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0389/2016 - Pequenas e grandes saúdes: Uma leitura nietzschiana.
Small and great health: A nietzchean reading.

Autor:

• Emília Carvalho Leitão Biato - Biato, E.C.L - UFMT, Departamento de Saúde Coletiva - <emiliacbiato@yahoo.com.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4358-4558

Coautor(es):

• Luciano Bedin da Costa - Bedin da Costa, Luciano - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Estudos Básicos - <bedin.costa@gmail.com>

• Silas Borges Monteiro - Borges Monteiro, Silas - Universidade Federal de Mato Grosso, Teoria e Fundamentos da Educação - <silasmonteiro@ufmt.br>


Área Temática:

Educação em Saúde

Resumo:

Este artigo objetiva problematizar o conceito de saúde, entendendo-o como múltiplo, plural. Para isso, adota o pensamento filosófico de Friedrich Nietzsche como ferramenta analítica, permitindo-nos chegar a uma tipologia que envolve pequenas e grandes saúdes. Enquanto a primeira é normativa e sustentada por um ideal de cura, a segunda passa a ser compreendida enquanto força expansiva, como um estado a que continuamente se conquista. Se, por um lado, uma saúde apequenada obedece a um script prévio de moralização da vida, uma grande saúde diz respeito à expansão daquilo que vive, que afirma seu caráter criador e não instituído pelo rebanho. A concepção de uma grande saúde vai ao encontro da superação dos modelos imperativos que se fixam nas práticas fundadas na biomedicina, aproximando-se das ações coletivas em saúde. No entanto, se por um lado esse movimento amplia o caráter co-participativo entre equipe e usuários do sistema de saúde, ele carece, de outro, de maior radicalidade no que tange os rompimentos com o caráter moral dos processos de saúde-doença. Ao não permitir a recusa de altos e baixos próprios à vida, uma grande saúde compreende como necessária a incorporação da dor e do sofrimento implicados em movimentos de individuação.

Palavras-chave:

Estilo de vidaFilosofiaMoral

Abstract:

The aim of this article is to discuss the concept of health, understanding it as multiple, plural. We adopt Friedrich Nietzsche’s philosophical thought as an analytical tool, allowing us to reach a typology involving large and small health. While the first is normative and sustained by an ideal of healing, the second becomes understood as expansive strength, as a condition that is continually conquered. If the small health follows a previous script of life moralization, a great health is related to the expansion of what one lives, which affirms his/her creative character and which is not established by the herd. The notion of a large health is against the imperatives of overcoming models that attach practices founded in biomedicine, and approaches to collective actions in the health area. Nevertheless, on the one hand, this movement extends the co-participatory nature between staff and users of the health system, on the other hand, it lacks more radical disruptions to the moral factors of the health-disease processes. Not refusing ups and downs of life, a large health understands how necessary it is the incorporation of the pain and suffering involved in individuation movements.

Keywords:

Life stylePhilosophyMorale

Conteúdo:

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Como

Citar

Biato, E.C.L, Bedin da Costa, Luciano, Borges Monteiro, Silas. Pequenas e grandes saúdes: Uma leitura nietzschiana.. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2016/ago). [Citado em 22/12/2024]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/pequenas-e-grandes-saudes-uma-leitura-nietzschiana/15815?id=15815

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