0357/2024 - Usabilidade e aplicabilidade do escore LACE como ferramenta preditiva de readmissão hospitalar precoce e mortalidade: revisão de escopo.
Usability and Applicability of the LACE Score as a Predictive Tool for Early Hospital Readmission and Mortality: A Scoping Review.
Autor:
• Suelen Cristina Zandonadi Bernal - Bernal, S.C.Z - <sczbvieira@uem.br>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1327-9261
Coautor(es):
• Joshua Yamakami - Yamakami, J. - <ra117987@uem.br>ORCID: https://orcid.org/0009-0002-2133-7924
• Gabriel Mendes Plantier - Plantier, G.M - <gabrielplantier@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2886-7760
• Aline Zulin - Zulin, A. - <azulin2@uem.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6749-762X
• Ivi Ribeiro Back - Back, I.R - <iviback@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7867-8343
• Thamires Fernandes Cardoso da Silva Rodrigues - Rodrigues, T.F.C.S - <tfcsrodrigues2@uem.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7942-4989
• Paulo Roberto Aranha Torres (In memorian) - Torres, P.R.A - <pratorres@uem.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7221-4153
• Cremide Aparecida Trindade Radovanovic - Radovanovic, C.A.T - <kikanovic2010@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9825-3062
Resumo:
Objetivo: mapear sistematicamente a produção científica relacionada à usabilidade e aplicabilidade do escore LACE como ferramenta preditiva de readmissão hospitalar precoce e mortalidade. Método: Trata-se de uma revisão de escopo, guiada pelas diretrizes propostas pelo JBI, abrangendo oito bases de dados e literatura cinzenta. Resultados: Foram incluídas 28 publicações, a maioria com população estrangeira, no período de 2011 a 2023, houve maior prevalência de coortes retrospectivas, com nível de evidência 3, segundo os critérios do Oxford Centre for Evidence-based Medicine. O escore LACE foi predominantemente utilizado como preditor de readmissão e mortalidade, especialmente em pacientes de clínica médica. Conclusão: Conclui-se que, há lacuna significativa na literatura devido à predominância de estudos retrospectivos e a ausência de estudos prospectivos com alto nível de evidência, além do seu uso isolado como ferramenta preditora de mortalidade.Palavras-chave:
Continuidade da Assistência ao Paciente; Cuidados de Enfermagem; Cuidado Transicional; Readmissão do Paciente; Mortalidade.Abstract:
Objective: Systematically mapping the scientific production related to the usability and applicability of the LACE score as a predictive tool for early hospital readmission and mortality. Method: This is a scoping review guided by the guidelines proposed by JBI, covering eight databases and grey literature. Results: Twenty-eight publications were included, mostly involving foreign populations, spanning2011 to 2023. There was a higher prevalence of retrospective cohort studies, with a level of evidence 3, according to the criteria of the Oxford Center for Evidence-based Medicine. The LACE score was predominantly used as a predictor of readmission and mortality, especially in medical clinic patients. Conclusion: It is concluded that there is a significant gap in the literature due to the predominance of retrospective studies and the absence of prospective studies with a high level of evidence, in addition to its isolated use as a tool to predict mortality.Keywords:
Patient Care Continuity; Nursing Care; Transitional Care; Patient Readmission; Mortality.Conteúdo:
A readmissão hospitalar é definida como a admissão subsequente à alta atual, também conhecida como admissão índice, ocorrendo dentro de um intervalo de tempo predefinido (1,2). No contexto pós-alta hospitalar, tal ocorrência é categorizada como precoce quando ocorre em até 30 dias. Geralmente, a readmissão precoce é utilizada como métrica na avaliação do desempenho hospitalar, sendo considerada um indicador de qualidade da assistência prestada (3,4).
Estudos apontam que a taxa média de readmissão hospitalar em até 30 dias varia entre 15% e 20% (5,6). Vale destacar que essas readmissões precoces geram um impacto financeiro considerável para o sistema de saúde(7). Nos Estados Unidos, 19,6% dos pacientes internados são readmitidos em até 30 dias, gerando um custo anual de aproximadamente 17,4 bilhões de dólares. No Reino Unido, o impacto financeiro dessas readmissões é estimado em cerca de 2,5 bilhões de libras esterlinas por ano. No Canadá, na cidade de Ontário, os custos previstos devido a readmissões atingem 105 milhões de dólares anualmente (4,8,9).
Diversos países têm direcionado pesquisas para entender as taxas de readmissão, abrangendo diferentes conjuntos de análise. Em Singapura, a taxa de readmissão foi 15,5% (10), Canadá de 12,6% (11) e Austrália de 11,8% entre pacientes com infarto agudo do miocárdio (12). No Reino Unido, a taxa de readmissão entre os pacientes idosos foi de 17,8% (13), e na Dinamarca, chegou a 18,9% (14).
Dado o impacto financeiro, o estresse do paciente e o aumento do risco de morte associados às readmissões hospitalares, estudos institucionais são cruciais para estabelecer medidas de acompanhamento pós-alta e propor intervenções mais intensas de cuidados de transição, visando reduzir os gastos com readmissões, diminuir a taxa de mortalidade e melhorar a qualidade da assistência (15,16).
No entanto, observa-se que a redução nas taxas de readmissão hospitalar tornou-se uma preocupação importante em economias desenvolvidas, mas ainda é incipiente em países em desenvolvimento, como o Brasil. Pesquisas realizadas no Brasil revelaram índices de readmissão de até 31,7%, sendo mais prevalentes em pacientes com internação inicial inferior a sete dias, adultos com condições médicas pré-existentes, e em hospitais com mais de 100 leitos (7,17,18).
Dada a complexidade do problema, com tantas variáveis interagindo como causa, é importante utilizar-se de ferramentas que permitam identificar os pacientes com maior risco de readmissão precoce e morte, o que pode ser útil para indicar o desempenho do atendimento e direcionar ações de melhoria, fortalecendo a tomada de decisão, garantindo resultados mais seguros para os pacientes e menores custos operacionais para as instituições hospitalares (16,17).
Desenvolvido por Carl van Walraven e colaboradores no Canadá em 2010, o escore LACE, considera quatro variáveis relativas a uma internação, cujas primeiras letras de cada item compõem o nome do escore (mnemônico em inglês): tempo de permanência (Lengh of stay), urgência da admissão (Acute admission), comorbidades presentes (Charlson comorbity index) e número de consultas em pronto-atendimento nos seis meses anteriores a internação atual (Emergency department visits) (19).
Validado em diversos países, incluindo Inglaterra, Austrália e Brasil no ano de 2020, destaca-se como uma ferramenta de avaliação da qualidade do atendimento (1,18,19), a pequena quantidade de variáveis torna-o uma ferramenta de boa aplicabilidade na rotina das equipes hospitalares. Além disso, como não exige a utilização de dados complexos ou externos (exames laboratoriais, laudos complementares, etc.), sua utilização é possível mesmo em hospitais com pouco suporte de sistemas de informação (2,20,21). Portanto, novos estudos que avaliem a usabilidade e aplicabilidade do LACE em amostras de pacientes com perfil epidemiológico distinto e em contextos diversos são necessários.
Neste contexto, propõe-se uma revisão de escopo para mapear sistematicamente a produção científica relacionada à usabilidade e aplicabilidade do escore LACE como ferramenta preditiva de readmissão hospitalar precoce e mortalidade. A revisão proposta oferecerá uma análise abrangente sobre o uso do escore LACE na predição de readmissão hospitalar precoce e mortalidade. Por meio da avaliação da literatura existente, identificará lacunas na pesquisa e fornecerá percepções sobre sua aplicabilidade em diferentes contextos clínicos. Com base nisso, serão apresentadas recomendações práticas para profissionais de saúde e gestores, visando aprimorar a qualidade da assistência e promover práticas clínicas baseadas em evidências.
MÉTODO
Tipo de Estudo:
Este estudo constitui uma revisão de escopo destinada a explorar conceitos essenciais em uma área particular do conhecimento, empregando uma gama diversificada de fontes e abrangendo extensivamente a literatura disponível. Seu propósito é detectar lacunas na pesquisa existente. Ao contrário de outras formas de revisão, que costumam se concentrar em questões específicas, as revisões de escopo formulam perguntas de pesquisa mais amplas e podem incorporar estudos com uma variedade de desenhos metodológicos (22).
Procedimento Metodológico:
O procedimento metodológico adotado neste estudo segue a estratégia proposta pelo protocolo do Instituto Joanna Briggs (JBI)(22), um compêndio de revisão de escopo, implementando uma série de passos entre outubro/2023 e fevereiro/2024.
A organização sistemática da amostra para a condução da pesquisa, estratégia de busca, análise dos estudos e elaboração dos resultados foi realizada utilizando a extensão PRISMA para Revisões de Escopo (PRISMA-ScR) (23).
A revisão preliminar da literatura, etapa inicial (1), proporcionou a confirmação da originalidade do estudo e a identificação de uma literatura significativa para embasar a pesquisa. Esta fase envolveu busca nas fontes de informação da Biblioteca Virtual de Saúde e MEDLINE, utilizando os descritores: LACE, readmissão do paciente e mortalidade. Nessa ocasião, foram identificados os principais termos de indexação e as palavras-chave utilizadas.
Na Etapa (2), foi elaborado o protocolo de pesquisa, visando estabelecer critérios e garantir a transparência e a replicabilidade do processo. Este protocolo foi registrado na plataforma Open Science Framework (OSF), com o identificador DOI https://doi.org/10.17605/OSF.IO/R6SME.
A Etapa (3) concentrou-se na coleta de informações, buscando identificar a predominância de autores e periódicos conforme o tema e o ano de publicação. O protocolo de revisão de escopo do JBI orienta que o título, os objetivos, a questão de pesquisa e os critérios de inclusão sejam construídos com base no mnemônico PCC (População, Conceito, Contexto), ação realizada na Etapa (4).
Dessa forma, a pergunta de pesquisa foi formulada considerando: População – Produções científicas sobre a temática proposta no estudo; Conceitos – Usabilidade e aplicabilidade do escore LACE como preditor de readmissão hospitalar e mortalidade; e Contexto da pesquisa – Todo e qualquer serviço no cenário mundial, chegando a seguinte questão norteadora: " Como a produção científica descreve a usabilidade e a aplicabilidade do escore LACE como preditor de readmissão hospitalar precoce e mortalidade na literatura mundial? "
Coleta e Organização dos Dados
A Etapa 5, correspondeu aos critérios de elegibilidade, selecionados a partir do PCC, conforme orienta o JBI(22), de acordo com o descrito no quadro 1.
Quadro 1
Não estabelecemos restrições temporais para a busca nas bases de dados, permitindo a identificação de estudos em qualquer período e ampliando o escopo dos resultados.
Na Etapa (6), foram conduzidas as buscas nas bases de dados, em 25 de outubro de 2023, utilizamos as bases de dados LILACS e BIREME via Biblioteca Virtual em Saúde, MEDLINE via PUBMED, COCHRANE, CINAHL, SCOPUS, EMBASE, Web of Science, Catálogo de Teses de Dissertações da CAPES e Google Acadêmico®, uma vez que, em revisões de escopo a busca na literatura cinzenta é permitida. A estratégia de busca foi baseada no PCC, onde a população e contexto foram expressos ampliando os filtros da pesquisa, já o conceito nos descritores LACE, readmissão do paciente e mortalidade, as buscas foram realizadas conforme o quadro 2.
Quadro 2
Análise dos dados
Após as buscas, um dos pesquisadores exportou os arquivos para a ferramenta de centralização Rayyan QCRI®, compreendendo a Etapa (7). A seleção dos estudos ocorreu por meio de revisão por pares, com a participação de dois pesquisadores e avaliação cega. Inicialmente, um dos pesquisadores realizou a exclusão dos artigos duplicados, a seguir houve uma seleção preliminar dos estudos através do título e resumo, para identificar a relevância deste para a pesquisa e se preenchia os critérios de inclusão ou exclusão. Os estudos pré-selecionados foram lidos na íntegra, novamente verificando se respeitavam os critérios de elegibilidade.
Em seguida, o cegamento do software Rayyan QCRI® foi removido para identificar quaisquer divergências entre os revisores, para resolver os conflitos encontrados, os pesquisadores discutiram e definiram com base nos critérios de elegibilidade, visando alcançar consenso, os dados relevantes foram extraídos para análise posterior, resultando na amostra final do estudo.
A discussão teórica foi baseada em estudos relevantes relacionados à temática discutida, correspondendo à etapa (8). Para atender a etapa (9), foram extraídos e codificados os seguintes dados dos estudos incluídos na amostra final: título, referência/país, objetivo, tipo de estudo/nível de evidência. Os dados foram tratados e resumidos de acordo com a temática, seguindo as diretrizes do PRISMA-ScR. A análise de conteúdo foi realizada por meio de uma leitura atenta e detalhada dos estudos, que foram agrupados conforme suas semelhanças, demonstrada na figura 2.
Após esta fase, procedeu-se a etapa (10), que compreende a análise das evidências, conduzida através do emprego do instrumento de classificação do nível de evidência científica por tipo de estudo do Oxford Centre for Evidence-based Medicine (CEBM)(28), essencial para garantir a qualidade e confiabilidade dos resultados desta revisão, fornecendo uma base sólida para as conclusões e recomendações apresentadas.
Por fim a etapa (11) com a apresentação dos resultados (Quadro-3).
Aspectos Éticos:
Considerando tratar-se de um estudo de revisão, a presente pesquisa não necessita de análise por um Comitê de Ética em Pesquisa.
RESULTADOS
Foram identificados 329 estudos e documentos com potencial para pesquisa. Dentre esses, 153 foram excluídos devido à duplicidade, resultando em 176 publicações para análise dos títulos e resumos. Após essa etapa, 99 estudos foram descartados por não atenderem à pergunta de revisão, restando 77 para uma análise mais detalhada. Durante a revisão completa, 49 estudos foram excluídos baseados nos critérios de elegibilidade.
Como resultado, a amostra final consistiu em 28 estudos, os quais foram analisados e incluídos nesta revisão, como ilustrado na figura 1.
Foram identificados 27 autores, dos quais apenas 4% (n=1) publicaram mais de um artigo sobre a temática. Quanto à origem das publicações, 88% (n=25) foram em periódicos internacionais, predominantemente na língua inglesa, distribuídas da seguinte forma: 39,2% (n=11) nos EUA, 14,4% (n=4) no Canadá, 14,4% (n=4) no Reino Unido, 10,7% (n=3) na Austrália, 3,5% (n=1) em Singapura, 7,1 % (n=2) na Coréia do Sul, e 10,7 % (n=3) no Brasil.
Os estudos que compuseram a amostra foram publicados entre 2011 e 2023, com maiores percentuais nos anos de 2019, 2020 e 2022 ambos com 14,4% (n=4) em cada ano. Quanto à análise das evidências, verificou-se que 89% (n=25) dos estudos eram coortes retrospectivas, 3,5% (n=1) coortes prospectivas, ambas com nível de evidência 3; 3,5% (n=1) revisões sistemáticas e 3,5% (n=1) ensaio clínico randomizado, ambos com nível de evidência 1.
Fig.1
A codificação dos estudos gerou três grupos, que puderam ser classificados de acordo com sua similaridade. Assim, em 57,2% (n=16) haviam trechos relacionados ao uso e aplicação do escore LACE com preditor de readmissão e mortalidade; em 35,7% (n=10) o uso do escore LACE como preditor de readmissão hospitalar precoce e em 7,1% o uso do escore LACE como preditor de mortalidade.
O escore LACE foi aplicado nas mais diversas populações, sendo 35,7% (n=10) em pacientes de clínica médica; 21,4% (n=6) em pacientes com problemas cardíacos; 10,7% (n=3) pacientes oncológicos; 10,7% (n=3) pacientes cirúrgicos; 3,5% (n=1) pacientes neurocirúrgicos; 3,5% (n=1) pacientes em cuidados paliativos; 3,5% (n=1) em pacientes com pneumonia comunitária, 3,5% (n=1) em pacientes com COVID-19, conforme figura 2.
Figura 2
No quadro 3, são apresentados os estudos incluídos nesta revisão.
Quadro 3
Diante deste contexto, a figura 3 representa as lacunas do conhecimento identificadas nesta revisão de escopo.
Fig.3
DISCUSSÃO
A revisão de escopo realizada demonstrou a aplicabilidade do escore LACE como ferramenta preditiva de readmissão hospitalar precoce e mortalidade, corroborando com achados de diversas publicações com populações estrangeiras (4,8,9). No entanto, a análise dos resultados revela algumas limitações importantes e lacunas na literatura que precisam ser abordadas em pesquisas futuras.
O escore LACE tem sido amplamente utilizado em diferentes contextos clínicos para prever readmissões hospitalares e mortalidade (2,20,43,46). Estudos revisados indicam que o escore é particularmente útil em pacientes de clínica médica, cardiológicos e oncológicos, devido à sua capacidade de integrar variáveis como tempo de permanência, urgência da admissão, comorbidades e visitas ao pronto-socorro nos seis meses anteriores à internação atual (11,12,27,28,35).
Apesar da sua ampla utilização, a maioria dos estudos analisados eram coortes retrospectivas, o que limita a capacidade de estabelecer causalidade e prever eventos futuros de maneira prospectiva (18,33,36). A falta de estudos prospectivos robustos sugere uma necessidade urgente de investigações que possam validar e aprimorar o uso do escore LACE em diferentes populações e contextos de saúde e explorar seu potencial de integração com outras ferramentas preditivas (12,33).
Estudos realizados no Reino Unido e Canadá destacam que o escore LACE é uma ferramenta simples e eficaz para a avaliação de risco, mas apontam a necessidade de ajustes específicos para diferentes populações (13,14). Pesquisas indicam que a inclusão de variáveis adicionais, como fatores socioeconômicos, suporte social (20,41,47) e os seus usos combinados com outras ferramentas preditivas podem melhorar a precisão do escore em prever readmissões e mortalidade (19,24,39).
Além disso, a revisão mostrou que a maioria dos estudos foi conduzida em populações estrangeiras, principalmente em países desenvolvidos, com pouca representação de países em desenvolvimento como o Brasil (11,27,35). Esta lacuna evidencia a necessidade de mais pesquisas locais para avaliar a aplicabilidade e eficácia do escore LACE em diferentes contextos socioeconômicos e culturais. Quanto à variação no desempenho ao ser aplicado em diferentes populações, demonstra o desafio de criar um modelo único que possa ser amplamente utilizado. Este modelo ideal não apenas auxiliaria na triagem de pacientes para programas de prevenção, mas também permitiria a comparação de resultados entre diferentes hospitais e regiões (2,17).
Sendo assim, a utilização do escore LACE pode oferecer uma abordagem rápida e eficaz para identificar pacientes com alto risco de readmissão e mortalidade, permitindo intervenções precoces. No entanto, é essencial que os profissionais sejam cientes das limitações do escore e considerem outros fatores clínicos e sociais que possam influenciar os resultados.
Além disso, incentivar a adoção de abordagens integradas que combinem o escore LACE com outras ferramentas e dados clínicos podem melhorar a precisão das previsões e a qualidade do cuidado pós-alta.
CONCLUSÃO
Os resultados destacam que o escore LACE é amplamente utilizado e considerado eficaz em diversos contextos clínicos. No entanto, a predominância de estudos retrospectivos e a ausência de pesquisas robustas prospectivas indicam a necessidade de mais estudos que validem e aprimorem o uso do escore LACE.
Recomenda-se que futuras pesquisas incluam estudos prospectivos e ensaio clínico randomizados para confirmar a eficácia do escore LACE, além de explorar sua integração com outras ferramentas preditivas. Sobretudo, é essencial considerar a adaptação do escore para diferentes populações e contextos socioeconômicos, especialmente em países em desenvolvimento.
Com base nos achados, profissionais de saúde e gestores podem utilizar o escore LACE como uma ferramenta complementar para melhorar a qualidade do atendimento e reduzir as taxas de readmissão hospitalar e mortalidade, contribuindo assim para um sistema de saúde mais eficiente e baseado em evidências.
CONFLITO DE INTERESSE
Os autores declaram não haver conflitos de interesse.
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