de maneira adequada e para o desenvolvimento da tecnologia oportunizando a melhor aplicabilidade dos dispositivos.
O desenvolvimento dos aplicativos se deu em quatro etapas: a primeira foi o levantamento da real necessidade de criação de uma tecnologia para auxiliar os processos de vacinação, a segunda foi encontros estratégicos de profissionais enfermeiras e profissionais de sistemas de informação com a escolha das abordagens a serem seguidas para o desenvolvimento do aplicativo; a terceira etapa foi a implementação, e a quarta etapa foi a avaliação de uso por voluntários em diferentes modelos de aparelhos (Quadro 1).
Na primeira etapa foi realizada uma escuta ativa, através de grupos, por categoria, para que relatassem as principais necessidades de aprimoramento relacionados ao processo de vacinação.
Foram ouvidos: 5 agentes comunitários de saúde, 5 usuários e 2 enfermeiras atuantes na Estratégia Saúde da Família. Neste contexto, “usuários” refere-se às pessoas que fazem parte dos grupos específicos do PNI e/ou seus responsáveis legais.
Para os agentes comunitários de saúde e para as enfermeiras, a principal demanda foi a necessidade do aprimoramento na tarefa de monitorar o status vacinal dos usuários sob responsabilidade dos agentes comunitários de saúde, já que o formato realizado para execução dessa atividade é feito de forma manual, com o registro em formulários.
O formato atual de acompanhamento das vacinas administradas aos usuários sob a responsabilidade dos agentes comunitários de saúde, conforme relatado por esses profissionais, apresenta várias limitações. Esse processo é considerado trabalhoso, consome tempo, favorece a ocorrência de erros, o que prejudica a realização de busca ativa dentro dos prazos adequados, e é insustentável devido ao elevado consumo de materiais gráficos.
Por outro lado, entre os usuários dos serviços de vacinação, diversas dificuldades relacionadas à adesão vacinal foram identificadas, especialmente a falta de recordação sobre o histórico de vacinação, com destaque para as vacinas infantis. Essas dificuldades foram determinantes para a concepção de funcionalidades destinadas a facilitar tanto o controle quanto o lembrete das vacinas, beneficiando tanto os profissionais de saúde quanto os usuários. Com base nesse diagnóstico, considerou-se a criação de uma tecnologia – um aplicativo móvel – como uma solução prática e eficaz para melhorar o monitoramento vacinal e aumentar a adesão às campanhas de vacinação, com vistas à elevação da cobertura vacinal e à promoção da saúde coletiva.
Na segunda etapa, para garantir que o aplicativo atenda aos princípios do HCD, foram realizadas três reuniões estratégicas com profissionais das áreas de saúde e tecnologia da informação, assegurando que o desenvolvimento fosse orientado para as necessidades reais dos agentes comunitários de saúde e usuários. Cada reunião desempenhou um papel fundamental na definição e no refinamento das funcionalidades do aplicativo em desenvolvimento, permitindo que as especificidades do contexto de vacinação fossem plenamente consideradas e integradas ao projeto.
Na primeira reunião, foram abordadas as necessidades gerais e as funcionalidades essenciais do aplicativo em desenvolvimento. Esse encontro foi fundamental para delinear o escopo do projeto, identificando as principais dificuldades enfrentadas pelos agentes comunitários de saúde no acompanhamento de imunizações. Com base nessas discussões, decidiu-se criar dois aplicativos distintos: um voltado para os agentes comunitários de saúde (figura 1) e outro para os usuários (figura 2). Essa divisão permitiu que cada aplicativo fosse projetado para atender de maneira mais eficaz às demandas e desafios particulares de cada grupo, otimizando o acesso às funcionalidades e organizando as informações para maximizar a usabilidade, considerando as necessidades específicas de cada perfil.
A divisão das funções em dois aplicativos se mostrou uma decisão estratégica, pois os agentes comunitários de saúde necessitam de ferramentas específicas para registro e monitoramento de usuários, enquanto os usuários se beneficiam de notificações sobre vacinas em atraso e informações sobre o calendário vacinal. Esse modelo organizacional permitiu a criação de interfaces e fluxos de uso personalizados, adequados ao contexto de cada grupo, promovendo uma experiência de uso intuitiva e eficiente para ambos.
Na segunda reunião definiu-se que o aplicativo destinado aos agentes comunitários de saúde deveria incluir funcionalidades como o cadastro do usuário, possibilitando enviar um link para o aplicativo dos usuários via e-mail ou WhatsApp. Essa funcionalidade auxilia no registro rápido e eficiente, facilitando a adesão dos usuários ao aplicativo. Para o cadastro, o agente comunitário de saúde deverá registrar em seu aplicativo dados do usuário como: nome completo, data de nascimento, endereço, e-mail e/ou WhatsApp. Feito o cadastro pelo o agente comunitário de saúde o usuário receberá em seu e-mail e/ou WhatsApp um convite e um link para ter acesso ao aplicativo destinado a ele.
Ainda nesta reunião, a equipe concentrou-se nas funcionalidades essenciais para os aplicativos. No caso do aplicativo para uso dos agentes comunitários de saúde, foram detalhadas as necessidades específicas relacionadas ao monitoramento e acompanhamento das vacinações. Assim, o aplicativo foi projetado para incluir um registro minucioso das vacinas administradas, possibilitando um controle preciso e sempre atualizado do histórico de imunizações de cada usuário. Para o aplicativo dos usuários, foram definidas funcionalidades como o envio de notificações para alertar sobre vacinas atrasadas ou programadas para os próximos sete dias, além da opção de localizar postos de vacinação próximos e consultar o histórico de vacinação. Este histórico oferece informações completas sobre a imunização do usuário, incluindo datas, tipos de vacinas e dados confiáveis sobre vacinas específicas, além de possíveis eventos adversos.
Essa etapa foi essencial para assegurar que o projeto atendesse aos requisitos funcionais e proporcionasse uma experiência organizada e eficiente para ambos os grupos. A definição dessas funcionalidades contribuiu para antecipar o impacto prático do sistema na rotina dos agentes comunitários de saúde e dos usuários, prevendo ferramentas que facilitariam o engajamento com o calendário vacinal e aumentariam a adesão contínua à vacinação.
Na terceira reunião, o foco esteve na acessibilidade e compatibilidade dos aplicativos, visando alcançar o máximo de usuários possível. A decisão de desenvolver os aplicativos para os sistemas operacionais Android e iOS foi tomada para promover acessibilidade e garantir que ambos fossem utilizáveis, independente do tipo de dispositivo. Para isso, optou-se pela utilização do Software Development Kit (SDK) Flutter, que permite o desenvolvimento multiplataforma com uma única base de código e oferece flexibilidade para personalização de interface por meio de Widgets customizáveis.
O Flutter, mantido pelo Google, oferece um conjunto robusto de ferramentas que são compatíveis com Android e iOS, facilitando o desenvolvimento de interfaces modernas e customizáveis. Essa escolha proporcionou economia de tempo e recursos durante o desenvolvimento, além de assegurar a qualidade da experiência visual para os usuários de diferentes dispositivos.
Para a escolha das abordagens, foi adotada uma arquitetura cliente-servidor, essencial para a sincronização e armazenamento seguro das informações entre os aplicativos dos agentes comunitários de saúde e dos usuários. Essa arquitetura permite que ambos os aplicativos acessem um banco de dados centralizado, garantindo que as atualizações de vacinação sejam refletidas em tempo real e evitem redundâncias e inconsistências de dados. A comunicação entre os aplicativos e o banco de dados foi viabilizada por uma Application Programming Interface (API) desenvolvida em Node.js (versão 18.16.1), escolhida por sua capacidade de gerenciar eficientemente solicitações Hypertext Transfer Protocol (HTTP) e oferecer uma comunicação rápida e estável.
O uso de uma arquitetura cliente-servidor baseada em banco de dados Structured Query Language (SQL) também oferece uma estrutura de dados robusta, que possibilita consultas rápidas e garante segurança e integridade dos dados. Todas as conexões são protegidas com SSL (Secure Socket Layer), e medidas adicionais de segurança, como autenticação e controle de acesso, asseguram que somente os agentes comunitários de saúde, no exercício de suas funções, possam acessar as informações dos usuários.
Durante o desenvolvimento, na terceira etapa, foi utilizada uma metodologia incremental, a qual permite a implementação progressiva de funcionalidades e ajustes contínuos com base no feedback dos usuários e dos agentes comunitários de saúde. Essa abordagem permitiu que funcionalidades essenciais fossem entregues nas fases iniciais, facilitando testes e validações precoces do sistema. Além disso, durante o processo, o feedback contribuiu para aprimorar o sistema, com sugestões que foram incorporadas para melhor adaptação às necessidades dos agentes comunitários de saúde e usuários.
Simultaneamente ao desenvolvimento da API, a equipe avançou no desenvolvimento do aplicativo dos agentes comunitários de saúde utilizando o Flutter, versão 3.13.1, e a linguagem Dart (versão 3.1.0). Além das funcionalidades originalmente propostas, algumas adições significativas foram incorporadas aos aplicativos, ampliando sua utilidade e proporcionando um conjunto abrangente de recursos.
Na quarta e última etapa do desenvolvimento, ambos os aplicativos foram submetidos a testes de usabilidade em diferentes dispositivos. Os testes ocorreram em duas fases, com a primeira avaliação realizada por duas enfermeiras com experiência na Estratégia Saúde da Família, além de dois agentes comunitários de saúde e dois potenciais usuários. A escolha das enfermeiras para a avaliação inicial baseou-se na sua expertise e relevância como especialistas na análise de conteúdo relacionado à área de interesse. Após essa avaliação, foram fornecidos feedbacks e sugestões de ajustes, que foram implementados, resultando na versão final dos aplicativos. A avaliação de usabilidade considerou os seguintes aspectos: facilidade de uso, tempo de carregamento, adequação à resolução da tela, frequência de uso e relevância dos dados.
A versão final dos aplicativos foi então testada por seis agentes comunitários de saúde e quatro usuários, durante um período de dois meses, utilizando diferentes modelos de dispositivos nas plataformas Android e iOS. Após a conclusão de cada fase de avaliação, todos os dados inseridos nos processos de teste foram excluídos, garantindo a privacidade e confidencialidade das informações.
Para o tratamento de dados, o sistema foi projetado em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a segurança e privacidade das informações dos usuários. A coleta de dados com o acesso de usuários e agentes comunitários de saúde aos aplicativos é feita de forma transparente, com consentimento explícito para o uso de dados de localização e outras informações pessoais, que são armazenadas de forma segura e protegidas por criptografia de ponta a ponta. Além disso, os aplicativos permitem que os agentes comunitários de saúde acessem, corrijam e excluam dados conforme necessário, atendendo ao princípio da minimização de dados.
O processo de criação iniciou-se no mês de agosto de 2023 e a conclusão da criação dos aplicativos deu-se em novembro deste mesmo ano.
O desenvolvimento dos aplicativos está incluído nas ações do projeto de pesquisa guarda-chuva, intitulado: “Implementação da Política Nacional de Vigilância em Saúde e do Programa Nacional de Imunizações na população do município de Montes Claros/MG” e teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Estadual de Montes Claros sob parecer de nº 6.234.026.
RESULTADOS
Os aplicativos, já finalizados, foram submetidos à avaliação inicial de uso por voluntários em diferentes modelos de aparelhos. Para a avaliação da aplicabilidade dos dispositivos foram feitos testes iniciais com duas enfermeiras atuantes na Estratégia Saúde da Família (uma delas com residência na área), dois agentes comunitários de saúde e dois potenciais usuários.
Após feedback dos mesmos, foram sugeridos os seguintes ajustes: necessidade de inclusão de login no app para os agente comunitário de saúde com usuário e senha para acesso restrito; solicitado cálculo automático da idade do usuário a cada acesso feito pelo agente comunitário de saúde, para facilitar a visualização da idade atual; no app para usuários, inclusão da possibilidade de acesso com mais de um login para um mesmo usuário, contemplando situações de usuários pais/responsáveis por mais de uma criança.
No aplicativo destinado aos agentes comunitários de saúde, foi incluída a funcionalidade de geração de relatórios. Esse recurso permite que os agentes obtenham informações valiosas sobre as vacinações realizadas em um determinado intervalo de tempo. Outro recurso adicionado ao aplicativo do agente comunitário de saúde é um relatório que identifica os usuários de acordo com a idade e a possível vacina que deverá ser recebida de acordo com o calendário do PNI. Esse relatório inclui informações detalhadas, como a data em que a vacina deveria ser administrada e o endereço dos usuários. Reforça-se que o aprazamento deverá ser feito na sala de vacina, por profissional habilitado, e que o papel do agente comunitário de saúde é a busca ativa orientada pelo calendário do PNI, onde deverá conferir o aprazamento realizado no documento de registro das vacinas recebidas (caderneta de vacinação) do usuário. Além disso, o relatório destaca as vacinas que estão em atraso, fornecendo uma visão clara dos usuários que necessitam de conferência do cartão de vacinas, através da busca ativa oportuna.
No aplicativo para usuários, foi implementada a funcionalidade de login múltiplo, permitindo que responsáveis possam acompanhar o calendário vacinal de mais de uma pessoa. Essa funcionalidade foi ajustada com base nas sugestões dos usuários, reforçando o compromisso do projeto com a adaptação às necessidades reais dos usuários.
Essas adições aos aplicativos demonstram um compromisso com a eficiência e a utilidade do sistema, permitindo aos agentes de saúde gerar relatórios cruciais para a gestão e monitoramento das atividades de vacinação. Além disso, ao fornecer aos usuários informações específicas sobre as vacinas que precisam ser tomadas e as datas de administração, o aplicativo provoca para uma sensibilização para a adesão à vacinação, contribuindo para melhores coberturas vacinais.
Uma das funcionalidades mais inovadoras é o recurso de geolocalização, que facilita a localização de salas de vacinação mais próximas em tempo real. O aplicativo identifica a posição do usuário e exibe uma lista de postos/salas de vacinação próximos, organizados por distância e com informações úteis, como horário de funcionamento. Essa funcionalidade ajuda a reduzir barreiras de acesso e agiliza o deslocamento dos pacientes até os locais de vacinação.
Feitas as correções sugeridas, os softwares em fase final foram submetidos às lojas online de armazenamento e distribuição de softwares móveis: lojas de aplicativos.
Uma avaliação foi proposta aos utilizadores da versão final dos aplicativos. A indicação era avaliar a usabilidade do programa sob os aspectos: facilidade de uso, tempo de carregamento, adequação a resolução da tela, frequência de uso e relevância dos dados. Seis agentes comunitários de saúde e quatro usuários testaram os aplicativos durante dois meses, e após foram questionados sobre os itens avaliados e manifestaram experiência satisfatória. Para avaliação das funcionalidades dos apps foram feitos testes hipotéticos iniciais que se mostraram positivos para os objetivos propostos. Nesta avaliação, os agentes comunitários de saúde e usuários mostraram-se bastante satisfeitos com os softwares, fizeram avaliação positiva para os itens avaliados, sem ressalvas iniciais. Adicionalmente, os agentes comunitários de saúde sinalizaram que os aplicativos serão de extrema valia para otimização das suas atividades no que se refere à gestão das vacinas dos usuários sob sua responsabilidade.
DISCUSSÃO
Este é o primeiro protótipo de software em português construído de forma pareada entre aplicativos móveis para profissionais de saúde (ACS) e usuários que intercambia informações sobre vacinas. O uso dessa tecnologia permite aos ACS e usuários a gestão compartilhada e corresponsabilização pela administração de vacinas conforme proposto pelo PNI. O pareamento simultâneo de informações entre os aplicativos propõe ainda uma forma sustentável e de busca ativa pelos ACS, em tempo hábil, para a atualização do calendário vacinal, o que permite a organização do trabalho e favorece o desempenho resiliente frente ao cenário de baixas coberturas vacinais. As informações disponíveis no aplicativo facilitam ainda o acesso a informações de conteúdo científico em linguagem acessível sobre as vacinas contribuindo para um processo de educação em saúde de qualidade e contemporâneo.
Dispositivos móveis e suas funcionalidades já fazem parte da rotina da população e oferecem soluções ágeis para o cotidiano, e são ferramentas com um elevado potencial de uso nas áreas da saúde, da educação, do cuidado integral. Na área da saúde, especialmente da enfermagem, podem ser instrumentos valiosos para otimizar processos de promoção e prevenção à saúde, como no que se refere a imunização, com soluções impactantes do ponto de vista de políticas públicas e de sustentabilidade.
No contexto das vacinas e o uso dos aplicativos como estratégia para melhoria da adesão vacinal, em uma revisão sistemática em que foram avaliados vinte e cinco aplicativos móveis que englobavam informações sobre vacinas, opção para agendamento em unidades de vacinação e alerta para doses em atraso, concluiu-se que todos os aplicativos contribuíram para o aumento da cobertura vacinal(16).
Ademais, o envolvimento e a gestão de pacientes com doses vacinais atrasadas através do rastreamento e a busca ativa de pacientes, mostrou-se também como uma ação positiva para melhoria da cobertura vacinal(17). Paralelamente, para auxílio dos profissionais de saúde, a implementação de sistemas de apoio, através de recursos computacionais, também foi considerada uma estratégia com impacto positivo(18-19).
Complementarmente, o uso de meios que promovam o fornecimento de informações precisas sobre vacinas em comunidades e estabelecimentos de saúde deve ser integrado em todos os programas de vacinação infantil em países de baixa e média renda; acompanhado de um monitoramento robusto do impacto e uso de dados para ação(20).
Em uma revisão sistemática que avaliou intervenções efetivas para aumentar a cobertura vacinal infantil de rotina concluiu-se que ações como aprimorar os recursos humanos (como equipes de saúde com recursos adequados para expandir os serviços de imunização) e o uso de tecnologias (como sistemas de informação que incorporam lembretes diretos aos pais) são consideradas eficazes para aumentar a adesão rotineira à imunização infantil(20).
Como limitações desse estudo relata-se a ausência da validação dos aplicativos utilizando-se instrumentos que possam avaliar a sua qualidade. Para avaliação dos efeitos dos aplicativos sugere-se estudos quantitativos e prospectivos para avaliação do impacto nos resultados para adesão vacinal após a sua implementação, etapas que serão concluídas em outro momento da pesquisa guarda-chuva.
CONCLUSÃO
O modelo de protótipo de aplicativos móveis desenvolvido de forma pareada para agentes comunitários de saúde e usuários é uma proposta inovadora e uma ferramenta estratégica de resiliência para práticas de promoção da saúde e prevenção de agravos imunopreviníveis. A implementação de tecnologias móveis no campo da saúde e sua aplicação como práticas resolutivas para alcance de melhores coberturas vacinais resultam em impactos positivos para saúde pública.
Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) [APQ-04777-24]. Agradecemos à FAPEMIG pelo suporte financeiro essencial para a realização desta pesquisa.
REFERÊNCIAS
1.Immunization coverage. Who.int. World Health Organization: WHO [Internet]. 2021 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/immunization-coverage
2.United Nations International Children's Emergency Fund. UNICEF. Immunization programme. Unicef.org [Internet]. 2020 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://www.unicef.org/immunization
3. World Health Organization. Ten threats to global health in 2019. Genebra: World Health Organization; 2019. Available from: https://www.who.int/news-room/spotlight/ten-threats-to-global-health-in-2019
4. Olbrich Neto J, Olbrich SRLR. Atitudes, hesitações, preocupações e inconsistências em relação às vacinas relatadas por pais de crianças em idade pré-escolar. Rev paul pediatra. 2023;41:e2022009. https://doi.org/10.1590/1984-0462/2023/41/2022009
5.Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações- SI-PNI (BR). Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização. Datasus.gov.br [Internet]. 2020 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://pni.datasus.gov.br
6.Dong A, Meaney C, Sandhu G, De Oliveira N, Singh S, Morson N, et al. Routine childhood vaccination rates in an academic family health team before and during the first wave of the COVID-19 pandemic: a pre-post analysis of a retrospective chart review. CMAJ Open. 2022;10(1):43-9. https://doi.org/10.9778/cmajo.20210084
7.Lemos P de L, Oliveira Júnior GJ de, Souza NFC de, Silva IM da, Paula IPG de, Silva KC, et al. Factors associated with the incomplete opportune vaccination schedule up to 12 months of age, Rondonópolis, Mato Grosso. Rev Paul Pediatr. 2022;40:e2020300. https://doi.org/10.1590/1984-0462/2022/40/2020300
8.Truong J, Bakshi S, Wasim A, Ahmad M, Majid U. What factors promote vaccine hesitancy or acceptance during pandemics? A systematic review and thematic analysis. Health Promotion International. 2021;37(1). https://doi.org/10.1093/heapro/daab105
9.Nações Unidas (BR). Estratégia de vacinação da ONU quer salvar mais de 50 milhões de pessoas. Brasil [Internet]. 2021 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://brasil.un.org/pt-br/125790-estrat%C3%A9gia-de-vacina%C3%A7%C3%A3o-da-onu-quer-salvar-mais-de-50-milh%C3%B5es-de-pessoas
10.Atkinson KM, Wilson K, Murphy MSQ, El-Halabi S, Kahale LA, Laflamme LL, et al. Effectiveness of digital technologies at improving vaccine uptake and series completion – A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Vaccine. 2019;37(23):3050–60. https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2019.03.063
11.lozumba O, Schmidt P, Ket JCF, Jaspers M. Can mHealth interventions contribute to increased HPV vaccination uptake? A systematic review. Preventive Medicine Reports. 2021;21:e101289. https://doi.org/10.1016/j.pmedr.2020.101289
12.Ministério da Saúde (BR). Programa Nacional de Imunizações. Brasil [Internet].2023 [cited 2023 Dez 02]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-nacional-de-imunizacoes-vacinacao
13.Holeman I, Kane D. Human-centered design for global health equity. Information Technology for Development. 2019;26(3):1–29. https://doi.org/10.1080/02681102.2019.1667289
14.Melles M, Albayrak A, Goossens R. Innovating Health Care: Key Characteristics of Human-Centered Design. International Journal for Quality in Health Care. 2020;33(1). https://doi.org/10.1093/intqhc/mzaa127
15.Göttgens I, Oertelt-Prigione S. The application of human-centered design approaches in health research and innovation: a narrative review of current practices (Preprint). JMIR mHealth and uHealth. 2021;9(12). https://doi.org/doi:10.2196/28102
16.de Cock C, van Velthoven M, Milne-Ives M, Mooney M, Meinert E. Use of Apps to Promote Childhood Vaccination: Systematic Review. JMIR mHealth and uHealth. 2020;8(5):e17371. https://doi.org/ doi:10.2196/17371
17.Jaca A, Mathebula L, Iweze A, Pienaar E, Wiysonge CS. A systematic review of strategies for reducing missed opportunities for vaccination. Vaccine. 2018;36(21):2921–7. https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2018.04.028
18.Bisset KA, Paterson P. Strategies for increasing uptake of vaccination in pregnancy in high-income countries: A systematic review. Vaccine. 2018;36(20):2751–9. https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2018.04.013
19.Mohammed H, McMillan M, Andraweera PH, Elliott SR, Marshall HS. A rapid global review of strategies to improve influenza vaccination uptake in Australia. Human Vaccines & Immunotherapeutics. 2021;17(12):5487–99. https://doi.org/10.1080/21645515.2021.1978797
20.Lukusa LA, Ndze VN, Mbeye NM, Wiysonge CS. A systematic review and meta-analysis of the effects of educating parents on the benefits and schedules of childhood vaccinations in low and middle-income countries. Human Vaccines & Immunotherapeutics. 2018;14(8):2058–68. https://doi.org/10.1080/21645515.2018.1457931
Outros idiomas:
Vacina Sim: Development of Paired Mobile Applications as an Innovative Strategy to Improve Vaccine Adherence
Resumo (abstract):
Objective: To describe the development of a prototype of paired mobile applications for community health workers and users as a strategy to increase vaccination adherence. Method: This is a methodological study of technological production using prototyping. The construction followed the human-centered design model, characterized by being a collaborative process focused on the person for the person. The development of the applications took place in four stages. Results: The technical-scientific content of the application was built according to the recommendations and informationthe National Immunization Program of the Brazilian Ministry of Health. The goal of the prototype developed for community health agents is to assist in managing the vaccines of users assigned to their microareas. The user application aims to provide reliable information about vaccines and alert reminders for vaccination adherence. The paired applications help in actively seeking users with incomplete vaccinations and applying other timely interventions, such as health education and self-management for health seeking. Conclusion: The constructed model is an innovative strategy and a resilient way to achieve better vaccination coverage and prevent vaccine-preventable diseases.
Palavras-chave (keywords):
Mobile applications; Smartphone; Vaccines; Vaccination Coverage; Immunization.
Vacina Sim: Development of Paired Mobile Applications as an Innovative Strategy to Improve Vaccine Adherence
Vacina Sim: desenvolvimento de aplicativos móveis pareados como estratégia inovadora para melhorar a adesão vacinal
Vacina Sim: desarrollo de aplicaciones móviles emparejadas como estrategia innovadora para mejorar la adherencia a la vacunación"
Ana Paula Ferreira Maciel, State University of Montes Claros, ana.maciel@unimontes.br, https://orcid.org/0000-0001-8056-4022
Rafael Almeida Soares, State University of Montes Claros, rafael.almeida.soares2012@gmail.com, https://orcid.org/0009-0006-5544-9798
Marcos Flávio Silveira Vasconcelos D\'Angelo, State University of Montes Claros, marcos.dangelo@unimontes.br, https://orcid.org/0000-0001-5754-3397
Dulce Aparecida Barbosa, Federal University of São Paulo, dulce.barbosa@unifesp.br, https://orcid.org/0000-0002-9912-4446
Jaqueline D\'Paula Ribeiro Vieira Torres, State University of Montes Claros, jaqueline.vieira@live.com, https://orcid.org/0000-0003-2383-2523
Claudia Mendes Campos Versiani, State University of Montes Claros, cmcversiani@gmail.com, https://orcid.org/0000-0001-5309-9022
Écila Campos Mota, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais, ecila.mota@ifnmg.edu.br, https://orcid.org/0000-0002-0283-6472
Carla Silvana de Oliveira e Silva, State University of Montes Claros, profcarlasosilva@gmail.com, https://orcid.org/0000-0002-0658-9990
Abstract
Objective: To describe the development of a prototype of paired mobile applications for community health workers and users as a strategy to increase vaccination adherence. Method: This is a methodological study of technological production using prototyping. The construction followed the human-centered design model, characterized by being a collaborative process focused on the person for the person. The development of the applications took place in four stages. Results: The technical-scientific content of the application was built according to the recommendations and information from the National Immunization Program of the Brazilian Ministry of Health. The goal of the prototype developed for community health agents is to assist in managing the vaccines of users assigned to their microareas. The user application aims to provide reliable information about vaccines and alert reminders for vaccination adherence. The paired applications help in actively seeking users with incomplete vaccinations and applying other timely interventions, such as health education and self-management for health seeking. Conclusion: The constructed model is an innovative strategy and a resilient way to achieve better vaccination coverage and prevent vaccine-preventable diseases.
Keywords: Mobile applications; Smartphone; Vaccines; Vaccination Coverage; Immunization.
Resumo
Objetivo: descrever o desenvolvimento de protótipo de aplicativos móveis pareados para agentes comunitários de saúde e usuários como estratégia para aumentar a adesão vacinal. Método: trata-se de um estudo metodológico de produção tecnológica do tipo prototipagem. A construção seguiu o modelo do design centrado no ser humano, caracterizando-se por ser um processo colaborativo focalizado na pessoa para a pessoa. O desenvolvimento dos aplicativos se deu em quatro etapas. Resultados: o conteúdo técnico-científico do aplicativo foi construído de acordo com as recomendações e informações do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde do Brasil. O objetivo do protótipo desenvolvido para os agentes comunitários de saúde é auxiliar na gestão das vacinas dos usuários adscritos em suas microáreas. O aplicativo do usuário tem por objetivo emitir informações confiáveis sobre vacinas e lembretes de alertas para adesão vacinal. Os aplicativos pareados auxiliam na busca ativa de usuários com incompletude vacinal e aplicação de outras intervenções oportunas, como educação em saúde e autogestão para busca de saúde. Conclusão: o modelo construído é uma estratégia inovadora, e uma forma resiliente no intento de melhores coberturas vacinais e prevenção de agravos imunopreviníveis.
Descritores: Aplicativos móveis; Smartphone; Vacinas; Cobertura vacinal; Imunização.
Resumen
Objetivo: Describir el desarrollo del prototipo de aplicaciones móviles emparejadas para agentes comunitarios de salud y usuarios como estrategia para aumentar la adherencia a la vacunación.
Método: Se trata de un estudio metodológico de producción tecnológica del tipo prototipado. La construcción siguió el modelo de diseño centrado en el ser humano, caracterizándose por ser un proceso colaborativo enfocado en la persona para la persona. El desarrollo de las aplicaciones se realizó en cuatro etapas. Resultados: El contenido técnico-científico de la aplicación fue construido de acuerdo con las recomendaciones e información del Programa Nacional de Inmunización del Ministerio de Salud de Brasil. El objetivo del prototipo desarrollado para los agentes comunitarios de salud es ayudar en la gestión de las vacunas de los usuarios adscritos a sus microáreas. La aplicación del usuario tiene como objetivo emitir información confiable sobre las vacunas y recordatorios de alertas para la adherencia a la vacunación. Las aplicaciones emparejadas ayudan en la búsqueda activa de usuarios con incompletitud de vacunación y en la aplicación de otras intervenciones oportunas, como la educación en salud y la autogestión para la búsqueda de salud. Conclusión: El modelo construido es una estrategia innovadora y una forma resiliente en el intento de mejorar las coberturas vacunales y la prevención de enfermedades prevenibles por vacunación.
Descriptores: Aplicaciones móviles; Teléfonos inteligentes; Vacunas; Cobertura vacunal; Inmunización.
INTRODUCTION
Vaccination is described as one of the best cost-effective actions for the prevention of vaccine-preventable diseases. However, the world has been experiencing a decrease in global vaccination coverage from 86% in 2019 to 81% in 2021, already signaling an improvement in 2022 (84%), but still with approximately 14.3 million children who have not received any vaccination—the so-called children with twelve zero(1-2).
The determinants of drops in vaccination coverage are complex and often translational and multifactorial, with variations between different geographical regions and types of immunobiologicals, influenced by aspects such as the population\'s health education and literacy, trust, complacency and convenience(3-4). This scenario led the World Health Organization (WHO), in 2019, to designate vaccine hesitancy—reluctance or refusal to vaccinate despite the availability of immunizers—as one of the 10 most important threats to global public health(3).
The Brazilian National Immunization Program (PNI), established in 1973, is a renowned program worldwide for its numerous breakthroughs in immunization in Brazil, but it has been following this global trend. The country has seen a decrease in vaccination coverage since 2016, with a slight improvement in 2022 and a downward trend in 2023(5).
In Brazil, although vaccines are distributed free of charge by the Unified Health System (SUS) and their use is encouraged by the Ministry of Health, several factors explain the drop in vaccination coverage in recent years, such as the absence or low perception of risk for diseases, the infodemic of fake-news about vaccines, lack of access to health information, difficulty in accessing vaccines, distrust of the efficacy and safety of vaccines, fear of adverse reactions, the population\'s lack of connection with vaccination actions, parents\' lack of time to go to health centers to vaccinate their children and the Covid-19 pandemic(1-2,6-8).
In this scenario, resilient strategies for resuming gains in public health for the prevention of vaccine-preventable diseases are gaining prominence. In the global context, in April 2021, the World Health Organization (WHO), the United Nations International Children\'s Emergency Fund (UNICEF), the Global Alliance for Vaccines and Immunization (GAVI), among other partners, launched the 2030 Immunization Agenda (IA2030), with the aim of recovering from the interruptions caused by the Covid-19 pandemic and achieving better vaccination coverage(1-2, 9).
The implementation of strategies to increase vaccination coverage can be directed at patients and their families, as well as at the health system and professionals. Interventions between the two groups need to be exchanged in order to improve vaccination coverage, covering conditions of structure and access to health units, greater technological support, training for professionals, health education for families and patients, active search for people with overdue doses, and even reminder systems. Thus, health technologies have been widely used as tools for educational strategies and as a reminder about immunizations, with positive impacts reported in studies(10-11).
In this sense, technology that assists health professionals and provides users with reliable information and reminders about vaccines can exchange better results in terms of optimizing vaccine adherence and improving vaccination coverage. To this end, this study aims to describe the development of a prototype of paired mobile applications for community health agents and users as a strategy to increase vaccine adherence.
METHOD
This is a methodological study for a prototyping-type technological production aimed at building a mobile application, using scientific rigor. It was based on the technical-scientific guidelines on available vaccines from the Brazilian Ministry of Health\'s PNI (12).
Software development followed the principles of human-centered design (HCD), a methodological approach that systematizes the process of creating products, services and systems, as well as solving complex challenges that emerge as a response to a particular human need, and is characterized by being a collaborative process focused on the person for the person(13). The International Standard (ISO) broadens this definition, highlighting that HCD not only improves the effectiveness and efficiency of procedures, but also promotes human well-being, user satisfaction, accessibility and sustainability(14). Furthermore, the approach promises to drive innovation in the development of user-oriented solutions with the aim of ensuring maximum user satisfaction(15).
The study was carried out in partnership with a professor and a student from a postgraduate program in Health Sciences (both nurses), professors from the Undergraduate Nursing Technician Course and a supervisor and student from a postgraduate program in Computational Modeling and Systems.
To develop the content of the apps, six nursing professionals with knowledge of vaccines were involved (four professionals with experience in vaccine rooms and in the Family Health Strategy and two other professors from undergraduate and postgraduate health courses) and two information technology professionals (a professor and advisor from an undergraduate course in Information Systems and another professional studying for a master\'s degree in the Computational Modeling and Systems Program). The work was carried out in a transdisciplinary way in order to properly cover the content and to develop the technology so that the devices could be better applied.
The apps were developed in four stages: the first was a survey of the real need to create a technology to assist vaccination processes; the second was strategic meetings between nurses and information systems professionals to choose the approaches to be followed in developing the app; the third stage was implementation, and the fourth stage was the evaluation of use by volunteers on different device models (Chart 1).
In the first stage, active listening was carried out in groups by category, so that they could report on the main needs for improvement related to the vaccination process.
The interviewees were: 5 community health agents, 5 users and 2 nurses working in the Family Health Strategy. In this context, “users” refers to people who are part of the specific PNI groups and/or their legal guardians.
For community health agents and nurses, the main demand was the need to improve the task of monitoring the vaccination status of users under the responsibility of community health agents, since the format used to carry out this activity is manual, with records on forms.
The current format for monitoring vaccines administered to users under the responsibility of community health agents, as reported by these professionals, has several limitations. This process is considered labor-intensive, time-consuming, favors the occurrence of errors, which hinders active search within the appropriate timeframes, and is unsustainable due to the high consumption of graphic materials.
On the other hand, among users of vaccination services, several difficulties related to vaccination adherence were identified, especially the lack of recall of vaccination history, especially for childhood vaccinations. These difficulties led to the design of functionalities designed to facilitate both the control and reminder of vaccinations, benefiting both health professionals and users. Based on this diagnosis, the creation of a technology—a mobile application—was considered to be a practical and effective solution for improving vaccination monitoring and increasing adherence to vaccination campaigns, with a view to increasing vaccination coverage and promoting public health.
In the second stage, to ensure that the application meets the principles of HCD, three strategic meetings were held with professionals from the health and information technology areas, ensuring that the development was geared towards the real needs of community health workers and users. Each meeting played a key role in defining and refining the functionalities of the application under development, allowing the specificities of the vaccination context to be fully considered and integrated into the project.
At the first meeting, the general needs and essential functionalities of the application under development were discussed. This meeting was fundamental in outlining the scope of the project, identifying the main difficulties faced by community health agents in monitoring immunizations. Based on these discussions, it was decided to create two separate applications: one aimed at community health workers (figure 1) and the other at users (figure 2). This division allowed each application to be designed to more effectively meet the particular demands and challenges of each group, optimizing access to functionalities and organizing information to maximize usability, taking into account the specific needs of each profile.
Dividing the functions into two applications proved to be a strategic decision, since community health agents need specific tools for registering and monitoring users, while users benefit from notifications about overdue vaccinations and information about the vaccination schedule. This organizational model allowed for the creation of customized interfaces and user flows, suited to the context of each group, promoting an intuitive and efficient user experience for both.
At the second meeting, it was decided that the app for community health agents should include features such as user registration, making it possible to send a link to the app to users via email or WhatsApp. This feature helps with quick and efficient registration, making it easier for users to sign up to the app. To register, the community health agent will have to enter the user\'s details into the app, such as: full name, date of birth, address, email and/or WhatsApp. Once the community health worker has registered, the user will receive an invitation and a link to access the app in their email and/or WhatsApp.
Also at this meeting, the team focused on the essential functionalities for the applications. In the case of the application for use by community health agents, the specific needs related to monitoring and following up on vaccinations were detailed. Thus, the application was designed to include a detailed record of the vaccines administered, enabling precise and always up-to-date control of each user\'s immunization history. For the users\' app, functionalities have been defined such as sending notifications to alert them of vaccinations that are overdue or scheduled for the next seven days, as well as the option to locate nearby vaccination posts and consult their vaccination history. This history provides complete information on the user\'s immunization, including dates, types of vaccines and reliable data on specific vaccines, as well as possible adverse events.
This stage was essential to ensure that the project met the functional requirements and provided an organized and efficient experience for both groups. Defining these functionalities helped to anticipate the system\'s practical impact on the routine of community health agents and users, providing tools that would facilitate engagement with the vaccination schedule and increase ongoing adherence to vaccination.
At the third meeting, the focus was on the accessibility and compatibility of the apps, with the aim of reaching as many users as possible. The decision to develop the apps for the Android and iOS operating systems was made to promote accessibility and ensure that both were usable, regardless of the type of device. To do this, the decision was made to use the Flutter Software Development Kit (SDK), which allows cross-platform development with a single code base and offers flexibility for customizing the interface using customizable widgets.
Flutter, maintained by Google, offers a robust set of tools that are compatible with Android and iOS, making it easy to develop modern, customizable interfaces. This choice saved time and resources during development, as well as ensuring the quality of the visual experience for users of different devices.
In choosing the approaches, a client-server architecture was adopted, which is essential for the synchronization and secure storage of information between the community health agents\' and users\' applications. This architecture allows both applications to access a centralized database, ensuring that vaccination updates are reflected in real time and avoiding data redundancies and inconsistencies. Communication between the applications and the database was made possible by an Application Programming Interface (API) developed in Node.js (version 18.16.1), chosen for its ability to efficiently manage Hypertext Transfer Protocol (HTTP) requests and offer fast and stable communication.
The use of a client-server architecture based on a Structured Query Language (SQL) database also provides a robust data structure that enables fast queries and guarantees data security and integrity. All connections are protected with SSL (Secure Socket Layer), and additional security measures, such as authentication and access control, ensure that only community health agents, in the course of their duties, can access user information.
During development, in the third stage, an incremental methodology was used, which allows for the progressive implementation of functionalities and continuous adjustments based on feedback from users and community health agents. This approach allowed essential functionalities to be delivered in the early stages, facilitating early testing and validation of the system. Aside from that, during the process, feedback contributed to improving the system, with suggestions that were incorporated to better adapt to the needs of community health agents and users.
Simultaneously with the development of the API, the team progressed with the development of the community health agents\' application using Flutter, version 3.13.1, and the Dart language (version 3.1.0). In addition to the functionalities originally proposed, some significant additions were incorporated into the applications, extending their usefulness and providing a comprehensive set of features.
In the fourth and final stage of development, both applications were subjected to usability tests on different devices. The tests took place in two phases, with the first evaluation carried out by two nurses with experience in the Family Health Strategy, as well as two community health agents and two potential users. The choice of nurses for the initial evaluation was based on their expertise and relevance as specialists in content analysis related to the area of interest. After this evaluation, feedback and suggestions for adjustments were provided and implemented, resulting in the final version of the apps. The usability assessment considered the following aspects: ease of use, loading time, suitability for screen resolution, frequency of use and relevance of data.
The final version of the apps was then tested by six community health agents and four users over a period of two months, using different device models on the Android and iOS platforms. Upon completion of each evaluation phase, all the data entered into the testing processes was deleted, guaranteeing the privacy and confidentiality of the information.
For data processing, the system was designed in compliance with the General Data Protection Law (LGPD), guaranteeing the security and privacy of user information. Data collection with access by users and community health agents to the apps is done transparently, with explicit consent for the use of location data and other personal information, which is stored securely and protected by end-to-end encryption. In addition, the apps allow community health agents to access, correct and delete data as needed, complying with the principle of data minimization.
The creation process began in August 2023 and the apps were completed in November of the same year.
The development of the apps is part of the umbrella research project entitled: “Implementation of the National Health Surveillance Policy and the National Immunization Program in the population of the municipality of Montes Claros/MG” and was approved by the Human Research Ethics Committee of the State University of Montes Claros, under opinion no. 6.234.026.
RESULTS
The applications, which had already been finalized, were submitted for initial evaluation by volunteers using different models of devices. To assess the applicability of the devices, initial tests were carried out with two nurses working in the Family Health Strategy (one of whom lives in the area), two community health agents and two potential users.
After their feedback, the following adjustments were suggested: the need to include a login in the app for community health agents with a username and password for restricted access; a request for automatic calculation of the user\'s age with each access made by the community health agent, to make it easier to see the current age; in the app for users, inclusion of the possibility of access with more than one login for the same user, taking into account situations of users who are parents/guardians of more than one child.
In the application for community health agents, a report generation function has been included. This feature allows agents to obtain valuable information about vaccinations carried out in a given time interval. Another feature added to the community health agent application is a report that identifies users according to age and the possible vaccine that should be received according to the PNI calendar. This report includes detailed information such as the date on which the vaccine should be administered and the user\'s address. It should be emphasized that the appointment should be made in the vaccination room by a qualified professional, and that the role of the community health agent is to actively search for the vaccine, guided by the PNI calendar, where they should check the appointment made in the document recording the vaccines received (vaccination booklet) by the user. In addition, the report highlights the vaccines that are overdue, providing a clear view of the users who need to have their vaccination cards checked, through timely active search.
In the application for users, multiple login functionality was implemented, allowing guardians to keep track of the vaccination schedule of more than one person. This functionality was adjusted based on user suggestions, reinforcing the project\'s commitment to adapting to users\' real needs.
These additions to the apps demonstrate a commitment to the efficiency and usefulness of the system, allowing health workers to generate crucial reports for managing and monitoring vaccination activities. Furthermore, by providing users with specific information on the vaccines that need to be taken and the dates of administration, the app raises awareness of vaccination adherence, contributing to better vaccination coverage.
One of the most innovative features is the geolocation feature, which makes it easy to find the nearest vaccination rooms in real time. The app identifies the user\'s position and displays a list of nearby vaccination posts/rooms, organized by distance and with useful information such as opening hours. This feature helps to reduce access barriers and speeds up the movement of patients to vaccination sites.
Once the suggested corrections had been made, the software in its final phase was submitted to the online stores for storing and distributing mobile software: app stores.
An evaluation was proposed to users of the final version of the applications. The aim was to assess the usability of the program in terms of ease of use, loading time, suitability for screen resolution, frequency of use and relevance of data. Six community health agents and four users tested the apps for two months, after which they were asked about the items evaluated and expressed a satisfactory experience. To evaluate the apps\' features, initial hypothetical tests were carried out which proved to be positive for the proposed objectives. In this evaluation, the community health agents and users were very satisfied with the software and gave positive evaluations to the items evaluated, with no initial reservations. In addition, the community health agents indicated that the applications would be extremely valuable for optimizing their activities in terms of managing the vaccines of the users under their responsibility.
DISCUSSION
This is the first software prototype in Portuguese built to pair mobile applications for health professionals (CHWs) and users to exchange information about vaccines. The use of this technology allows CHWs and users to share management and co-responsibility for vaccine administration, as proposed by the PNI. The simultaneous pairing of information between the applications also provides a sustainable and timely way for CHWs to actively search for updates to the vaccination schedule, which allows for the organization of work and favors resilient performance in the face of low vaccination coverage. The information available on the app also facilitates access to scientific content in accessible language on vaccines, contributing to a quality and contemporary health education process.
Mobile devices and their features are already part of the population\'s routine and offer agile solutions for everyday life, and are tools with a high potential for use in the areas of health, education and comprehensive care. In the area of health, especially nursing, they can be valuable tools for optimizing health promotion and prevention processes, such as immunization, with impactful solutions from the point of view of public policy and sustainability.
In the context of vaccines and the use of apps as a strategy for improving vaccine adherence, a systematic review that evaluated twenty-five mobile apps that included information on vaccines, options for scheduling appointments at vaccination units and alerts for overdue doses, concluded that all the apps contributed to increasing vaccination coverage (16).
Moreover, the involvement and management of patients with overdue vaccine doses through screening and active patient search has also been shown to be a positive action for improving vaccination coverage(17). At the same time, to help health professionals, the implementation of support systems, using computer resources, was also considered a strategy with a positive impact(18-19).
In addition, the use of means that promote the provision of accurate vaccine information in communities and health facilities should be integrated into all childhood vaccination programs in low- and middle-income countries; accompanied by robust monitoring of the impact and use of data for action(20).
In a systematic review that evaluated effective interventions to increase routine childhood vaccination coverage, it was concluded that actions such as improving human resources (such as health teams with adequate resources to expand immunization services) and the use of technologies (such as information systems that incorporate direct reminders to parents) are considered effective in increasing routine childhood immunization adherence (20).
The limitations of this study include the lack of validation of the apps using instruments that can assess their quality. In order to evaluate the effects of the apps, we suggest quantitative and prospective studies to assess the impact on vaccine adherence results after their implementation, steps that will be completed at another point in the umbrella study.
CONCLUSION
The mobile application prototype model developed in pairs for community health agents and users is an innovative proposal and a strategic resilience tool for health promotion practices and the prevention of vaccine-preventable diseases. The implementation of mobile technologies in the field of health and their application as resolutive practices to achieve better vaccination coverage result in positive impacts for public health.
This work was funded by the Minas Gerais State Research Foundation (FAPEMIG) [APQ-04777-24]. We would like to thank FAPEMIG for the essential financial support for this research.
REFERENCES
1.Immunization coverage. Who.int. World Health Organization: WHO [Internet]. 2021 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://www.who.int/newsroom/factsheets/detail/immunization-coverage
2.United Nations International Children\'s Emergency Fund. UNICEF. Immunization programme. Unicef.org [Internet]. 2020 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://www.unicef.org/immunization
3. World Health Organization. Ten threats to global health in 2019. Genebra: World Health Organization; 2019. Available from: https://www.who.int/news-room/spotlight/ten-threats-to-global-health-in-2019
4. Olbrich Neto J, Olbrich SRLR. Atitudes, hesitações, preocupações e inconsistências em relação às vacinas relatadas por pais de crianças em idade pré-escolar. Rev paul pediatra. 2023;41:e2022009. https://doi.org/10.1590/1984-0462/2023/41/2022009
5.Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações- SI-PNI (BR). Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização. Datasus.gov.br [Internet]. 2020 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://pni.datasus.gov.br
6.Dong A, Meaney C, Sandhu G, De Oliveira N, Singh S, Morson N, et al. Routine childhood vaccination rates in an academic family health team before and during the first wave of the COVID-19 pandemic: a pre-post analysis of a retrospective chart review. CMAJ Open. 2022;10(1):43-9. https://doi.org/10.9778/cmajo.20210084
7.Lemos P de L, Oliveira Júnior GJ de, Souza NFC de, Silva IM da, Paula IPG de, Silva KC, et al. Factors associated with the incomplete opportune vaccination schedule up to 12 months of age, Rondonópolis, Mato Grosso. Rev Paul Pediatr. 2022;40:e2020300.https://doi.org/10.1590/1984-0462/2022/40/2020300
8.Truong J, Bakshi S, Wasim A, Ahmad M, Majid U. What factors promote vaccine hesitancy or acceptance during pandemics? A systematic review and thematic analysis. Health Promotion International. 2021;37(1). https://doi.org/10.1093/heapro/daab105
9.Nações Unidas (BR). Estratégia de vacinação da ONU quer salvar mais de 50 milhões de pessoas. Brasil [Internet]. 2021 [cited 2023 Dez 02]. Available from: https://brasil.un.org/pt-br/125790-estrat%C3%A9gia-de-vacina%C3%A7%C3%A3o-da-onu-quer-salvar-mais-de-50-milh%C3%B5es-de-pessoas
10.Atkinson KM, Wilson K, Murphy MSQ, El-Halabi S, Kahale LA, Laflamme LL, et al. Effectiveness of digital technologies at improving vaccine uptake and series completion – A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Vaccine. 2019;37(23):3050–60.https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2019.03.063
11.lozumba O, Schmidt P, Ket JCF, Jaspers M. Can mHealth interventions contribute to increased HPV vaccination uptake? A systematic review. Preventive Medicine Reports. 2021;21:e101289. https://doi.org/10.1016/j.pmedr.2020.101289
12.Ministério da Saúde (BR). Programa Nacional de Imunizações. Brasil [Internet].2023 [cited 2023 Dez 02]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-nacional-de-imunizacoes-vacinacao
13.Holeman I, Kane D. Human-centered design for global health equity. Information Technology for Development. 2019;26(3):1–29. https://doi.org/10.1080/02681102.2019.1667289
14.Melles M, Albayrak A, Goossens R. Innovating Health Care: Key Characteristics of Human-Centered Design. International Journal for Quality in Health Care. 2020;33(1). https://doi.org/10.1093/intqhc/mzaa127
15.Göttgens I, Oertelt-Prigione S. The application of human-centered design approaches in health research and innovation: a narrative review of current practices (Preprint). JMIR mHealth and uHealth. 2021;9(12). https://doi.org/doi:10.2196/28102
16.de Cock C, van Velthoven M, Milne-Ives M, Mooney M, Meinert E. Use of Apps to Promote Childhood Vaccination: Systematic Review. JMIR mHealth and uHealth. 2020;8(5):e17371. https://doi.org/doi:10.2196/17371
17.Jaca A, Mathebula L, Iweze A, Pienaar E, Wiysonge CS. A systematic review of strategies for reducing missed opportunities for vaccination. Vaccine. 2018;36(21):2921–7. https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2018.04.028
18.Bisset KA, Paterson P. Strategies for increasing uptake of vaccination in pregnancy in high-income countries: A systematic review. Vaccine. 2018;36(20):2751–9. https://doi.org/10.1016/j.vaccine.2018.04.013
19.Mohammed H, McMillan M, Andraweera PH, Elliott SR, Marshall HS. A rapid global review of strategies to improve influenza vaccination uptake in Australia. Human Vaccines & Immunotherapeutics. 2021;17(12):5487–99. https://doi.org/10.1080/21645515.2021.1978797
20.Lukusa LA, Ndze VN, Mbeye NM, Wiysonge CS. A systematic review and meta-analysis of the effects of educating parents on the benefits and schedules of childhood vaccinations in low and middle-income countries. Human Vaccines & Immunotherapeutics. 2018;14(8):2058–68. https://doi.org/10.1080/21645515.2018.1457931
Como
Citar
Maciel, A.P.F, Soares, R.A., D’Angelo, M.F.S.V, Barbosa, D.A, Torres, J.D.P.R.V, Versiani, C.M.C, Mota, E.C, Silva, C.S.O. Vacina Sim: desenvolvimento de aplicativos móveis pareados como estratégia inovadora para melhorar a adesão vacinal. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2025/mar). [Citado em 01/06/2025].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/vacina-sim-desenvolvimento-de-aplicativos-moveis-pareados-como-estrategia-inovadora-para-melhorar-a-adesao-vacinal/19548