Coronavírus
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO
Após quanto tempo da infecção as pessoas começam a sentir os sintomas?
RESPOSTA: Os sintomas da infecção podem aparecer entre 2 e 14 dias após a exposição ao vírus.
Quais os primeiros sintomas?
RESPOSTA: Os sintomas da Covid-19 são bastante parecidos com os da gripe: febre, tosse e dificuldade para respirar. Entretanto, por ser um vírus recentemente descoberto, ainda são necessários mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas. A pessoa deve procurar uma unidade de saúde caso os sintomas se agravem, com falta de ar, por exemplo.
Como são os sintomas respiratórios de quem está com Covid-19?
RESPOSTA: Os sinais e sintomas do novo coronavírus (SARS-CoV-2) são principalmente respiratórios. Ele pode causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, ainda são necessários mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. Para outras informações, acesse oquadro comparativo entre coronavírus, resfriado e gripe.
Como diferenciar uma crise alérgica dos sintomas do coronavírus? Todo infectado que manifesta sintomas terá febre?
RESPOSTA: Os sintomas da Covid-19 são parecidos com os da gripe e, portanto, podem ser confundidos com os de várias outras doenças. Pode ou não haver febre, embora ela seja um sintoma bastante comum. Na alergia respiratória, os sintomas, geralmente, são espirros, tosse, olhos irritados e coriza. O importante é se resguardar e, em caso de piora significativa do quadro, procurar uma unidade de saúde. Para outras informações, acesse o quadro comparativo entre coronavírus, resfriado e gripe.
Que sinais e sintomas devem ser considerados pelos profissionais de saúde na triagem dos pacientes nas unidades de saúde?
RESPOSTA: Todo paciente com sintomas de síndrome gripal: febre maior ou igual a 38°C (aferida ou referida) mais tosse ou dificuldade respiratória ou dor de garganta.
Como é o teste de diagnóstico?
RESPOSTA: O diagnóstico laboratorial para identificação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) é realizado por meio das técnicas RT-PCR em tempo real e sequenciamento parcial ou total do genoma viral. Para o diagnóstico, são coletadas amostras de aspirado de nasofaringe, swabs combinado (nasal/oral) ou, também, amostra de secreção respiratória inferior (escarro, lavado traqueal ou lavado bronco alveolar).
Para quais pacientes a realização desse teste de diagnóstico é indicada? Por quê?
RESPOSTA: O Ministério da Saúde orienta que, na fase atual de mitigação da epidemia, no cenário de transmissão comunitária, esse diagnóstico etiológico só deva ser realizado em casos de pacientes com síndrome respiratória aguda grave, junto a serviços de urgência/emergência ou hospitalares.
Os casos que estão sendo monitorados são considerados suspeitos?
RESPOSTA: Sim. Os casos monitorados, ou seja, em investigação epidemiológica, são aqueles que se enquadram em uma das definições de caso suspeito adotadas pelo Ministério da Saúde.
TRATAMENTO
Existe algum medicamento específico que tenha ação comprovada contra o novo coronavírus?
RESPOSTA: Não. Ainda não existem medicamentos específicos com ação comprovada contra a Covid-19. O tratamento é feito com base nos sintomas individuais de cada paciente, com o objetivo de evitar o agravamento da doença e reduzir o desconforto. O melhor tratamento ainda é a prevenção.
Já foi confirmado que não pode utilizar algum medicamento em casos suspeitos e/ou confirmados de coronavírus?
RESPOSTA: Estudos preliminares sugeriram que medicamentos com determinadas substâncias deveriam ser evitados em caso de Covid-19, mas esses estudos são ainda inconclusivos.
Pessoas que usam medicação para doenças pré-existentes, se infectadas pelo novo coronavírus, devem interromper ou modificar seus tratamentos?
RESPOSTA: Não. Especialistas alertam que pessoas com doenças pré-existentes e/ou comorbidades, antes de interromper qualquer medicação ou tratamento, devem consultar um profissional médico.
Como deve ser feito o período de quarentena em casa para quem está com sintomas?
RESPOSTA: Deve ser um período de isolamento domiciliar, evitando contato também com os outros moradores da casa, se houver, especialmente se forem idosos ou pessoas com doenças crônicas. Adotar uso de máscara cirúrgica, não compartilhar objetos, lavar frequentemente as mãos, lavar frequentemente o nariz com soro fisiológico. Em relação à casa, limpar frequentemente as superfícies com água sanitária ou álcool 70%. No quarto usado para o isolamento do paciente, manter as janelas abertas para a circulação do ar e a porta fechada durante todo o isolamento, limpando a maçaneta frequentemente com álcool 70% ou água sanitária. Lembre-se de manter uma distância mínima de um metro entre o paciente e os demais moradores. Todos os moradores da casa ficam em isolamento domiciliar por 14 dias também.
Após quantos dias a pessoa que teve Covid-19 pode retornar à sua rotina?
RESPOSTA: O Ministério da Saúde orienta que qualquer pessoa com Covid-19 deve afastar-se das suas rotinas por, pelo menos, 14 dias – período de isolamento domiciliar. A partir do momento em que for comprovada a cura do paciente, o que pode variar de pessoa para pessoa, tomadas as devidas proporções do distanciamento físico, pode-se retornar às rotinas. O Ministério da Saúde estabelece os critérios clínicos e laboratoriais para autorizar o retorno ao trabalho.
Como o vírus é destruído e a pessoa é efetivamente curada?
RESPOSTA: Como ainda não existe tratamento específico para o novo coronavírus, a eliminação do vírus depende da resposta do sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. Depois da doença aguda, o vírus não persiste no organismo. Há alguns relatos de sintomas que persistem mesmo depois da cura, mas este ainda é um assunto em estudo. O Ministério da Saúde adota os seguintes critérios de cura da doença:
● Casos em isolamento domiciliar: casos confirmados que passaram por 14 dias em isolamento domiciliar, a contar da data de início dos sintomas, e que estão assintomáticos.
● Casos em internação hospitalar: diante da avaliação médica, com melhora da febre e dos sintomas respiratórios, como tosse, espirro e dor de garganta, e resultado negativo no teste diagnóstico laboratorial.
Existe protocolo para as Equipes de Atenção Domiciliar no manejo com os pacientes sintomáticos e que ficarão em casa?
RESPOSTA: Sim, o Ministério da Saúde tem elaborado diversos protocolos de manejo e organização na atenção primária à saúde para resposta à infecção pelo novo coronavírus. Clique aqui para conhecer esses protocolos
Para todo caso grave confirmado de Covid-19, o respirador é um dos meios auxiliares no tratamento?
RESPOSTA: Os respiradores são utilizados para ajudar pacientes que apresentam insuficiência respiratória. Nem todos os casos de Covid-19 hospitalizados irão precisar do uso do respirador, que, em geral, será utilizado nos pacientes com síndrome respiratória aguda grave, hipoxemia ou choque séptico. A indicação é feita individualmente, após avaliação da equipe médica, e depende da resposta de cada indivíduo.
TRANSMISSÃO
O que é pandemia e o que muda com a declaração da OMS?
Esta pergunta foi respondida no podcast “Viralizados”. Confira abaixo:
Qual é a forma de transmissão do novo coronavírus?
Esta pergunta foi respondida no podcast “Viralizados”. Confira abaixo:
https://soundcloud.com/fiocruzbrasilia/viralizados-onde-o-virus-sars-cov-2-costuma-se-alojar
Mesmo sem sintomas aparentes, uma pessoa infectada pelo vírus pode transmiti-lo? O risco de transmissão é maior quando a pessoa apresenta ou não sintomas? Durante quantos dias uma pessoa é capaz de transmitir o vírus?
RESPOSTA: Sim, estudos sugerem que a transmissão pode ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. No entanto, mesmo com essa possibilidade, o potencial de transmissão é comprovadamente maior nos pacientes sintomáticos, sendo que, nesses casos, o período de transmissibilidade do vírus é de, em média, 7 dias após o início dos sintomas.
Já foi confirmada a transmissão oral-fecal?
RESPOSTA: As investigações sobre as formas de transmissão do novo coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias (saliva, espirro, tosse) ou o contato direto e indireto (toque, aperto de mão, objetos e superfícies contaminadas) são apontados como as principais formas de transmissão da doença. Já foi identificado material genético do vírus em fezes de pessoas infectadas.
Existe transmissão do novo coronavírus da mãe para o bebê na gestação, no parto ou na amamentação?
RESPOSTA: Segundo os relatos existentes, parece não haver transmissão para o bebê durante a gestação ou pelo leite materno, mas serão necessários mais estudos para ter certeza. Para as mães com suspeita ou diagnóstico confirmado de Covid-19, o aleitamento materno pode ser mantido, desde que sejam observadas as medidas de prevenção recomendadas, como lavar as mãos antes de tocar no bebê na hora da mamada, higienizar a superfície do corpo que fica em contato com o bebê, higienizar as mamas e usar máscara facial durante a amamentação. Se for fazer a extração do leite, é importante higienizar adequadamente a bomba e os recipientes também. Os benefícios da amamentação superam quaisquer riscos potenciais de transmissão do vírus pelo leite materno.
Qual a extensão do contágio? Por exemplo: com frutas e entrega via delivery, há necessidade de desinfecção das embalagens e alimentos por risco de contágio?
RESPOSTA: A transmissão do coronavírus ocorre por meio de gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas. Para evitar doenças, de modo geral, é fundamental a higienização das frutas e no preparo e acondicionamento dos alimentos. Fundamental também é a boa higienização das mãos antes das refeições.
Se crianças se deslocarem de casa para a casa de avós é arriscado eles pegarem coronavírus?
RESPOSTA: Se, no trajeto, as crianças tiverem contato com uma pessoa doente ou superfície contaminada, elas podem contrair o vírus. Por isso a recomendação de manter distância, evitar contato físico, permanecer em casa, sair somente se necessário, higienizar as mãos com frequência. As crianças podem, depois, transmitir o vírus para os avós, e a doença costuma ser mais grave entre os idosos.
Qual o tempo de vida do vírus fora do corpo humano?
O que se sabe sobre a resistência do vírus?
RESPOSTA: As partículas virais liberadas junto com a saliva podem permanecer flutuando no ar por cerca de 30 minutos. Os vírus que se depositam sobre uma superfície, dependendo das características dessa superfície, podem permanecer viáveis por algumas horas ou até dias. Estudo recente, publicado no New England Journal of Medicine, descobriu que o vírus é viável por até 72 horas em plásticos, 48 horas em aço inoxidável, 24 horas em papelão e quatro horas em cobre. A quantidade de vírus existentes nas superfícies vai diminuindo com o passar das horas, reduzindo o risco de contaminação. O mais importante é evitar tocar em superfícies com as quais muitas pessoas têm contato, o que inclui mesas, bancadas, maçanetas, interruptores, telefones, teclados, torneiras etc. A limpeza das superfícies com desinfetante ou sabão é muito eficaz.
O coronavírus sobrevive na água? Em que condições (qualidade da água, temperatura etc.)? Há conhecimento científico comprovado sobre isso? Qual a referência?
RESPOSTA: Ainda não há evidência de transmissão do novo coronavírus pela água, seja água potável, águas residuais, águas pluviais. É provável que os métodos adotados para o tratamento dessas águas promovam a remoção ou inativação do SARS-CoV2. Apesar disso, para os trabalhadores que atuam nessa área, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) é recomendado como forma de prevenção. Mais informações no site dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos
A máscara feita em casa, de tecidos como tricoline, pode ajudar a evitar o contágio?
RESPOSTA: Máscaras de tecido não são recomendadas, sob qualquer circunstância. O uso de máscara cirúrgica é uma das medidas de prevenção para limitar a propagação de doenças respiratórias, incluindo o novo coronavírus. No entanto, apenas o uso da máscara cirúrgica é insuficiente para fornecer o nível seguro de proteção. Outras medidas igualmente relevantes devem ser adotadas, como a higiene das mãos com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica antes e após a utilização das máscaras. Após o uso, a máscara deve ser descartada.
Uma pessoa que teve Covid-19 pode pegar de novo?
RESPOSTA: Ainda não se sabe por quanto tempo a infecção em humanos irá gerar imunidade contra novas infecções e se essa imunidade será duradoura por toda a vida.
PREVENÇÃO
É recomendado que idosos tomem a vacina da gripe agora? Existe alguma contraindicação?
RESPOSTA: Sim. Mesmo não tendo efeito contra a Covid-19, o Ministério da Saúde recomenda que todos os idosos tomem a vacina contra gripe. Não há contraindicação e a vacina irá proteger os idosos desta outra infecção respiratória (gripe), que também pode ser grave.
Vitamina C ou outras substâncias ajudam a prevenir a Covid-19?
RESPOSTA: Não. Não existe vitamina, terapia alternativa ou remédio licenciado capaz de evitar o contágio ou tratar a doença.
Faço parte do grupo que não poderá ficar em casa. Como devo me portar no atendimento ao cidadão?
RESPOSTA: Manter distância mínima de um metro, evitar contato físico, não compartilhar objetos, higienizar com frequência mesas, balcões etc., lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou higienizá-las com preparação alcoólica.
Quais os procedimentos de higienização de roupas e calçados após a utilização em ambientes externos?
RESPOSTA: É importante analisar sobre quais ambientes externos estamos falando. Se o ambiente externo for um hospital, o rigor deverá ser maior do que se for um escritório, por exemplo. Mas, de modo geral, ao chegar da rua, o ideal é que a pessoa se dirija ao banheiro, tire a roupa e tome um banho. A roupa usada deve ser lavada com água e sabão, e quem manipula a roupa suja deve estar atento também. Não deve tocar na roupa suja e colocar as mãos no rosto, por exemplo. Igualmente, deve-se evitar andar com os calçados sujos da rua dentro de casa.
Costumo andar descalço em casa. Devo mudar esse hábito?
RESPOSTA: O ideal é não andar com os calçados sujos da rua dentro de casa.
Limpar a casa com água sanitária, misturada com água e algum detergente e desinfetante, mata o vírus?
RESPOSTA: O uso de um produto de limpeza é suficiente. Cuidado com a mistura de vários produtos diferentes, pois podem ocorrer reações químicas e liberação de substâncias tóxicas. Para mais informações sobre produtos usados na limpeza e conservação de ambientes, acesse a cartilha da Anvisa.
A limpeza de objetos como fechaduras, molho de chaves e outros aparelhos pode ser feita com a solução água sanitária, água e detergente? Ou pode ser feito apenas com álcool 70%?
RESPOSTA: A limpeza de objetos pode ser feita com água e sabão, álcool ou outro produto de limpeza.
Aparelho celular, tablet, teclado do computador podem ser higienizados apenas com álcool 70% ou o álcool isopropílico mata o vírus também?
RESPOSTA: O álcool isopropílico tem menos risco de oxidar as peças de aparelhos eletrônicos. Entretanto, ele provoca maior secura da pele, é mais tóxico e tem menor atividade contra vírus. Para mais informações, acesse nota do Conselho Federal de Química.
Como os Agentes Comunitários de Saúde devem se proteger?
RESPOSTA: Devem utilizar máscara cirúrgica e manter distanciamento físico de 2 metros durante a recepção dos usuários na unidade; higienizar frequentemente as mãos com água e sabonete ou com álcool 70%, seguindo os 5 momentos. Ao realizar visitas domiciliares, recomenda-se que essas visitas ocorram em ambientes externos a casa. Deve-se também suspender as atividades em grupo, a fim de evitar a transmissão local.
Existem vacinas e medicamentos em desenvolvimento no Brasil e no mundo?
RESPOSTA: Sim, diversas iniciativas para desenvolver vacinas e medicamentos para prevenção e tratamento da Covid-19 estão em desenvolvimento. No Brasil, a Fiocruz e outras instituições públicas de pesquisa têm liderado essas frentes de estudos.
GRUPOS DE RISCO
Tenho diagnóstico de sarcoidose, embora não apresente nenhum sintoma há mais de 10 anos. Também tenho um diagnóstico de distúrbio pulmonar obstrutivo leve. Sou considerado grupo de risco?
Quem tem rinite alérgica e doenças autoimunes é população de risco para a doença?
RESPOSTA: Doenças crônicas, especialmente aquelas que atingem o sistema respiratório ou afetam o sistema imunológico, podem deixar a pessoa mais vulnerável à Covid-19, o que só reforça a importância das medidas de prevenção.
Uma pessoa bem magra, com IMC abaixo do normal, porém sem nenhuma doença, é considerada em grupo de risco para o coronavírus?
RESPOSTA: Com base nas informações disponíveis, os estudos apontam como grupo de risco para agravamento da Covid-19 os indivíduos com mais de 60 anos e os indivíduos, em qualquer idade, que apresentem comorbidades ou doenças preexistentes, incluindo: doença pulmonar crônica ou asma moderada a grave; problemas cardíacos graves; pessoas imunocomprometidas (tratamento contra câncer, tabagismo, transplante de medula óssea ou órgão, deficiências imunológicas, HIV/Aids não controlado, uso prolongado de corticosteróides e outros medicamentos que enfraquecem o sistema imunológico); obesidade grave (Índice de Massa Corporal [IMC] igual ou superior a 40); diabetes, doença renal crônica em diálise e doença hepática.
O risco é aumentado para pessoas com doenças neurológicas? E para pessoas com diabetes? Por quê? Nesses casos, são necessárias medidas adicionais?
RESPOSTA: Pessoas com mais de 60 anos e as que têm doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, obesidade e doenças que atingem o sistema respiratório ou afetam o sistema imunológico, podem ser mais vulneráveis à Covid-19. Algumas doenças neurológicas também podem aumentar o risco. Para essas pessoas, recomenda-se:
• Adote o distanciamento social. Não beije, abrace ou toque outras pessoas;
• Não frequente locais com aglomerações ou alta circulação de pessoas;
• Caso necessite utilizar transporte público, opte por horários de menor movimento de pessoas;
• Doentes crônicos não podem descuidar dos tratamentos em andamento. Caso utilize medicamento de uso contínuo, procure seu médico ou posto de saúde para buscar uma receita com validade ampliada, principalmente no período de outono e inverno. Isso reduz o trânsito desnecessário nos postos de saúde e farmácias;
• Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos, pratos e talheres;
• Evite fazer compras em mercados e feiras em horários de pico;
• Mantenha-se saudável, alimente-se bem e pratique exercícios físicos regularmente em locais abertos e arejados;
• Lave sempre as mãos com água e sabonete ou higienize-as com álcool 70%, e evite tocar o rosto.
Qual o risco para as gestantes?
RESPOSTA: Atualmente, não existem estudos que demonstrem que a gravidez, por si só, seja um risco para Covid-19 ou que mulheres grávidas tenham maior risco do que a população geral.
Qual o risco para as crianças? Em caso de infecção, o procedimento é diferenciado?
RESPOSTA: Com base nas evidências disponíveis, as crianças não correm maior risco de adoecimento por Covid-19, em relação aos adultos. Em geral, as crianças apresentam sintomas mais leves da doença. Entretanto, mesmo crianças podem ter agravamento da doença. Crianças com sinais e sintomas respiratórios, com febre que não baixa, dificuldade para respirar ou que parecem não estar bem devem ser levadas a uma unidade de saúde.
Existe registro de crescimento da doença entre os jovens, inclusive com casos graves?
RESPOSTA: Por ser um vírus novo, a suscetibilidade é geral, ou seja, todas as pessoas e faixas etárias estão sob risco de adoecimento. Os casos graves de Covid-19 não são exclusivos para os grupos considerados de risco elevado, como os idosos. Por isso, o mais importante é adotar as medidas preventivas, como o isolamento físico.
Trabalhadores usuários do transporte público estão mais expostos?
RESPOSTA: Qualquer local de aglomeração aumenta o risco de exposição e transmissão do SARS-CoV-2, já que essa transmissão acontece de uma pessoa doente para outra e por contato próximo (contato físico, espirros, tosse, superfícies contaminadas).
Trabalhadores da saúde estão mais expostos? Os casos tendem a ser mais graves entre esses profissionais?
RESPOSTA: Os profissionais da saúde que atuam diretamente na assistência aos casos suspeitos ou confirmados de Covid-19, dada a especificidade do trabalho que desenvolvem, são considerados um grupo vulnerável. Alguns países, como Itália e Espanha, identificaram que, respectivamente, 10% e 12% dos casos de Covid-19 ocorreram em profissionais da saúde. No Brasil, já foram confirmados diversos casos de profissionais da saúde que adoeceram.
Qual a situação das populações indígenas?
RESPOSTA: Considerando a reconhecida vulnerabilidade das populações indígenas às doenças respiratórias e em função do risco de transmissão do novo coronavírus, foi elaborado o “Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus (Covid-19) em Povos Indígenas”. Mais informações na página do Ministério da Saúde
CARACTERÍSTICAS DO VÍRUS
Qual é a gravidade?
Esta pergunta foi respondida no podcast “Viralizados”. Confira abaixo:
https://soundcloud.com/fiocruzbrasilia/viralizados-qual-e-a-gravidade-da-covid-19
Afinal, quem é esse novo coronavírus e, se ele é novo, quem seriam os antigos coronavírus?
Esta pergunta foi respondida no podcast “Viralizados”. Confira abaixo:
https://soundcloud.com/fiocruzbrasilia/podcast-viralizados-que-virus-e-esse
Por que vários desses novos vírus começam na China? Seria uma coincidência ou não?
Esta pergunta foi respondida no podcast “Viralizados”. Confira abaixo:
https://soundcloud.com/fiocruzbrasilia/viralizados-o-novo-coronavirus
Qual a capacidade de mutação do coronavírus?
RESPOSTA: Ainda não se sabe ao certo, mas, aparentemente, os vírus que estão causando a doença nos diferentes países do mundo não são muito diferentes geneticamente.
O que ainda não se sabe sobre o Covid-19?
RESPOSTA: Existem ainda muitas incertezas em relação ao novo coronavírus, como a letalidade, por exemplo.
O que devemos esperar para os próximos meses com relação ao vírus?
RESPOSTA: É mais uma das incertezas. Em alguns países, como na China, estima-se em três meses a duração da epidemia, mas isso pode variar de um lugar para outro. O ideal seria uma duração mais longa, mas com um aumento menos abrupto do número de casos, com menos pessoas doentes ao mesmo tempo.
É verdade a notícia que tem circulado a respeito de pessoas testando positivo para o coronavírus semanas após serem consideradas curadas? Se sim, o que isso nos diz sobre este vírus?
RESPOSTA: Sim, é verdadeira essa notícia. Alguns pacientes, especialmente na China, voltaram a apresentar resultados positivos em testes laboratoriais, dias após não apresentarem mais sintomas. No entanto, como o vírus SARS-CoV-2 é ainda pouco conhecido, não existem estudos suficientes sobre esses achados. Algumas hipóteses têm sido levantadas, como, por exemplo, a alta sensibilidade do teste diagnóstico utilizado (PCR), que pode estar captando fragmentos remanescentes da infecção pelo coronavírus. Outra possibilidade é que o teste cujo resultado foi negativo pode não ter sido feito de forma adequada. Ou, ainda, o novo coronavírus pode provocar uma infecção bifásica, isto é, ele persistiria no organismo e, após algum tempo, reapareceria com outros sintomas. Mas tudo isso são hipóteses na tentativa de explicar esses achados.
Leu o guia e não encontrou a resposta que procurava? Ela pode estar também em nosso podcast “Viralizados”, nas plataformas Spotify e SoundCloud. Mas, se não encontrar agora, não se preocupe. As duas estratégias – guia e podcast – estão em permanente atualização e, em breve, teremos mais informações aqui. Inclusive, as respostas poderão ser atualizadas conforme avançam as evidências científicas sobre o assunto. Não deixe de acessar o nosso site e indicá-lo aos amigos e à família.
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Fonte: https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/coronavirus-tire-suas-duvidas-aqui/
Matéria atualizada em 1º/04/2020.
Fonte: https://www.saude.gov.br/campanhas/46452-coronavirus