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Publicada em 15/04/2020 | Novidades


Pesquisa acompanha prevalência do novo coronavírus no Rio Grande do Sul

Dados permitirão avaliar expansão da COVID-19, letalidade, percentual de assintomáticos e adequar políticas públicas

 

Pedro C Hallal1, Bernardo L Horta1, Aluísio J D Barros1, Odir A Dellagostin1, Fernando P. Hartwig, Lúcia C Pellanda2, Claudio Jose Struchiner3, Marcelo N Burattini4, Mariângela F Silveira1, Ana M B Menezes1, Fernando C Barros1, Cesar G Victora1

Pesquisadores de diversas instituições do Rio Grande do Sul, sob liderança da Universidade Federal de Pelotas, vão analisar a real prevalência do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sua velocidade de expansão, percentual de assintomáticos e letalidade. A pesquisa, que tem apoio do Ministério da Saúde e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, é apresentada na edição de junho da Revista Ciência e Saúde Coletiva.

Serão realizados quatro inquéritos sorológicos, repetidos a cada 15 dias, com amostragem de nove cidades sentinela, em todas as sub-regiões do estado. As entrevistas e testes ocorrerão nos domicílios. A pesquisa teve início em 11 de abril de 2020.

Identificar a magnitude do problema é o primeiro passo para desenvolver estratégias efetivas, baseadas em evidências, contra o novo coronavírus.  A subnotificação e ausência de informações é um dos desafios do combate à pandemia. Pacientes assintomáticos, ou com sintomas leves, são vetores da doença.

Relatório da OMS confirmava, em 11 de abril, 143.626 casos na Itália, um dos países mais atingidos pela doença, o que representaria uma prevalência de apenas 0,24%. Contudo, a testagem não é feita aleatoriamente na população. Na pequena cidade de Vó, no norte da Itália, onde todos os 3.300 habitantes foram testados, 3% tiveram resultado positivo para a infecção, em sua maioria assintomáticos. Na Coreia do Sul, onde mais de meio milhão de pessoas foram testadas, a prevalência foi de 2,1%. O sucesso do país no controle da doença levou a OMS a recomendar a ampla testagem da população.

O projeto gaúcho permitirá estimar o percentual da população que apresenta anticorpos contra o SARS-CoV-2; determinar o percentual de assintomáticos; avaliar os sintomas mais comuns da nova doença; analisar a evolução da prevalência; calcular a real letalidade; estimar recursos hospitalares necessários para o enfrentamento da pandemia; e, eventualmente, direcionar estratégias de abrandamento das medidas de isolamento social, conforme as estimativas obtida. O banco anonimizado será disponibilizado para pesquisadores externos ao estudo após o processo de limpeza de dados, análises de consistência, e análise inicial de resultados.

Sobre a Revista Ciência e Saúde Coletiva - O periódico científico é editado deste 1996 pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Está classificado na categoria A3 do Qualis/Capes e, há dois anos, lidera citações no Google Acadêmico, entre periódicos científicos de todas as áreas.

Instituições dos autores: 1Universidade Federal de Pelotas; 2Fundação Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre; 3Fundação Getúlio Vargas e Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 4Universidade de São Paulo e Universidade Federal de São Paulo

 

Confira o artigo:

http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/evolucao-da-prevalencia-de-infeccao-por-covid19-no-rio-grande-do-sul-inqueritos-sorologicos-seriados/17547

 


Fonte: http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/evolucao-da-prevalencia-de-infeccao-por-covid19-no-rio-grande-do-sul-inqueritos-sorologicos-seriados/17547




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