1044/2011 - AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE EM ADOLESCENTES, ADULTOS E IDOSOS
Self-reported health in adolescents, adults and elderly
Autor:
• Felipe Fossati Reichert - Reichert, F. F. - Pelotas, RS - Escola Superior de Educação Física, Universidade Federal de Pelotas - <ffreichert@gmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0951-9875
Coautor(es):
• Mathias Roberto Loch - Loch, M. R. - Universidade Estadual de Londrina - <mathiasuel@hotmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2680-4686
• Marcelo Fernandes Capilheira - Capilheira, M.F. - Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas - <capilheira@brturbo.com.br>
Área Temática:
EpidemiologiaResumo:
Objetivo: Verificar a prevalência de autopercepção de saúde regular/ruim em adolescentes, adultos e idosos e os fatores associados a esse desfecho.Metodologia: Estudo transversal, de base populacional, realizado em Pelotas. A amostra compreendeu 820 adolescentes, 2715 adultos e 385 idosos. A autopercepção de saúde foi investigada pela pergunta: “Como o Sr(a) considera sua saúde?” Características demográficas, socioeconômicas, comportamentais e de saúde foram investigadas mediante questionário. Razões de prevalência ajustada foram estimadas pela Regressão de Poisson.
Resultados: A prevalência de autopercepção regular ou ruim de saúde foi de 12,1%, 22,3% e 49,4% entre adolescentes, adultos e idosos, respectivamente. Adolescentes com menor nível econômico e com escolaridade não adequada tiveram pior autopercepção de saúde. Entre os adultos e idosos, relataram pior autopercepção de saúde: as mulheres, aqueles com maior faixa etária, menor nível econômico e os que referiram possuir alguma morbidade.
Conclusão: A população percebe saúde não apenas como ausência de doença, mas também como um constructo relacionado com aspectos sociais e demográficos, e em menor magnitude, com aspectos comportamentais. Abordagens em saúde devem reconhecer esse fato e superar o modelo simplista onde a saúde é dicotomizada em doente e não-doente.
Palavras-chave:
autopercepção de saúdeprevalênciafatores associadosfatores de riscoepidemiologiaAbstract:
Purpose: To verify the prevalence of self-reported health as regular/bad and the factors associated to this outcome.Methods: A cross-sectional, population based study was carried out in Pelotas. The sample size comprised 820 adolescents, 2715 adults and 385 elderly. Self-reported health status was investigated through the question: “How do you rate your health?” Data on demographics, socioeconomic, behavioral, and health-related characteristics of individuals were gathered using a standardized questionnaire. Adjusted prevalence ratios were estimated through the Poisson regression.
Results: Prevalence of reporting health status as regular or bad was 12.1%, 22.3% and 49.4% in adolescents, adults and elderly, respectively. Adolescents with lower economic status and schooling had higher prevalence of regular/bad self-reported health. Among adults and elderly, the women, those older, with lower economic status and who had some morbidity presented higher proportion of regular/bad self-reported health status.
Conclusion: Individuals perceive health not only as the absence of a disease, but also as a construct related to social, demographic, and to a less extend, behavioral aspects. Health approaches must recognize this fact and overcome the simplistic view where health is dichotomized in sick and not sick individuals.