EN PT

Artigos

0213/2025 - Silenciadas pela violência: Um olhar sobre os homicídios de mulheres e meninas indígenas no Brasil (2003-2022)
Silenced by Violence: A Look at the Homicides of Indigenous Women and Girls in Brazil (2003-2022)

Autor:

• Clovis Wanzinack - Wanzinack, C - <wanzinack@ufpr.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1859-763X

Coautor(es):

• Valéria dos Santos de Oliveira - Oliveira, VS - <valeriaso238@gmail.com, valeriaoliveira@ufpr.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7971-2710

• Rafael Olegario dos Santos - Santos, RO - <rafaolegario.5@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4384-2297

• Marcos Claudio Signorelli - Signorelli, MC - <signorelli.marcos@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0677-0121



Resumo:

Objetivou-se examinar a evolução temporal (2003 a 2022) dos homicídios contra Mulheres e Meninas Indígenas (MMI) no Brasil, perfil das vítimas, meios de agressão e distribuição territorial. Estudo ecológico retrospectivo com dados da população de MMI (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e homicídios (Ministério da Saúde); analisados por estatística descritiva, estabelecendo características das vítimas, tipos de homicídio, taxas proporcionais e distribuição geográfica, plotada em mapa utilizando QGIS. Observou-se crescimento de 500% no número de homicídios de MMI entre 2003 e 2022, sendo as mais jovens, solteiras e com menor escolaridade as principais vítimas; em homicídios cometidos principalmente por objetos cortantes/perfurantes e no ambiente doméstico. A Região Centro-Oeste possui maior número de homicídios (n=157) e taxa de 9,7 por 100 mil MMI. Mato Grosso do Sul é o estado com maior número absoluto (n=149) e taxa (15,7 óbitos por 100 mil MMI). Os achados apontam para a urgência de medidas preventivas, destacando a necessidade de intervenções específicas para conter essa escalada de homicídios contra MMI. A identificação de regiões e grupos indígenas mais afetados permite a implementação de estratégias focalizadas, visando a proteção das MMI mais vulneráveis.

Palavras-chave:

Homicídio, Povos Indígenas, Violência contra a Mulher.

Abstract:

We aimed to examine the temporal evolution (2003 to 2022) of homicides against Indigenous women and girls (IWG) in Brazil, victims' profiles, means of aggression, and territorial distribution. We conducted a retrospective ecological study with population data of IWG (Brazilian Institute of Geography and Statistics) and homicides (Ministry of Health); analyzed by descriptive statistics, establishing victim characteristics, types of homicide, proportional rates, and geographical distribution, plotted on map using QGIS. We found a 500% increase in the number of IWG homicides between 2003 and 2022, with the youngest, unmarried, and less educated being the main victims; in homicides mainly committed by cutting/piercing objects and in the domestic environment. The Midwest Region has the highest number of homicides (n=157) and a rate of 9.7 per 100,000 IWG. Mato Grosso do Sul is the state with the highest absolute number (n=149) and rate (15.7 deaths per 100,000 IWA). The findings point to the urgency of preventive measures, highlighting the need for specific interventions to contain this escalation of homicides against IWG. The identification of regions and Indigenous groups most affected enables the implementation of targeted strategies aimed at protecting the most vulnerable IWG.

Keywords:

Homicide, Indigenous Peoples, Violence against Women.

Conteúdo:

Acessar Revista no Scielo

Outros idiomas:







Como

Citar

Wanzinack, C, Oliveira, VS, Santos, RO, Signorelli, MC. Silenciadas pela violência: Um olhar sobre os homicídios de mulheres e meninas indígenas no Brasil (2003-2022). Cien Saude Colet [periódico na internet] (2025/jun). [Citado em 05/12/2025]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/silenciadas-pela-violencia-um-olhar-sobre-os-homicidios-de-mulheres-e-meninas-indigenas-no-brasil-20032022/19689

Últimos

Artigos



Realização



Patrocínio