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0012/2023 - “Minha vida é me cuidar”: itinerários terapêuticos de cuidado para a pessoa idosa em processo de fragilização

Autor:

• Gislaine Alves de Souza - Souza, G.A - <gislaine.as@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4556-2416

Coautor(es):

• Karla Cristina Giacomin - Giacomin, K. C. - <kcgiacomin@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9510-6953

• Josélia Oliveira Araújo Firmo - Firmo, J. O. A. - <joselia.firmo@fiocruz.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5330-476X



Resumo:

O presente trabalho buscou compreender a percepção de pessoas idosas em processo de fragilização sobre seus itinerários terapêuticos de cuidados. Esta pesquisa qualitativa, ancorou-se na Antropologia Médica Crítica. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas no domicílio de 22 pessoas idosas, com média etária de 79 anos. A análise êmica foi guiada pelo modelo dos Signos, Significados e Ações. Todos os(as) entrevistados(as) expressam acessar cuidados profissionais em sua trajetória que são interpretados como: insuficientes, despreparados, preconceituosos, incômodos, contraditórios, (in)acessíveis, um achado, respeitosos e excessivos. Os itinerários terapêuticos revelam-se também nos âmbitos psicossociais e culturais. Diversas ações do dia a dia vão sendo avaliadas e interpretadas no registro do cuidado consigo e justificadas por esse fim: o horário que acorda, que dorme, o que come, como se comporta. Em suas trajetórias, deparam-se com a falta de políticas de cuidados, com o enquadramento de seus corpos como indesejáveis, com barreiras físicas, simbólicas, comunicacionais, atitudinais, sistemáticas, culturais e políticas. Desse modo, revelam o pluralismo terapêutico, os desafios, os enfrentamentos, a insistência e a resistência na manutenção de cuidados ao experienciar velhices com fragilidades.

Palavras-chave:

Saúde do Idoso. Antropologia. Cuidados Culturalmente Competentes.

Abstract:

This paper sought to understand the perception of elderly people in a process of frailty about their therapeutic care itineraries. This is a qualitative study was anchored in Critical Medical Anthropology. Data collection took place through interviews at the homes of 22 elderly people, with an average age of 79 years. The emic analysis was guided by the model of Signs, Meanings and Actions. The results show all interviewees express access to professional care in their trajectory, which are interpreted as: insufficient, unprepared, prejudiced, uncomfortable, contradictory, (in)accessible, a finding, respectful and excessive. Therapeutic itineraries are also revealed in the psychosocial and cultural spheres. Several daily actions are evaluated and interpreted in the record of self-care and justified for this purpose: the time when you wake up, when you sleep, what you eat, how you behave. In their trajectories, they are faced with the lack of care policies, with the framing of their bodies as undesirable, with physical, symbolic, communicational, attitudinal, systematic, cultural and political barriers. In this way, they reveal the therapeutic pluralism, the challenges, the confrontations, the insistence and the resistance in the maintenance of care when experiencing old age with fragilities.

Keywords:

Health of the Elderly. Anthropology. Culturally Competent Care.

Conteúdo:

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Como

Citar

Souza, G.A, Giacomin, K. C., Firmo, J. O. A.. “Minha vida é me cuidar”: itinerários terapêuticos de cuidado para a pessoa idosa em processo de fragilização. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2023/jan). [Citado em 24/12/2024]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/minha-vida-e-me-cuidar-itinerarios-terapeuticos-de-cuidado-para-a-pessoa-idosa-em-processo-de-fragilizacao/18638?id=18638&id=18638

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