0661/2012 - Risk, Health and Environmental Justice: The prominence of Affected Populations in Producing Knowledge Riscos, Saúde e Justiça Ambiental: O Protagonismo das Populações Atingidas na Produção de Conhecimento
• Marcelo Firpo de Souza Porto - Porto, M.F. - Rio de Janeiro, RJ - Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca - ENSP/FIOCRUZ - <marcelo.firpo@ensp.fiocruz.br>
This article discusses the role of the populations affected by situations of environmental injustice in producing knowledge about environmental health. Such situations arise from inequalities and discriminations in the distribution of risks and benefits of economic development. Our perspective assumes the relevance of local, situated and popular knowledge from populations in their daily life facing environmental risks present in their territories. With this aim, we present an expanded vision of health and discuss the limits of classical or normal science to recognize the importance of local knowledge from affected communities in analyzing environmental risks and their impacts on health, including epidemiological studies of a quantitative nature. These limits are linked primarily to the concealment of conflicts and uncertainties, the lack of contextualization of risk exposure and health effects, as well as the difficulties of dialogue with the communities. The article also presents contributions and advances due to movements for environmental justice, recognizing, however, the difficult path to be traveled in that direction. Nevertheless we believe that the constructivist, procedural and democratic perspectives with the confrontation of theories and practices will guide the scientific production in supporting environmental justice.
Keywords:
environmental justice
environmental health
popular epidemiology
local knowledge
Riscos, Saúde e Justiça Ambiental: O Protagonismo das Populações Atingidas na Produção de Conhecimento
Abstract(resumo):
Este artigo discute a participação das comunidades em situações de injustiça ambiental na produção de conhecimentos. Tais situações decorrem de desigualdades e discriminações na distribuição de riscos e benefícios do desenvolvimento econômico. Assume-se a relevância do saber local das populações em sua vivência cotidiana para o enfrentamento de riscos ambientais. Destacamos são os limites epistemológicos e políticos para a produção de conhecimentos, bem como a produção de alternativas que possibilitem avançarmos na construção de sociedades mais justas e sustentáveis. Partimos de uma visão ampliada de saúde e discutimos os limites das abordagens científicas em reconhecer a importância do saber local, seja para analisar riscos ambientais ou seus efeitos à saúde, incluindo os estudos epidemiológicos. Tais limites relacionam-se basicamente ao ocultamento de conflitos e incertezas, à falta de contextualização da exposição aos riscos e efeitos sobre a saúde, assim como às dificuldades de diálogo com as comunidades. O artigo apresenta ainda contribuições e avanços decorrentes de movimentos por justiça ambiental, reconhecendo. todavia, a difícil trilha a ser percorrida nessa direção. Porém, acreditamos que a perspectiva construtivista, processual e democrática de confrontação de saberes e práticas poderá orientar a produção científica em prol da justiça ambiental.
Keywords(palavra-chave):
justiça ambiental
saúde ambiental
epidemiologia popular
saber local
Porto, M.F., Finamore, R.. Risk, Health and Environmental Justice: The prominence of Affected Populations in Producing Knowledge. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2012/May). [Citado em 21/01/2025].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/en/articles/risk-health-and-environmental-justice-the-prominence-of-affected-populations-in-producing-knowledge/10114?id=10114