• Maria Cecília de Souza Minayo - Minayo, M.C.S - Rio de Janeiro, RJ - Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) / Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde (CLAVES) - <maminayo@terra.com.br> + ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6187-9301
Coautor(es):
• Adalgisa Peixoto Ribeiro - Ribeiro, A.P - Rio de Janeiro, - Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) / Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (CLAVES) - <adalpeixoto@yahoo.com.br> ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9415-8068
Área Temática:
Não Categorizado
Resumo:
Apresentam-se os resultados de um estudo quantitativo e qualitativo sobre as condições de vida e saúde dos presos do Estado do Rio de Janeiro. O objetivo foi produzir informações estratégicas para subsidiar a ação dos agentes públicos que atuam nos presídios. Os resultados mostram que os presos são jovens (média de 30 anos) pobres, em maioria de cor preta e parda (70,5%), têm baixa escolaridade (só 1,5% deles têm curso superior) e cumprem menos de quatro anos de pena. Dos problemas que afetam indiretamente sua saúde ressaltam-se: superlotação (1,39 presos para uma vaga), ócio (só 4,4% trabalham), escassez de perspectivas, maus tratos e relacionamentos conflituosos. Entre os problemas de saúde física destacam-se: os osteomusculares (dores no pescoço, costas e coluna (76,7%), luxação de articulação (28,2%), bursite (22,9%), dor ciática (22,1%), artrite (15,9%), fratura óssea (15,3%), problemas de ossos e cartilagens (12,5%) e de músculos e tendões (15,7%); os do aparelho respiratório: (sinusite (55,6%), rinite alérgica (47%), bronquite crônica (15,6%), tuberculose (4,7%) outras (11,9%); e doenças de pele. Apesar dos dispositivos legais que incluem o cuidado com a saude prisional entre as atribuições do SUS os serviços são escassos e ineficientes e uma das maiores causas de insatisfação dos presos.
Palavras-chave:
saúde dos presossistema prisionalcondições de saúde
Abstract:
We present the results of a quantitative and qualitative study on the living conditions and health of prisoners in the state of Rio de Janeiro. The goal was to produce strategic information to support the action of public officials who work in prisons. The results show that prisoners are young (average 30 years) poor, mostly black and mulatto (70.5%) have low education (only 1.5% of them have higher education) and has less than four years in prison. Among the problems that indirectly affect their health we emphasize: overcrowding (1.39 imprisoned for a vacancy), idleness (only 4.4% of them work), lack of perspective, violence and conflicting relationships. The most common physical health problems include: musculoskeletal (neck pain, back and spine (76.7%), joint dislocation (28.2%), bursitis (22.9%), sciatica (22, 1%), arthritis (15.9%), bone fracture (15.3%), problems with bone and cartilage (12.5%) and muscles and tendons injuries (15.7%); respiratory problems ( sinusitis (55.6%), allergic rhinitis (47%), chronic bronchitis (15.6%), tuberculosis (4.7%) others (11.9%), and skin diseases. Despite legal requirements which include the care of the prison health among the Universal Health System (SUS) obligations, services are scarce and inefficient and a major cause of dissatisfaction of inmates.
Health conditions of prisoners in the state Rio de Janeiro.
Resumo (abstract):
We present the results of a quantitative and qualitative study on the living conditions and health of prisoners in the state of Rio de Janeiro. The goal was to produce strategic information to support the action of public officials who work in prisons. The results show that prisoners are young (average 30 years) poor, mostly black and mulatto (70.5%) have low education (only 1.5% of them have higher education) and has less than four years in prison. Among the problems that indirectly affect their health we emphasize: overcrowding (1.39 imprisoned for a vacancy), idleness (only 4.4% of them work), lack of perspective, violence and conflicting relationships. The most common physical health problems include: musculoskeletal (neck pain, back and spine (76.7%), joint dislocation (28.2%), bursitis (22.9%), sciatica (22, 1%), arthritis (15.9%), bone fracture (15.3%), problems with bone and cartilage (12.5%) and muscles and tendons injuries (15.7%); respiratory problems ( sinusitis (55.6%), allergic rhinitis (47%), chronic bronchitis (15.6%), tuberculosis (4.7%) others (11.9%), and skin diseases. Despite legal requirements which include the care of the prison health among the Universal Health System (SUS) obligations, services are scarce and inefficient and a major cause of dissatisfaction of inmates.
Minayo, M.C.S, Ribeiro, A.P. Condições de saúde dos presos do estado do Rio de Janeiro.. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2016/abr). [Citado em 22/12/2024].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/condicoes-de-saude-dos-presos-do-estado-do-rio-de-janeiro/15583?id=15583&id=15583