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0528/2013 - Corpo e finitude – a escuta do sofrimento como instrumento de trabalho em instituição oncológica
Body and finitude – listening at the patient suffering as a working tool in the oncological institution

Autor:

• Juliana de Miranda e Castro Arantes - Castro-Arantes, J.M. - Rio de Janeiro, RJ - INCA - <ju.castro@terra.com.br>

Coautor(es):

• Anna Carolina Lo Bianco - Lo Bianco, A.C. - UFRJ - <aclobianco@uol.com.br>


Área Temática:

Não Categorizado

Resumo:

Partindo de questões suscitadas no cotidiano da assistência a pacientes que chegam à Clínica da Dor do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o artigo procura examinar as consequências que traz, para o psíquico, o fato dele estar indissociavelmente ligado ao corpo. Quase sempre afetada profundamente pela doença, a concepção do corpo próprio traz alterações importantes quanto à identificação do sujeito, acarretando disfunções psíquicas, que não só causam sofrimento, como comprometem o tratamento oncológico. Desenvolvendo a conceituação psicanalítica do corpo, ressalta a incidência da linguagem e da fala em sua constituição, que não coincide com a do corpo biológico. Em seguida demonstra que a escuta da fala do paciente, por parte do profissional, é um instrumento de trabalho fundamental em instituição oncológica. Conclui por caracterizar duas posições possíveis a serem ocupadas por aquele que lida com a morte e com a finitude: poupar-se a si próprio do encontro com a dimensão finita e perecível da vida, sentindo pena do paciente, resignando-se e demitindo-se desse encontro; ou escutá-lo com compaixão, reconhecendo o inexorável comum a todos, de modo a que o sujeito possa sofrer isso não tão sozinho e venha a elaborar na palavra algo do horror que atravessa.

Palavras-chave:

câncer corpo finitude palavra escuta

Abstract:

Bringing up questions raised in the day to day attendance at patients in the pain clinic of a Brazilian cancer hospital (INCA), the article examines the consequences brought to the psychic dimension of the subject the fact of it being intimately linked to the body. Almost always profoundly affected by the illness, one’s identification is deeply modified by one’s own body conception. This brings along not only suffering, but impair the oncological treatment. Conceptualizing the body from a psychoanalytical point of view, the article emphasizes the importance of language and the spoken word in its constitution. The body conceived by psychoanalysis does not to coincide with the biological body. Next, the importance of hearing the patient speech as an important tool in the work of professionals in the oncological institution is demonstrated. It concludes by tracing two possible positions regarding those dealing with the eminence of death and the finitude of life: one that saving oneself from the encounter with the perishable dimension of life, shows pity for the patient, resigns and relinquishes from this encounter and the other that listen to the patient with compassion, conceding to the inexorability of finitude common to everybody. This may give the chance the person to suffering not completely alone and to working through some of the horror one is enduring.

Keywords:

cancer body finitude word listening

Conteúdo:

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Como

Citar

Castro-Arantes, J.M., Lo Bianco, A.C.. Corpo e finitude – a escuta do sofrimento como instrumento de trabalho em instituição oncológica. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2013/Abr). [Citado em 05/11/2024]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/corpo-e-finitude-a-escuta-do-sofrimento-como-instrumento-de-trabalho-em-instituicao-oncologica/12745?id=12745

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