1110/2009 - Mais humano que um humano: A halitose como emblema da patologização odontológica.
More human than a human: The halitosis as mark of the dental pathological.
Publicado
Autor:
• Adauto Emmerich - EMMERICH, A. - Universidade Federal do Espírito Santo - Fiocruz/ENSP - <adautoemmerich@terra.com.br>Área Temática:
Não CategorizadoResumo:
RESUMOA perspectiva teórica de análise desenvolvida relaciona-se com o fato de que o conhecimento odontológico não deve ser visto como algo universal, independente da realidade, mas participante da sua construção. Explora a idéia simbolizada na colonização do conhecimento da Odontologia contemporânea para além do “mais humano que um humano”. Com o exemplo da crescente patologização da halitose, como uma desordem objetiva não só da saúde bucal, mas que afeta aos indivíduos, este trabalho desenvolve uma análise da (re)invenção de patologias, via tecnologias de visualização, na modernidade tardia. Conclui que a veracidade do conhecimento odontológico, entre os seus principais atores, os seus discursos e suas práticas sociais, nunca é neutra, mas sempre articulada aos interesses com os quais está envolvida permanentemente. O olfato desliza do saber à memória e do espaço ao tempo e certamente das coisas aos seres. A halitose é, muitas vezes, improvável, misturada, singular, incerta em tempo e lugar.
Palavras-chave: Saúde bucal coletiva. Epistemologia odontológica. Halitose. Modernidade tardia.
Abstract:
ABSTRACT
The theoretical perspective of the analysis developed has to do with the fact that the dental knowledge should not be seen as universal target, independently of the reality, but as a participant of its construction. The paper explores the idea symbolized in the colonization of contemporaneous Dentistry knowledge to go beyond the more human than a human. With the example of the increasing pathological halitosis, as an objective disorder not only from the oral health, but that affects people, the work develops an analysis of the (re) invention of pathologies, through visualization technologies, in the late modernity. It concludes that the reliability of the dental knowledge, among the main authors, its discourses and social practices, is never neutral, but always articulated to the interests which are permanently involved. The sense of smell slips from knowledge memory and from space to time and certainly from things to beings. Halitosis is, most of the times, unlikely, mixed, singular, and uncertain in time and place.
Keywords: Collective oral health. Dental Epistemology. Halitosis. Late Modernity.
