EN PT

Artigos

0167/2025 - A produção científica em Nutrição na Ciência & Saúde Coletiva (2020-2024)
Scientific production in Nutrition in the Journal Ciência & Saúde Coletiva (2020-2024)

Autor:

• Vânia Matos Fonseca - Fonseca, VM - <vaniamf36@hotmail.com>
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-5452-7081

Coautor(es):

• Daniele Marano - Marano, D - <danielemarano@yahoo.com.br; daniele.araujo@iff.fiocruz.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6985-941X

• Andrea Dunshee de Abranches - Abranches. ADA - <andreadunshee@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9323-3297

• Yasmin Notarbartolo di Villarosa do Amaral - Amaral, YNV - <yasminamaral@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8159-0564

• Camila da Silva Florintino - Florintino, CS - <camilasflorintino@gmail.com>
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-1072-8092

• Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos - Vasconcelos, FAG - <f.vasconcelos@ufsc.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6162-8067



Resumo:

O objetivo do artigo foi analisar a produção científica da Revista Ciência & Saúde Coletiva (C&SC) na área de alimentação e nutrição (A&N) no período de 2020 a 2024. Realizou-se revisão narrativa dos artigos publicados no período. As publicações foram inseridas em uma planilha no Microsoft Excel® para a extração das características bibliométricas. Os dados são apresentados em tabelas de distribuição de frequência. No período de 2020-2024, foram publicados 66 artigos, cujos temas abordados foram: Consumo Alimentar (33,3%), Políticas e Programas de A&N (24,2%), Avaliação do Estado Nutricional (22,7%), Ambiente e Sistema Alimentar (13,6%), Tecnologia e Rotulagem de Alimentos (3,0%), Alimentação Complementar (1,5%) e Educação Alimentar e Nutricional (1,5%). Comparando-se a distribuição percentual dos temas com a revisão das publicações da C&SC entre 1996-2019, observou-se que houve aumento dos estudos sobre Consumo Alimentar, Políticas e Programas de A&N, queda nos artigos sobre Avaliação do Estado Nutricional, Alimentação Complementar e Educação Alimentar e Nutricional, e ausência de estudos sobre Aleitamento Materno. Novas áreas de interesse despontaram como Ambiente Alimentar, Tecnologia e Rotulagem de Alimentos.

Palavras-chave:

Alimentação e Nutrição, Produção Científica, Revisão de Literatura, Revista Ciência & Saúde Coletiva.

Abstract:

The objective of this article was to analyze the scientific production of the Journal Ciência & Saúde Coletiva (C&SC) in the area of food and nutrition (F&N) from 2020 to 2024. A narrative review of the articles published in the period was carried out. The publications were entered into a Microsoft Excel® spreadsheet to extract bibliometric characteristics. The data are presented in frequency distribution tables. In the period 2020-2024, 66 articles were published, whose themes were: Food Consumption (33.3%), F&N Policies and Programs (24.2%), Nutritional Status Assessment (22.7%), Environment and Food System (13.6%), Food Technology and Labeling (3.0%), Complementary Feeding (1.5%) and Food and Nutrition Education (1.5%). Comparing the percentage distribution of topics with the review of C&SC publications between 1996-2019, it was observed that there was an increase in studies on Food Consumption, A&N Policies and Programs, a decrease in articles on Nutritional Status Assessment, Complementary Feeding and Food and Nutrition Education, and an absence of studies on Breastfeeding. New areas of interest emerged, such as Food Environment and Food Technology and Labeling.

Keywords:

Food and Nutrition, Scientific Production, Literature Review, Journal Ciência & Saúde Coletiva

Conteúdo:

Introdução

A Revista Ciência & Saúde Coletiva (C&SC), cuja primeira edição foi publicada no segundo semestre de 19961, completa, em 2025, trinta anos de história no campo da produção e disseminação de conhecimento científico em saúde coletiva no Brasil. Ao longo desta relevante trajetória, a C&SC tem se destacado como um dos principais periódicos científicos nacionais de veiculação do conhecimento no campo da alimentação e nutrição (A&N), conforme atestam estudos anteriores2-4.
Um estudo de revisão sistemática realizado por Fonseca et al.4, cujo objetivo foi analisar a produção científica da C&SC na área de o A&N no período de 1996 a 2019, identificou que do total de 4.414 publicações da C&SC, 509 artigos (11,5%) foram publicados na área de A&N. De acordo com o estudo supracitado4, as temáticas abordadas com maior frequência pelo total de artigos publicados na área de A&N foram: Avaliação do Estado Nutricional (n=142), Consumo Alimentar (n=111), Políticas e Programas de A&N (n=105), Aleitamento Materno (n=35), Nutrição Comportamental (n=35) e Educação Nutricional (n=23). A maioria das publicações foram artigos originais (75,6%), predominantemente com abordagem quantitativa (81,6%). Entre esses, 18,8% utilizaram amostragem probabilística. O estudo concluiu que se observou um amplo leque de temas e subtemas abordados, evidenciando uma produção com compromisso e contribuição relevante para o campo de A&N.
Nos últimos cinco anos (2020-2024), o Brasil vivenciou importantes eventos em seu contexto econômico, social e político, incluindo a crise sanitária decorrente da pandemia de COVID-19, a partir de 2020, evento que potencializou o acirramento da crise econômico-financeira e política instaurada no Brasil desde 2015, acarretando a ampliação das taxas de desemprego, pobreza e miséria e, por consequência, os índices de insegurança

alimentar e nutricional (IA) e de fome5-9. O Relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura (FAO), publicado em 2021, voltou a incluir o Brasil no mapa mundial da fome10, do qual o país havia saído no ano de 2014, quando registrou uma taxa de 3% da população ingerindo menos calorias do que o recomendado11. De acordo com a FAO, em 2021, mais de 60 milhões de brasileiros apresentavam IA, sendo que 15,4 milhões tinham IA grave e 4,1% sofriam falta crônica de alimentação10. Por sua vez, o II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da COVID-19 (VIGISAN), realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (PENSSAN), entre novembro de 2021 a abril de 2022, revelou um contingente de 125,2 milhões de brasileiros vivendo sem acesso integral ou continuado à alimentação, significando que mais da metade da população manifestava algum grau de IA sendo que 33,1 milhões apresentavam IA grave12. A partir de 2023, sob a direção do novo governo, tem sido observado uma crescente redução dos índices de desemprego, de pobreza e de fome no país 13,14. De acordo com o relatório das Nações Unidas sobre o estado da IA mundial – edição de 2024, verificou-se uma queda de 85% na IA severa no Brasil. Em 2022, segundo o relatório, o número de pessoas afetadas pela IA grave (fome) era de 17,2 milhões, passando para 2,5 milhões de brasileiros em 202314.
É necessário entender “Quantos, quais as temáticas e quais as principais características metodológicas e bibliométricas dos artigos publicados na área de A&N pela C&SC nos últimos cinco anos”? Esta foi a questão de pesquisa que norteou o presente artigo, cujo objetivo foi analisar a produção científica da C&SC na área de A&N no período de 2020 a 2024.

Métodos

Realizou-se uma revisão narrativa dos artigos publicados na C&SC na área de A&N entre 2020 e 2024. A listagem com os artigos publicados pelo periódico no período analisado foi cedida aos pesquisados pelo setor técnico-administrativo da C&SC. Foi elaborada uma planilha no software Microsoft Excel® para conferência dos artigos publicados pela homepage da revista, na sequência iniciou-se a extração dos dados. Identificaram-se 66 artigos publicados nesse período. Os estudos foram organizados em sete grupos temáticos, de acordo com a frequência absoluta e percentual das publicações: A) Consumo Alimentar; B) Políticas e Programas de A&N; C) Avaliação do Estado Nutricional; D) Sistema e Ambiente Alimentar; E) Tecnologia e Rotulagem de Alimentos; F) Aleitamento Materno e Alimentação Complementar e G) Educação Alimentar e Nutricional.
Com base no estudo anterior realizado por Fonseca et al.4, foram analisadas as seguintes variáveis: ano de publicação, temas abordados, tipo de artigo (original, revisão narrativa, revisão sistemática, editorial, artigo de opinião, resenha ou carta), tipo de estudo (quantitativo, qualitativo ou quali-quantitativo), grupo populacional estudado (neonatos, lactentes, escolares, adolescentes, mulheres adultas, homens adultos, adultos de ambos os sexos, idosos, gestantes, lactantes, puérperas e grupo maternoinfantil), grupos minoritários (indígenas, mulheres, negros, pessoas com deficiência, pessoas de baixa renda, idosos e pessoas LGBTQIAPN+), amostra probabilística (sim ou não), realização do estudo no Brasil (sim ou não), formação básica e instituição do primeiro autor.
Os resultados foram submetidos a uma análise descritiva e apresentados em tabelas, sendo posteriormente discutidos.

Resultados

Características bibliométricas dos artigos da área de A&N publicados no período de 2020 a 2024
De acordo com os dados apresentados na Tabela 1, entre os 66 artigos publicados no período de 2020 a 2024, os temas mais abordados na revista C&SC na área de A&N, por ordem de frequência decrescente foram: Consumo Alimentar (33,3%), Políticas e Programas de A&N (24,2%), Avaliação do Estado Nutricional (22,7%), Sistema e Ambiente Alimentar (13,6%), Tecnologia e Rotulagem de Alimentos (3,0%), Introdução da Alimentação Complementar (1,5%) e Educação Alimentar e Nutricional (1,5%). Dentro desses temas, os principais subtemas abordados pelos artigos analisados foram: Avaliação do Estado Nutricional e seus Determinantes (21,2%), Segurança Alimentar e Nutricional (16,7%), Consumo de Alimentos ou Grupos Alimentares (13,6%), Consumo de Alimentos Ultraprocessados (7,6%), e Alimentação Escolar ( 4,5%).

Tab.1

A Tabela 2 revela que 87,9% dos artigos publicados entre 2020 e 2024 foram originais, sendo a maioria com abordagem quantitativa (89,8%) e utilizando amostragem probabilística (50%). Os grupos populacionais mais frequentes foram adolescentes (18,2%) e crianças (15,2%). Dentre esses estudos, 9,1% investigaram grupos minoritários. A maioria dos artigos foram desenvolvidos por pesquisadores do Brasil (98,5%), com apenas um estudo realizado por pesquisadores de Barcelona, Espanha.
Quanto à formação acadêmica dos primeiros autores, a maioria foi da área de Nutrição (87,9%), mas também foram identificados pesquisadores com formação em Enfermagem (4,5%), Educação Física (3,0%), Ciências Biológicas (3,0%) e Medicina (1,5%). Identificou-se a vinculação dos primeiros autores a mais de 30 instituições, sendo as três que tiveram publicações mais frequentes foram a Universidade de São Paulo (12,1%), a Universidade Federal de Viçosa (9,1%) e a Universidade Federal da Bahia (6,1%).

Tab.2

Discussão

Os artigos publicados sobre o tema Consumo Alimentar

Os artigos do tema consumo alimentar publicados nos últimos cinco anos (2020-2024) diminuíram em número em comparação aos anos anteriores analisados por Fonseca et al.4, também diversificando-se em relação aos assuntos abordados. Entre os subtemas estudados pelos 22 artigos da temática consumo alimentar, destaca-se um estudo sobre o consumo de alimentos marcadores de alimentação saudável em grupos raciais de mulheres no Brasil, derivado da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, com 45.148 mulheres brancas e negras de 20 anos ou mais15. Outro estudo descreveu os padrões alimentares obtidos por meio de três índices de qualidade da dieta e seus fatores associados entre 15.081 participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA-Brasil16. Outro artigo da temática consumo alimentar, investigou os fatores associados à capacidade antioxidante total da dieta da população Brasileira (CATd) em 46.164 pessoas com 10 ou mais anos de idade, a partir dos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017-2018)17.
Sobre os desfechos da dieta na saúde e seu impacto nas dislipidemias, um estudo de base populacional em adultos verificou elevada prevalência de dislipidemias (64,25%), com pelo menos um dos lipídeos séricos alterados18. Outro artigo dentro desta temática estudou os transtornos mentais comuns e os hábitos alimentares, observando-se prevalência de 31,3%, em adultos e idosos (20 anos ou mais)19. Outro artigo publicado no período avaliado, investigou a crononutrição (frequência e horário das refeições), a qualidade da dieta e sua associação com estresse percebido, sendo realizado no período da pandemia de Covid-19, com base em estudo de base populacional conduzido em duas cidades brasileiras, com 2.170 indivíduos com idade maior ou igual a 18 anos20.

Destaca-se que o único estudo publicado na avaliação do consumo alimentar com crianças, foi em menores de 10 anos, em participantes do Programa Crescer Saudável – Brasil (2015-2018), comparando sua cobertura antes e após a implantação, com dados de 548 municípios, registrados no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde, segundo regiões geográficas. Este estudo apontou aumento da cobertura de avaliação de consumo alimentar no monitoramento da situação nutricional de crianças, mas ressaltou que ainda seriam necessárias ações que favorecessem o mapeamento do cenário alimentar e nutricional de crianças no Brasil21. Em adolescentes (10-17 anos) foi avaliada a associação entre padrões alimentares e percepção da imagem corporal entre escolares que apontou que aqueles que desejavam uma silhueta tiveram menor mais chances de aderir ao menor consumo do padrão ocidental comparados àqueles satisfeitos com sua imagem corporal22. Outro estudo com adolescentes do 9º ano (499 alunos) verificou que o padrão de comportamento alimentar e de compra de alimentos in natura e minimamente processados esteve fortemente associado ao consumo de alimentos saudáveis23.
Ainda na temática consumo alimentar, foram publicados três estudos sobre o consumo de nutrientes específicos, o primeiro, um estudo de comparação dos casos de beribéri (manifestação clínica da deficiência grave e prolongada de tiamina - vitamina B1), entre indígenas e não indígenas no Brasil24. O segundo, usando uma abordagem mais atual no tema consumo alimentar, avaliou os alimentos comercializados com o termo fit no Brasil, os quais têm mostrado uma crescente oferta, mas ainda sem regulamentação, classificando o processamento e o perfil de nutrientes de alimentos oferecidos em estabelecimentos comerciais, com base nos critérios da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Este segundo artigo, apontou que dos
146 alimentos analisados, 79% foram classificados como ultraprocessados, com elevada prevalência de nutrientes críticos, mas com alegações que exaltam alguma característica

positiva do produto, podendo induzir os consumidores ao engano25. No terceiro, avaliou-se a ingestão de fibras alimentares em adolescentes que constatou que o consumo de fibras ficou aquém das recomendações propostas pela Organização Mundial de Saúde, além de serem inferiores aos resultados encontrados em outros países26.
As publicações sobre métodos de avaliação de consumo, nos últimos 5 anos, apresentaram grande redução dentro da temática consumo alimentar comparando-se com as publicações analisadas nos 30 primeiros anos da revista C&SC, sendo 5 artigos em 2020-2024 (22,7%) e 10 artigos em 1996-2019 (62,5%).
Dos cinco trabalhos publicados, dois realizaram revisão de escopo e tinham como objetivo identificar e discutir a literatura sobre as ferramentas de avaliação e promoção da alimentação adequada e saudável produzidas a partir do Guia Alimentar para a População Brasileira27, e o processo de validação e metodologia de escalas de percepção de IA em diferentes partes do mundo28. Os demais trabalhos buscaram avaliar a validade de instrumentos em diferentes faixas etárias, como a avaliação do consumo alimentar em idosos (29), a avaliação do ambiente alimentar universitário30, e a adaptação de instrumento para avaliação do consumo de frutas, verduras e legumes em adolescentes brasileiros31.
No subitem, consumo de alimentos ultraprocessados (AUP), observou-se leve aumento de publicações nos últimos 5 anos, sendo 5 artigos (6,6%) comparando-se com os 3 artigos (3,0%) analisados por Fonseca et al.4. Considerando a quantidade menor de anos da atual revisão e a preocupação com o impacto desses alimentos industrializados na qualidade da alimentação da população, expressa-se uma tendência de mais investigações sobre essa temática.
O ultra processamento dos alimentos visa conveniência, durabilidade, e o fácil consumo dos alimentos, no entanto, essa tecnologia altera a composição e cria produtos

alimentares com baixo conteúdo de fibras, alta densidade energética, alta carga glicêmica, elevados níveis de gorduras saturadas e hidrogenadas, além de corantes e aromatizantes32, e o aumento no consumo desses alimentos foi o destaque de 3 estudos.
Cruz et al.33 ,utilizou dados coletados pelo inquérito populacional (POF 2008-2009) e com uma subamostra do total de domicílios (24,3% do total), verificaram que os AUP apresentam impacto negativo na qualidade da alimentação da população com uma expressiva redução na ingestão de fibras alimentares. Em outro estudo, com 956 escolares de 6 anos e suas mães ou cuidadores de um município da região Sul do Brasil, demonstrou-se que a menor escolaridade materna e estudar em escola pública foram associados ao maior consumo de AUP nas crianças dessa faixa etária34. Estudo com gestantes adultas assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Ribeirão Preto, verificou que o percentual energético de AUP apresentou associação direta com o índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional e associação inversa com a idade materna, estrato econômico e sub-relato energético35.
Outro estudo, sobre a presença de edulcorantes calóricos e não calóricos em produtos industrializados, observou que as embalagens dos produtos exibem quantidade inconsistente desses aditivos e que podem facilmente exceder os limites permitidos, principalmente em produtos destinados ao público infantil36.
Ressalta-se que o consumo crescente de AUP é um problema de saúde pública, pois está relacionado ao surgimento de doenças como a obesidade, síndrome metabólica, asma, hipertensão, doenças cardiovasculares, distúrbios intestinais e câncer em geral37, além de mudanças no estilo de vida, como comer fora de casa e a falta de tempo no preparo dos alimentos, o consumo desses alimentos é favorecido por maiores promoções em aplicativos de entrega de alimentos38.

Em síntese, os artigos na temática consumo alimentar discutiram a qualidade da dieta e seus marcadores, tratando da alimentação saudável, padrões alimentares e imagem corporal, consumo de AUP, impacto nas morbidades, deficiência de micronutrientes e vigilância alimentar e nutricional. Essa foi a temática com maior frequência de publicações em A&N no período analisado.
Os artigos publicados sobre Políticas e Programas de Alimentação e Nutrição

Entre 2020 e 2024, foram publicados 19 estudos sobre Políticas e Programas de A&N, 10 artigos sobre SAN e cinco sobre Alimentação Escolar. Não foram verificados artigos na área de A&N sobre Saúde do Trabalhador que é considerado um tema de extrema importância para saúde coletiva.
Sobre a subtemática de SAN, é fundamental ressaltar que a questão das causas e dos mecanismos de enfrentamento à fome no Brasil começou a emergir nos primeiros anos da década de 1930. Ao analisarmos a trajetória da SAN no Brasil, desde 1930 até os anos 2000, percebemos que esse período foi marcado por desafios, retrocessos e avanços significativos39,40. Na C&SC, nos últimos cincos anos, na temática de SAN, observou-se mudanças dos métodos dos artigos mais recentes em relação aos anteriores. Os artigos publicados recentemente não se detiveram apenas em traçar o perfil epidemiológico da IA com base na Escala Brasileira de Segurança Alimentar e Nutricional (EBIA), na avaliação da intersetorialidade e no impacto dos programas de transferência de renda na SAN como os manuscritos anteriores fizeram41–43. Verificou-se aumento de artigos que utilizaram o emprego de análises complexas, como a análise fatorial44, análise fatorial e distribuição espacial em diferentes estratos geográficos45, análise de dados de IA advindos de pesquisas de âmbito nacional45,46 e de documentos e publicações oficiais47, contribuições da vigilância alimentar e nutricional (VAN) para as políticas e ações públicas de SAN48, avaliação dos gastos com

alimentação de acordo com o perfil social do responsável pelo domicílio utilizando os dados da POF (2017/2018)49 e avaliação da IA domiciliar em crianças de alto risco assistidas em centros de saúde50. Realizando uma síntese dos métodos empregados pelos estudos publicados sobre o tema Políticas e Programas de A&N na revista, Fernandes et al.44 buscaram identificar padrões de comportamento em gestantes relacionados ao balanço de energia corporal e sua associação com a IA durante o acompanhamento pré-natal em unidades públicas de saúde de Colombo (PR), Brasil, entre 2018 e 2019, utilizando análise fatorial e comparando escores com os níveis de IAN. Amaral et al.45 analisaram fatores associados à IA, suas tendências e a distribuição espacial em diferentes estratos geográficos, considerando o impacto da crise e/ou das políticas de austeridade, com base em inquéritos nacionais, como a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD) e a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Silva et al.46, a partir de dados da POF de 2017-2018, avaliaram o consumo alimentar da população brasileira de acordo com o grau de processamento e em grupos/subgrupos alimentares nas diferentes dimensões de IA. Oliveira et al.47, por sua vez, analisaram os documentos oficiais produzidos nacionalmente e publicados entre 2003 e 2019 na perspectiva de monitoramento e avaliação com a realização de análise documental e contextualização fundamentada nas dimensões do Decreto nº 7.272/201039.
Também foram publicados dois estudos na C&SC sobre IA e COVID-19 com base em análises de documentos oficiais. Rabello et al.51, a partir de uma revisão documental, analisaram como as ações do Programa de Alimentação Escolar (PNAE) foram orientadas por órgãos e instituições públicas nas capitais da região Sudeste. Os autores verificaram que a COVID-19 comprometeu a SAN dos alunos atendidos pelo PNAE devido às medidas governamentais tardias e contrárias às diretrizes do programa, além da suspensão das aulas presenciais. Ribeiro-Silva et al.52 detalharam as implicações da COVID-19 para SAN e

enfatizaram que os riscos à IA e à fome no Brasil já se manifestavam desde 2016, sendo agravados pela pandemia, o que exige uma compreensão aprofundada dos problemas e a articulação de medidas governamentais nas três esferas de gestão para garantir o acesso à alimentação adequada e saudável, visando mitigar os impactos negativos da doença sobre a alimentação, saúde e nutrição dos mais vulneráveis.
A Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como objetivos estimular a melhoria dos hábitos alimentares, incentivar o comércio e a produção local de alimentos e a comercialização de alimentos provenientes da agricultura familiar, tornando-se uma estratégia fundamental de SAN e efetivação do direito humano à alimentação adequada (DHAA). Todavia, nenhum artigo publicado na C&SC nos últimos 5 anos se deteve na avaliação propriamente dessa Política. Destaca-se que a alimentação no âmbito escolar constitui um fator primordial como promotor de práticas saudáveis de A&N que visa à garantia de SAN4,53. As publicações contemplaram diferentes métodos e objetivos para avaliar a subtemática de alimentação escolar. Becker et al.54 descreveram o impacto do consumo de sucos antes dos 6 meses de idade no índice de massa corporal para idade e no consumo alimentar em pré-escolares. Por outro lado, a revisão sistemática conduzida por Muraro et al.55 avaliou a associação entre a alimentação escolar, o comportamento alimentar, a qualidade da dieta, a IAN e o IMC entre os estudantes brasileiros. É importante destacar que, neste referido estudo, as refeições escolares foram associadas à dieta mais saudável entre os estudantes, sendo de extrema importância para crianças de famílias em situações vulneráveis, assim como apontado por Silva et al.53.
Apesar da importância que a alimentação escolar tem para os estudantes, Vianna et al.56 verificaram que a adesão efetiva à alimentação escolar (consumo de 4 a 5 dias na semana) foi baixa entre os estudantes (38,1%), evidenciando a necessidade de conscientização dos alunos sobre a importância da alimentação oferecida pela escola.

Em síntese, nos últimos cinco anos, os estudos sobre Políticas e Programas de A&N se concentraram majoritariamente na avaliação da SAN. Observou-se aumento de estudos que utilizaram análise fatorial, distribuição espacial e dados de pesquisas nacionais para compreender os fatores associados à IA. No entanto, não foram identificados artigos sobre A&N na saúde do trabalhador, apesar da relevância do tema para a saúde coletiva. A PNAE foi pouco explorada nos artigos publicados, embora a alimentação escolar seja reconhecida como uma estratégia essencial para a SAN e a promoção de hábitos saudáveis. Além disso, os estudos sobre SAN e alimentação escolar não contemplaram grupos minoritários (quilombolas, indígenas, agricultores, assentados, entre outros), evidenciando lacunas na literatura sobre a equidade no acesso à alimentação adequada. Ressalta-se que este foi o tema com a segunda maior frequência de publicações no período analisado.
Os artigos publicados sobre Avaliação do Estado Nutricional

Nos últimos cinco anos (2020-2024), a temática Avaliação do Estado Nutricional (AEN) manteve destaque relevante na produção científica publicada na revista C&SC, representando 21,7% (n=15) dos artigos da área de A&N analisados no presente estudo. Essa temática se manteve entre as três mais recorrentes, reafirmando sua centralidade nas investigações em saúde coletiva e nutrição.
Entre os artigos identificados, predominou o foco na avaliação do estado nutricional e seus determinantes (93,3%), enquanto apenas um artigo abordou especificamente os métodos de avaliação nutricional, indicando uma lacuna na produção de estudos com foco metodológico. Observa-se, ainda, predominância de estudos transversais, com diferentes abordagens populacionais e contextos socioterritoriais diversos, com ênfase em grupos populacionais vulneráveis.

Destacam-se os estudos com crianças menores de cinco anos, como o de Pedraza et al.57, que investigaram a associação entre o estado nutricional infantil e a estrutura dos serviços de saúde, e o de Oliveira et al.58, que analisaram determinantes sociais do estado nutricional em menores de cinco anos em contextos de maior vulnerabilidade socioeconômica. Ambos os estudos utilizaram amostras probabilísticas e demonstraram a importância das condições de vida e acesso aos serviços de saúde na determinação do estado nutricional infantil.
Em relação às gestantes, o estudo de Lisboa et al.59 investigou aspectos nutricionais e socioeconômicos de mulheres beneficiárias do Programa Bolsa Família, evidenciando como as políticas de transferência de renda se relacionam com indicadores nutricionais durante o ciclo gravídico-puerperal.
Outros estudos focalizaram adultos e idosos, com investigações sobre excesso de peso, IMC, obesidade abdominal e seus fatores associados, como observado em Domingos et al.60 e Augusto et al.61. Estes trabalhos apontam para a relação entre o ambiente urbano, os determinantes sociais e o risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), destacando a importância da abordagem intersetorial na promoção da saúde e prevenção de agravos.
A maioria dos estudos foi conduzida no Brasil (93,3%), por autores com formação em Nutrição e vinculados a instituições públicas de ensino superior, sobretudo das regiões Nordeste e Sudeste. Tal perfil reafirma o compromisso da produção acadêmica nacional com a realidade brasileira, evidenciando o papel da universidade pública na formulação de conhecimento científico comprometido com a equidade em saúde.
Conclui-se que embora a AEN seja uma temática consolidada, o reduzido número de estudos com foco específico em métodos de avaliação, especialmente considerando os avanços tecnológicos e as inovações em indicadores antropométricos e bioquímicos, sugere a

necessidade de estimular pesquisas com aprofundamento metodológico. Ademais, é importante destacar que poucos estudos incluíram a análise de grupos minoritários ou adotaram uma perspectiva interseccional na abordagem da AEN, representando um desafio para a construção de um campo mais inclusivo e sensível às desigualdades.
Os artigos publicados sobre Sistema e Ambiente alimentar

Diferentemente do estudo anterior4, o presente estudo identificou um tema emergente nos artigos publicados entre os anos de 2020 a 2024: ‘sistema e ambiente alimentar’. De modo semelhante, uma revisão de escopo que investigou a produção científica sobre ambientes alimentares entre 2005 e 2022 também apontou aumento significativo no número de publicações a partir de 2018 (n=11), com um pico em 2022 (n=33)62. Esse crescente interesse científico nesta temática pode estar associado à urgência em compreender a influência do sistema e ambiente alimentar em desafios globais, como desnutrição, obesidade e mudanças climáticas63.
Para a análise dos subtemas associados ao ambiente alimentar, no presente artigo adotou-se a classificação de Glanz et al.64 como referência para categorização dos artigos publicados na C&SC. Dessa forma, os artigos analisados com o tema ambiente alimentar foram classificados nas seguintes subtemas: ambientes alimentares comunitários, de consumo alimentar e organizacionais. Além disso, identificou-se um artigo que abordou o subtema Sistema Alimentar. Destaca-se que, entre os artigos do tema ambiente alimentar, observou-se a predominância de estudos quantitativos com desenhos transversais, ecológicos e descritivos. Observou-se uma preferência por abordagens que buscam retratar o panorama atual dos ambientes alimentares no Brasil, com um notável protagonismo de pesquisas conduzidas por pesquisadores vinculados às universidades federais localizadas no estado de Minas Gerais.

Sendo assim, observou-se que no tema ambiente alimentar, cinco artigos abordaram a subtemática ambiente alimentar comunitário. As pesquisas foram mais frequentes (n=4) em Minas Gerais (MG), enquanto apenas uma foi conduzida no Paraná (PR). Em MG, um dos estudos evidenciou a predominância de estabelecimentos não saudáveis no entorno de escolas em uma cidade do interior do Estado65. Na capital de MG, um artigo observou maior densidade de estabelecimentos alimentares em áreas de alta renda próximas aos equipamentos do Programa Academia da Saúde66, enquanto outro encontrou maior concentração em áreas sem Equipamentos Públicos de SAN67. Observou-se em MG uma evolução dos ambientes alimentares entre 2008 e 2020, com redução de desertos alimentares e aumento de pântanos alimentares, destacando-se os desafios na promoção de ambientes alimentares equitativos68. No PR, o estudo de Silva et al.69, realizado em Curitiba, revelou disparidades no acesso aos alimentos, com feiras livres concentradas no centro da cidade e escassez de frutas, legumes e verduras em áreas de baixa renda.
O subtema ambiente alimentar de consumo foi abordado em dois estudos que destacaram flutuações no consumo de alimentos fora de casa ao longo do tempo nos domicílios brasileiros70 e padrões de promoção de alimentos em supermercados da região metropolitana do Rio de Janeiro71. Já os aspectos do subtema ambiente organizacional foram explorados em um estudo com adolescentes de escolas estaduais de Curitiba (PR), revelando que três em cada quatro adolescentes excedem o tempo recomendado de uso de telas, principalmente televisão e dispositivos portáteis, associado a uma dieta de pior qualidade72. Por fim, a revisão de Pineda et al.73 sobre sistemas alimentares no Brasil, Colômbia e Panamá apontou desafios comuns entre os países, como a predominância da agroindústria e seus impactos negativos, reforçando a necessidade de transições para sistemas alimentares mais justos, saudáveis e sustentáveis.

Em linhas gerais, as publicações dos últimos cinco anos evidenciam um crescente interesse científico pelo tema “sistema e ambiente alimentar”, não identificado no estudo anterior de Fonseca et al.4. Neste estudo, este tema apareceu como o quarto mais frequente. Os resultados, revelam a predominância de artigos com abordagem quantitativa, focados em ambientes alimentares, especialmente os comunitários, conduzidos, em sua maioria, por universidades federais de Minas Gerais. Apenas um artigo realizou uma revisão de literatura sobre “sistema alimentar”. Esses achados indicam a necessidade de ampliar as investigações sobre outros tipos de ambientes alimentares, como os organizacionais e de consumo, bem como de fomentar estudos em diferentes regiões do Brasil. Os artigos analisados abordam desigualdades no acesso a alimentos saudáveis, a concentração de estabelecimentos alimentares não saudáveis e os desafios para a promoção de sistemas alimentares mais equitativos e sustentáveis em países latino-americanos.
Artigos publicados sobre Tecnologia e Rotulagem de Alimentos

Dois artigos abordaram a interface entre tecnologia e rotulagem de alimentos. Fonseca et al.

(4) identificaram seis estudos sobre tecnologia de alimentos em publicações de A&N (1996-2019), mas nenhum sobre rotulagem nas publicações sobre A&N entre 1996 e 2019. Os estudos analisados adotaram, respectivamente, uma abordagem quantitativa74 e um ensaio75.
Em síntese, Ricardo et al.74, em pesquisa quantitativa, realizada em supermercados, sobre acordos de redução de sódio76, concluíram que esses acordos são insuficientes e defendem medidas obrigatórias devido ao alto consumo de sódio e ultraprocessados no Brasil. Cortese et al.75 realizaram uma resenha crítica da rotulagem de transgênicos no Brasil, argumentando que a legislação atual e a aprovação do PLC nº 34/201577, prejudica a escolha informada do consumidor, infringindo o Código de Defesa do Consumidor.

Artigos publicados sobre Introdução da Alimentação Complementar e Educação Alimentar e Nutricional
Observou-se baixa frequência de artigos sobre introdução à alimentação complementar e Educação Alimentar e Nutricional (EAN), similar ao estudo de 2020, que encontrou apenas 6,9% sobre amamentação e alimentação complementar e 4,5% sobre EAN em 509 artigos de A&N publicados na C&SC entre 1996-2019. Os estudos analisados adotaram abordagem mista e ensaio autobiográfico, respectivamente.
Embora Fonseca et al.4 tenha identificado aumento nas publicações sobre amamentação entre 2010 e 2018, este levantamento encontrou apenas um estudo recente sobre Introdução à Alimentação Complementar que constatou violação da NBCAL no Instagram, destacando a necessidade de regulamentação do marketing digital78. Quanto à EAN, alguns autores apontam que seu desenvolvimento foi mais evidente nas políticas públicas do que na pesquisa, exigindo abordagens sócio-históricas e metodologias problematizadoras79,80. Nesta revisão, apenas um estudo foi publicado nos últimos 5 anos na C&SC sobre EAN. A resenha de Rizzolo et al.81 destaca a influência dos estudos sobre desigualdades sociais em suas trajetórias como educadores, articulando a Educação Popular e a EAN em ações voltadas ao combate à fome e à garantia do DHAA
Conclusão

A análise da produção científica no período de 2020-2024 na área de A&N da C&SC revelou predominância de estudos sobre Consumo Alimentar e Políticas e Programas de A&N, com ênfase na política de SAN. No entanto, foram identificadas lacunas nos estudos sobre consumo alimentar, especialmente na adoção de metodologias avançadas de avaliação. Além disso, os artigos relacionados às Políticas e Programas de A&N não abordaram a saúde

do trabalhador nem a alimentação escolar voltada para grupos minoritários, evidenciando áreas que demandam maior atenção e aprofundamento.
Observou-se carência de estudos sobre A&N que explorem metodologias avançadas de avaliação nutricional, incluindo inovações tecnológicas em indicadores bioquímicos e antropométricos. Os estudos sobre Ambiente Alimentar, Tecnologia e Rotulagem de Alimentos despontaram como temas emergentes no período analisado. As publicações dos últimos cinco anos revelaram um tema emergente - “sistema e ambiente alimentar", com predomínio de estudos quantitativos focados em ambientes comunitários, realizados principalmente em Minas Gerais. Destaca-se a necessidade de ampliar as investigações para outros contextos e regiões, dada a relevância do tema para enfrentar desigualdades e promover sistemas alimentares mais justos e sustentáveis. Temas relacionados à tecnologia e rotulagem de alimentos foram pontualmente abordados em estudos com enfoque quantitativo e de resenha crítica. Observou-se, portanto, escassez de publicações sobre o tema, já apontada no estudo anterior que analisou as publicações de 1996-2020, sendo a temática da rotulagem emergente neste período analisado. Os achados ressaltam a insuficiência de medidas regulatórias frente ao consumo de alimentos ultraprocessados e a necessidade de aprimorar a legislação para assegurar o direito à informação e à escolha do consumidor.
Notou-se, ainda, uma persistente escassez de publicações sobre introdução à alimentação complementar e EAN na C&SC. A investigação sobre introdução alimentar e EAN permaneceu limitada, com destaque para a necessidade de regulamentar o marketing de alimentos infantis online e para a articulação entre EAN e Educação Popular no enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional.
De modo geral, verificou-se entre os artigos publicados na C&SC uma limitada abordagem com inclusão de grupos minoritários, o que evidencia uma oportunidade para aprofundamento metodológico e maior sensibilidade às desigualdades sociais.

Assim, para avançar na ciência e na formulação de políticas de A&N mais igualitárias, é fundamental promover a inclusão de grupos minoritários fortalecendo o compromisso com a garantia do DHAA e à saúde coletiva.


Referências

1. Minayo MCS. O poder de fazer história divulgando ciência. Ciência & Saúde Coletiva 2020;25:4651–60.
2. Olinto MTA, Lira PIC de, Marchini JS, Kac G. Formação humana, pesquisa e produção científica na subárea de avaliação “nutrição” da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, no Brasil, de 2007 a 2009. Revista de Nutrição 2011;24:917–26.
3. Vasconcelos FAG. The scientific production of Nutrition published by the Scientific Electronic Library under the gaze of the evaluation of the Coordination for the Development of Higher Education Personnel. Revista de Nutrição 2017;30:147–61.
4. Fonseca VM, Rebelo F, Marano D, Abranches AD, Amaral YNV, Xavier VM, Vasconcelos FAG. Contribuição da Revista Ciência & Saúde Coletiva para a área de Alimentação e Nutrição no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2020;25:4863–74.
5. Milhorance C. Policy dismantling and democratic regression in Brazil under Bolsonaro: Coalition politics, ideas, and underlying discourses. Policy Dismantling Democr Regres Braz Bolsonaro: Coalition politics ideas and underlying discourses. Review of Policy Research published 2022;39:752–70.
6. Seifert CA, De Queiroz?Stein G, Gugliano AA. Bolsonaro’s government and the dismantling of the participative institutions in environmental policy. Latin American Policy 2023;14(2):298–315.

7. Neves JA, Machado ML, Oliveira LDA, Moreno YMF, Medeiros MAT, Vasconcelos FAG. Unemployment, poverty, and hunger in Brazil in Covid-19 pandemic times. Revista de Nutrição 2021;34:e200170.
8. Oliveira JTC de, Camargo AM de, Machado BOB, Oliveira AR de, Fiates GMR, Vasconcelos F de AG de. ”Hunger and rage (and the virus) are human things”: reflections on solidarity in times of Covid-19. Revista de Nutrição 2021;34:e200183.
9. Recine E, Fagundes A, Silva BL, Garcia GS, Ribeiro RCL, Gabriel CG. Reflections on the extinction of the National Council for Food and Nutrition Security and the confrontation of Covid-19 in Brazil. Revista de Nutrição 2020;33:e200176.
10. Food and Agriculture Organization of United Nations (FAO), International Fund for Agricultural Development (IFAD), United Nations Children’s Fund (UNICEF), World Food Programme (WFP). The state of food security and nutrition in the world 2021 [Internet]. 2021 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://www.fao.org/3/cb4474en/cb4474en.pdf
11. Food and Agriculture Organization of United Nations (FAO). The State of Food Insecurity in the World 2014: Strengthening the enabling environment for food security and nutrition - World | ReliefWeb [Internet]. 2014 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://www.fao.org/3/i4030e/i4030e.pdf.
12. Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e SAN (PENSSAN). II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil [Internet]. 2022 [citado 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://olheparaafome.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Relatorio-II-VIGISAN-2022.pdf

13. Brasil. Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Extrema pobreza no Brasil tem queda de 40% em 2023 [Internet]. 2024 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://www.gov.br/mds/pt-br/noticias-e-conteudos/desenvolvimento-social/noticias-desenvol vimento-social/extrema-pobreza-no-brasil-tem-queda-de-40-em-2023
14. FAO, FIDA, OMS, PMA, UNICEF. El estado de la seguridad alimentaria y la nutrición en el mundo 2024: Financiación para acabar con el hambre, la inseguridad alimentaria y la malnutrición en todas sus formas. Roma, FAO. 2024 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://doi.org/10.4060/cd1254es
15. Neta JF de F, Gomes SC, Oliveira BLCA de, Henrique T de LS, Freitas RWJF de, Guedes NG, et al. Consumo de alimentos marcadores de uma alimentação saudável, segundo os grupos raciais de mulheres no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2024;29:e11762023.
16. Cacau LT, Lotufo PA, Benseñor IM, Marchioni DM. Padrões alimentares derivados de três índices de qualidade da dieta e fatores associados: resultados da linha de base do ELSA-Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet]. 2024 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/padroes-alimentares-derivados-de-tres-indices-de- qualidade-da-dieta-e-fatores-associados-resultados-da-linha-de-base-do-elsabrasil/19291?id=1 9291
17. Silva MA, Suhett LG, Bezerra IN, Machado PS. Fatores associados à Capacidade Antioxidante Total da Dieta da população Brasileira. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet]. 2023 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/fatores-associados-a-capacidade-antioxidante-total
-da-dieta-da-populacao-brasileira/18981

18. Valença SEO, Brito ADM, Silva DCG da, Ferreira FG, Novaes JF, Longo GZ. Prevalência de dislipidemias e consumo alimentar: um estudo de base populacional. Ciência & Saúde Coletiva 2021;26:5765–76.
19. Nascimento VS, Mascarenhas MDM, Sousa PVL, Rodrigues BGM, Viola PCAF, Frota KMG. Transtornos mentais comuns em adultos e idosos durante a pandemia de COVID-19: Estudo transversal – EpiCOVID-Piauí. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet]. 2024 [citado 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/transtornos-mentais-comuns-em-adultos-e-idosos- durante-a-pandemia-de-covid19-estudo-transversal-epicovidpiaui-2022/19378
20. Quadra MR, Schäfer AA, Santos LP, Manosso LM, Silva TJ, Maciel EB., Meller FO. Chrononutrition, diet quality and perceived stress: resultstwo population-based studies in Brazil. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet] 2024 [citado 22 de abril de 2025]. Disponível em:
http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/chrononutrition-diet-quality-and-perceived-stress- resultstwo-populationbased-studies-in-brazil/19137
21. Borges LKS, Nascimento FF do, Mascarenhas MDM, Rodrigues MTP. Cobertura de avaliação do consumo alimentar em crianças participantes do Programa Crescer Saudável - Brasil, 2015-2018. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27:2317–24.
22. Ruas AM, Oliveira AM, Cunha C M, Damascena NF, Kinra S, Borges CA, Costa PRF, Santana MLP. Insatisfação com a imagem corporal e baixa aderência ao padrão alimentar ocidental em escolares: um estudo transversal. Ciência & Saúde Coletiva 2024;29(2):e19792022.

23. Pimentel, J.L, Gonçalves, V.S.S, Carmo, A.S, Vasconcellos, M.T.L, Toral, N. Ambiente alimentar escolar, comportamento alimentar e consumo de alimentos in natura e minimamente processados por adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet] 2024 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/ambiente-alimentar-escolar-comportamento-alime ntar-e-consumo-de-alimentos-in-natura-e-minimamente-processados-por-adolescentes/19471
24. Assunção AKM, Branco M dos RFC, Santos T de S, Costa S da SB, Dias Júnior J de J, Frota MTBA, et al. Comparação dos casos de beribéri entre indígenas e não indígenas, Brasil, 2013 a 2018. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28:1993–2002.
25. Carneiro TC., Mota BEF, Resende FR, Mendonça RDM., Menezes CC. Quem são os alimentos comercializados com o termo fit no Brasil? Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet] 2024 [Citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/quem-sao-os-alimentos-comercializados-com-o-te rmo-fit-no-brasil/19268?id=19268
26. Meira RCF, Capitani CD, Barros A A, Barros MBA, Assumpção D. Contribuição dos diferentes alimentos segundo a classificação Nova para a ingestão de fibras alimentares em adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva 2021;(26):3147–60.
27. Almeida AP de, Ribeiro PV de M, Rocha DMUP, Castro LCV, Hermsdorff HHM. Ferramentas para promoção e avaliação da alimentação adequada e saudável desenvolvidas no Brasil: uma revisão de escopo. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28:3231–46.
28. Aboobacar JSS, Franceschini SCC, Morais DC, Miguel ES, Azevedo FM, Candido AC, Priore SE. Processo de Validação e Caraterísticas Metodológicas de Escalas de Percepção da Insegurança Alimentar: uma Revisão de Escopo. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na

internet] 2024[citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/processo-de-validacao-e-carateristicas-metodologi cas-de-escalas-de-percepcao-da-inseguranca-alimentar-uma-revisao-de-escopo/19348?id=193 48
29. Benedetti TRB, Christofoletti M, Quinaud RT, Ribeiro CG, Konrad LM, Carvalho HM, Jomori MM. Validação da escala de consumo alimentar no Programa VAMOS: uma proposta para avaliar as mudanças no comportamento alimentar no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28(2):619–30.
30. Franco AS, Canella DS, Tavares LF, Pereira A da S, Barbosa RMS, Oliveira Junior GI de, et al. Validade de conteúdo e confiabilidade de instrumento de avaliação do ambiente alimentar universitário. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27:2385–96.
31. Moraes CHC, Alvarenga MS, Silva WR, Cyrillo DC. Escala de Influência Psicossocial da ingestão de Frutas, Verduras e Legumes do Adolescente: Adaptação e Validade Fatorial. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28:1199–218.
32. Karnopp EVN, Vaz JS, Schafer AA, Muniz LC, Souza RLV, Santos I, Gigante DP, Assunção MCP. Food consumption of children younger than 6 years according to the degree of food processing. Jornal de Pediatria 2017;93(01):70–8.
33. Cruz GL, Machado PP, Andrade GC, Louzada MLC. Alimentos ultraprocessados e o consumo de fibras alimentares no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2021;26(9):4153–61.
34. Silva NT, Traebert J, Pimentel B, Traebert E. Consumo de alimentos ultra processados e fatores associados em crianças de seis anos de idade. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28(11):3301–10.

35. Carreira NP, Lima MC de, Travieso SG, Sartorelli DS, Crivellenti LC. Fatores maternos associados ao consumo usual de alimentos ultraprocessados na gestação. Ciência & Saúde Coletiva 2024;29(1):e16302022.
36. Carvalho TEM, Waisenberg A, Sato PM, Mais LA, Martins APB, Jaime PC, Khandpur N. Consumer perceptions of non-caloric sweeteners and the content of caloric and non-caloric sweeteners in ultra-processed products in Brazil. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(5):1989–2000.
37. Monteiro CA, Cannon G, Lawrence M, Louzada ML da C, Machado PP. Ultra-processed foods, diet quality, and health using the NOVA classification system [Internet]. [citado 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://www.fao.org/fsnforum/resources/trainings-tools-and-databases/ultra-processed-foods-d iet-quality-and-health-using-nova
38. Dias LR, Baptista JAG, Levy RB, Leite MA. Alimentos ultraprocessados e preparações culinárias em promoções no maior aplicativo de delivery de alimentos do Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2025;30(2):e07512023.
39. Brasil. Presidência da República. Decreto nº 7.272, de 25 de agosto de 2010.

Regulamenta a Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN [Internet]. 2010 [citado 22 de abril de 2025]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7272.htm

40. Marano D, Joia I, Morgado CMC, Vasconcellos FAG. I Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Duque de Caxias (2017-2020): uma avaliação com base no ciclo das políticas públicas. DEMETRA Alimentação, Nutrição & Saúde 2023;18:e68409–e68409.

41. Recine E, Vasconcellos AB. Políticas nacionais e o campo da Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva: cenário atual. Ciência & Saúde Coletiva 2011;16(1):73–9.
42. Santos LMP, Pasquim EM, Santos SMC. Programas de transferência de renda no Brasil: um estudo multidimensional da implementação do Bolsa Escola, Bolsa Alimentação e Cartão Alimentação. Ciência & Saúde Coletiva 2011;16(3), 1821–1834.
43. Sperandio N, rodrigues CT, franceschini SCC, Priore SE. Impact of the Bolsa Família Program on energy, macronutrient, and micronutrient intakes: Study of the Northeast and Southeast. Revista de Nutrição 2016;29(6):833–44
44. Fernandes RC, Höfelmann DA. Patterns of energy balance-related behaviors and food insecurity in pregnant women. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28(03):909–20.
45. Amaral MRS, Silva PLN, Leon ACMP. Crise, austeridade fiscal e insegurança alimentar: fatores associados, tendências e distribuição espacial via PNAD e POF. Ciência & Saúde Coletiva. 21 de outubro de 2024;29(11):e04722023.
46. Silva EEM, Steluti J. O consumo alimentar de brasileiros residentes em domicílios com insegurança alimentar: resultados da POF-2017-2018. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet] 2024 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/o-consumo-alimentar-de-brasileiros-residentes-em
-domicilios-com-inseguranca-alimentar-resultados-da-pof20172018/19336

47. Oliveira ASB de, Casemiro JP, Brandão AL, Pinto AMS. Monitoramento e avaliação da segurança alimentar e nutricional: um olhar sobre as publicações oficiais. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(02):631–40.

48. Moura BG, Sá CCR, Santos J, Nilson EAF, Burlandy L, Castro IRR, Fagundes A, Voci SM. Contribuição da Vigilância Alimentar e Nutricional para a Segurança Alimentar e Nutricional: um estudo qualiquantitativo. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet] 2024 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/contribuicao-da-vigilancia-alimentar-e-nutricional
-para-a-seguranca-alimentar-e-nutricional-um-estudo-qualiquantitativo/19274

49. Sgambato MR, Lignani JB, Pires CA, Ribeiro ECSA, Domingos TB, Ferreira AA, Sichieri R, Oliveira LG, Salles-Costa R. Inequalities in food acquisition according to the social profiles of the head of households in Brazil. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27 (11):4303–14.
50. Ribas SA, Medeiros FJ, Teixeira MT, Andrade PV, Rodrigues MCC, Ferreira FCPAM, Vilela LD, Neri Daniela. Household food insecurity and its association with diet quality in high-risk children. Ciência & Saúde Coletiva 2025;30(02):e10142023.
51. Rabello MCM, Lopes JMM, Netto MP., Oliveira e Silva RMS, Faria ER. A Pandemia de COVID-19 e a insegurança alimentar e nutricional na Região Sudeste do Brasil: perspectivas sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Ciência Saúde Coletiva [periódico na internet] 2024 [citado em 22 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/a-pandemia-de-covid19-e-a-inseguranca-alimentar
-e-nutricional-na-regiao-sudeste-do-brasil-perspectivas-sobre-o-programa-nacional-de-alimen tacao-escolar-pnae/19251?id=19251
52. Ribeiro-Silva R C, Pereira M, Campello T, Aragão É, Guimarães JMM, Ferreira AJ, Barreto ML, Santos SMC. Implicações da pandemia COVID-19 para a segurança alimentar e nutricional no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2020;25:3421–30.

53. Silva EO, Amparo-Santos L, Soares MD. Alimentação escolar e constituição de identidades dos escolares: da merenda para pobres ao direito à alimentação. Cadernos Saúde Pública. 29 de março de 2018;34(4):e00142617.
54. Becker PC, Neves RO, Silva CH da, Goldani MZ, Bernardi JR. A introdução precoce de sucos pode influenciar desfechos antropométricos e consumo alimentar em idade pré-escolar? Ciência & Saúde Coletiva 2023;28(01):269–80.
55. Muraro AP, Froelich M, Rodrigues PRM, Cunha DB, Mendes LL, Andrade ACS, Holub C. Association of school meals and eating behavior, diet quality, food safety, and body mass index among Brazilian students: a systematic review. Ciência & Saúde Coletiva [periódico na internet]. 2024 [citado 23 de abril de 2025]. Disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/association-of-school-meals-and-eating-behavior- diet-quality-food-safety-and-body-mass-index-among-brazilian-students-a-systematic-review/ 19221
56. Viana MF, Linhares AO, Mintem GC, Muniz LC, Kaufmann CC, Bielemann RM. Adesão à alimentação escolar em estudantes do 9º ano da rede municipal de ensino da cidade de Pelotas, RS, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2025;30(4):e15882023.
57. Pedraza DF, Oliveira MM. Estado nutricional de crianças e serviços de saúde prestados por equipes de Saúde da Família. Ciência & Saúde Coletiva 2021;26(08):3123–34.
58. Oliveira MM, Santos EES, Bernardino ÍM, Pedraza DF. Fatores associados ao estado nutricional de crianças menores de cinco anos da Paraíba, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(02):711–24.

59. Lisboa CS, Santana J da M, Servo MLS, Silva AVR, Santos DB. Socioeconomic and nutritional aspects of pregnant women assisted by Programa Bolsa Família: cohort NISAMI. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(01):315–24.
60. Domingos ALG, Hermsdorff HHM, Mendes LL, Oliveira FLP, Oliveira ACS, Pimenta AM, Bressan J. Built and social environments and overweight among Brazilian adults from medium-sized city: CUME Project. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(02):771–82.
61. Augusto NA, Loch MR, Dias DF, Silva AMR. Incidência de aumento e redução do Índice de Massa Corporal na meia-idade: seguimento de quatro anos. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(04):1455–68.
62. Mendes LL, Rocha LL, Botelho LV, de Menezes MC, Júnior PCP de C, da Camara AO, et al. Scientific research on food environments in Brazil: a scoping review. Public Health Nutrition 2023;26(10):2056–65.
63. Fanzo J, Bellows AL, Spiker ML, Thorne-Lyman AL, Bloem MW. The importance of food systems and the environment for nutrition. The American Journal of Clinical Nutrition 2021;113(1):7–16.
64. Glanz K, Sallis JF, Saelens BE, Frank LD. Healthy nutrition environments: concepts and measures. American Journal Health of Health Promotion 2005;19(5):330–3, ii.
65. Novaes TG, Mendes LL, Almeida LFF, Ribeiro AQ, Costa BV de L, Claro RM, Pessoa MC. Availability of food stores around Brazilian schools. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(06):2373–83.

66. Lopes MS, Martiniano MO, Freitas PP, Carvalho MCR, Sales DM, Lopes ACS. Comércio de alimentos para consumo imediato no entorno do Programa Academia da Saúde: uma análise segundo desigualdades. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(08):3283–94.
67. Jardim MZ, Mendes LL, Cordeiro NG, Claro RM, Pessoa MC, Andrade ACS, Costa BVL. Equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional: avaliação do ambiente alimentar. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28(11):3311–20.
68. Honório OS, Mendes LL, Moreira CC, Araújo ML, Pessoa MC. Evolution of food deserts and food swamps in a Brazilian metropolis between 2008 and 2020. Ciência & Saúde Coletiva 2024;29(10):e09582023.
69. Silva ADC, Silva AR, Hofelmann DA. Distribuição espacial dos equipamentos públicos para comercialização de frutas, legumes e verduras em Curitiba, Paraná, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2021;26(08):3111–21.
70. Rebouças BVL, Vasconcelos TM, Sousa MHL, Sichieri R, Bezerra IN. Acquisition of food for away-from-home consumption in Brazil between 2002 and 2018. Ciência & Saúde Coletiva. 22 de julho de 2022;27(08):3319–29.
71. Moreira CC, Silva ACF, Leme AOR, Silva TS, Brito FSB, Oliveira ASD. Alimentação saudável em encartes de supermercados: reflexões segundo a classificação de alimentos adotada no Guia Alimentar para a População Brasileira. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28(02):631–42.
72. Antoniassi SG, Machado CO, Santos DS dos, Santos L dos, Höfelmann DA. Tempo de tela, qualidade da dieta de adolescentes e características do entorno escolar. Ciência & Saúde Coletiva 2024;29(1):e00022023.

73. Pineda AMR, Amorim TMAX, Villarreal VIH, Mendivil LLL, Oliveira JS, Cesse EÂP, Souza NP, Lira PIC. Da produção aos impactos na saúde e no ambiente: uma análise dos sistemas alimentares de Brasil, Colômbia e Panamá. Ciência & Saúde Coletiva 2023;28:1101–12.
74. Ricardo CZ, Andrade GC, Salvador BC, Mais LA, Duran AC, Martins APB. Adesão aos acordos voluntários de redução de sódio no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2022;27(02):701–10.
75. Cortese RDM, Martinelli SS, Fabri RK, Melgarejo L, Nodari RO, Cavalli SB. Reflexões sobre a proposta de modificação da regulamentação de rotulagem de alimentos transgênicos no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva 2021;26(12):6235–46.
76. Brasil. Ministério da Saúde. II Termo de Compromisso - Tem a finalidade de estabelecer metas nacionais para a redução do teor de sódio em alimentos processados no Brasil [Internet]. 2011 [citado 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/promocao-da-saude/reducao-de-sodio-acuca r-e-gordura-trans/agenda-de-reformulacao/ii_termo_alimentos_proces_2011.pdf/view
77. Brasil. Senado Federal. Projeto de Lei da Câmara n° 34, de 2015 - Altera a Lei de Biossegurança para liberar os produtores de alimentos de informar ao consumidor sobre a presença de componentes transgênicos quando esta se der em porcentagem inferior a 1% da composição total do produto alimentício.2015 [citado 22 de abril de 2025]. Disponível em: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/120996
78. Sally EOF, Gomes DS, Dantas LOC, Henriques P. Violação à NBCAL de produtos que competem com a amamentação na rede social Instagram. Ciência & Saúde Coletiva 2024;29(04):e20312022.

79. Kono CM, Luz MRMP. Trajetória das políticas de educação alimentar e nutricional no Brasil. Trabalho, Educação & Saúde 2024;22:14–14.
80. Gonzalez AB, Albuquerque JP, Oliveira JM. A produção científica em Educação Alimentar e Nutricional (EAN) e o Marco de Referência de EAN para as Políticas Públicas: uma revisão de escopo. DEMETRA Alimentação, Nutrição & Saúde 2024;19:e77332–e77332.
81. Rizzolo A, Santos LA, Cruz PJSC. Diálogos entre educação popular e educação alimentar e nutricional: reflexões a partir das trajetórias de três docentes universitários. Ciência & Saúde Coletiva 2024;29(06):e12272023.


Outros idiomas:







Como

Citar

Fonseca, VM, Marano, D, Abranches. ADA, Amaral, YNV, Florintino, CS, Vasconcelos, FAG. A produção científica em Nutrição na Ciência & Saúde Coletiva (2020-2024). Cien Saude Colet [periódico na internet] (2025/jun). [Citado em 09/08/2025]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/a-producao-cientifica-em-nutricao-na-ciencia-saude-coletiva-20202024/19643?id=19643

Últimos

Artigos



Realização



Patrocínio