Artigos

INTRODUÇÃO
As internações por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) são aquelas que poderiam ter sido evitadas ou tratadas precocemente com a assistência adequada na atenção primária à saúde (APS)1. As ICSAP são indicadores importantes da qualidade da APS, pois refletem a eficácia da prevenção e do tratamento precoce dos problemas de saúde da população1,2. Nesse sentido, uma APS eficiente e resolutiva contribui pata a redução das ICSAP 3.
Esse é um tema amplamente debatido pela comunidade científica em todo o mundo4, incluindo o Brasil5. Evidências mostram que a população idosa sofre mais com ICSAP6,7, tais como insuficiência cardíaca, pneumonia, insuficiência respiratória, diabetes8–11.
O fortalecimento da APS é uma estratégia fundamental para a prevenção e o tratamento precoce de condições de saúde em pessoas idosas, evitando internações desnecessárias e promovendo a saúde e o bem-estar desta população12,13. A imunossenescência, processo onde ocorre a redução na capacidade de resposta a infecções, o aumento de contaminação, gravidade de doenças infectocontagiosas e complicações das doenças crônicas, coloca as pessoas idosas no centro dos desafios da APS, evitar internações significa reduzir risco perda de capacidade funcional a até mesmo óbitos6.
Os estudos de revisão de produção de conhecimento sobre ICSAP no Brasil, centram-se, a maioria, em crianças14,15. Estudos sobre pessoas idosas são escassos16,17. Tendo em vista o acelerado processo de envelhecimento da população idosa, a demanda crescente por serviços de APS pela população idosa e a importância de sistematização do conhecimento na área para qualificar políticas públicas, este artigo tem como objetivo realizar revisão integrativa da literatura, entre 2000 e 2022, sobre as ICSAP de pessoa idosa e correlação com indicadores de acesso aos serviços da APS.

METODOLOGIA
O método selecionado foi o de revisão integrativa, que permite compilar o conhecimento de um determinado assunto através da identificação, análise e síntese dos resultados obtidos a partir do levantamento bibliográfico de pesquisas (Souza et al., 2010). Para garantir a transparência e a qualidade na condução da revisão, seguiu-se os critérios estabelecidos no guia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Foi utilizado seus princípios e o diagrama de fluxo PRISMA como um referencial para a identificação, análise, elegibilidade e inclusão dos artigos,
Este trabalho tem como pergunta norteadora “Qual a correlação entre internações de ICSAP e os indicadores de acesso aos serviços no Brasil?” Com a finalidade de responder essa pergunta, tem-se como eixos de análise: tipos de indicadores de APS utilizados, fontes de informação, especificidade da análise da pessoa idosa, abrangência geográfica, principais causas, taxas de ICSAP entre pessoas idosas, métodos aplicados para correlacionar ICSAP com indicadores de acesso aos serviços da APS, assim como evidências dessa correlação.
O levantamento bibliográfico foi realizado a partir das seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (PUBMED/MedLine). O período analisado foi entre 2000 e 2022, que permite observar as tendências e impactos decorrentes da implementação da Portaria SAS/MS nº 221, em 2008. Para a busca dos artigos selecionados, foram utilizados os seguintes Descritores em Ciência da Saúde (DeCs) na plataforma BVS: "condições sensíveis" OR "condição sensível". Na base PUBMED foram aplicados os seguintes Medical Subject Headings (MeSH): "sensitive conditions" OR "sensitive condition". Uma pesquisa adicional no Google Scholar foi conduzida para ampliar a abrangência da revisão bibliográfica, utilizando os mesmos descritores DeCS escolhidos anteriormente.
Os artigos foram selecionados a partir dos seguintes critérios de inclusão: a) Analisar a ICSAP de pessoas idosas; b) Relacionar ICSAP com indicadores da APS, utilizando algum método estatístico; c) Ter como idioma o português, espanhol ou inglês; d) Estar indexado em revista com revisão de pares.
Já os critérios de exclusão considerados foram: a) não relacionar ICSAP com indicadores da APS; b) não se encaixar no período de análise; c) ser teses ou dissertações; d) não estarem disponíveis de forma completa; e) não analisar a faixa etária da população idosa.
Abstração de dados
Os dados foram extraídos dos artigos incluídos na revisão por meio de três tabelas de extração pré-definidas. A primeira tabela de extração foi elaborada e disponibilizada aos revisores para análise dos artigos de acordo com os critérios de inclusão, com o objetivo de comparar a elegibilidade de cada artigo. Esta tabela consistiu em cinco colunas: (a) artigo/autor, (b) tipo de publicação, (c) abrangência, (d) faixa etária analisada e (e) base de dados. A segunda tabela de extração foi usada para analisar os artigos selecionados, registrando a presença ou ausência de análise de correlação entre o ICSAP e indicadores de acesso à AP, bem como as principais evidências encontradas. A terceira tabela de extração tinha a finalidade de sintetizar os resultados da revisão e inclui cinco colunas: (a) categorização de ICSAP, (b) indicadores de AP usados na correlação, (c) fonte, (d) método da correlação e (e) resultados da correlação. Todos os resultados da pesquisa foram armazenados no Excel.
Procedimento de revisão
Para garantir uma avaliação completa, três revisores analisaram inicialmente os títulos e resumos de todos os artigos, seguindo os critérios de elegibilidade predefinidos. Os revisores passaram por um treinamento detalhado, enfatizando o uso eficaz das tabelas de extração, com orientações claras sobre os critérios de inclusão e as categorias específicas em cada coluna.
Na primeira etapa, dois pesquisadores examinaram individualmente cada artigo, registrando suas conclusões em uma tabela que considerava o título, resumo e conteúdo. Se um artigo atendesse a todos os critérios de inclusão, ele avançava para a próxima fase, onde o texto completo era revisado de acordo com os critérios detalhados na Tabela 1. Na segunda etapa, dois pesquisadores revisaram integralmente todos os artigos incluídos, aplicando critérios de inclusão e exclusão. Discordâncias durante a triagem foram abordadas por meio de discussões, e, se necessário, um terceiro pesquisador atuou como juiz.
RESULTADOS
O fluxograma de PRISMA (Figura 1) apresenta o processo de seleção dos artigos analisados nesta revisão. Inicialmente, a busca nas bases de dados identificou 315 publicações, sendo 275 na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e 40 na base da PUBMED/MedLine.
Excluíram-se 93 por estarem duplicados e um por estar indisponível nas bases de dados, totalizando 94 publicações excluídas. Na etapa seguinte, foram analisadas integralmente 221 publicações, das quais 209 foram excluídas do estudo por critérios de inclusão e exclusão. Adicionaram-se 3 artigos ao utilizar a busca complementar no Google Scholar. Foram incluídos nesta revisão integrativa 15 artigos.

Fig. 1
Gráfico 1

Por meio da análise da abrangência geográfica, constatou-se que a maioria dos estudos abordou todo território brasileiro em sua totalidade (6) (Gráfico 1). Dentre as regiões, o Sudeste concentrou o maior número de estudos que correlacionam as ICSAP de pessoas idosas com indicadores de acesso à APS (5). A região Sul é a segunda, com dois artigos. Apenas um artigo foi identificado analisando a região Norte e um para a região Nordeste.
A Tabela 1 apresenta uma síntese dos principais estudos relacionados às ICSAP em pessoas idosas no Brasil, incluindo informações sobre o objetivo de cada pesquisa, o desenho do estudo, faixa etária investigada, a área geográfica abrangida e as principais evidências encontradas, oferecendo uma visão abrangente das tendências e fatores associados a esse fenômeno.
Tabela 1. Revisão integrativa dos artigos sobre as internações de pessoas idosas por condições sensíveis à atenção primária (ICSAP) de 2000 a 2022 no Brasil.

Tab. 1

Por meio da revisão integrativa foram identificados artigos com análise entre 1998 e 2019, sendo o ano de 2012 o mais frequentemente (9) (Tabela 1).
Foi identificado predominância de estudos de desenho ecológico (13), que incluem variações como estudos descritivos, de série temporal, análise espacial e retrospectiva. Um estudo conduziu análise exploratória em série temporal, e uma pesquisa adotou estudo transversal (Tabela 1).
A análise exclusiva da faixa etária de população idosa foi realizada em 40% (6) dos artigos selecionados6,8,10,18,19 (Tabela 1).
Os resultados mostraram uma maior prevalência de internações em indivíduos com mais de 60 anos, representando cerca de 59,3% das internações em todas as regiões. Redução significativa das taxas de internações por ICSAP ao longo do período analisado (Tabela 1).
Municípios com maior renda per capita estavam correlacionados com taxas mais baixas de ICSAP6,20. O aumento da cobertura da ESF também estava associado a uma redução nas taxas de ICSAP na população idosa8,21–24. Estudo realizado no Paraná atribuiu a redução das taxas de ICSAP entre 2000 e 2012 a melhorias socioeconômicas19. Indicadores socioeconômicos como urbanização, analfabetismo e leitos do SUS estiveram relacionados positivamente com as taxas de ICSAP (Tabela 1).
A Tabela 2 apresenta uma compilação dos resultados das correlações entre os indicadores de acesso aos serviços de APS e as ICSAP no Brasil no período de 2000 a 2022.

Tab. 2
A maioria dos artigos (13) utilizou a lista completa de causas como indicador ICSAP. Dois estudos concentraram-se na análise de uma causa específica de ICSAP, explorando Insuficiência Cardíaca25 e Hipertensão Arterial26 (Tabela 2).
A análise das fontes revelou uma variação ao longo dos anos. Estudos mais recentes utilizaram fontes mais atualizadas, como Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) e Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) de 2014 em diante. Dentre as fontes mais utilizadas, destacaram-se o SIAB, presente em 10 artigos, seguido pelo Departamento de Atenção Básica (DAB), que figurou em 5 estudos, e o CNES, utilizado em 4 pesquisas (Tabela 2).
Diferentes métodos estatísticos foram utilizados para analisar a correlação entre ICSAP e indicadores de acesso à AP. A correlação de Pearson foi a técnica mais comum, presente em seis estudos, seguida pela análise de regressão multivariada em dois trabalhos e pela correlação de Spearman em outros dois (Tabela 2).
Os achados evidenciaram uma relação significativa e negativa entre a cobertura da ESF e o número de consultas de pessoas idosas na AP com as taxas de ICSAP. Em contrapartida, a presença de leitos hospitalares apresentou uma relação positiva, em que cada leito adicional por 1.000 habitantes resultou em um aumento nas ICSAP. No entanto, um acréscimo na cobertura da ESF teve o efeito oposto, levando a uma diminuição das ICSAP (Tabela 2).
A análise também identificou correlações significativas entre ICSAP e fatores socioeconômicos, como o Índice de Gini, a Renda Per Capita e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) (Tabela 2).
DISCUSSÃO
Os artigos analisados observaram que pessoas idosas são a maioria das ICSAP no Brasil. O processo natural de envelhecimento torna o indivíduo mais vulnerável à comorbidades, o que aumenta a demanda por serviços de saúde. O envelhecimento populacional brasileiro, que vem ocorrendo nas últimas décadas, tem impactado o perfil de morbimortalidade no país, destaca-se o aumento expressivo da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que representam a principal causa de ICSAP em pessoas idosas18,27,28.
A correlação entre a cobertura da ESF e a taxa de ICSAP foi observada na maioria dos artigos analisados, aumento da cobertura da ESF foi associado à redução das taxas de ICSAP, sugerindo que a presença de equipes multidisciplinares e ações de promoção e prevenção na APS podem contribuir para a melhoria do cuidado e para o controle das condições de saúde, assim diminuindo internações evitáveis6,22,25,29.
Os estudos indicam que a falta de acesso a serviços hospitalares de qualidade pode aumentar a demanda por internações. Segundo Pazó et al.22, a correlação positiva entre a taxa de ICSAP e o número de leitos SUS pode ser explicada pela ausência de estrutura adequada nos serviços da APS, fato que leva o sistema hospitalar à sobrecarga. Por outro lado, Silva6 identificou que o incremento na cobertura da ESF resultou em uma diminuição significativa na taxa de ICSAP, sugerindo a efetividade desse modelo de Atenção Primária na prevenção de hospitalizações evitáveis. Esses resultados apontam para a importância de políticas públicas que incentivem a expansão e qualificação dos serviços de Atenção Primária, a fim de reduzir a demanda por serviços hospitalares e melhorar a qualidade da assistência à saúde.
As altas taxas de ICSAP estão relacionadas a diversos fatores, incluindo o funcionamento da rede hospitalar, o acesso aos serviços de urgência e emergência, as práticas hospitalares de internação e os critérios de indicação de internação médica22. Além disso, foi observada uma mudança no perfil de morbidade hospitalar da população idosa om uma diminuição na incidência de IC e um aumento na ocorrência de pneumonia, que se tornou a principal causa de ICSAP em 20188,11,18,25.
Compreender a desigualdade na incidência de ICSAP entre grupos étnico-raciais é crucial para o desenvolvimento de políticas de saúde mais justas e equitativas. A população idosa negra apresenta maior prevalência de ICSAP em comparação com outros grupos étnico-raciais, o que pode ser atribuído a questões sócio-históricas que resultaram em desigualdades socioeconômicas estruturais e a uma maior vulnerabilidade social dessas populações30. No entanto, é importante ressaltar que a qualidade dos dados de raça/cor no SIH-SUS é insuficiente, o que dificulta a precisão das informações e a avaliação do desempenho dos serviços de saúde em relação ao recorte racial31.
Embora tenha sido constatada uma diminuição na tendência de ICSAP em ambos os sexos, a disparidade persiste, uma vez que o sexo masculino apresenta maior propensão às ICSAP em relação ao feminino18. Esse fato pode ser explicado pelo maior número de comorbidades que os homens apresentam ao longo da vida, bem como pela menor procura dos serviços de saúde em comparação às mulheres, conforme evidenciado em estudos anteriores32.
A renda per-capita foi analisa em dois artigos incluídos na revisão. Embora este estudo não tenha focado no indicador socioeconômico, é fundamental mencionar que ele tem um impacto significativo no aumento das taxas de ICSAP, uma vez que dificulta o acesso aos serviços de saúde do Brasil10,15,21,22,26,33. Pessoas com baixo poder aquisitivo não costuma utilizar com frequência os serviços de saúde para prevenir doenças, mas sim para tratá-las39, o que pode resultar em muitas hospitalizações10,33. Essa situação ressalta a importância do acesso e da eficácia dos serviços da APS8,15,29,33, especialmente em um contexto de desigualdade social e em saúde que persiste no Brasil34.
A análise dos estudos revela uma disparidade significativa entre as pesquisas que abrangem as regiões Sul e Sudeste em comparação com as outras regiões do país. Esse fato pode estar relacionado com a qualidade da informação de saúde nas regiões para além do eixo geográfico Sul-Sudeste. Não apenas os serviços de saúde e os recursos entre as regiões são desiguais, mas também a produção de conhecimento que permita intervenções baseadas em evidências para diminuir a desigualdade da saúde no Brasil35.
Os resultados deste estudo evidenciam que as taxas de ICSAP são influenciadas por uma multiplicidade de fatores que impactam principalmente a população idosa. O fortalecimento e investimento na APS são essenciais para reduzir as taxas de ICSAP nessa faixa etária. Para isso, é necessário que os serviços de APS sejam contínuos e aperfeiçoados10,25,29. O investimento em ações e programas de cuidados básicos de saúde pode permitir um envelhecimento saudável da população, prevenindo doenças crônicas e evitando internações desnecessárias. Além disso, as ICSAP são um importante indicador de gestão de saúde pública, permitindo identificar áreas que precisam de maior intervenção e melhoria da qualidade de vida da população2.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO
É importante considerar que este artigo de revisão apresenta algumas limitações. Primeiramente, a seleção dos estudos foi baseada em critérios pré-estabelecidos e, portanto, pode ter excluído artigos relevantes que não se enquadraram nesses critérios. Além disso, a qualidade dos estudos incluídos na revisão pode variar e consequentemente afetar os resultados. Vale considerar também que a revisão não incluiu estudos que não foram publicados em periódicos científicos, como relatórios técnicos ou teses de doutorado, o que pode ter ignorado informações importantes. Outro fato limitante, é que este artigo considerou apenas a base de dados do SIH-SUS, desta forma, internações nas unidades particulares não foram contempladas.
Por fim, é importante mencionar que essa revisão foi baseada em estudos disponíveis até a data da pesquisa, o que significa que estudos publicados após esse período podem ter evidências adicionais relevantes.
CONCLUSÃO
Em conclusão, o artigo permitiu uma análise mais aprofundada sobre a incidência de ICSAP em pessoas idosas no Brasil, bem como dos fatores sociais que a influenciam como condições socioeconômicas, sexo e raça. Políticas de saúde voltadas para redução das ICSAP nos grupos populacionais mais vulneráveis são necessárias para garantir mais qualidade de vida e direito a um envelhecimento saudável para todos.
O trabalho observou que há uma alta prevalência dessas internações entre pessoas idosas, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de morbimortalidade. Além dos serviços de APS de qualidade, a educação em saúde voltado ao autocuidado pode representar importante estratégia para redução das ICSAP.
Do ponto de vista da gestão em saúde, o monitoramento contínuo e oportuno das taxas de ICSAP representa indicador sentinela fundamental para avaliar qualidade da atenção primário a oferecida as pessoas idosas no país pois permite a identificação de áreas de fragilidade do sistema de saúde
Considerando a alta prevalência das ICSAP em pessoas idosasno Brasil, este estudo ressalta a importância da atenção primária à saúde como uma ferramenta crucial na prevenção e controle dessas doenças. A APS deve ser fortalecida e priorizada pela esfera governamental, uma vez que é o principal meio de garantir o acesso à saúde e, consequentemente, a manutenção da qualidade de vida da população assistida. Portanto, é necessário investir em políticas públicas que promovam a melhoria do acesso e da qualidade dos serviços de saúde, com atenção especial à população idosa e às regiões menos favorecidas, a fim de reduzir as desigualdades e propiciar a manutenção da qualidade de vida.
Pesquisas futuras, tanto qualitativas como quantitativas, são necessárias para aprofundar a discussão e produzir evidência sobre as disparidades regionais e desigualdades sociodemográficas das ICSAP.
Referências:
1. Malvezzi E. INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA: REVISÃO QUALITAVA DA LITERATURA CIENFICA BRASILEIRA. PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES: VISÃO HOLÍSTICA E MULTIDISCIPLINAR. janeiro de 2021;1(1):165–84.
2. Alfradique ME, Bonolo P de F, Dourado I, Lima-Costa MF, Macinko J, Mendonça CS, et al. Internações por condições sensíveis à atenção primária: a construção da lista brasileira como ferramenta para medir o desempenho do sistema de saúde (Projeto ICSAP - Brasil). Cad Saúde Pública. junho de 2009;25(6):1337–49.
3. Maia LG, Silva LA da, Guimarães RA, Pelazza BB, Pereira ACS, Rezende WL, et al. Hospitalizations due to primary care sensitive conditions: an ecological study. Revista de Saúde Pública. 29 de janeiro de 2019;53:2–2.
4. Rosano A, Loha CA, Falvo R, van der Zee J, Ricciardi W, Guasticchi G, et al. The relationship between avoidable hospitalization and accessibility to primary care: a systematic review. European Journal of Public Health. 1o de junho de 2013;23(3):356–60.
5. Deininger LS, Silva CC da, Lucena KDT de, Pereira fancilene JR, Neto EA de L. Internações por condições sensíveis à atenção primária: revisão integrativa. Revista de Enfermagem UFPE on line. 1o de janeiro de 2015;9(1):228–36.
6. Silva S de S. Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária (ICSAP) entre idosos no Estado de Minas Gerais, 2010 a 2015 [Internet] [Thesis]. 2021 [citado 7 de abril de 2022]. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49585
7. Rocha B da, Rodrigues MCL, Dalla Vecchia A, Beltrame V. Internações hospitalares por condições sensíveis à atenção primária em idosos do meio oeste catarinense, entre 2008 a 2015. Saúde e meio ambient: rev interdisciplin. 8 de janeiro de 2020;9:1–15.
8. Marques AP, Montilla DER, Almeida W da S de, Andrade CLT de. Internação de idosos por condições sensíveis à atenção primária à saúde. Rev Saúde Pública. outubro de 2014;48:817–26.
9. Magalhães ALA, Morais OL de. Desigualdades intraurbanas de taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária na região central do Brasil. Ciênc saúde coletiva. junho de 2017;22:2049–62.
10. Soares AM de M, Mendes TC de O, Lima KC, Menezes MM de. Causes for hospitalization of elderly individuals due to primary care sensitive conditions and its associated contextual factors. Rev Assoc Med Bras. 12 de setembro de 2019;65:1086–92.
11. Melo MD, Egry EY. Determinantes sociais das Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária em Guarulhos, São Paulo. Rev esc enferm USP. agosto de 2014;48:129–36.
12. Muniz EA, Freitas CASL, Oliveira EN, Lacerda MR. Atenção domiciliar ao idoso na estratégia saúde da família: perspectivas sobre a organização do cuidado. Revista de Enfermagem UFPE on line. 2017;11(1):296–302.
13. Organização Mundial da Saúde (OMS). Envelhecimento ativo: uma política de saúde [Internet]. Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS); 2005 [citado 10 de dezembro de 2020]. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/svs/pub/pdfs/envelhecimento_ativo.pdf.
14. Ribeiro MGC, Araujo Filho ACA de, Rocha SS da. Hospitalizações por condições sensíveis à atenção primária em crianças do Nordeste Brasileiro. Rev Bras Saude Mater Infant. 22 de julho de 2019;19:491–8.
15. Araujo EMN de, Costa GMC, Pedraza DF. Hospitalizations due to primary care-sensitive conditions among children under five years of age: cross-sectional study. Sao Paulo Med J. junho de 2017;135:270–6.
16. Sousa PGB, Silva FFO da, Costa MR, Moura C. Fatores associados às internações por condições sensíveis à atenção primária em pacientes adultos e idosos no Brasil: revisão integrativa de literatura. Research, Society and Development. 7 de abril de 2023;12(4):e16512440972–e16512440972.
17. Araujo SR da S, Faleiros V de P. Descrição e análise das internações de pessoas idosas por condições sensíveis: revisão integrativa. Revista Kairós-Gerontologia. 2021;24(1):623–37.
18. Knabben JJ, Kretzer MR, Barros GC, Pereira EC, Silva FC da, Vietta GG. Tendência temporal das internações por condições sensíveis à atenção primária em idosos no Brasil. Revista Brasileira em Promoção da Saúde. 27 de abril de 2022;35:10–10.
19. Previato GF, Nogueira IS, Acorsi CRL, Baldissera VDA, Mathias TA de F. Diminuição de internações por condições sensíveis à atenção primária em idosos no estado do Paraná. Espaço para a Saúde. 17 de dezembro de 2017;18(2):15–24.
20. Oliveira ÉSBE, Oliveira VB, Caldeira AP. Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária em Minas Gerais, entre 1999 e 2007. Rev baiana de saúde pública [Internet]. 15 de dezembro de 2017 [citado 29 de novembro de 2022];41(1). Disponível em: http://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/2322
21. Pazó RG, Frauches D de O, Molina M del CB, Cade NV. Panorama das internações por condições sensíveis à atenção primária no Espírito Santo, Brasil, 2000 a 2014. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. 4 de setembro de 2017;12(39):1–12.
22. Pazó RG, Frauches D de O, Maria del CBM, Cade NV. Modelagem hierárquica de determinantes associados a internações por condições sensíveis à atenção primária no Espírito Santo, Brasil. Cad Saúde Pública. setembro de 2014;30:1891–902.
23. Santos BV dos, Lima D da S, Fontes CJF. Internações por condições sensíveis à atenção primária no estado de Rondônia: estudo descritivo do período 2012-2016. Epidemiol Serv Saúde [Internet]. 24 de janeiro de 2019 [citado 17 de março de 2022];28. Disponível em: http://www.scielo.br/j/ress/a/fxDCSZHJfY7LYdmvYBRP4qx/?lang=pt
24. Tagliari AB, Muraro CF, Gomes Ferreira MG. Impacto da Estratégia Saúde da Família nas Internações Hospitalares por Condições Sensíveis à Atenção Primária. Rev baiana de saúde pública [Internet]. 2 de dezembro de 2017 [citado 29 de novembro de 2022];40(4). Disponível em: http://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/1958
25. Albuquerque NLS de, Oliveira FJG de, Machado LD, Araujo TL de, Caetano JÁ, Aquino P de S. Determinantes sociais em saúde e internações por insuficiência cardíaca no Brasil. Rev esc enferm USP [Internet]. 27 de novembro de 2020 [citado 29 de novembro de 2022];54. Disponível em: http://www.scielo.br/j/reeusp/a/tV33w6Cg5rH8S5Qqd9QtsXH/?lang=pt
26. Dantas RC de O, Silva JPT da, Dantas DC de O, Roncalli ÂG. Fatores associados às internações por hipertensão arterial. einstein (São Paulo) [Internet]. 21 de setembro de 2018 [citado 29 de novembro de 2022];16. Disponível em: http://www.scielo.br/j/eins/a/3tqFg3bCcP7NNZ8spFjNgpK/?lang=pt
27. Malta DC, Stopa SR, Szwarcwald CL, Gomes NL, Silva Júnior JB, Reis AAC dos. A vigilância e o monitoramento das principais doenças crônicas não transmissíveis no Brasil - Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Rev bras epidemiol. dezembro de 2015;18:03–16.
28. Schmidt MI, Duncan BB, Mendonça GA e S, Menezes AMB, Monteiro CA, Barreto SM, et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. The Lancet. 2011;61–73.
29. Castro DM de, Oliveira VB de, Andrade AC de S, Cherchiglia ML, Santos A de F dos. Impacto da qualidade da atenção primária à saúde na redução das internações por condições sensíveis. Cad Saúde Pública [Internet]. 23 de novembro de 2020 [citado 7 de abril de 2022];36. Disponível em: http://www.scielo.br/j/csp/a/5tqLFcwZ6qCthTMGwFBswzM/?lang=pt
30. FUNASA, Ministério da Saúde. Saúde da População Negra no Brasil: Contribuições para a Promoção da Eqüidade [Internet]. Brasília - DF: FUNASA - Fundação Nacional de Saúde/Ministério da Saúde; 2005. 9–48 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/pop_negra/pdf/saudepopneg.pdf
31. Braz RM, Oliveira P de TR de, Reis AT dos, Machado NM da S. Avaliação da completude da variável raça/cor nos sistemas nacionais de informação em saúde para aferição da equidade étnico-racial em indicadores usados pelo Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde. Saúde debate. dezembro de 2013;37:554–62.
32. Pinheiro RS, Viacava F, Travassos C, Brito A dos S. Gênero, morbidade, acesso e utilização de serviços de saúde no Brasil. Ciênc saúde coletiva. 2002;7:687–707.
33. Silva S de S, Pinheiro LC, Loyola Filho AI de. Análise espacial dos fatores associados às internações por condições sensíveis à atenção primária entre idosos de Minas Gerais. Rev bras epidemiol [Internet]. 14 de junho de 2021 [citado 5 de abril de 2022];24. Disponível em: http://www.scielo.br/j/rbepid/a/gkFTPhLTLqHrg57Zwz5LPYj/?lang=pt
34. Neri M, Soares W. Desigualdade social e saúde no Brasil. Cad Saúde Pública. 2002;18:S77–87.
35. Viacava F, Porto SM, Carvalho C de C, Bellido JG. Desigualdades regionais e sociais em saúde segundo inquéritos domiciliares (Brasil, 1998-2013). Ciênc saúde coletiva. 22 de julho de 2019;24:2745–60.