0265/2025 - A saúde mental de estudantes de pós-graduação no contexto da pandemia da covid-19: uma revisão de escopo The mental health of postgraduate students in the context of the COVID-19 pandemic: a scoping review
A pandemia de covid-19 impactou significativamente a saúde pública e a sociedade, alterando a vida cotidiana e as relações interpessoais. Este estudo objetiva mapear evidências científicas sobre a saúde mental de estudantes de pós-graduação (mestrado e doutorado) durante a pandemia, por meio de uma revisão de escopo e registrada na Open Science Framework (DOI: https://osf.io/jbem6). Usou-se o acrônimo PCC (population, concept, context) para definir a população como estudantes de pós-graduação, o conceito como saúde mental, e o contexto como a pandemia de covid-19. A coleta de dados foi realizada em julho de 2023, resultando em 2.575 artigos, dos quais, 23 foram selecionados. A maioria dos estudos foi realizada na América do Norte e na China, com predominância de estudos transversais. Os resultados indicam aumento da prevalência de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, influenciados pela interrupção dos trabalhos acadêmicos. A satisfação com a vida foi positivamente associada ao otimismo, e negativamente à depressão e ao estresse. Conclui-se que a pandemia agravou desafios à saúde mental dos estudantes, destacando a necessidade de estratégias de apoio inclusivas capazes de atender às diversas necessidades desse grupo durante e além de períodos de crise global.
Palavras-chave:
Saúde Mental; Programas de Pós-Graduação em Saúde; COVID-19; Pandemias; Esgotamento Emocional.
Abstract:
The COVID-19 pandemic has significantly impacted public health and society, altering everyday life and interpersonal relationships. This study aims to map scientific evidence on the mental health of postgraduate students (master's and doctoral) during the pandemic, through a scoping review and registered in the Open Science Framework (DOI: https://osf.io/jbem6). The acronym PCC (population, concept, context) was used to define the population as postgraduate students, the concept as mental health, and the context as the COVID-19 pandemic. Data collection took place in July 2023, resulting in 2,575 articles, of which 23 were selected. Most of the studies were carried out in North America and China, with a predominance of cross-sectional studies. The results indicate an increase in the prevalence of mental disorders, such as anxiety and depression, influenced by the interruption of academic work. Life satisfaction was positively associated with optimism, and negatively with depression and stress. It is concluded that the pandemic has exacerbated mental health challenges for students, highlighting the need for inclusive support strategies capable of meeting the diverse needs of this group during and beyond periods of global crisis.
Keywords:
Mental Health; Health Postgraduate Programs; COVID-19; Pandemics; Psychological Distress.
Conteúdo:
INTRODUÇÃO
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou situação de pandemia de covid-19 em março de 2020, levando à adoção de medidas de distanciamento social, visando a minimizar a disseminação do coronavírus, agente causador da doença. Dessa forma, o cotidiano da vida acadêmica também foi alterado, com aulas suspensas, restrição dos deslocamentos de pessoas, entre outras situações. Tais estratégias, necessárias do ponto de vista sanitário, resultaram em redução do convívio social presencial, adoção do uso de tecnologias de informação e comunicação, o que causou repercussões negativas na saúde mental. Estudos demonstraram aumento de sintomas de depressão e sentimentos de ansiedade, além de piora nos estilos de vida e satisfação com a vida1,2.
A pandemia da covid-19 teve grande impacto na saúde pública, resultando em mudanças significativas em várias dimensões da sociedade, influenciando a forma como as pessoas percebem o mundo. As implicações sociais da pandemia envolvem alterações na vida cotidiana das populações, implicações nas relações interpessoais nas famílias, nas escolas e nos ambientes de trabalho. Além disso, a pandemia teve efeitos na economia e na geopolítica3. Uma pandemia não é apenas um fenômeno médico. Ela afeta os indivíduos inseridos na sociedade e causa perturbações mentais, ansiedade, estresse, estigma e xenofobia. O isolamento, o distanciamento social, o encerramento de institutos educativos, locais de trabalho, locais de culto e centros de entretenimento levaram as pessoas a permanecerem confinadas em suas casas para ajudar a travar a cadeia de transmissão. Porém, essas medidas restritivas afetaram a saúde mental e social dos indivíduos4,5,6.
De acordo com a OMS, faz-se necessária a prevenção primária da saúde mental ao público em geral e a grupos específicos com o objetivo indispensável da gestão da pandemia de covid-19, abrangendo todas as faixas etárias, desde a juventude até a idade adulta. Contudo, para apoiar com sucesso a saúde mental, o bem-estar e o comportamento nos domínios sociais da vida das pessoas que sofreram algum impacto na saúde mental durante a pandemia de covid-19, é necessário compreender cientificamente como as pessoas vivenciam esse período, reagem psicologicamente e como pensam, sentem, sofrem e lidam com essa situação, além de como estão administrando a percepção de ameaça, como percebem e regulam suas emoções e comportamentos2,7,8.
Nesse contexto de distanciamento humano, ocorreram mudanças na vida dos estudantes de pós-graduação. O home office e a restrição ao ambiente universitário impossibilitaram a companhia física de colegas e professores, o que exigiu dos alunos adaptação às novas regras de comportamento, aumentando incertezas. Porém, quando o cenário de insegurança entra em conflito com rotinas e hábitos, existe o aumento do risco de desenvolvimento de estresse e outros problemas mentais. Embora a maioria dos alunos esteja familiarizada com o ambiente digital, a mudança repentina da forma de comunicação presencial para formas digitais como meio exclusivo de interação torna-se um fator de impacto para os alunos nos aspectos físico e mental, de diferentes maneiras. Dessa forma, a pandemia e suas consequências são percebidas de diferentes formas, segundo a individualidade e a personalidade de cada pessoa, considerando seus estados cognitivo, afetivo e motivacional8,9.
A literatura científica vem demonstrando uma preocupação cada vez maior com a saúde mental dos estudantes universitários, principalmente dos alunos de pós-graduação10,11. Indícios de ansiedade e depressão, bem como ideação suicida, foram proeminentes no ambiente universitário10. O ambiente de pós-graduação é excessivamente desafiador. As exigências impostas aos pós-graduandos são maiores do que as exigidas dos alunos de graduação. Cursar o mestrado ou doutorado é uma tarefa desafiadora devido a diversos fatores, como a elaboração de teses/dissertações, os exames de qualificação, participação em eventos, créditos de conclusão de curso, publicação de artigos em revistas relevantes. Além disso, existem dificuldades financeiras, familiares, pessoais, emocionais, profissionais, conjugais, entre outras. Esses desafios acabam afetando a saúde física e, o mais importante, a saúde mental dessa população12.
Dessa forma, analisando a temática abordada, diante do contexto da pandemia da covid-19, e com a necessidade de identificar e mapear as evidências científicas sobre a saúde mental dos estudantes de pós-graduação, emergiu o seguinte questionamento: “quais são as evidências científicas da pandemia da covid-19 relacionadas à saúde mental dos estudantes de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado)?”.
METODOLOGIA
Tipo de estudo
Trata-se de uma revisão de escopo construída de acordo com as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR), que tem como finalidade mapear as evidências científicas, sem avaliar a qualidade metodológica, levando em consideração a extensão, o alcance e a natureza de um determinado tema13,14.
Esse tipo de revisão permite mapear a extensão, a natureza e os principais conceitos que conformam o campo de conhecimento, sendo particularmente útil quando os temas são complexos ou ainda não completamente delimitados na literatura15-17. Diferentemente da revisão sistemática, que busca responder a uma pergunta específica com rigor metodológico e critérios de qualidade, a revisão de escopo visa a identificar lacunas no conhecimento, reunir conceitos-chave e orientar pesquisas futuras.
A escolha dessa abordagem justifica-se pela diversidade e heterogeneidade das evidências disponíveis sobre a saúde mental de estudantes de pós-graduação durante a pandemia, exigindo uma abordagem que compreenda tanto aspectos objetivos quanto subjetivos presentes nas publicações15-17.
Para condução da revisão, as recomendações de estruturação do Manual do Joanna Briggs Institute – JBI Manual for Evidence Synthesis18 – foram seguidas, visando a uma qualidade metodológica mais rigorosa para construção de um trabalho completo e preciso. Desse modo, o primeiro passo para a revisão foi a criação do protocolo descrevendo todos os passos metodológicos, que foi devidamente registrado na Open Science Framework (OSF) (DOI:10.17605/OSF.IO/JBEM6) e publicado na revista Contribuciones A Las Ciencias Sociales19.
Critérios de elegibilidade
Para a criação da pergunta da pesquisa, foi utilizado o acrônimo PCC (population, concept e context). Portanto, “population (P)” foi definido como estudantes de pós-graduação stricto sensu – mestrado e doutorado –, enquanto “concept (C)” foi determinado como saúde mental, e abordará as psicopatologias que mais acometeram a população. Por último, definiu-se o “context (C)” para englobar os estudos que discutem a saúde mental dos estudantes de pós-graduação stricto sensu durante o período da pandemia de covid-19, para que, a partir disso, obtenha-se resposta para a seguinte questão: “quais são as evidências científicas da pandemia da covid-19 e sua relação com a saúde mental dos estudantes de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado)?”.
Foram incluídos na revisão todos os estudos publicados em língua inglesa, portuguesa e espanhola, a partir de 2020, sendo eles experimentais e quase-experimentais, além de estudos observacionais analíticos, estudos de caso-controle e estudos transversais, observacionais descritivos, pesquisas qualitativas, desde que conduzidos com estudantes de mestrado e doutorado, em qualquer região do mundo, sem distinção de sexo, idade ou etnia.
Estratégia de busca
A elaboração da estratégia de busca foi acompanhada por uma especialista bibliotecária, para que fossem adequados os termos de acordo com as particularidades de cada base de dados e obtida uma melhor filtragem dos resultados. Dessa forma, os termos de busca controlados adotados na estratégia de busca foram identificados na base do Descritores de Ciência e Saúde (DeCS) e do Medical Subject Headings (MeSH), e combinados com os operadores booleanos (AND, OR) nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, Excerpta Medica Database (Embase), SciVerse Scopus, Web of Science, PsycINFO, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). A busca na literatura cinzenta foi realizada a partir do ProQuest Dissertation and Thesis e do Google Scholar. As estratégias de busca utilizadas para cada base de dados, de acordo com suas particularidades, estão descritas no Quadro 1.
Quadro 1. Estratégias de busca utilizadas nas bases de dados, João Pessoa, Brasil, 2023.
Seleção dos estudos
As buscas nas bases de dados foram realizadas no mês de julho de 2023, e os arquivos foram exportados para o software Rayyan®20 para a realização do processo de seleção, que seguiu o fluxograma PRISMA21. Os arquivos duplicados foram removidos, e o processo de busca e seleção iniciado, contemplando duas fases. Na fase 1, as publicações foram avaliadas pelo título, resumo e palavras-chave. Na fase 2, foi realizada a leitura completa dos arquivos selecionados na fase 1. O processo foi desenvolvido por dois revisores independentes, e, para a seleção dos artigos em discordância, foi realizada uma reunião de consenso para solucionar as discordâncias. No processo de coleta de dados, foi preenchido um formulário desenvolvido especialmente para a pesquisa, contendo informações básicas sobre os estudos elegíveis. O formulário incluiu: autor, título, ano de publicação, país, periódico, desenho do estudo, objetivo, participantes, técnica da coleta de dados, resultados, impactos da covid-19 na saúde mental dos mestrandos e doutorandos.
A discussão dos resultados ancorou-se na compreensão do sofrimento mental vivido por mestrandos e doutorandos como expressão do sofrimento ético-político descrito por Sawaia (1999)22, procurando não o reduzir a uma experiência individual ou a transtornos isolados. Trata-se de um sofrimento que é a expressão do viver em tempos de covid-19 e, na perspectiva institucional, na trilha formativa na pós-graduação, atravessada por exigência de desempenho, avaliação e produtividade acadêmica, que demarcam tensões.
RESULTADOS
O processo de coleta nas bases de dados resultou em 2.575 artigos, sendo 2.384 na literatura branca e 191 na literatura cinzenta. Foram removidas 1.153 duplicatas, o que resultou em 1.422 artigos elegíveis para leitura por título e resumo. A partir dessa leitura, 1325 foram excluídos por não responderem à questão da pesquisa, e 97 foram selecionados para serem lidos na íntegra. Após a leitura final, 74 artigos não cumpriam os critérios para elegibilidade, fazendo com que 23 artigos fossem selecionados para compor a revisão.
O fluxograma do estudo (Figura 1) mostra a seleção dos estudos e todos os motivos que levaram à exclusão das publicações nas fases do estudo.
Figura 1: Fluxograma contendo o processo de seleção dos artigos
A Figura 2 destaca a distribuição geopolítica, evidenciando os países que mais realizaram estudos (escala azul na tonalidade mais escura), sendo eles: Estados Unidos (9 estudos), China (4 estudos), Brasil e Hungria (2 estudos cada). Os países com menos estudos (destacados na tonalidade azul clara) são: Alemanha, Arábia Saudita, Espanha, Filipinas, Reino Unido e Turquia, com apenas um estudo em cada país.
A dimensão temporal das investigações analisadas foi de 2020 a julho de 2023, com maior concentração de estudos nos anos de 2022 e 2023 (8 em cada ano), correspondendo, portanto, a 69,56% dos estudos selecionados. O delineamento dos estudos incluídos na amostra foram: transversais (n=21; 91,3%), longitudinais (n=1; 4,35%) e qualitativos (n=1; 4,35%).
A produção de conhecimento sobre a saúde mental de estudantes de pós-graduação no período da pandemia da covid-19 foi concentrada na América do Norte (EUA), com 9 estudos (39,13%), e China, com 4 estudos (17,39%), totalizando 56,52% dos estudos.
Figura 2. A pandemia da Covid-19 e a relação com a saúde mental de estudantes de pós-graduação stricto sensu, 2023.
No quadro 2, podemos observar que os principais temas abordados pelos estudos são: perfil epidemiológico (transtornos mentais mais frequentes) e fatores associados, principais dificuldades dos estudantes de pós-graduação no período da pandemia, práticas de autocuidado e utilização de serviços de saúde.
Após avaliação dos artigos com base na pergunta de pesquisa, foi possível observar que os níveis de estresse, ansiedade e depressão aumentaram durante o período da covid-19, trazendo maiores impactos para a saúde mental dos pós-graduandos.
Os principais resultados apresentam aumento da prevalência de transtornos mentais comuns e fatores associados durante a pandemia da covid-19; o sofrimento psíquico aumentou ao longo das três fases da pandemia da covid-19 – houve aumento em graus variados de ansiedade e depressão. Foi evidenciado que a impossibilidade de dar continuidade aos trabalhos acadêmicos refletiu no aumento da ansiedade e na diminuição da motivação. Outros estudos evidenciaram que a satisfação com a vida e a felicidade foram associadas positivamente ao otimismo sobre o futuro durante a pandemia de covid-19, enquanto a depressão e o estresse foram associados negativamente. Também houve um aumento da funcionalidade familiar, do enfrentamento e do apoio social, reduzindo o nível de burnout.
Quadro 2: Características dos estudos incluídos sobre a pandemia da covid-19 e a relação com a saúde mental de estudantes de pós-graduação stricto sensu
A figura 3 traz as palavras mais citadas nos trabalhos científicos coletados para realizar a composição desta revisão de escopo.
Figura 3. Termos recorrentes nos estudos selecionados
DISCUSSÃO
Os estudos revelaram a existência de sofrimento mental causado pela relação entre a dependência de internet, o medo, a ansiedade e a depressão em pós-graduandos, em tempos de pandemia, o que também corrobora os resultados de outros estudos, que, ao tratarem da falta de interações pessoais, da sobrecarga digital e da dificuldade dos estudantes em manter o foco em meio ao ambiente doméstico, apontam todo esse contexto como mais um conjunto de elementos que reforçam um potencial desgaste mental causado aos estudantes23,24.
Em contrapartida, o estudo de Varadarajan; Brown e Chalkley (2021)25 identificou resultados positivos quanto à adaptação aos ambientes virtuais, mesmo diante da interrupção do processo de investigação e do impacto em suas aprendizagens, considerando o fechamento temporário das universidades.
Nos Estados Unidos, país onde a depressão e a ansiedade estão entre os transtornos mentais mais prevalentes, foi constatado que cerca de 89% dos estudantes relataram ter depressão de moderada a grave, enquanto 76% dos estudantes relataram ansiedade em níveis moderados a graves. Além disso, foi identificado o sentimento de solidão como um fator de risco relatado pelos pós-graduandos. Também foi observada uma correlação entre o apoio emocional e a presença de filhos como elementos protetores contra a depressão23.
Percebe-se, portanto, que a trilha formativa na pós-graduação é um cenário de ambivalência: por um lado, facilita o aprendizado e o desenvolvimento de pesquisas que geram conhecimentos, e, por outro, apresenta mecanismos de controle simbólico, cobranças e, por vezes, hierarquização dos saberes/fazeres entre os sujeitos. Esse cenário revela-se produtivo de sofrimento, que não se explica apenas pela carga de trabalho ou pela angústia do que há por vir no futuro profissional, mas apresenta-se com densidade ética e política no percurso formativo. Negar a existência do sofrimento, no contexto da produtividade, não considerando o bem-viver e o cuidar-se, contribui para um processo de naturalização do adoecimento26, 27.
Adicionam-se, ainda, as definições de padrões sociais de sucesso, felicidade, consumo, desempenho acadêmico, produtividade e o produtivismo, o que reverbera em um processo de medicamentalização de vidas e sofrimento. Assim, caminhos que rumam em outra direção, diferente dessa apresentada, são vistos como patológicos. Desconsidera-se que fazem parte do viver a experimentação de vários sentimentos e emoções, entre os quais, a angústia. Por outro lado, a Pós-Graduação não precisa ser um lugar de promoção ou de manutenção de adoecimento mental28.
O sofrimento mental dos pós-graduandos não pode ser compreendido apenas por indicadores estatísticos, mas exige uma leitura ampliada que considere as dimensões subjetivas, simbólicas e estruturais desse processo. Sofrimento ético-político, conceito postulado por Sawaia22 em 1999, é um fenômeno causado pela situação social da pessoa, que a coloca em uma posição de subalternidade e/ou inferioridade. Quando as determinações sociais que produzem esse sofrimento permanecem inalteradas, ele tende a se cristalizar como potência desse sofrimento, estado em que a reatividade prevalece sobre a ação, o que reforça o adoecimento22,29.
Nessa direção, a perspectiva do sentido da saúde, nesse cenário, precisa ser revista, uma torção que não considere a abordagem biomédica, com sintomas e desequilíbrios simples psicofísicos, mas a partir dos aspectos socioculturais e ambientais, como um processo ético-político de afirmação da vida e da potência humana, diversidades de modos de ser e suas possibilidades, em meio às condições materiais e simbólicas que as limitam27,30.
Assim, considerando esse aporte teórico, o conceito de sofrimento ético-político assim se define para indicar uma compreensão da servidão ou da operação política de dominação como experiência, encontros que nos enredam em ideias inadequadas e nos submetem ao desejo de outros; ao mesmo tempo, permite retirar os afetos do psiquismo e recolocá-los no jogo político da dominação e da resistência29.
O sofrimento psíquico em ambientes acadêmicos se intensifica na presença de distanciamentos afetivo-institucionais31. Portanto, o sofrimento psíquico não é somente influenciado pela política, mas reflexo das desigualdades estruturais, e isso poderia ser evitado. Nessa perspectiva, o sofrimento é uma categoria analítica e prática das políticas públicas, no campo relações humanas e suas dimensões do viver. Nessa direção reside a noção de potência de ação, ancorada em Espinosa, situando-a na indissociabilidade de encontros de corpos, mentes e afetos23.
Assim, é fundamental que as instituições de ensino ofereçam suporte para a promoção de espaços de diálogo, escuta, apoio, que compreendam a singularidade dos estudantes, de forma a prevenir distúrbios psicológicos e gerenciá-los quando surgirem. Nesse sentido, alguns programas de pós-graduação desempenharam um papel crucial durante a pandemia, fornecendo suporte em período de incertezas e preocupações com a saúde pública, o que se correlacionou positivamente com o otimismo dos estudantes23. No entanto, a revisão de escopo revelou uma lacuna no conhecimento sobre o cuidado com a saúde mental dos estudantes de pós-graduação, especificamente, no papel das instituições acadêmicas, destacando a necessidade de mais estudos nessa área.
Anjos (2022)32 alerta para os impactos da lógica meritocrática e produtivista que impera nas universidades, que desumaniza os corpos e as subjetividades, sobretudo em contextos de crise como o da pandemia. A juventude acadêmica, marcada pela transição identitária e inserção precária no mundo do trabalho, torna-se especialmente vulnerável ao sofrimento mental diante da insegurança e da cobrança de desempenho constante.
No contexto acadêmico, pesquisas indicam que as estruturas de apoio à saúde mental dentro dos campi universitários são essenciais para promover o bem-estar dos estudantes. Essas estruturas oferecem atividades como aconselhamento, terapia e grupos de apoio, permitindo aos alunos discutirem suas questões de saúde mental com profissionais qualificados26,33. Além disso, a literatura sugere que programas de pós-graduação que incentivam o autocuidado durante a formação podem reduzir o estresse dos estudantes e melhorar sua qualidade de vida.
Considerando o contexto de instabilidade imposto pelo cenário pandêmico, diversos aspectos da sociedade foram impactados, como a disponibilidade das ofertas de emprego, suspensão de concursos públicos e até mesmo a destinação de recursos financeiros para investimento na pós-graduação, o que corroborou a ideia de um futuro incerto para os discentes, principalmente aqueles que almejam seguir na carreira acadêmica28. Para grupos de estudantes de origens sub-representadas, em termos de gênero, orientação sexual, raça e etnia, os estudos sugerem a manifestação de experiências ainda mais negativas, relacionadas ao sentimento de pertencimento e maior ameaça, exacerbando o impacto da pandemia para esses grupos34.
Na China, país em desenvolvimento, mas com características muito diferentes do Brasil, observou-se uma correlação entre a saúde mental dos estudantes e a forma como eles se comunicavam com os seus orientadores, apontando que aqueles que estudavam em casa não conseguiam estabelecer uma boa comunicação com os orientadores e colegas, vivenciando um distanciamento psicológico35. No mesmo contexto geográfico, identificou-se, também, que as mulheres apresentaram mais sintomas de ansiedade e estresse quando comparadas aos homens, e que os doutorandos apresentaram maior estresse acadêmico do que os mestrandos, embora estudantes de uma forma geral tenham enfrentado depressão e ansiedade grave, considerando o cenário difícil no qual estavam inseridos36.
No cenário brasileiro, repetiram-se alguns resultados encontrados na China, que apontam para uma maior exposição das mulheres aos sintomas do estresse. Esses achados impossibilitam uma separação do objeto desse estudo de uma perspectiva de gênero que considere a atitude da mulher na sociedade, que, muitas vezes, submetem-se a assumir um grande número de atividades simultaneamente37.
A partir do panorama discutido no presente estudo, vale pontuar que existiram diversos fatores estressores que potencializaram ou desencadearam sofrimento psíquico, de forma a comprometer gradativamente a saúde mental. Existe, também, uma ambivalência de sensações entre os estudantes, pois, ao mesmo tempo que provam do entusiasmo e da satisfação por estarem no ambiente da pós-graduação, incorrem em insegurança, desânimo, inquietações, medos e angústias, potencializadas por uma realidade até então desconhecida38.
Como pontos fortes desta revisão, podem-se citar o número de artigos avaliados (23) e o amplo mapeamento da literatura, que incluiu publicações de diversos países, independentemente do idioma de publicação. Como limitações, destacamos que os estudos são limitados na compreensão do problema, pois são, em sua maioria, transversais, e que outros estudos do tipo longitudinais, de avaliação de impacto das políticas públicas na área de saúde mental e de abordagem qualitativa são necessários para contribuir e aumentar a abrangência do conhecimento da área.
CONCLUSÃO
O mapeamento dos estudos realizados nesta revisão de escopo destaca o agravamento dos desafios à saúde mental enfrentados por estudantes de pós-graduação durante a pandemia de covid-19, intensificando preocupações previamente identificadas na literatura acadêmica. Antes mesmo da emergência sanitária global, a condição de saúde mental desse grupo já era objeto de estudo, destacando fatores de risco como a insegurança financeira, pressões psicológicas e as diversas demandas impostas aos pós-graduandos. Conclui-se que a pandemia de covid-19 não apenas intensificou desafios preexistentes à saúde mental de estudantes de pós-graduação, mas também revelou a necessidade urgente de estratégias de apoio adaptativas e inclusivas, capazes de atender às diversas necessidades desse grupo durante e além dos períodos de crise global.
Nesse cenário, o sofrimento é um sintoma de processos sociais e históricos e de assimetrias nas relações institucionais, que produzem desigualdades, silenciam subjetividades e normalizam o adoecimento. Os achados desta revisão apontam para a necessidade urgente de elaboração e fortalecimento de políticas institucionais de saúde mental nas universidades, com ações voltadas à prevenção, ao acolhimento e cuidado contínuo. Trata-se de promover um movimento coletivo de responsabilização e articulação da comunidade acadêmica na construção de espaços que afirmem a vida e o bem-estar. Programas de tutoria, espaços de escuta ativa, flexibilização curricular em contextos de crise e acesso facilitado a serviços de saúde mental devem ser considerados no planejamento estratégico das instituições. Assim como espaços de discussão sobre essa questão, considerando o pensamento crítico-humanista, o trabalho em equipe e em rede e a corresponsabilização do cuidado.
Além disso, as evidências podem subsidiar políticas públicas nacionais voltadas ao bem-estar dos estudantes da pós-graduação, por meio de financiamento de ações intersetoriais, ampliação de bolsas de permanência, garantia de acesso à internet e valorização da saúde mental como direito humano fundamental. E lançar algumas sugestões de medidas para não apenas enfrentar os determinantes institucionais do adoecimento, mas, também, defender o compromisso ético do Estado e dos Programas de Pós-Graduação com a produção de condições dignas de formação e existência.
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The mental health of postgraduate students in the context of the COVID-19 pandemic: a scoping review
Resumo (abstract):
The COVID-19 pandemic has significantly impacted public health and society, altering everyday life and interpersonal relationships. This study aims to map scientific evidence on the mental health of postgraduate students (master's and doctoral) during the pandemic, through a scoping review and registered in the Open Science Framework (DOI: https://osf.io/jbem6). The acronym PCC (population, concept, context) was used to define the population as postgraduate students, the concept as mental health, and the context as the COVID-19 pandemic. Data collection took place in July 2023, resulting in 2,575 articles, of which 23 were selected. Most of the studies were carried out in North America and China, with a predominance of cross-sectional studies. The results indicate an increase in the prevalence of mental disorders, such as anxiety and depression, influenced by the interruption of academic work. Life satisfaction was positively associated with optimism, and negatively with depression and stress. It is concluded that the pandemic has exacerbated mental health challenges for students, highlighting the need for inclusive support strategies capable of meeting the diverse needs of this group during and beyond periods of global crisis.
Palavras-chave (keywords):
Mental Health; Health Postgraduate Programs; COVID-19; Pandemics; Psychological Distress.
The mental health of postgraduate students in the context of the COVID-19 pandemic: a scoping review
A saúde mental de estudantes de pós-graduação no contexto da pandemia da covid-19: uma revisão de escopo
La salud mental de los estudiantes de posgrado en el contexto de la pandemia de COVID-19: una revisión de alcance
Author:
Breno Estevam Silva de Souza – brenno.estevam@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5590-7441
Co-Author(s):
Eduarda Gomes Onofre de Araújo - eduardaonofre@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7107-6107
Livian Isabel de Medeiros Carvalho - carvalholivianmed@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7605-1523
Gabriela Salgado Colado - gabriellasalgado@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0009-0005-4221-3973
Ardigleusa Alves Coelho - ardigleusacoelho@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8869-3793
Sávio Marcelino Gomes - savio.gomes@academico.ufpb.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6320-2502
Franklin Delano Soares Forte - franklinufpb@gmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4237-0184
Cláudia Helena Soares de Morais Freitas - chsmf@hotmail.com
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0265-5396
ABSTRACT
The COVID-19 pandemic significantly impacted public health and society, altering daily life and interpersonal relationships. This study aims to map scientific evidence on the mental health of postgraduate students (master’s and doctoral) during the pandemic through a scoping review, registered on the Open Science Framework (DOI: https://osf.io/jbem6). The PCC acronym (Population, Concept, Context) was used to define the population as postgraduate students, the concept as mental health, and the context as the COVID-19 pandemic. Data collection was conducted in July 2023, resulting in 2,575 articles, of which 23 were selected. Most studies were conducted in North America and China, with a predominance of cross-sectional studies. The results indicate an increase in the prevalence of mental disorders such as anxiety and depression, influenced by the disruption of academic activities. Life satisfaction was positively associated with optimism and negatively associated with depression and stress. It is concluded that the pandemic worsened mental health challenges among students, highlighting the need for inclusive support strategies capable of addressing the diverse needs of this group during and beyond periods of global crisis.
Keywords: Mental Health; Health Postgraduate Programs; COVID-19; Pandemics; Psychological Distress.
RESUMO
A pandemia de covid-19 impactou significativamente a saúde pública e a sociedade, alterando a vida cotidiana e as relações interpessoais. Este estudo objetiva mapear evidências científicas sobre a saúde mental de estudantes de pós-graduação (mestrado e doutorado) durante a pandemia, por meio de uma revisão de escopo e registrada na Open Science Framework (DOI: https://osf.io/jbem6). Usou-se o acrônimo PCC (population, concept, context) para definir a população como estudantes de pós-graduação, o conceito como saúde mental, e o contexto como a pandemia de covid-19. A coleta de dados foi realizada em julho de 2023, resultando em 2.575 artigos, dos quais, 23 foram selecionados. A maioria dos estudos foi realizada na América do Norte e na China, com predominância de estudos transversais. Os resultados indicam aumento da prevalência de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, influenciados pela interrupção dos trabalhos acadêmicos. A satisfação com a vida foi positivamente associada ao otimismo, e negativamente à depressão e ao estresse. Conclui-se que a pandemia agravou desafios à saúde mental dos estudantes, destacando a necessidade de estratégias de apoio inclusivas capazes de atender às diversas necessidades desse grupo durante e além de períodos de crise global.
Palavras-chave: Saúde Mental; Programas de Pós-Graduação em Saúde; COVID-19; Pandemias; Esgotamento Emocional.
RESUMEN
La pandemia de COVID-19 ha tenido un impacto significativo en la salud pública y en la sociedad, alterando la vida cotidiana y las relaciones interpersonales. Este estudio tiene como objetivo mapear la evidencia científica sobre la salud mental de los estudiantes de posgrado (maestría y doctorado) durante la pandemia, a través de una revisión de alcance y registrado en el Open Science Framework (DOI: https://osf.io/jbem6). Se utilizó el acrónimo PCC (population, concept, context) para definir la población como estudiantes de postgrado, el concepto como salud mental y el contexto como la pandemia COVID-19. La recogida de datos tuvo lugar en julio de 2023, y dio como resultado 2.575 artículos, de los que se seleccionaron 23. La mayoría de los estudios se realizaron en Norteamérica y China, con predominio de estudios transversales. Los resultados indican un aumento de la prevalencia de trastornos mentales, como ansiedad y depresión, influidos por la interrupción del trabajo académico. La satisfacción vital se asoció positivamente con el optimismo, y negativamente con la depresión y el estrés. Se concluye que la pandemia ha exacerbado los problemas de salud mental de los estudiantes, lo que pone de relieve la necesidad de estrategias de apoyo integradoras capaces de satisfacer las diversas necesidades de este grupo durante los periodos de crisis mundial y más allá de ellos.
Palabras clave: Salud Mental; Programas de Posgrado em Salud; COVID-19; Pandemias; Distrés psicológico.
INTRODUCTION
The World Health Organization (WHO) declared the COVID-19 pandemic in March 2020, prompting the adoption of social distancing measures aimed at minimizing the spread of the coronavirus, the causative agent of the disease. Consequently, academic life was also altered, with classes suspended, restrictions on people’s mobility, among other measures. Although necessary from a public health perspective, these strategies resulted in reduced in-person social interactions and the widespread adoption of information and communication technologies, which negatively impacted mental health. Studies have shown an increase in symptoms of depression, anxiety, and a decline in life satisfaction and lifestyle quality¹,².
The COVID-19 pandemic had a major impact on public health, leading to significant changes in various dimensions of society, influencing how people perceive the world. Its social implications include changes in everyday life, interpersonal relationships within families, schools, and workplaces. Moreover, the pandemic affected economic structures and geopolitics³. A pandemic is not merely a medical phenomenon — it affects individuals embedded in society, causing mental distress, anxiety, stress, stigma, and xenophobia. Isolation, social distancing, the closure of educational institutions, workplaces, places of worship, and entertainment centers led people to remain confined in their homes to break the transmission chain. However, these restrictive measures negatively affected the mental and social well-being of individuals⁴,⁵,⁶.
According to the WHO, primary prevention of mental health is necessary for the general public and specific groups as an essential part of managing the COVID-19 pandemic. This includes all age groups, from youth to adulthood. However, to successfully support mental health, well-being, and social behavior among individuals affected during the pandemic, it is necessary to scientifically understand how people experience this period, how they psychologically react — how they think, feel, suffer, and cope — and how they manage their perception of threat, and how they perceive and regulate their emotions and behaviors²,⁷,⁸.
In this context of human distancing, postgraduate students experienced changes in their lives. Remote work and restricted access to university environments prevented face-to-face interactions with peers and professors, requiring students to adapt to new behavioral rules, increasing uncertainty. Although most students are familiar with digital environments, the sudden shift from in-person to exclusively digital communication became a source of physical and mental strain. The pandemic and its consequences are perceived differently by each individual, depending on their cognitive, emotional, and motivational states⁸,⁹.
Scientific literature has increasingly highlighted concerns about the mental health of university students, especially those in postgraduate programs¹⁰,¹¹. Signs of anxiety, depression, and suicidal ideation were prominent in academic settings¹⁰. Graduate education is especially demanding. The requirements placed on postgraduate students are greater than those for undergraduates. Pursuing a master’s or doctoral degree is challenging due to various factors, such as thesis/dissertation writing, qualification exams, participation in events, coursework requirements, and the need to publish in reputable journals. In addition, students face financial, family, personal, emotional, professional, and marital difficulties, among others. These challenges affect their physical and, most importantly, mental health¹².
Thus, given the theme, the COVID-19 context, and the need to identify and map scientific evidence on the mental health of postgraduate students, the following research question emerges: “What are the scientific findings on the impact of the COVID-19 pandemic on the mental health of postgraduate students stricto sensu (master’s and doctoral)?”
METHODOLOGY
Type of study
This is a scoping review built in accordance with the guidelines of the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR), which aims to map scientific evidence without evaluating methodological quality, considering the breadth, scope, and nature of a given topic¹³,¹⁴.
This type of review allows for mapping the extent, nature, and main concepts that shape the field of knowledge and is particularly useful when topics are complex or not yet fully defined in the literature¹⁵,¹⁷. Unlike systematic reviews, which seek to answer a specific question using methodological rigor and quality criteria, scoping reviews aim to identify knowledge gaps, gather key concepts, and guide future research.
The choice of this approach is justified by the diversity and heterogeneity of the available evidence on the mental health of postgraduate students during the pandemic, requiring an approach that considers both objective and subjective aspects present in the publications¹⁵,¹⁷.
To conduct the review, the structuring recommendations from the Joanna Briggs Institute Manual for Evidence Synthesis¹⁸ were followed, aiming for more rigorous methodological quality in constructing a complete and accurate work. Thus, the first step in the review was to create a protocol describing all methodological steps, which was duly registered on the Open Science Framework (OSF) (DOI:10.17605/OSF.IO/JBEM6) and published in the journal Contribuciones A Las Ciencias Sociales¹⁹.
Eligibility Criteria
To formulate the research question, the PCC acronym (Population, Concept, and Context) was used. Therefore, “Population (P)” was defined as stricto sensu postgraduate students – master’s and doctoral levels – while “Concept (C)” was defined as mental health, focusing on the psychopathologies that most affected this population. Finally, the “Context (C)” was defined to encompass studies discussing the mental health of stricto sensu postgraduate students during the COVID-19 pandemic, in order to answer the following question: “What is the scientific evidence on the COVID-19 pandemic and its relationship with the mental health of stricto sensu postgraduate students (master’s and doctoral)?”
The review included all studies published in English, Portuguese, and Spanish from 2020 onward, including experimental and quasi-experimental studies, analytical observational studies, case-control studies, cross-sectional descriptive observational studies, and qualitative research, provided they were conducted with master’s and doctoral students in any region of the world, without distinction of sex, age, or ethnicity.
Search strategy
The development of the search strategy was supported by a specialist librarian, so that the terms would be adapted to the particularities of each database and achieve better filtering of the results. Thus, the controlled search terms adopted in the strategy were identified in the Health Sciences Descriptors (DeCS) and Medical Subject Headings (MeSH), and combined with Boolean operators (AND, OR) in the following databases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, Excerpta Medica Database (Embase), SciVerse Scopus, Web of Science, PsycINFO, and Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS). The search in gray literature was carried out through ProQuest Dissertation and Thesis and Google Scholar. The search strategies used for each database, according to their specificities, are described in Table 1.
Table 1. Search strategies used in the databases, João Pessoa, Brazil, 2023.
Study selection
The searches in the databases were conducted in July 2023, and the files were exported to the software Rayyan®²⁰ for the selection process, which followed the PRISMA²¹ flowchart. Duplicate files were removed, and the search and selection process began, comprising two phases. In phase 1, publications were evaluated by title, abstract, and keywords. In phase 2, a full reading of the files selected in phase 1 was carried out. The process was carried out by two independent reviewers, and for the selection of articles in disagreement, a consensus meeting was held to resolve the divergences. During data collection, a form developed specifically for the research was completed, containing basic information about the eligible studies. The form included: author, title, year of publication, country, journal, study design, objective, participants, data collection technique, results, impacts of COVID-19 on the mental health of master\'s and doctoral students.
The discussion of the results was anchored in the understanding of the mental suffering experienced by master’s and doctoral students as an expression of the ethical-political suffering described by Sawaia (1999)²², seeking not to reduce it to an individual experience or isolated disorders. It is a form of suffering that expresses life in times of COVID-19 and, from an institutional perspective, the formative path in postgraduate education, marked by performance demands, evaluation, and academic productivity, which create pressure.
RESULTS
The data collection process in the databases resulted in 2,575 articles, with 2,384 from white literature and 191 from gray literature. A total of 1,153 duplicates were removed, resulting in 1,422 articles eligible for title and abstract screening. From this screening, 1,325 articles were excluded for not answering the research question, and 97 were selected for full-text reading. After the final reading, 74 articles did not meet the eligibility criteria, leaving 23 articles selected to compose the review.
The study flowchart (Figure 1) shows the selection of the studies and all the reasons for excluding publications during the different phases of the study.
Figure 1: Flowchart showing the article selection process
Figure 2 highlights the geopolitical distribution, showing the countries that conducted the most studies (in darker blue), namely: the United States (9 studies), China (4 studies), Brazil and Hungary (2 studies each). The countries with fewer studies (in lighter blue) are: Germany, Saudi Arabia, Spain, the Philippines, the United Kingdom, and Turkey, each with only one study.
The time frame of the analyzed investigations ranged from 2020 to July 2023, with the highest concentration of studies in the years 2022 and 2023 (8 in each year), corresponding to 69.56% of the selected studies. The design of the studies included in the sample were: cross-sectional (n=21; 91.3%), longitudinal (n=1; 4.35%), and qualitative (n=1; 4.35%).
Knowledge production on the mental health of postgraduate students during the COVID-19 pandemic period was concentrated in North America (USA), with 9 studies (39.13%), and China, with 4 studies (17.39%), totaling 56.52% of the studies.
Figure 2. The COVID-19 pandemic and its relationship with the mental health of stricto sensu postgraduate students, 2023.
In Table 2, we can observe that the main topics addressed by the studies are: epidemiological profile (most frequent mental disorders) and associated factors, main difficulties faced by postgraduate students during the pandemic, self-care practices, and use of health services.
After evaluating the articles based on the research question, it was observed that levels of stress, anxiety, and depression increased during the COVID-19 period, causing greater impacts on the mental health of postgraduate students.
The main results indicate an increase in the prevalence of common mental disorders and associated factors during the COVID-19 pandemic; psychological distress increased throughout the three phases of the pandemic — with varying degrees of anxiety and depression. It was shown that the inability to continue academic work led to increased anxiety and decreased motivation. Other studies showed that life satisfaction and happiness were positively associated with optimism about the future during the COVID-19 pandemic, while depression and stress were negatively associated. There was also an increase in family functioning, coping strategies, and social support, which reduced the level of burnout.
Table 2: Characteristics of the included studies on the COVID-19 pandemic and its relationship with the mental health of postgraduate students stricto sensu
Figure 3 presents the most frequently cited words in the scientific works collected for the composition of this scoping review.
Figure 3. Recurring terms in the selected studies
DISCUSSION
The studies revealed the presence of mental distress caused by the relationship between internet dependency, fear, anxiety, and depression in postgraduate students during the pandemic. This finding also corroborates results from other studies that, by addressing the lack of personal interactions, digital overload, and students’ difficulty maintaining focus in the home environment, identify this entire context as another set of elements reinforcing the potential mental exhaustion experienced by students²³,²⁴.
On the other hand, the study by Varadarajan, Brown, and Chalkley (2021)²⁵ identified positive results regarding adaptation to virtual environments, even in the face of interruptions to research processes and the impact on learning due to the temporary closure of universities.
In the United States, a country where depression and anxiety are among the most prevalent mental disorders, it was found that about 89% of students reported moderate to severe depression, while 76% reported moderate to severe anxiety. Additionally, feelings of loneliness were identified as a risk factor reported by postgraduate students. A correlation between emotional support and the presence of children was also observed as protective elements against depression²³.
Therefore, it can be observed that the educational path in graduate studies is a scenario of ambivalence: on the one hand, it facilitates learning and the development of research that generates knowledge; on the other hand, it presents mechanisms of symbolic control, demands, and, at times, a hierarchy of knowledge and practices among individuals. This scenario becomes productive of suffering, which cannot be explained solely by workload or anxiety about the professional future, but rather presents ethical and political density along the training journey. Denying the existence of suffering in a context of productivity, without considering well-being and self-care, contributes to a process of naturalizing illness²⁶,²⁷.
Furthermore, definitions of social standards of success, happiness, consumption, academic performance, productivity, and productivism are added, which resonate in a process of medicalizing lives and suffering. Thus, paths that deviate from this imposed model are seen as pathological. It is overlooked that experiencing a wide range of feelings and emotions—including anguish—is part of life. On the other hand, postgraduate education does not have to be a place of promoting or sustaining mental illness²⁸.
The mental suffering of postgraduate students cannot be understood solely through statistical indicators; it requires a broader reading that considers the subjective, symbolic, and structural dimensions of this process. Ethical-political suffering, a concept proposed by Sawaia²² in 1999, is a phenomenon caused by the individual\'s social situation, placing them in a position of subordination and/or inferiority. When the social determinants that produce this suffering remain unchanged, it tends to crystallize into a powerful form of suffering, a state in which reactivity prevails over action, reinforcing illness²²,²⁹.
In this sense, the concept of health in this context must be revised—not from a biomedical approach based on symptoms and simple psychophysical imbalances, but from sociocultural and environmental aspects, as an ethical-political process of affirming life and human potential, the diversity of ways of being and their possibilities, within the material and symbolic conditions that limit them²⁷,³⁰.
Thus, based on this theoretical framework, the concept of ethical-political suffering is defined as a way of understanding servitude or the political operation of domination as experience—encounters that entangle us in inadequate ideas and subject us to the desires of others; at the same time, it allows us to remove affects from the psyche and reposition them within the political dynamics of domination and resistance²⁹.
Psychic suffering in academic environments is intensified by affective-institutional detachment³¹. Therefore, psychic suffering is not only influenced by politics, but also reflects structural inequalities, and this could be avoided. From this perspective, suffering is an analytical and practical category within public policy, in the field of human relations and the dimensions of life. In this direction lies the notion of power to act, anchored in Spinoza, situated in the inseparability of body, mind, and affective encounters²³.
Thus, it is essential that educational institutions provide support to promote spaces for dialogue, listening, and assistance, that recognize the uniqueness of each student, in order to prevent and manage psychological disorders when they arise. In this regard, some postgraduate programs played a crucial role during the pandemic, offering support during a time of uncertainty and concern for public health, which correlated positively with students\' optimism²³. However, the scoping review revealed a gap in knowledge regarding mental health care for postgraduate students, specifically concerning the role of academic institutions, highlighting the need for further studies in this area.
Anjos (2022)³² warns about the impacts of the meritocratic and productivist logic that prevails in universities, which dehumanizes bodies and subjectivities, especially in crisis contexts like the pandemic. Academic youth, marked by identity transitions and precarious entry into the labor market, become especially vulnerable to mental suffering in the face of insecurity and constant performance demands.
In the academic context, research indicates that mental health support structures within university campuses are essential for promoting student well-being. These structures offer activities such as counseling, therapy, and support groups, allowing students to discuss mental health issues with qualified professionals²⁶,³³. Additionally, the literature suggests that postgraduate programs that encourage self-care during training can reduce student stress and improve their quality of life.
Given the instability imposed by the pandemic scenario, various aspects of society were affected, such as the availability of job opportunities, suspension of public service exams, and even the allocation of financial resources for investment in postgraduate studies, reinforcing the idea of an uncertain future for students—especially those aiming to pursue an academic career²⁸. For student groups from underrepresented backgrounds in terms of gender, sexual orientation, race, and ethnicity, studies suggest even more negative experiences, related to a sense of belonging and increased perceived threat, exacerbating the impact of the pandemic on these groups³⁴.
In China—a developing country with characteristics very different from Brazil—a correlation was observed between students’ mental health and the way they communicated with their advisors, showing that those studying from home were unable to maintain good communication with their advisors and colleagues, leading to psychological distancing³⁵. In the same geographic context, it was also found that women exhibited more symptoms of anxiety and stress compared to men, and that doctoral students experienced more academic stress than master’s students, although students in general faced severe depression and anxiety, given the difficult circumstances they were in³⁶.
In the Brazilian context, some of the results found in China were repeated, pointing to a greater exposure of women to stress symptoms. These findings make it impossible to separate the object of this study from a gender perspective that considers the role of women in society, who often take on a large number of simultaneous responsibilities³⁷.
Based on the panorama discussed in this study, it is worth highlighting that several stressors contributed to or triggered psychological suffering, gradually compromising mental health. There is also an ambivalence of feelings among students, who, while experiencing enthusiasm and satisfaction from being in the postgraduate environment, also suffer from insecurity, discouragement, restlessness, fear, and anxiety, intensified by a reality previously unknown³⁸.
As strengths of this review, we can mention the number of articles evaluated (23) and the broad mapping of the literature, which included publications from various countries regardless of publication language. As limitations, we highlight that the studies are limited in understanding the problem, as most are cross-sectional, and that other types of research—such as longitudinal studies, evaluations of the impact of public mental health policies, and qualitative approaches—are needed to contribute to and expand the knowledge in this field.
CONCLUSION
The mapping of studies conducted in this scoping review highlights the worsening of mental health challenges faced by graduate students during the COVID-19 pandemic, intensifying concerns previously identified in the academic literature. Even before the global health emergency, the mental health condition of this group was already the subject of study, pointing out risk factors such as financial insecurity, psychological pressures, and the various demands imposed on graduate students. It is concluded that the COVID-19 pandemic not only intensified pre-existing mental health challenges for graduate students but also revealed the urgent need for adaptive and inclusive support strategies capable of meeting the diverse needs of this group during and beyond periods of global crisis.
In this context, suffering is a symptom of social and historical processes and of asymmetries in institutional relations, which produce inequalities, silence subjectivities, and normalize illness. The findings of this review point to the urgent need to develop and strengthen institutional mental health policies in universities, with actions focused on prevention, support, and ongoing care. This involves promoting a collective movement of accountability and coordination within the academic community to build spaces that affirm life and well-being. Mentorship programs, active listening spaces, curricular flexibility in times of crisis, and facilitated access to mental health services should be considered in the strategic planning of institutions. Likewise, spaces for discussing this issue should be included, considering critical humanistic thinking, teamwork and networking, and shared responsibility for care.
Furthermore, the evidence can support national public policies aimed at the well-being of graduate students through the funding of intersectoral actions, expansion of scholarships for living expenses, guaranteed internet access, and the recognition of mental health as a fundamental human right. It may also offer suggestions for measures not only to address the institutional determinants of mental illness but also to uphold the ethical commitment of the State and Graduate Programs to ensuring dignified conditions for education and existence.
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Como
Citar
Souza, BES, Araújo, EGO, Carvalho, LIM, Colado, GS, Coelho, AA, Gomes, SM, Forte, FDS, Freitas, CHSM. A saúde mental de estudantes de pós-graduação no contexto da pandemia da covid-19: uma revisão de escopo. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2025/jul). [Citado em 05/12/2025].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/a-saude-mental-de-estudantes-de-posgraduacao-no-contexto-da-pandemia-da-covid19-uma-revisao-de-escopo/19741?id=19741