EN PT

Artigos

0298/2024 - Avaliação da qualidade de vida de adolescentes gestantes: uma revisão de escopo
Evaluation of quality of life of pregnant adolescents: a review of scope of pregnant adolescents: a review of scope

Autor:

• Icleia Parente Rodrigues - Rodrigues, I.P - <icleiaprodrigues@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5040-2401

Coautor(es):

• Patricia Neyva Pinheiro - Pinheiro, P.N - <neyva.pinheiro@yahoo.com.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7022-8391

• Francisca Elisângela Teixeira Lima - Lima, F.ET - <felisangela@yahoo.com.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7543-6947

• Cristiana Rebouças - Rebouças, C. - <crisbrasil@ufc.br, cristianareboucas@yahoo.com.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9632-5859

• Antônia Rita de Fátima Abreu de Carvalho - Carvalho, A.R.F.A - <rita_breu@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0009-0001-3386-6586

• Ivana Cristina Vieira de Lima Maia - Maia, I.C.V.L - <assessoria.ivana@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2367-1723

• Samila Gomes Ribeiro - Ribeiro, S.G - <samilagomesribeiro@gmail.com, samilaribeiro@yahoo.com.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4775-5852



Resumo:

Objetivo: analisar os fatores intervenientes à qualidade de vida de adolescentes gestantes. Métodos: revisão de escopo realizada nas seguintes fontes de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); Science Direct; Cochrane Library; Scopus; Web of Science; Embase; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Catálogo de Teses e Dissertações (CAPES); Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e Google Scholar. Foram incluídos estudos realizados com adolescentes gestantes que avaliassem a qualidade de vida por meio de escalas, sendo um total de seis, a amostra final. Resultados: Dentre os fatores que impactaram positivamente a qualidade de vida QV, destacaram-se: maior escolaridade, maior nível socioeconômico e apoio social. Por sua vez, a qualidade de vida foi negativamente impactada pelos fatores: intenção de abortar, idade gestacional (primeiro e último trimestres), complicações obstétricas, transtornos psiquiátricos e violência doméstica. Conclusão: há fatores intervenientes à qualidade de vida de adolescentes gestantes, sendo importante o reconhecimento precoce durante a assistência pré-natal, potencializar intervenções que possam contribuir para o bem-estar físico, psicológico e social nessa população.

Palavras-chave:

Adolescente, Qualidade de vida, Gestantes.

Abstract:

Objective: to analyze the factors involved in the quality of life of pregnant adolescents. Methods: Scope review performed in the following data sources: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); Science Direct; Cochrane Library; Scopus; Web of Science; Embase; Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (LILACS); Catalog of Theses and Dissertations (CAPES); Brazilian Digital Library of Theses and Dissertations and Google Scholar. We included studies with pregnant adolescents who assessed quality of life through scales, with a total of six being the final sample. Results: Among the factors that positively impacted quality of life, we highlighted: higher education, higher socioeconomic status and social support. In turn, quality of life was negatively impacted by the factors: intention to abort, gestational age (first and last trimesters), obstetric complications, psychiatric disorders and domestic violence. Conclusion: there are factors involved in the quality of life of pregnant adolescents, and early recognition during prenatal care is important, enhancing interventions that can contribute to physical, psychological and social well-being in this population.

Keywords:

Adolescent, Quality of Life, Pregnant Women.

Conteúdo:

Introdução

A adolescência é uma fase de transição entre a infância e a idade adulta vinculada às transformações e aos desafios, sendo reconhecida como um processo de maturação humana. Essa fase é marcada pelo desenvolvimento de novos comportamentos, influenciados por contextos sociais, resultando em ações positivas ou não, que irão contribuir com resultados diferentes à medida que passam para a idade adulta1,2.
Os altos índices de gravidez na adolescência e suas implicações biopsicossociais representam um problema de saúde pública na América Latina e Caribe3. A imaturidade biológica das mães, nessa fase da vida, tem sido uma das justificativas para os resultados adversos em saúde nesse público-alvo4. Contudo, não é somente a idade materna que influencia a ocorrência de resultados adversos da gravidez, mas também existe forte influência das condições sociais e econômicas4.
Acerca desse problema, a agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) apresenta ações relacionadas à gravidez na adolescência e seus impactos na saúde materna e neonatal, a saber: defender a atenção à gravidez na adolescência, construir uma base de evidências para a ação, desenvolver ferramentas de apoio a políticas e programas e desenvolver capacidades e apoiar os países a abordar esse momento de forma eficaz.5
Ante o desafio da gestação associada a esse contexto do adolescer, faz-se pertinente avaliar a qualidade de vida da adolescente em processo de gestar, de modo a contribuir com ações de cuidado no percurso desse emaranhado de alterações biopsicossociais6.
É importante compreender que a Qualidade de Vida (QV) é um conceito multidimensional retratado pela percepção do indivíduo de sua posição na vida, englobando a cultura e sistemas de valores em que vive, bem como objetivos, expectativas e padrões individuais7. Trata-se de um conceito amplo que é afetado de forma complexa pela saúde física da pessoa, pelo seu estado psicológico, nível de dependência, relações sociais, crenças e convicções pessoais e pelo ambiente em que vive8,9.
A QV das adolescentes no ciclo gravídico puerperal pode ser afetada em decorrência das modificações ocasionadas pela gravidez no âmbito psíquico, social e econômico, incluindo ruptura de vínculo sociais, atividades de lazer restritas, necessidade de amadurecimento precoce, abandono escolar, menor acesso a oportunidades de trabalho, dentre outras questões6.
Partindo desta análise multifatorial da QV e considerando a adolescência como uma fase de alterações físicas, comportamentais e sociais, faz-se importante a análise da QV desta população, uma vez que os adolescentes possuem uma visão peculiar de si mesmos e do mundo, devido à fase de desenvolvimento físico e emocional em que se encontram. Além disso, a percepção de saúde e de doença varia em função do contexto cultural, econômico e social10,11.
Mensurar a QV, a partir de instrumentos confiáveis e validados, é considerável para compreender a avaliação dos resultados de saúde em diversos contextos e populações, especialmente diante de condições e situações desafiadoras, a exemplo da gestação. Vale ressaltar que esses instrumentos enfocam a percepção dos indivíduos sobre suas condições de vida a partir de domínios que avaliam a saúde física, o estado psicológico, o nível de autonomia, as relações sociais, as crenças e a relação do indivíduo com o meio ambiente12.
Levando em conta o presente cenário, acredita-se que mapear as evidências disponíveis na literatura acerca da avaliação da QV de adolescentes gestantes, com vistas a identificar lacunas do conhecimento sobre esse assunto e como as pesquisas estão sendo desenvolvidas, poderá contribuir para a realização de futuras pesquisas e intervenções direcionadas à promoção da saúde e à qualidade de vida nesse público-alvo. Desta forma, o objetivo desse estudo foi analisar os fatores intervenientes à QV de adolescentes gestantes.

Métodos

Trata-se de uma revisão de escopo sobre a avaliação da qualidade de vida de adolescentes gestantes, conforme as recomendações do Joanna Briggs Institute (JBI)13 e do protocolo PRISMA Extension for Scoping Review (PRISMA-ScR)14 e foi realizada busca prévia na International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO)15 e Database of Abstracts of Reviews of Effects (DARE) em março de 2023, não sendo encontrada outra revisão sobre a temática proposta. O protocolo desta revisão foi registrado na Open Science Framework (OSF).
A pergunta de pesquisa foi formulada com base na estratégia PCC, que corresponde ao acrônimo Population, Concept, Context (PCC)16. Na presente proposta tem-se: P (Population) – adolescentes; C (Concept) – Qualidade de vida, definida como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistemas de valores em que vive e em relação a seus objetivos, expectativas e padrões17; C (Context) - Gestação. Assim, definiu-se a seguinte pergunta: quais os fatores intervenientes à qualidade de vida de adolescentes gestantes?
A busca foi realizada a partir dos seguintes descritores indexados ao Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MeSH): Adolescente; Qualidade de vida; Gestantes; Quality of Life, Adolescent, Pregnant Women, bem como as palavras-chave: Gravidez na adolescência; Pregnancy in Adolescence. Foram utilizados na busca os operadores booleanos “AND” e “OR”, conforme exposto no quadro 1.

Quadro 1

Procedeu-se a busca a partir do acesso ao Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), sendo proposta a utilização das seguintes fontes de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE); Science Direct; Cochrane Library; Scopus; Web of Science; Embase; Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES; Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e Google Scholar.
Também, se recorreu à seleção de estudos com base na análise da lista de referências das pesquisas selecionadas. E, para seleção dos estudos foi utilizada a Rayyan QCRI20, que é uma plataforma on-line para revisões sistemáticas. A triagem dos artigos iniciou a partir dos títulos, resumos, texto completo e extração de dados foi conduzida por dois revisores de maneira independente, cujas divergências foram resolvidas em reunião entre os revisores.
Os critérios de inclusão foram: estar disponível nas fontes de dados; a população e/ou amostra ser adolescente (s) gravida (s); ter avaliado a qualidade de vida por meio de escalas. Quanto ao critério de exclusão, existiu apenas um, que foi: estudos com adolescentes gestantes com doenças preexistentes que afetassem a qualidade de vida.
Após a seleção houve aplicação de um formulário adaptado da JBI13 para extração de dados conforme a investigação das seguintes variáveis: fonte de dados, título do estudo, país, idioma(s), autor(es), ano de publicação, objetivo, população e amostra, metodologia, principais resultados relacionados ao foco temático da revisão e qualidade metodológica. A ferramenta da JBI Appraisal Tools - Analytical Cross Sectional Studies foi aplicada para avaliação da qualidade metodológica e do risco de viés dos estudos incluídos na revisão, sendo classificado como moderado (escores entre 50% e 70%) ou baixo (acima de 70%)18. Por fim, as informações foram organizadas e apresentadas em quadros. E, para garantir o rigor no processo de extração e análise dos dados, houve discussão de alinhamento entre a dupla de revisores.

Resultados

O fluxograma de seleção dos estudos que compuseram a revisão de escopo está na figura 1. Foram incluídos um total de seis estudos. O ano de publicação dos estudos variou de 2003 a 2018. Com relação ao país de publicação, houve destaque para os Estados Unidos (n=2)19,20, seguido por Brasil21, Portugal22, Turquia23 e Tailândia24, cada um com um estudo. A amostra total foi constituída por 2.040 adolescentes gestantes (Quadro 2).
Todos os estudos foram transversais. Os instrumentos utilizados para mensuração da qualidade de vida foram: Medical Outcomes Survey-Short Form 36, versão 2 (n=3)19,20,23 e Whoqol-bref (n=2)21,24. A análise de risco de viés apontou que somente dois estudos apresentaram risco de viés moderado (escores entre 50% e 70%)19,20.

Quadro 2

A maior escolaridade21,24 e o melhor nível socioeconômico favoreceram a QV21. No que tange aos antecedentes obstétricos e à gravidez atual, as gestantes que planejaram a gravidez tiveram maior pontuação na qualidade de vida21. A QV também variou conforme a idade gestacional, havendo menores escores de qualidade de vida no primeiro e no terceiro trimestres23. Contudo, um estudo identificou uma relação inversa entre QV e o planejamento da gravidez22 (Quadro 3).
Quanto à paridade, a literatura foi divergente, pois um estudo evidenciou que a QV entre as mulheres primíparas é menor em todos os domínios21, enquanto outro apontou que a QV entre primíparas foi maior no domínio funcionamento social20. Houve destaque ainda para a ocorrência de complicações obstétricas como um fator associado à menor QV 22 (Quadro 3).
A ocorrência de transtornos psiquiátricos como depressão e estresse se relacionou aos impactos negativos sobre a qualidade de vida21,22,24. A violência doméstica foi outro fator associado à menor QV24. Por outro lado, o apoio social atuou como fator moderador para uma QV satisfatória21,22,24 (Quadro 3).

Quadro 3

Discussão

Inicialmente há ênfase na caracterização geral dos estudos que inclui o local de publicação, risco de viés e instrumentos utilizados nos estudos para mensuração da QV. Também são discutidos os fatores intervenientes na QV de adolescentes gestantes, tanto protetores quanto de risco, com recomendações para a assistência a esse público-alvo.
A análise do país de publicação dos artigos selecionados mostrou que somente uma pesquisa foi realizada no Brasil, demonstrando a necessidade de estudos no cenário nacional que abordem essa temática para preencher essa lacuna do conhecimento.
Observou-se, a partir da análise do risco de viés do JBI Appraisal Tools, que a maior parte não apresentou risco de viés, contudo, dois estudos tiveram risco de viés moderado (escores entre 50% e 70%)19,20, pois aplicaram análise estatística bivariada, somente, sem a regressão logística para medir a influência de variáveis confundidoras, indicando a necessidade de cautela na generalização dos resultados desta revisão.
Os instrumentos utilizados para análise da QV entre adolescentes gestantes foram: Medical Outcomes Survey-Short Form 36 (SF-36), versão 2; Whoqol-bref e EUROHIS-QOL-8 (versão em português).
O Medical Outcomes Survey-Short Form 36 foi originalmente proposto por dois pesquisadores norte americanos para pesquisar o estado de saúde da população em geral na prática e em pesquisas clínicas. Esse instrumento pode ser autoadministrado por pessoas com idade a partir 14 anos, ou ser preenchido por entrevistador treinado presencialmente ou por telefone25.
O SF-36 é constituído por oito subescalas de itens múltiplos que avaliam função física, funcionamento social, limitações de papel devido a problemas físicos, limitações de papel devido a problemas emocionais, saúde mental geral (sofrimento psicológico e bem-estar); vitalidade (energia e fadiga); dor e percepção geral de saúde. A pontuação total em cada subescala do SF-36 varia entre 0 e 100, sendo que quanto a maior pontuação indica melhor QV 25.
Por sua vez, o Whoqol-bref é um questionário genérico proposto pela Organização Mundial de Saúde frequentemente utilizado com a finalidade de avaliar a QV em populações saudáveis e com alguma doença26. Possui mais de 100 traduções adaptadas e já foi preenchido por mais de 60.000 adultos, com validade e a confiabilidade satisfatórias27. É constituído por 26 itens, divididos em quatro domínios relacionados à QV: física (saúde), psicológica, relações sociais e ambientais, uma avaliação geral de QV e satisfação com a saúde. Para cada item, há uma escala Likert com opção de resposta de 1 a 5, sendo que os valores mais altos representam maior QV27.
Dentre os fatores protetores para a QV, destacaram-se a escolaridade e o nível socioeconômico. Estudos que abordam o perfil epidemiológico e sociodemográfico de adolescentes grávidas apontam a baixa condição socioeconômica e o baixo grau de escolaridade da mãe adolescente como fatores que predispõem uma possível gestação na adolescência, podendo reverberar no bem-estar e saúde dessa adolescente28-35.
Diante da evidência de que a maior escolaridade e nível socioeconômico são fatores protetivos à QV, é fundamental o fortalecimento de políticas públicas e programas de auxílio focados na renda familiar e escolarização das adolescentes, bem como o apoio à adolescente para evitar a evasão escolar ao longo da gestação.
O afastamento da adolescente gestante da escola pode ser influenciado não somente pela gravidez, mas também pelo preconceito dos colegas, à falta de apoio da escola e dos amigos, à vergonha pelas mudanças no corpo e por colocar em evidência aspectos íntimos da vida da adolescente. Essas questões contribuem para o insucesso profissional e podem ocasionar frustrações, sentimentos de baixa autoestima, insatisfação e ausência de perspectiva de vida36. Destarte, é imprescindível o apoio à adolescente em caso de maternidade precoce, tendo em vista as consequências que esse problema de saúde pública pode acarretar à saúde, à educação e ao desenvolvimento econômico e social28,37,38.
Por outro lado, o apoio social é um fator que afeta positivamente a QV da gestante adolescente. A gravidez é considerada como evento social, familiar e pessoal, dessa forma, a adolescente necessita de suporte afetivo para enfrentar as diversas mudanças advindas dessa fase, principalmente porque ela tende a se tornar emocionalmente mais sensível nesse momento. Assim, a rede de apoio da adolescente gestante pode ser fator de risco ou protetor para a sua saúde, sendo importante investigar durante a assistência aspectos como composição familiar, qualidade da relação familiar e comunicação com a família, com vistas a mediar possíveis conflitos e a motivar o apoio da família ao longo do percurso da gestação29,30,32,34,35.
Ressalta-se que uma gravidez na adolescência pode potencializar as crises e conflitos familiares, principalmente quando ocorre de maneira precoce e não planejada30. Esses desafios podem estar associados às rápidas mudanças biológicas e psicológicas que ocorrem durante a gestação, a exemplo do ganho ponderal, mudanças corporais, transformações no funcionamento orgânico, manifestações de novos sentimentos, novas relações intersubjetivas e suas inserções no mundo interno e externo da família32-34.
Diante desse cenário, os transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade e estresse podem afetar as gestantes adolescentes e ocasionar prejuízos a sua QV corroborando com as evidências de um estudo prévio sobre a QV de gestantes adultas39. Nesse contexto, destaca-se a importância dos profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, que possuem um papel relevante na identificação precoce, aconselhamento, educação em saúde e no estabelecimento de medidas de suporte emocional às gestantes adolescentes40.
O planejamento da gravidez e sua influência sobre a QV foi um fator controverso na presente revisão. Embora a literatura evidencie que o planejamento pessoal e, principalmente, o desejo da mulher em relação à maternidade, contribui para o predomínio de sentimentos positivos e uma melhor adequação dessa fase32-34, um estudo mostrou que as mulheres que planejam a gravidez tem menor QV22. Portanto, sugere-se mais estudos que possam elucidar essa associação, considerando a subjetividade da QV na adolescente.
Na presente revisão, as complicações obstétricas afetaram negativamente a QV. Embora o diagnóstico da gestação não seja igual ao de uma doença, habitualmente, traz mudanças e consequências que podem afetar o bem estar das gestantes28,34,38,41,42. Entre as adolescentes, há um maior risco de ocorrência de comorbidades no período gestacional, como hipertensão, infecção do trato urinário, corrimento vaginal patológico43.
As complicações obstétricas se constituem em fatores desencadeantes de morbimortalidade materna. Aliado a isso, nas gestantes adolescentes, tem-se o agravante das vulnerabilidades correlatas a essa faixa etária, sendo um fator de risco para intercorrências materno-fetais43. Diante dessas vulnerabilidades, torna-se fundamental identificar precocemente as complicações e tratar comorbidades com vistas a atenuar possíveis efeitos sobre a QV.
A idade gestacional exerceu influência sobre a QV da adolescente gestante, com destaque para o maior risco no primeiro e terceiro trimestre. Evidencia-se que no primeiro trimestre, a gravidez indesejada e o relacionamento conjugal ruim geralmente podem ocasionar sofrimento emocional e gerar prejuízos ao bem estar das gestantes. Por sua vez, no terceiro trimestre destaca-se o medo do parto e a insegurança em relação aos cuidados com o recém-nascido como fatores prejudiciais à QV, bem como o fato de o aumento do peso do feto poder ocasionar dores corporais que podem afetar a QV44,45.
A influência da paridade na QV das adolescentes gestantes foi um ponto controverso. Um estudo demonstrou que primíparas tinham menor QV21, enquanto outra pesquisa apontou que multíparas tinham maior pontuação na QV em relação ao domínio funcionamento social20. Provavelmente as multíparas apresentam experiência prévia e maior segurança em relação aos cuidados com seu filho em comparação com as primíparas, o que pode justificar efeito positivo sobre a QV.
A violência doméstica foi um outro fator com impactos negativos para a QV das gestantes adolescentes. Esse resultado concorda com um estudo de revisão que objetivou descrever a qualidade de vida durante a gravidez sem complicações e constatou que a violência sexual e doméstica foi associada a uma menor QV, bem como à experiência de eventos que ameaçam a vida e à experiência de infertilidade39.
Diante dessa diversidade de fatores intervenientes à QV na gravidez na adolescência, a gestação nessa fase deve ser observada de modo ampliada, reconhecendo-se o contexto social e econômico na qual a adolescente está inserida. Considerar a gravidez como um fator de risco para desfechos adversos é algo redutor, uma vez que a vulnerabilidade, tanto da mãe quanto do bebê, pode ser diminuída por meio de fatores protetores31,32,46.
Esses fatores podem influenciar os eventos reprodutivos adversos referentes à mãe adolescente e devem ser levados em consideração pelos programas de saúde pública e para execução de estratégias direcionadas ao ciclo gravídico puerperal para a prevenção da gravidez na adolescência, oportunizando melhorias na QV materno infantil31,32,46.
Como limitações, destaca-se que a amostra dos estudos selecionados foi integralmente composta por estudos de delineamento transversal, os quais não permitem o estabelecimento de uma relação associativa de causa e efeito. Além disso, a maioria foi desenvolvida em países desenvolvidos, fato que pode restringir a generalização dos resultados para os países em que as adolescentes gestantes apresentam maior vulnerabilidade social.

Conclusão

Este estudo apresenta fatores intervenientes à QV que impactaram tanto positivamente quanto negativamente esse constructo. Dentre os fatores que impactaram positivamente a QV, houve destaque para: maior escolaridade, maior nível socioeconômico e apoio social. Por sua vez, a QV foi negativamente impactada pelos fatores: intenção de abortar, idade gestacional (primeiro e último trimestres), complicações obstétricas, transtornos psiquiátricos e violência doméstica. O reconhecimento precoce dos fatores intervenientes à QV das adolescentes gestantes poderá potencializar a realização de intervenções para melhoria do seu bem-estar físico, psicológico e social no decorrer da gestação.

Referências

1. Monroe P, Campbell JA, Harris M, Egede LE. Racial/ethnic differences in social determinants of health and health outcomes among adolescents and youth ages 10–24 years old: a scoping review. BMC Public Health [Internet]. 2023 [cited 2023 aug 1]; 23(1):410. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36855084/
2. World Health Organization (WHO), United Nations Children’s Fund (UNICEF). Global breastfeeding scorecard, 2019: increasing commitment to breastfeeding through funding and improved policies and programmes [Internet]. 2019 jul 23 [cited 2024 fev 23]. Available from: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-NMH-NHD-19.22
3. Pan American Health Organization (PAHO). Adolescent pregnancy in Latin America and the Caribbean. Technical brief, August 2020 [Internet]. 2020 [cited 2023 fev 25]. Available from: https://iris.paho.org/handle/10665.2/53133
4. Amjad S, MacDonald I, Chambers T, Osornio-Vargas A, Chandra S, Voaklander D, Ospina MB. Social determinants of health and adverse maternal and birth outcomes in adolescent pregnancies: a systematic review and meta-analysis. Paediatr Perinat Epidemiol [Internet]. 2019 [cited 2023 aug 1]; 33(1):88-99. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34500474/
5. World Health Organization (WHO). Adolescent pregnancy [Internet]. 2023 jun 2 [cited 2023 aug 1]. Available from: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/adolescent-pregnancy
6. Santiago RF, Nery IS, Andrade EM, Mendes IA, Nogueira MT, Rocha SS, Araújo TME. Efeito de intervenção educativa online na qualidade de vida de gestantes adolescentes. Acta Paul Enferm [Internet]. 2022 [acessado 2023 jun 29]; 35:eAPE00366. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/6mp9wjp65sQyZHJVMKmczYr/abstract/?lang=pt
7. The WHOQOL Group. The development of the World Health Organization quality of life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W editors. Quality of life assessment: international perspectives. Heidelberg: Springer Verlag; 1994. p. 41-60.
8. World Health Organization (WHO). Programme on menthal health WHOQOL: user manual [Internet]. 2012 [cited 2023 apr 3]. Available from: https://www.who.int/publications/i/item/WHO-HIS-HSI-Rev.2012.03
9. Martins KAKF, Mascarenhas LPG, Morandini M, Cat MNL, Pereira RM, Carvalho JR, Lacerda L Filho, França SN. Qualidade de vida relacionada à saúde em uma coorte de jovens com diabetes tipo 1. Rev Assoc Med Bras [Internet]. 2018 [acessado 2023 jun 29]; 64(11):1038-44. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/xss5xx5xb3msRBwZDtNjDPG/?lang=pt
10. Barrros RP, Holanda PRCM, Sousa ADS, Apostolico MR. Necessidades em saúde dos adolescentes na perspectiva dos profissionais da atenção primária à saúde. Ciênc Saude Colet [Internet]. 2021 [acessado 2023 jun 29]; 26(2):425-34. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/Tsf3JXM6Tw7RkKMfRJz6zJp/
11. Bica I, Pinho LM, Silva EM, Aparício G, Duarte J, Costa J, Albuquerque C. Sociodemographic influence in health-related quality of life in adolescents. Acta Paul Enferm [Internet]. 2020 [cited 2023 aug 1]; 33:e-APE20190054. Available from: https://www.scielo.br/j/ape/a/jTV3HkPCcZwDrsgZfXjB6xd/?lang=en
12. Pequeno NPF, Cabral NLA, Marchioni DM, Lima SCVC, Lyra CO. Quality of life assessment instruments for adults: a systematic review of population-based studies. Health Qual Life Outcomes [Internet]. 2020 [cited 2023 aug 1]; 18:208. Available from: https://hqlo.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12955-020-01347-7
13. Peters MDJ, Godfray C, McInerney P, Munn Z, Tricco AC, Khalil, H. Chapter 11: scoping reviews (2020 version). In: Aromataris E, Munn Z editors. JBI Manual for evidence synthesis. JBI; 2020. Available from: https://jbi-global-wiki.refined.site/space/MANUAL/4687342/Chapter+11%3A+Scoping+reviews
14. Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O'Brien KK, Colquhoun H, Levac D, Moher D, Peters MDJ, Horsley T, Weeks L, Hempel S, Akl EA, Chang C, McGowan J, Stewart L, Hartling L, Aldcroft A, Wilson MG, Garritty C, Lewin S, Godfrey CM, Macdonald MT, Langlois EV, Soares-Weiser K, Moriarty J, Clifford T, Tunçalp Ö, Straus SE. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): checklist and explanation. Ann Intern Med [Internet]. 2018 [cited 2023 mar 20]; Oct 2;169(7):467-73. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30178033/
15. National Institute for Health Research. PROSPERO International prospective register of systematic reviews [Internet]. [2023] [cited 2023 mar 29]. Available from: https://www.crd.york.ac.uk/prospero/#searchadvanced
16. Aromataris E, Munn Z editors. JBI manual for evidence synthesis [Internet]. JBI, 2020. Available from: https://jbi-global-wiki.refined.site/space/MANUAL
17. World Health Organization (WHO). Strategy for mental health and substance abuse in the eastern Mediterranean region 2012–2016 [Internet]. 2011 [cited 2023 may 3]. Available from: https://applications.emro.who.int/docs/RC_technical_papers_2011_5_14223.pdf?ua=1
18. Joanna Briggs Institute. Critical appraisal tools [Internet]. [2023] [cited 2023 may 3]. Available from: https://jbi.global/critical-appraisal-tools
19. Drescher KM, Monga M, Williams P, Promecene-Cook P, Schneider K. Perceived quality of life in pregnant adolescent girls. Am J Obstet Gynecol [Internet]. 2003 [cited 2024 Feb 26];188(5):1231-3. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12748488/
20. Wrennick AW, Schneider KM, Monga M. The effect of parenthood on perceived quality of life in teens. Am J Obstet Gynecol. 2005 [cited 2024 Feb 26];192(5):1465-8. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/15902139/
21. Santos M. Qualidade de vida em gestantes adolescentes [dissertação]. Pelotas: Universidade Católica de Pelotas; 2014.
22. Pires R, Araújo-Pedrosa A, Canavarro MC. Examining the links between perceived impact of pregnancy, depressive symptoms, and quality of life during adolescent pregnancy: The buffering role of social support. Matern Child Health J [Internet]. 2014 [cited 2024 Feb 26]; 18:789-800. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23793535/
23. Ta?demir S, Balci E, Günay O. Comparison of life quality of pregnant adolescents with that of pregnant adults in Turkey. Ups J Med Sci [Internet]. 2010 [cited 2024 Feb 26];115(4):275-81. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2971486/
24. Jantacumma N, Powwattana A, Lagampan S, Chansatitporn N. Predictive model of quality of life among thai pregnant teenagers. Pac Rim Int J Nurs Res Thail [Internet]. 2018 [cited 2024 Feb 26]; 22(1) 30-42. Available from: https://www.researchgate.net/publication/330847532_Predictive_model_of_quality_of_life_among_Thai_pregnant_teenagers
25. Ware JE Jr, Sherbourne CD. The MOS 36-item short-form health survey (SF-36). I. Conceptual framework and item selection. Med Care [Internet]. 1992 [cited 2024 Feb 26]; 30(6):473-83. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/1593914/
26. Skevington SM, Epton T. How will the sustainable development goals deliver changes in well-being? A systematic review and meta-analysis to investigate whether WHOQOL-BREF scores respond to change. BMJ Glob Health [Internet]. 2018 [cited 2024 Feb 26]; 3(Supl. 1):e000609. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29379649/
27. Kalfoss MH, Reidunsdatter RJ, Klöckner CA, Nilsen M. Validation of the WHOQOL-Bref: psychometric properties and normative data for the Norwegian general population. Health Qual Life Outcomes [Internet]. 2021 [cited 2024 Feb 26]; 19(1):13. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33413455/
28. Souza ML, Lynn FA, Johnston L, Tavares EC, Brüggemann OM, Botelho LJ. Fertility rates and perinatal outcomes of adolescent pregnancies: a retrospective population-based study. Rev Lat Am Enfermagem [Internet]. 2017 [cited 2024 Feb 26]; 25:e2876. Available from: https://www.scielo.br/j/rlae/a/WWfKsZW9MY3kmMg8Vf9gVgR/?lang=en
29. Sousa AS de, Andrade AN, Sousa HGL, Quental OB, Sobreira MVS, Soares KA. Complicações obstétricas em adolescentes de uma maternidade. Rev Enferm UFPE on line [Internet]. 2013 [acessado 2023 jun 29]; 7(4):1167-73. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revistaenfermagem/article/view/11594
30. Taborda JÁ, Silva FC, Ulbricht L, Neves EB. Consequências da gravidez na adolescência para as meninas considerando-se as diferenças socioeconômicas entre elas. Cad Saúde Colet [Internet]. 2014 [acessado 2023 jun 29]; 22(1):16-24. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cadsc/a/drQRqXtKxwbYyV8gzFTwcQH/
31. Almeida RS. Adolescência e Contemporaneidade – Aspectos biopsicossociais. Residência Pediátrica [Internet]. 2015 [citado 2023 jun 29]; 5(3):13-6. Disponível em: https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/159/adolescencia-e-contemporaneidade---aspectos-biopsicossociais
32. Ribeiro JF, Passos AC, Lira JAC, Silva CC, Santos PO, Fontineli AVC. Complicações obstétricas em adolescentes atendidas em uma maternidade pública de referência. Rev Enferm UFPE on line [Internet]. 2017 [acessado 2023 jun 29]: 2017; 11(7):2728-35. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/23446
33. Pinheiro YT, Pereira NH, Freitas GDM. Fatores associados à gravidez em adolescentes de um município do nordeste do Brasil. Cad Saude Colet [Internet]. 2019 [cited 2024 Feb 26]; 27(4):363-7. Available from: https://www.scielo.br/j/cadsc/a/gW3nyKfVxBbKHLmF5mwmZ9f/
34. Pinto KCLR, Ederli SF, Vicente LM, Batista AF, Bignardi B, Santos DA, Vicentini EC. Principais complicações gestacionais e obstétricas em adolescentes/ Principais complicações gestacionais e obstétricas em adolescentes. Braz J Hea Rev [Internet]. 2020 [acessado 2023 jun 29]; 3(1):873-82. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/6686
35. Paiva AM, Medeiros ALC, Mendes AJ Netto, Rolo B, Araújo CC, Felisberto DVD, Carvalho NT, Barbosa RRA, Dias SM, Fernandes TC. Fatores que propiciam a gravidez na adolescência em uma unidade de referência especializada materno infantil na região norte do Brasil: um estudo piloto. REAS [Internet]. 2020 [acessado 2023 jun 30]; (49):e3342. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/3342
36. Cruz E, Cozman FG, Souza W, Takiuti A. The impact of teenage pregnancy on school dropout in Brazil: a Bayesian network approach. BMC Public Health [Internet]. 2021 [cited 2024 Feb 26]; 21(1):1850. Available from: https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12889-021-11878-3
37. Rodrigues LS, Silva MVO, Gomes MAV. Gravidez na adolescência: suas implicações na adolescência, na família e na escola. Revista Educação e Emancipação [Internet]. 2019 [acessado 2023 jun 30]; 12(2):228-52. Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/view/11489
38. Cabral ALB, Ribeiro AA, Lima LRC, Machado LCS. A gravidez na adolescência e seus riscos associados: revisão de literatura/Gravidez na adolescência e seus riscos associados: revisão de literatura. Braz J Hea Rev [Internet]. 2020 Dec 28 [cited 2023 feb 25]; 3(6):19647-50. Available from: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/22248
39. Lagadec N, Steinecker M, Kapassi A, Magnier AM, Chastang J, Robert S, Gaouaou N, Ibanez G. Factors influencing the quality of life of pregnant women: a systematic review. BMC Pregnancy Childbirth [Internet]. 2018 [cited 2024 Feb 26]; 18(1):455. Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30470200/
40. Batista MHJ, Lino DB, Silva MS, Costa MDC, Rocha MA, Nunes TS. Gravidez na adolescência e a assistência de enfermagem: uma abordagem sobre os riscos í saúde maternal e neonatal. Saud Coletiv [Internet]. 2021 [acessado 2023 jun 30]: 11(61):4978-89. Disponível em: https://revistasaudecoletiva.com.br/index.php/saudecoletiva/article/view/1204
41. Hacker M, Firk C, Konrad K, Paschke K, Neulen J, Herpertz-Dahlmann B, Dahmen B. Pregnancy complications, substance abuse, and prenatal care predict birthweight in adolescent mothers. Arch Public Health [Internet]. 2021 [cited 2024 Feb 26]; 79(137). Available from: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34325740/
42. Gonzaga PGA, Pereira CAAA, Costa BS, Silva CKN, Santos BM, Souto RR, Pinheiro FA, Barbosa DFC, Lima LV, Paixão MRS. A gravidez na adolescência e suas perspectivas biopsicossociais. REAS [Internet]. 2021 [acessado 2023 jun 30]; 13(10):e8968. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/8968
43. Silva IOS, Santos BG, Guedes LS, Assis JMF, Silva BO, Mendes ACA, Rodrigues SO. Intercorrências obstétricas na adolescência e mortalidade materna no Brasil: uma revisão sistemática. Braz J Hea Rev [Internet]. 2021 [acessado 2023 jun 29]; 4(2):6720-34. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/27297
44. Soyemi AO, Sowunmi OA, Amosu SM, Babalola EO. Depression and quality of life among pregnant women in first and third trimesters in Abeokuta: a comparative study. S Afr J Psychiatr [Internet]. 2022 [cited 2024 Feb 26]; 28:1779. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8991209/
45. Alnuaimi K, Alshraifeen A, Aljaraedah H. Factors influencing quality of life among syrian refugees pregnant women in Jordan: a cross-sectional study. Heliyon [Internet]. 2022 [cited 2024 Feb 26]; 8(9):e10685. Available from: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2405844022019739
46. Pereira DO, Ferreira TLS, Araújo DV, Melo KDF, Andrade FB. Avaliação das consultas de pré-natal: adesão do pré-natal e complicações na saúde materno-infantil. Revista Ciência Plural [Internet]. 2017 [acessado 2023 jun 29]; 3(3):2-15. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/12891/9349





Outros idiomas:







Como

Citar

Rodrigues, I.P, Pinheiro, P.N, Lima, F.ET, Rebouças, C., Carvalho, A.R.F.A, Maia, I.C.V.L, Ribeiro, S.G. Avaliação da qualidade de vida de adolescentes gestantes: uma revisão de escopo. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2024/Ago). [Citado em 06/10/2024]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/avaliacao-da-qualidade-de-vida-de-adolescentes-gestantes-uma-revisao-de-escopo/19346?id=19346&id=19346

Últimos

Artigos



Realização



Patrocínio