0056/2025 - “A consulta em 7 passos: o que aprendemos e como melhorar?”
Autor:
• Victor Manuel Borges Ramos - Ramos, V.M.B - <vramos@ensp.unl.pt>ORCID: 0009-0007-2235-3287
Coautor(es):
• Eunice Isabel do Nascimento Carrapiço - Carrapiço, EIN - <eunicecarrapico@gmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2703-0563
Resumo:
Em 2008 foi editado em Portugal o livro “A Consulta em 7 passos”. Nesta obra, propõe-se para efeitos de treino e aprendizagem, a estruturação das consultas médicas em três fases e sete passos: preparação; primeiros minutos; exploração; avaliação; plano; encerramento; e reflexão final.Este artigo pretende fazer um breve balanço “do que aprendemos e do que consideramos poder melhorar”.
Os autores recolheram ao longo dos anos em dezenas de reuniões e sessões de formação com perceptores e residentes novas ideias, críticas e sugestões sobre a aplicação do método. Destacam as mais importantes: o método deve ser aplicado com flexibilidade; a consulta deve ser considerada apenas uma peça do mosaico mais amplo e complexo que é a atenção de saúde a cada pessoa; é importante dar ênfase à perspetiva do encontro de pessoas, agendas e objetivos; a existência de um prontuário clínico pessoal, unificado e integrador; o aproveitamento otimizado das tecnologias de informação e comunicação; necessidade de desenvolver o “plano pessoal/individual de cuidados” e o conceito de “autogestão pessoal de saúde”; incluir o método clínico centrado na pessoa num modelo sistémico mais abrangente (o “modelo clínico integrado”); desenvolver inteligência e ação colaborativas nas equipes multiprofissionais dedicadas aos cuidados a cada pessoa e família, incluindo estes como membros ativos e centrais dessa equipe.
Palavras-chave:
consulta médica, cuidado centrado no paciente, cuidados de saúde primários, autogestão pessoal de saúde.Abstract:
In 2008, the book A Consulta em 7 passos was published in Portugal. This work proposes, for training and learning purposes, the structuring of medical consultations into three phases and seven steps: preparation; first minutes; exploration; evaluation; plan; closing; and final reflection.This article aims to briefly assess “what we have learned and what we believe can be improved”.
Over the years, the authors have gathered new ideas, criticisms and suggestions on the application of the method in dozens of meetings and training sessions with interns and residents. They highlight the most important ones: the method should be applied with flexibly; the consultation should be considered just one piece of the broader and more complex mosaic that is healthcare for each person; it is important to emphasize the perspective of the meeting of people, agendas and objectives; the existence of a personal, unified and integrative clinical record; the optimal use of information and communication technologies; the need to develop a “personal/individual care plan” and the concept of “personal self-management of health”; include the person-centered clinical method in a more comprehensive systemic model (the “integrated clinical model”); develop collaborative intelligence and action in multidisciplinary teams dedicated to caring for each person and family, including them as active and central members of that team.










