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0053/2025 - REFLEXÕES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE USO DO PORTAL ESTIMULE PARA AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS AUTISTAS
REFLECTIONS OF HEALTH PROFESSIONALS ON THE USE OF THE ESTIMULE PORTAL TO HELP IN THE DEVELOPMENT OF AUTISTIC CHILDREN

Autor:

• Christina Cesar Praça Brasil - BRASIL, C.C.P - <cpraca@unifor.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7741-5349

Coautor(es):

• Francisca Francisete de Sousa Nunes Queiroz - Queiroz, F.F.S.N - <zete.queiroz@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2933-4974

• Jonas Loiola Gonçalves - Gonçalves, J.L - <jonasloiola10@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1015-9173

• Fabiana Neiva Veloso Brasileiro - Brasileiro, F.N.V - <fabianaveloso@unifor.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3170-4268

• Tainá Christiane Mello - Mello,T.C - <psi.tainamello@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0009-0001-4929-9475

• Vânia Peixoto - Peixoto, V. - <vpeixoto@ufp.edu.pt>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8212-2137

• Rita Alegria - Alegria, R. - <ralegria@ufp.edu.pt>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6327-6088

• Juliana Carneiro Melo - Melo, J.C - <julianacmelo14@unifor.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1734-3352



Resumo:

O Portal Estimule é uma ferramenta tecnológica de suporte a assistência à saúde da criança autistas, incorporando uma base de 97 atividades lúdicas classificadas por habilidades comunicativas, sociais e motoras. Objetivou-se conhecer as experiências de uso do Portal Estimule sob a perspectiva dos profissionais de saúde que acompanham crianças autistas em serviços ambulatoriais públicos e privados, em uma capital do Nordeste brasileiro. Realizou-se uma pesquisa metodológica, com abordagem qualitativa. O Portal foi utilizado por 32 profissionais de saúde, que preencheram um instrumento sobre o perfil socioeconômico e o uso da tecnologia. A análise fundamentou-se na Semiótica. O estudo reflete experiências positivas e relevantes, evidenciando o incremento da tecnologia como recurso coadjuvante para as práticas profissionais que incluem o brincar para o desenvolvimento infantil. Traz também aspectos negativos e necessidades de melhoria. O Portal Estimule emerge como uma ferramenta valiosa na assistência à saúde de crianças autistas, desde que conduzida por profissionais de saúde capacitados. Sua implementação pode fomentar a colaboração entre equipes multiprofissionais de saúde, promovendo um acompanhamento mais abrangente e especializado dessas crianças.

Palavras-chave:

Transtorno do Espectro Autista. Habilidades para Vida. Avaliação de Tecnologia. Promoção da Saúde.

Abstract:

The Estimule Portal is a technological tool to support healthcare for autistic children, incorporating a base of 97 playful activities classified by communicative, social and motor skills. The objective was to understand the experiences of using the Estimule Portalthe perspective of health professionals who accompany autistic children in public and private outpatient services, in a Northeastern Brazilian capital. Methodological research was carried out, with a qualitative approach. The Portal was used by 32 health professionals, who filled out an instrument on their socioeconomic profile and use of technology. The analysis was based on Semiotics. The study reflects positive and relevant experiences, highlighting the increase in technology as a supporting resource for professional practices that include playing for child development. It also brings negative aspects and needs for improvement. The Estimule Portal emerges as a valuable tool in health care for autistic children, as long as it is conducted by trained health professionals. Its implementation can encourage collaboration between multidisciplinary health teams, promoting more comprehensive and specialized monitoring of these children.

Keywords:

Autism Spectrum Disorder. Life Skills. Technology Assessment. Health Promotion.

Conteúdo:

Introdução

As ocupações diárias são atos humanos efetivadas ao longo do dia e estes são revestidos de propósitos, signos e significados. As experiências subjetivas e contínuas na vida das crianças, perpassam pela elaboração de um conjunto de significados pessoais e culturais inerentes aos processos socio históricos de cada indivíduo. O conjunto de experiências vivenciadas por crianças são ações estruturantes para a representação de si mesmas, família e comunidade1,2.
Os atos e as participações de crianças nos meios individual e social podem sofrer influências de questões clínico-funcionais que repercutem no desenvolvimento, nas habilidades e no brincar, como no caso dos daquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), podendo resultar em um repertório do ato de brincar empobrecido1. Para crianças autistas, surgem dificuldades persistentes na comunicação e interação social, como também na padronização de atos de restrição, repetição de comportamentos, empenhos ou práticas de atividades, como postulados pela quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), da Associação Americana de Psiquiatria 3.
Autores1, 4, 5 ainda destacam um cenário relevante neste contexto. Abordam o brincar de crianças com TEA, que podem apresentar comportamentos prejudiciais a experiências que vão de encontro ações subjetivas, nas quais o prazer, a curiosidade, o senso de humor e a espontaneidade se encontram, caracterizando uma conduta escolhida livremente e da qual não se espera nenhum rendimento específico. Assim, o brincar envolve prazer, descoberta, domínio da realidade, criatividade e expressão; além de diferentes componentes de desempenho, com destaque para os sensoriais, motores, cognitivos, afetivos e sociais.
O surgimento de diversos dispositivos tecnológicos tornou-se predominante na vida cotidiana e estes têm sido meios de comunicação cada vez mais populares na sociedade, principalmente no universo das crianças6. Estes recursos também estão à disposição dos profissionais e de outros usuários com diferentes finalidades, principalmente do campo educacional e da saúde 7, 8. Assim, o uso da tecnologia tem oferecido uma gama de possibilidades em múltiplos contextos de vida, incluindo a assistência a crianças com TEA 9, 10, 11, o que permite valorização, integração e inclusão 12.
Diferentes iniciativas nacionais e internacionais são apresentadas e consideradas essenciais para apoiar o desenvolvimento de habilidades práticas, socioemocionais e gerais de crianças que convivem com deficiências, no intuito de proporcionar independência e inclusão, por meio de novas abordagens tecnológicas que envolvem sensores, realidade virtual, robótica, aplicativos móveis, jogos sérios, tecnologias assistivas, portais, sites, e-learning e outros 13, 14,15.
Nesse cenário, pesquisas apontam os benefícios que as tecnologias trazem para crianças com TEA e os desdobramentos gerados nos serviços de saúde e educacionais, evidenciando o desenvolvimento de várias habilidades, a partir do uso de tecnologias 15. Revelam-se, ainda, os diferentes efeitos de intervenções com e sem tecnologias em atividades diárias de crianças autistas. A literatura 16 evidencia que ambos os tipos de intervenção são eficazes para crianças com TEA, mas as não baseadas em tecnologias podem ter efeito prolongado, pois não dependem, em sua maioria, de suportes auxiliares maiores.
Com base nessas evidências, surge a importância de orientar os profissionais que atuam com crianças autistas sobre intervenções baseadas em evidências acessíveis na forma tecnológica e não tecnológica, para que as famílias convivendo com filhos com TEA possam usufruir do melhor e mais bem-sucedido cuidado16. Reforça que, nesse universo, o uso de tecnologias voltadas ao desenvolvimento da linguagem, da comunicação, das funções cognitivas e motoras, reforço escolar e até mesmo da interação social dessas crianças são essenciais 9, 11, 17, 18. Destaca-se que, além de poderem ser usadas como dispositivos para auxiliar no ensino de áreas acadêmicas, as tecnologias também surgem como suportes e aumentam a independência clínico-funcional 19.
O desenvolvimento de tecnologias com base em questões avaliativas, a exemplo da usabilidade e da experiência do usuário, é importante para a prestação do cuidado. Assim, são necessários estudos com foco em avaliações do uso de tecnologias com base nos usuários, famílias, educadores e profissionais de saúde que lidam com crianças com TEA 20, 21.
A exploração de recursos tecnológicos para fins de saúde e educação, em especial para a promoção de habilidades fundamentais para o desenvolvimento de crianças com TEA e que priorizam descrições baseadas em metodologias cientificamente comprovadas, mostram-se cada vez mais eficazes para a evolução do contexto biopsicossocial das crianças e suas famílias. Destaca-se que a experiência dos profissionais de saúde que utilizam o brincar em seu contexto prático com crianças autistas, poderá contribuir para uma avaliação mais rigorosa, eficiente e direcionada para o público-alvo, colaborando para uma melhor análise e utilização das tecnologias de saúde em contextos específicos com foco na promoção do cuidado integral 20, 22, 23.
Frente à complexidade e as dificuldades de crianças autistas e suas famílias, desde o brincar aos demais atos sociais, questiona-se: Quais as percepções dos profissionais de saúde sobre o uso do Portal Estimule para auxiliar no desenvolvimento de crianças autistas?
Com base nessa questão norteadora, o estudo objetivou conhecer as experiências de uso do Portal Estimule sob a perspectiva dos profissionais da área de saúde que acompanham crianças autistas em serviços ambulatoriais públicos e privados em uma capital do Nordeste brasileiro.
MÉTODO
Realizou-se pesquisa metodológica, com abordagem qualitativa e baseada na Semiótica24, referencial teórico que parte do pressuposto de que a ciência perpassa pela contribuição dos sistemas e dos processos de significados na cultura e na natureza. Complementa-se que a Semiótica estuda as formas, os tipos, os sistemas de signos e os efeitos do uso de signos na vida, observando sinais, indícios, ou símbolos que dão origem à significação, comunicação e interpretação 24.
Nesse sentido, o artefato tecnológico estudado - Portal Estimule - é uma ferramenta de suporte à saúde para o uso dos profissionais que acompanham crianças com TEA, que incorpora uma base de dados com 97 atividades lúdicas classificadas por habilidades: comunicativa, social e motora para promoção do desenvolvimento infantil. ?
O Portal Estimule foi desenvolvido em 2021 por uma equipe interdisciplinar de uma Universidade privada do Nordeste brasileiro. Para a concepção da ferramenta, investigou-se sobre habilidades desenvolvidas ou estimuladas por atividades lúdicas e recursos que contribuíssem para a promoção de saúde de crianças com TEA, a partir de uma ampla revisão da literatura brasileira e internacional.
A etapa avaliativa da tecnologia, objeto deste estudo, conduziu-se de janeiro a julho de 2022. Nesta etapa, os procedimentos adotados incluíram quatro momentos distintos.
No primeiro momento, recrutaram-se 32 profissionais de saúde por meio da divulgação na rede de contato de uma das pesquisadoras do estudo com ancoragem na técnica de bola de neve 25, que constitui um tipo de amostragem não probabilística, em que se utilizam cadeias de referência, sendo útil em pesquisas com grupos de difícil acesso. A partir de um informante inicial, localizam-se pessoas com o perfil necessário para a pesquisa e estas podem indicar outras. Dessa forma, a amostra, que antes era difícil de ser calculada probabilisticamente ou até mesmo de difícil acesso, expande-se, na maioria das vezes, satisfatoriamente 26.
Os critérios de elegibilidade compreenderam profissionais da saúde, com no mínimo dois anos de experiência clínica no cuidado a crianças com TEA; que utilizassem na sua prática clínica atividades lúdicas (brincadeiras) e tivessem habilidade com tecnologias digitais e disponibilidade para participar dos encontros para apresentação e treinamento para o uso da tecnologia. Foram excluídos profissionais que atendessem apenas adolescentes ou adultos autistas.
No segundo momento, uma das pesquisadoras contatou os profissionais especialistas em TEA, por e-mail ou WhatsApp, para apresentação do estudo. Este momento buscou criar um elo de aproximação entre a equipe de pesquisa e os participantes, esclarecendo os questionamentos e apresentando os objetivos do estudo. Após a aceitação do convite, foi agendada a sessão individual online, por meio do Google Meet, conforme data e horário agendados previamente.
No terceiro momento, ocorreu a coleta de dados por meio do Google Meet. A sessão iniciou a partir do acesso dos participantes à ferramenta, por meio do endereço eletrônico https://estimule.vercel.app, seguido pelo treinamento individual para utilização do Portal Estimule. A duração média foi de 45 minutos.
O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (versão on-line) foi apresentado e assinado pelos participantes. Em seguida, a pesquisadora ofereceu explanação minuciosa do instrumento de coleta de dados (“Formulário de Avaliação da Tecnologia por Especialistas”) para posterior preenchimento pelo participante. O instrumento contempla tópicos referentes aos dados pessoais, perfil profissional e perguntas abertas para a coleta de comentários e sugestões sobre a usabilidade, a linguagem escrita e visual (aspecto estrutural), o entendimento das informações contidas na ferramenta, o design e a funcionalidade27 do Portal Estimule.
Os profissionais também foram orientados a utilizar o Portal Estimule em seus locais de trabalho ou em suas residências, destacando que ambos os ambientes eram seguros e tranquilos, favorecendo o resguardo de violações éticas ou que comprometessem os dados. Os participantes poderiam utilizar o Portal por até 30 dias para conclusão da avaliação, e podiam esclarecer, junto à pesquisadora, eventuais dúvidas por ligação telefônica ou WhatsApp. Salienta-se, que os profissionais foram orientados a utilizar a ferramenta regulamente. A tecnologia também conta com uma central de monitoramento e acompanhamento dos usuários, o que permitiu a intervenção dos pesquisadores, quando detectaram o não uso sistemático da ferramenta pelos participantes.
O quarto momento compreendeu a devolução dos formulários respondidos pelos participantes via WhatsApp ou por e-mail, com posterior confirmação do recebimento pela pesquisadora. A pesquisa seguiu a diretriz de confidencialidade e sigilo, na qual as entrevistas não constituíram gravações e sim relatos escritos, ocorrendo a participação apenas do profissional da saúde e do pesquisador.
As informações coletadas dos dados pessoais e perfil profissional foram organizadas em um banco de dados e analisados por meio do programa SPSS versão 20.0 para caracterização dos participantes. Os relatos escritos, no campo respostas abertas para comentários e sugestões, foram organizados de acordo com Análise de Conteúdo na modalidade Temática (pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados)25. A análise interpretativa respaldou-se nos conceitos da Semiótica24, fazendo-se emergirem duas temáticas descritas nos resultados.
Na busca da proteção da identidade e anonimato dos participantes, ocorreu a codificação dos participantes por meio das letras PS (profissional de saúde) e de um numeral. Os aspectos ético-legais seguiram as normativas da Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, sendo submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Universidade brasileira sob o parecer nº 5.182.107.
RESULTADOS
Com base na técnica bola de neve e nos critérios de elegibilidade, recrutaram-se 32 profissionais de saúde, sendo 4 fisioterapeutas, 13 fonoaudiólogos, 7 psicólogos e 8 terapeutas ocupacionais; sendo 29 do sexo feminino e 3 do sexo masculino. As idades variaram de 26 a 56 anos, tendo a maioria idades de 26 a 35 anos, o que aponta para profissionais mais jovens e em início de carreira. Entretanto, 27 profissionais eram especialistas, quatro mestres e somente um doutor. No tocante ao tempo de atuação, a variação se deu de 2 a 25 anos.
A partir dos dados qualitativos, emergiram as seguintes temáticas: experiências positivas e relevantes; e experiências negativas e recomendações. Estas foram analisadas à luz da Semiótica24.
Experiências Positivas e relevantes
O conjunto de significados atribuídos pelos profissionais de saúde emergem dos aspectos que proporcionaram experiências positivas com a tecnologia. A experiência, enquanto construção subjetiva, é moldada por uma série de fatores que vão além da simples funcionalidade da ferramenta. Neste sentido, a Semiótica24 permitiu desvendar as camadas desse significado que compuseram essas experiências, revelando como ela é construída, compartilhada e transformada ao longo do tempo. Assim, o Portal Estimule foi capaz de evocar diversas reações nos participantes, que remetem aos seguintes aspectos: tecnologia acessível de qualquer lugar; conteúdo relevante; linguagem simples e de fácil compreensão; atendimento das necessidades das crianças atendidas; contribui para a estimulação das crianças pelos profissionais, familiares e educadores; melhora a interação das crianças com profissionais, familiares e educadores.
Tecnologia muito legal, oferece um conteúdo e linguagem simples e de fácil compreensão. É uma ferramenta que o profissional sempre terá disponível para acessar independentemente do local em que esteja, ao necessitar fazer a aplicação de uma atividade, atendendo à necessidade da criança. (PS3)
Gostaria de parabenizar pela iniciativa da plataforma. O conteúdo será de suma importância e contribuição para profissionais, familiares e educadores, [...], além de possibilitar o desenvolvimento criativo e a interação das crianças com pais. (PS19)
[...] A ideia é maravilhosa pois irá auxiliar os pais em casa para estimular sua criança através das brincadeiras que estão no portal, [...] acho que esta ferramenta poderá também se estender a outros profissionais, além da área de saúde. Parabéns! (PS24)

Experiências negativas e recomendações

Outro achado deste estudo e, ponto relevante para reflexão, foi a utilização do portal, vivenciada regulamente pelos participantes. Alguns aspectos apontados foram considerados desfavoráveis, os quais se referem ao aspecto estrutural e de apresentação do portal. Apesar disso, esses aspectos foram considerados potencialmente valorizados pelos avaliadores, e essa reflexão aprofundada, rica e complexa favoreceu a compreensão desses relatos (negativos), o que prediz uma forte contribuição para (re)formulação destes elementos, proporcionando um portal mais eficaz e adequado às necessidades dos profissionais de saúde e de todos os envolvidos. Como mostram os relatos:
A estrutura do aplicativo pode e deve ser mais incrementada. Utilizando-se de recursos com vídeos, fotos ou imagens ilustrativas. Algumas configurações do texto deixam a desejar, seja pelo tamanho da letra, como pela disposição do texto. (PS4)
Acho que deixou a desejar no material apenas imagens e/ou vídeos. Sabemos que muitas crianças com TEA gostam de assistir, e isso facilita a imitação, que é uma ferramenta para a fala. Se tivessem imagens ou vídeos, seria mais fácil a visualização para a criança e terapeuta. (PS7)
[...] Acredito que o portal deveria ser mais lúdico, objetivo e direto. Com figuras das brincadeiras e menos texto. Acabou ficando muito repetitivo e cansativo, [...] dar espaço a informações mais autoexplicativas tornaria a ferramenta mais atraente. (PS18)
Acredito que com imagens das brincadeiras e uma explicação mais objetiva ficaria mais funcional. Achei cansativa a mesma explicação nas brincadeiras em diferentes níveis. (PS32)

Apesar dos comentários expostos, os profissionais apontam que o portal se apresenta como uma ferramenta coadjuvante e que poderá contribuir para prestação da assistência junto a criança com TEA.
[O Portal] é relevante, pois pensando futuramente, além de passar pelas mãos dos especialistas, poderia chegar às mãos de outros cuidadores ou para outros públicos, como os profissionais da educação. [...] assim poderá auxiliar e dar continuidade aos atendimentos da terapia em casa, ou até em outros ambientes, levando a criança a não ficar apenas no ambiente terapêutico... (PS4)
As brincadeiras inseridas no Portal Estimule são importantes para o desenvolvimento infantil, seja de crianças com TEA ou crianças com Desenvolvimento Típico, pois trabalham um conjunto de habilidades importantes para o desenvolvimento. Ressalta-se a importância da avaliação multiprofissional, bem como, procurar orientação do profissional que acompanha a criança, caso o responsável/cuidador necessite de alguma adaptação necessária na brincadeira [...] (PS17)

DISCUSSÃO
O perfil da equipe interdisciplinar que desenvolve e avalia tecnologias em saúde apoia outros estudos, portanto a participação dessa equipe nas diferentes etapas do desenvolvimento e avaliação de tecnologias em saúde é crucial para assegurar que essas ferramentas sejam clinicamente relevantes para o cotidiano das práticas assistenciais. A diversidade de conhecimentos e perspectivas de profissionais da saúde, engenheiros, designers e cientistas da computação, entre outros, contribui para a criação de soluções mais alinhadas às necessidades dos usuários e do sistema de saúde28, 29.
Conforme destacado pelos autores30, a complexidade dos sistemas de saúde contemporâneos exige uma abordagem interdisciplinar para o desenvolvimento de tecnologias. A integração de conhecimentos de diferentes áreas é fundamental para garantir que as inovações em saúde sejam eficazes, seguras e aceitáveis pelos usuários. Além disso, a percepção dos usuários finais, especialmente dos pacientes, também é um aspecto essencial a ser considerado, uma vez que a tecnologia deve ser intuitiva e fácil de usar. Como destacam Mohammadzadeh e colaboradores 28, a participação ativa dos usuários no processo de desenvolvimento favorece a adesão às tecnologias e a obtenção de melhores resultados em saúde
Os achados deste estudo revelam que o Portal Estimule se configurou para os participantes como uma ferramenta de fácil usabilidade, dinâmica, com linguagem apropriada para o usuário, além de importante para estimular o desenvolvimento infantil.
Neste âmbito, a teoria Semiótica24, favoreceu aos pesquisadores verificarem pontos fundamentais sobre a avaliação do portal, ficando evidente a compreensão dos profissionais dos efeitos de sentido de elementos significantes (linguagem, funcionalidade e conteúdo - brincadeiras) inerentes à conduta terapêutica e ao cuidado integral necessário ao atendimento da criança com TEA.
As falas dos profissionais de saúde demonstram experiências positivas, diante do contato regular com a ferramenta, principalmente em relação ao amparo que as atividades lúdicas (brincadeiras) proporcionam às crianças com TEA e as possibilidades de estimular habilidades comunicacionais, sociais e motoras; favorecendo o cuidado integral dessas crianças.
A importância do enfoque reflexivo/avaliativo, por meio de experiências, demonstra que esse é um processo capaz de aferir o potencial da ferramenta tecnológica e a relevância de seus atributos, apresentando-se como etapa indispensável no processo de utilização de tecnologias. Destaca-se, portanto, que avaliações criteriosas de tecnologias desenvolvidas para as áreas da saúde e educação devem ser estimuladas. Por isso, são realizadas muitas pesquisas para avaliação da eficácia e confiabilidade desses recursos 16, 31, 32.
No que concerne aos trechos que remetem às experiências negativas e recomendações, observam-se apontamentos que exprimem a necessidade de aprimorar o Portal Estimule, com relação a disponibilização de imagens e vídeos, tornando-o mais lúdico. Acredita-se que esta mudança seja favorável para fornecer subsídios, apoiando a prática clínica e estendendo-se a outros ambientes. Nessa perspectiva, a Semiótica24 possibilita aprimorar os processos de comunicação humano-tecnologia, tornando-a mais efetiva.
Apesar de alguns avanços na implementação das tecnologias, um estudo33 sobre o desenvolvimento de um programa on-line para cuidadores de crianças autistas utilizou textos e demonstrações de vídeos para ensinar métodos para melhorar habilidades linguísticas, sociais e adaptativas das crianças. Admite-se que o uso do programa durante quatro meses não influenciou significativamente a comunicação social dos filhos em comparação aos pais que não tiveram acesso. Neste prisma, os autores recomendam a necessidade de mais tempo para o uso do programa33. Assim sendo, é prudente levar em consideração este fator nas próximas etapas da pesquisa sobre o Portal Estimule.
A conciliação de recursos tecnológicos no acompanhamento de crianças com TEA, quando realizada precocemente e auxiliada pelos pais, tem se mostrado uma escolha importante para alcançar as metas de desenvolvimento na primeira infância. Neste sentido, a aplicação de recursos tecnológicos de qualquer natureza, incluindo as tecnologias móveis de saúde (Mobile Health ou m-Health Technologies), são importantes para a promoção da saúde 34.
Apesar dessas reflexões, o advento das tecnologias parece corroborar a tendência dos benefícios das novas abordagens tecnológicas. Por outro lado, a meta-análise realizada sobre Intervenções Digitais de Saúde (IDS) evidenciou 30 estudos direcionados ao TEA, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), ansiedade, depressão, psicose, transtornos alimentares e transtorno de estresse pós-traumático. Essa revisão mostrou que os benefícios das intervenções digitais no tratamento do TEA, TDAH, psicose e transtornos alimentares são incertos e faltam evidências sobre a relação custo-benefício dessas derramentas35.
Em artigos retratando uma revisão integrativa6 e uma meta-análise36, os autores mostraram a revisão de intervenções digitais no tratamento do TEA, em que foram avaliados dezenove estudos, sendo: catorze programas de computador, três aplicativos para tablets, um robô e um DVD interativo. Fica evidente que as pesquisas mostram um tamanho de efeito global baixo, além de elevada heterogeneidade nos estudos, limitando a avaliação dos resultados e mostrando a necessidade de mais estudos para avaliação.; pois ainda pairam limitações metodológicas, com padrões que remetam a validação desses recursos tecnológicos6, 36.
Embora esta seja a primeira experiência de uso do Portal Estimule realizada depois da sua concepção e desenvolvimento, entende-se que as reflexões trazidas pelos participantes foram fundamentais para captar suas percepções sobre a ferramenta, evidenciando as potencialidades e fragilidades para posteriores adequações.
Destaca-se que estudos sobre métodos voltados a abordagens avaliativas, reflexivas e vivenciais são limitados 20. Entretanto, observam-se cada vez mais esforços para o desenvolvimento de investigações para avaliação de tecnologias de saúde, especificamente aplicativos móveis. Não foram encontrados estudos sobre uma única abordagem avaliativa, mas um artigo 37 apresenta alguns critérios: uma revisão de usabilidade e a qualidade do conteúdo.
Os avaliadores consideraram o uso do Portal Estimule por potencias usuários, que vai para além dos profissionais de saúde. A proposta dos avaliadores favorece a ampliação do uso da tecnologia para as famílias e escolas, incorporando o portal como instrumento mediador em uma perspectiva colaborativa para auxiliar na estimulação dessas crianças e permitir que essa prática e interação sejam mais efetivas, a partir das brincadeiras inseridas no portal.
Nota-se, que a partir dos resultados, apoiar no desenvolvimento de habilidades essenciais que melhorem as condições de saúde das crianças com TEA é essencial, principalmente com o cuidado mediado por tecnologias. Logo, as descrições produzidas alinham-se à Semiótica 24, que auxiliou na compreensão de como os profissionais de saúde se apropriaram, experenciaram e significaram sua interação com a ferramenta. Observa-se que as experiências de uso dos avaliadores, permitiu identificar sentidos semelhantes, sendo perceptível a necessidade dessa ferramenta se expandir para outros usuários, além dos profissionais da saúde.
Ressalta-se a importância de conhecimento teórico e prático de profissionais de diferentes áreas, dando destaque para estratégias provenientes de recursos tecnológicos que, além de fomentarem ações que perpassam por situações lúdicas, como é o caso do Portal Estimule, disponham de um olhar voltado a propostas inclusivas que contribuam para a melhoria e desenvolvimento de competências de crianças com TEA 37, 38;.
Os relatos evidenciam que o Portal Estimule poderá trazer benefícios significativos para as intervenções realizadas por profissionais em ambiente clínico e também para a continuidade do cuidado pelos familiares, em casa, e educadores, na escola. Percebe-se a relevância de poder proporcionar atitudes e mudanças de comportamento dos familiares, cuidadores e educadores pelo ganho de conhecimento, ao utilizarem as brincadeiras que estão alocadas na ferramenta com as crianças no ato de brincar.
O estudo traz reflexões importantes e mostra aos pesquisadores a necessidade de realizar ajustes no Portal, incluindo organização, layout, textos, cores, entre outros, no sentido de atender as sugestões dos usuários. Dessa forma, pode-se favorecer a melhoria contínua do sistema e tornar a experiência do usuário mais agradável 27.
As questões advindas da avaliação da apresentação do conteúdo trazem em pauta reflexões sobre a condução de possíveis readequações e reformulações das brincadeiras. Assim, o engajamento dos profissionais de saúde nesses apontamentos é de fundamental importância, pois a ferramenta ainda não se encontra pronta para uso efetivo, necessitando de idas e vindas, trocas de experiências, testes, avaliações até a completa validação do seu uso para o usuário final 27. Destaca-se que essas fases são complementares e podem ser acessadas várias vezes até que se consiga atingir a excelência do produto.
As próximas etapas desta pesquisa preveem que o Portal Estimule passe por melhorias para promover um ambiente tecnológico melhor organizado, estruturado, e com informações completas, precisas, motivadoras e agradáveis, possibilitando às crianças com TEA aprendizagem de várias habilidades.
Considerações Finais
O estudo enfatiza o papel do Portal Estimule na perspectiva dos profissionais de saúde e evidencia suas percepções em relação a sua usabilidade. O referido Portal é visto como um recurso coadjuvante de qualidade e transformação para as práticas que utilizam o brincar para o desenvolvimento das crianças com TEA.
Muitas das reflexões trazidas pelos participantes sobre o uso do Portal Estimule são positivas, visto que o consideraram uma tecnologia de apoio à assistência à saúde da criança com TEA, oferecendo diferentes alternativas terapêuticas lúdicas para o brincar. As percepções positivas recaem sobre os seguintes aspectos: tecnologia de fácil acesso; conteúdo relevante; linguagem simples; atendimento das necessidades das crianças atendidas; contribui para a estimulação das crianças pelos profissionais; melhora a interação das crianças com profissionais, familiares e educadores.
As experiências desfavoráveis com o Portal versam sobre a forma de apresentação do conteúdo, necessitando torná-lo mais claro, apesar de terem considerado relevante. Os aspectos estrutural e de apresentação também requerem aprimoramento para melhor experiência dos usuários. Acrescenta-se, ainda, que os profissionais revelam a necessidade de revisão e ampliação das pistas visuais e utilização de recursos multimídia para a melhoria da ferramenta.
A pesquisa qualitativa, a partir da escuta dos participantes, da aplicação de estratégias analíticas de conteúdo e do respaldo na Teoria Semiótica, possibilitou verificar que o Portal Estimule é visto pelos profissionais da saúde como uma ferramenta potente e capaz de contribuir de forma importante para subsidiar a assistência à saúde da criança autista; podendo, ainda, favorecer a interação da equipe multiprofissional e expandir sua utilização para outros públicos (pais e cuidadores) e profissionais (educadores), contribuindo para o acompanhamento qualificado dessas crianças.
Portanto, ao compreender as preocupações e os desafios do público-alvo, é possível desenvolver soluções inovadoras e personalizadas que atendam às suas necessidades específicas. Os resultados deste estudo corroboram com a literatura nacional e internacional, que aponta para a crescente importância da tecnologia na área da saúde e, em particular, no atendimento a crianças com TEA. Ao identificar situações que podem ser transferíveis para outros contextos, este trabalho contribui para o avanço da pesquisa e para a implementação de práticas mais eficazes. Assim, a necessidade de ferramentas tecnológicas, a exemplo do Portal Estimule, que facilitem a comunicação, a interação social e o aprendizado de crianças com autismo é urgente e exige a colaboração de profissionais de diversas áreas, como saúde, educação e tecnologia.
A implementação dessas ferramentas tecnológicas nos serviços públicos de saúde pode representar um avanço significativo para o atendimento a crianças com TEA. No entanto, para que essas tecnologias sejam efetivamente utilizadas, é fundamental rigorosa avaliação e políticas públicas que incentivem sua aquisição, desenvolvimento de recursos humanos qualificados e integração dessas ferramentas nos processos de trabalho.
A criação de redes de colaboração entre profissionais de saúde, pesquisadores e desenvolvedores de tecnologia é essencial para superar os desafios e garantir a sustentabilidade das iniciativas. Além disso, é preciso considerar as particularidades de cada contexto e envolver as famílias e os cuidadores no processo de desenvolvimento e implementação dessas ferramentas, para que as soluções atendam às suas necessidades e expectativas.
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Agradecimentos
Agradecemos à equipe do Vortex, laboratório de pesquisa, desenvolvimento e inovação em tecnologia da informação, da Universidade de Fortaleza, que participou da concepção e desenvolvimento do Portal Estimule; e à Funcap – Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e tecnológico, que subsidia este projeto por meio do edital de Pós-Doutorado 09/2023.



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BRASIL, C.C.P, Queiroz, F.F.S.N, Gonçalves, J.L, Brasileiro, F.N.V, Mello,T.C, Peixoto, V., Alegria, R., Melo, J.C. REFLEXÕES DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOBRE USO DO PORTAL ESTIMULE PARA AUXILIAR NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS AUTISTAS. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2025/mar). [Citado em 06/03/2025]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/reflexoes-dos-profissionais-de-saude-sobre-uso-do-portal-estimule-para-auxiliar-no-desenvolvimento-de-criancas-autistas/19529?id=19529

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