EN PT

Artigos

0197/2025 - Escala para avaliar o conhecimento sobre alimentação entre professores segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira
Scale to measure the knowledge about eating among teachers according to the Brazilian Dietary Guidelines

Autor:

• Thanise Sabrina Souza Santos - Santos, TSS - <thanisesouza@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4087-1815

Coautor(es):

• Geralda Kelen Fonseca - Fonseca,GK - <kelensme@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1015-7688

• Mariana Mendes Pereira - Pereira, MM - <mariana.mendes@edu.montesclaros.mg.gov.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1847-1746.

• Marise Fagundes Silveira - Silveira, MF - <marise.silveira@unimontes.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8821-3160

• Lucineia de Pinho - Pinho, L - <lucineiapinho@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2947-5806



Resumo:

Estudo psicométrico que buscou adaptar e validar uma escala para mensurar o conhecimento sobre alimentação saudável entre professores. Após selecionar um instrumento (GAB1), a escrita foi adaptada para o âmbito escolar, seguindo de avaliação da clareza, relevância e pertinência das 16 questões. Professores responderam ao questionário adaptado e suas respostas analisadas pelo modelo logístico de três parâmetros da Teoria de Resposta ao Item. Os parâmetros foram analisados para manutenção ou exclusão da questão na escala, seguida da análise do ajuste. Foram propostos níveis de interpretação da escala e realizadas análises descritivas para caracterização dos professores. As questões apresentaram clareza, relevância e pertinência satisfatórias. Após análise das respostas dos professores, o modelo final (com dez questões) apresentou ajuste adequado: RMSEA=0,012; SRMSR=0,042; TLI=0,99 e CFI=0,99. Foram identificados três níveis de conhecimento: escolha dos alimentos, dos alimentos à refeição e Educação Alimentar e Nutricional. Professores que trabalhavam em escolas com alimentação saudável inserida no conteúdo programático apresentaram maior conhecimento. A escala GAB1-professores contribui para planejar e avaliar processos de qualificação dos professores.

Palavras-chave:

Guia Alimentar. Educação Alimentar e Nutricional. Inquéritos e Questionários. Psicometria.

Abstract:

Psychometric study aimed to adapt and validate a scale to measure the knowledge of healthy eating among teachers. After selecting an instrument (GAB1), its writing was adapted to school environment and the clarity, relevance, and pertinence of the 16 questions were assessed. Teachers responded to the adapted questionnaire and their responses were analyzed using three-parameter logistic model of Item Response Theory. The parameters were analyzed to maintain or exclude the question on the scale, followed by analysis of the fit. Levels of interpretation of the scale were proposed and descriptive analyzes were carried out to characterize the teachers. The questions presented satisfactory clarity, relevance, and pertinence. After analyzing the teachers’ responses, the final model (with 10 questions) presented adequate goodness-of-fit: RMSEA=0.012; SRMSR=0.042; TLI=0.99 e CFI=0.99. Three level of knowledge were identified: food choice; since food to meals; and Food and Nutrition Education. Teachers who worked in schools where healthy eating was included in the program content showed greater knowledge. The scale GAB1-professores contributes to planning and evaluating teacher qualification processes.



Keywords:

Food Guide. Food and Nutrition Education. Surveys and Questionnaires. Psychometrics.

Conteúdo:

INTRODUÇÃO
Os hábitos alimentares adquiridos na infância podem se associar com saúde, doença e alimentação em anos posteriores1. Considerando a relação entre hábitos alimentares não saudáveis e doença1,2, uma intervenção precoce, ainda na infância e adolescência, pode prevenir agravos à saúde.
Durante esses períodos, as escolas têm papel importante na formação dos hábitos alimentares, apresentando-se como um lócus para a implementação de políticas públicas que visam à promoção da alimentação adequada e saudável entre crianças e adolescentes3. Nesse sentido, a Estratégia de Nutrição 2020-2030 do Fundo das Nações Unidas para a Infância prevê atuação em políticas e programas desenvolvidos no contexto escolar para prevenir a má nutrição a partir da inserção da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) nos currículos escolares4.
Essas intervenções devem estar alinhadas com as recomendações nacionais vigentes para uma alimentação adequada e saudável. No Brasil, em 2006, foi publicada a primeira edição do Guia Alimentar para a População Brasileira5. Diante das mudanças no perfil epidemiológico e nutricional da população e alinhando-se às recomendações da Organização Mundial da Saúde para atualização periódica das recomendações nutricionais, o Ministério da Saúde publicou uma segunda edição do Guia Alimentar em 20146. A recomendação central inclui priorizar alimentos in natura ou minimamente processados e preparações culinárias e evitar alimentos ultraprocessados6.
No que concerne à alimentação nas escolas brasileiras, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) atua na promoção e formação de hábitos alimentares saudáveis ao estabelecer diretrizes para as refeições oferecidas, incentivando a inclusão de alimentos variados e regionais e promovendo a valorização da cultura alimentar local. Ressalta-se que as diretrizes do PNAE tem o Guia Alimentar como referência e estimulam que as ações de EAN estejam inseridas no projeto político pedagógico das escolas, sinalizando para a importância da discussão em sala de aula7.
Nesse cenário, a qualificação dos professores é fundamental para promover conhecimentos e habilidades para o desenvolvimento de ações de EAN junto com os alunos8. No Brasil, a formação dos profissionais da educação é feita predominantemente em cursos orientados pela educação bancária, sendo observada uma atuação limitada dos professores para trabalhar o tema alimentação saudável em sala de aula9. Ademais, com a atualização do Guia Alimentar6, observa-se a ausência de instrumentos com evidências de validade disponíveis para avaliar o conhecimento dos professores da Educação Básica sobre alimentação saudável no Brasil. A disponibilização de um instrumento e de sua validação pode permitir avaliar a qualificação profissional para o desenvolvimento de ações de EAN junto com as crianças e adolescentes no ambiente escolar. Diante do exposto, realizou-se a adaptação do GAB-1, instrumento utilizado no contexto da Atenção Primária à Saúde, e a sua validação para mensurar o conhecimento de professores da Educação Básica sobre alimentação saudável segundo o Guia Alimentar.

MÉTODOS
Trata-se de um estudo psicométrico, realizado em três etapas: seleção e adaptação do instrumento (etapa 1); validação do conteúdo (etapa 2); validação da estrutura interna (etapa 3).

Etapa 1: seleção e adaptação do instrumento
Um instrumento foi elaborado originalmente para avaliar o conhecimento sobre o conteúdo e a abordagem do Guia Alimentar entre profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde, nomeado como GAB1 (Escala de avaliação do conhecimento de profissionais de saúde da Atenção Básica sobre os conteúdos do Guia Alimentar)10. Considerando o seu alinhamento com a versão atual do Guia Alimentar6 e autorização das autoras, esse instrumento foi selecionado para uso no presente estudo para avaliar o conhecimento dos professores da Educação Básica. As questões foram ajustadas para o âmbito educacional. Foi modificada a redação de palavras e/ou frases no instrumento, sem alterações no construto investigado. A estruturação do instrumento original foi mantida: 16 afirmações com três opções de respostas cada: verdadeiro, falso e não sei11. O GAB1 apresenta afirmações que abordam implicitamente o conhecimento sobre os benefícios e malefícios dos alimentos nas suas diversas fases do processamento, bem como, o conhecimento sobre a comensalidade no ato de comer, o ambiente e seus impactos nos hábitos alimentares saudáveis, apresentando cinco dimensões teóricas: 1- Novo paradigma de Alimentação saudável; 2- Como escolher os alimentos; 3- Como compor as refeições; 4- O ato de comer e a comensalidade: comer com regularidade e atenção, comer em ambientes apropriados, comer em companhia; 5- Como superar os obstáculos: informação, oferta, custo, habilidades culinárias, tempo, publicidade10.

Etapa 2: validação do conteúdo
A validação do conteúdo da versão adaptada na etapa 1 foi realizada em painel de juízes no formato online para avaliar os aspectos de clareza, relevância, pertinência e representação das dimensões do referencial teórico (Guia Alimentar). Os juízes incluíram profissionais graduados em Nutrição com atuação na área de alimentação escolar e profissionais graduados em Pedagogia, com experiência na docência. Por e-mail, foram convidados 15 juízes, que receberam um manual com orientações sobre a pesquisa e instruções sobre a validação do conteúdo. Foi enviada também, a versão digital do Guia Alimentar6 e solicitada a leitura prévia do documento.
Para avaliação da clareza, relevância e pertinência, foram atribuídas notas de 1 a 4, sendo que, as notas 1 e 2 indicavam que as questões não estavam claras, não eram relevantes e pertinentes e as notas 3 e 4 indicavam que as questões atenderam satisfatoriamente aos aspectos avaliados. Para avaliação da dimensionalidade teórica, foi solicitado que os especialistas classificassem o construto na dimensão teórica correspondente. Além disso, foi considerada a sugestão de inclusão/retirada de alguma questão. Mediante as respostas encontradas, foram calculadas as proporções de concordância entre os especialistas sobre os aspectos clareza, relevância e pertinência de cada questão. Para cada aspecto, a quantidade de notas 3 e 4, consideradas satisfatórias, foi somada e, posteriormente, dividida pelo número total de juízes. Os valores obtidos para cada aspecto foram somados e, posteriormente, foi calculada a média de concordância, ou seja, o Índice de Validade de Conteúdo (IVCi) de cada questão. A média de todos IVCi resultou no índice total do Instrumento (IVCt). Foram considerados IVCi e IVCt satisfatórios quando obtidos valores > 0,811.

Etapa 3: validação da estrutura interna
Para essa etapa, foram convidados professores do município de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil, ativos na profissão, com atuação na área urbana e rural. No momento da pesquisa, a rede municipal de educação compreendia um total de 1.491 docentes atuantes na Creche/Pré-escola, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nessa etapa do estudo, foi estabelecido um tamanho amostral de 500 participantes de forma a obter estimativas muito próximas quando se inclui amostras maiores12–14.
Foi feito contato com a Secretaria Municipal de Educação de Montes Claros, que autorizou a realização da pesquisa. Em seguida, os diretores das escolas foram informados sobre o estudo e convidados a auxiliar na sensibilização da participação dos professores. A versão do instrumento após avaliação do painel de juízes foi alocada na plataforma Google Forms, incluindo, também, as questões sobre as características de identificação (nome, contatos, sexo, idade, cor autodeclarada e estado civil), condições socioeconômicas (renda familiar e número de pessoas que residem no domicílio), formação e atuação profissional (escolaridade, tempo de trabalho na função docente, rede de atuação e participação em capacitações) e abordagem dos conteúdos sobre alimentação e nutrição em sala de aula. Aqueles que consentiram participar da pesquisa receberam o link por meio do grupo de comunicação de uma rede social para acessar o questionário online.
Foi considerado o gabarito das questões do instrumento para avaliação do conhecimento sobre alimentação saudável para identificar o erro e o acerto dos professores. As respostas foram assim codificadas: 1- ‘errada’, 2- ‘correta’ e P- ‘não sei’. Aqueles que erraram todas as perguntas (n=1); acertaram todas as perguntas (n=2); ou responderam ‘não sei’ para todas as perguntas (n=7) foram excluídos das análises posteriores. Partindo da unidimensionalidade considerada pelos autores do GAB110, as respostas foram analisadas com aplicação da Análise Fatorial de Informação Completa com abordagem confirmatória. Para manutenção da questão nas análises posteriores, foram consideradas adequadas carga fatorial >0,30 e comunalidade >0,2015.
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) foi aplicada para estimar os parâmetros de discriminação, dificuldade e acerto casual com aplicação do modelo logístico de três parâmetros. Esse modelo é representado pela equação a seguir:
P(U_ij=1|?_j )=c_i+(1+c_i ) 1/(1+e^(?-Da?_i (?_j-b_i ) ) )

Sendo:
?j – escore da TRI para o indivíduo j;
P(Uij=1|?j) – probabilidade do indivíduo j com habilidade ?j responder corretamente à questão i;
D – fator constante de escala e igual a 1,7;
ci – parâmetro de acerto casual da questão i;
ai – parâmetro de discriminação da questão i;
bi – parâmetro de dificuldade da questão i.

O parâmetro de discriminação (ai) indica a qualidade de um item para discriminar indivíduos com diferentes níveis de conhecimento em alimentação saudável. O parâmetro de dificuldade (bi) identifica o ponto na escala em que a probabilidade de responder corretamente foi maior ou igual a (1+ ci)/216. O parâmetro de acerto casual (ci) indica a probabilidade de alguém dar a resposta certa por acaso, assumindo valores iguais ou acima de zero e iguais ou abaixo de um (0 ? ci ? 1). Todos os parâmetros (ai, bi e ci) foram estimados por máxima verossimilhança marginal com um número máximo de vinte pontos de quadratura, 500 ciclos EM e critério de convergência igual a 0,001.
As estimativas desses parâmetros foram analisadas com os erros padrão correspondentes. Questões com parâmetro ai abaixo ou igual a 0,70 foram consideradas com menor discriminação e foram excluídas das análises posteriores17. Questões com parâmetro bi com altos erros-padrões, em comparação com as outras questões18, foram excluídas das análises posteriores. A avaliação das estimativas do parâmetro ci considerou a magnitude da probabilidade de responder corretamente ao acaso.
Como indicadores de qualidade do ajuste foram adotados os seguintes índices: Root Mean Square Error of Approximation (RMSEA), Standardized Root Mean Square Residual (SRMSR), Comparative Fit Index (CFI), Tucker-Lewis Index (TLI). O ajuste foi considerado adequado quando: RMSEA e SRMSR <0,08 e CFI e TLI > 0,9519.
Após identificar o modelo com melhor ajuste, foram calculados os escores de conhecimento dos professores sobre alimentação saudável em uma escala com média igual a zero e desvio-padrão igual a um pelo método expectativa a posteriori. Para a definição de níveis de conhecimento, a probabilidade de acerto para cada questão foi calculada em diferentes escores, usando o modelo logístico de três parâmetros. Cada questão foi posicionada no escore em que a probabilidade de acerto foi maior ou igual a (1+ ci)/2. Os níveis de conhecimento sobre alimentação saudável foram definidos de acordo esse posicionamento e com a semelhança técnica entre as questões a partir de discussão entre autoras (TSSS e LP).
Para melhor interpretabilidade dos níveis, os escores estimados em uma escala com média igual a zero e desvio-padrão igual a um foram, posteriormente, transformados para uma escala com média igual a 50 e desvio-padrão igual a 10.
Os dados foram processados eletronicamente por meio do IBM SPSS Statistics for Windows, versão 22 (IBM Corp., Armonk, N.Y., USA), e Amos. As análises da etapa 3 e descritivas da amostra foram realizadas no software R Studio. A normalidade da distribuição das variáveis quantitativas (idade, renda per capita e tempo de docência) foi investigada com o teste de Shapiro-Wilk e a correlação de Spearman foi utilizada para avaliar a associação com o conhecimento sobre alimentação saudável. O teste exato de Fisher foi utilizado para avaliar as diferenças entre as proporções nas variáveis socioeconômicas, profissionais e do processo de trabalho conforme o nível de conhecimento sobre alimentação saudável.
Os aspectos éticos do presente estudo estão de acordo com a Resolução nº 466 de 12/12/2012 do Conselho Nacional de Saúde. O Termo de Concordância da Instituição foi assinado pela Secretária Municipal de Educação de Montes Claros e todos os docentes participantes sinalizaram aceite mediante o Termo de Concordância Livre e Esclarecido. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros sob o parecer Nº 3.586.107.

RESULTADOS
Etapa 1: seleção e adaptação do Instrumento
Na versão adaptada para o contexto escolar, as 16 questões do GAB1 foram mantidas. Na questão 1, foram trocadas as expressões “usuários de serviços de saúde” por “alunos” e “profissional de saúde” por “professores”. Nas demais questões, não foram necessárias alterações por já estarem de acordo com a proposta.

Etapa 2: validação do conteúdo
Nesta etapa, participaram 11 profissionais especialistas, sendo 10 nutricionistas e um pedagogo, das macrorregiões Nordeste, Sul e Sudeste. Na validação do conteúdo, foi obtido IVCt= 0,94, sendo considerado satisfatório, conferindo aprovação da escala. Não foram sugeridas alterações na redação das questões, confirmando que a linguagem estava clara e adequada, o conteúdo era relevante e pertinente, além das dimensões do referencial teórico estarem contempladas satisfatoriamente em todo instrumento.

Etapa 3: validação da estrutura interna
Os resultados da análise fatorial e TRI estão descritos nas tabelas 1 e 2. Todas as questões apresentaram cargas fatoriais adequadas. As questões 13, 15 e 3, foram excluídas, separadamente e nesta ordem, pois apresentaram baixos valores de comunalidade. Os modelos testados até a exclusão da questão 3 apresentaram ajuste inadequado (TLI e/ou CFI ? 0,95). A questão 14 apresentou parâmetro bi com alto erro-padrão, em comparação com as outras questões, sendo excluída. As questões 12 e 2 apresentaram altas estimativas do parâmetro ci e, nesta ordem e separadamente, foram excluídas. O modelo final com as dez questões restantes (1, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 16) apresentou ajuste adequado (RMSEA=0,012; SRMSR=0,042; TLI=0,99 e CFI=0,99), com questões com cargas fatoriais, comunalidades e parâmetros ai, bi e ci adequados. O GAB1 adaptado para professores (GAB1-professores) apresentou maior precisão de medida entre os escores zero e dois. O questionário final para avaliar o conhecimento sobre alimentação saudável de professores é apresentado no quadro 1.

[INSERIR TABELA 1]

[INSERIR TABELA 2]

[INSERIR QUADRO 1]

Observou-se que a questão 11 “Os nuggets de frango, desde que assados, podem substituir a carne e frango no almoço ou no jantar” apresentou o melhor parâmetro de discriminação (a11=1,607); enquanto a questão 8 “O consumo de feijoada deve ser evitado por ser uma preparação que combina alimentos in natura e minimamente processados com ingredientes culinários processados.” foi a questão que apresentou a menor discriminação (a8=0,746).
Em relação ao parâmetro bi, as questões 1 “Estratégias de educação alimentar e nutricional que ampliam a autonomia dos alunos são aquelas que os fazem obedecer às orientações nutricionais transmitidas pelo professor” e 8 “O consumo de feijoada deve ser evitado por ser uma preparação que combina alimentos in natura e minimamente processados com ingredientes culinários processados.” foram consideradas as mais difíceis (b1=2,971; b8=1,748 respectivamente). Já a questão 10 “O rótulo de um suco de maracujá em garrafa descreve os seguintes ingredientes: suco integral de maracujá, água, suco concentrado de maracujá, acidulante ácido cítrico, aroma idêntico ao natural, estabilizante goma xantana, conservadores benzoato de sódio e metabissulfito de sódio, corante natural carmim e antiespumante polidimetilsiloxano” foi considerada mais fácil (b10=-1,088).
Para melhor interpretabilidade, a transformação dos escores para escala com média igual a 50 e desvio-padrão igual a 10 é obtida pela constante: ?(50,10) = 10 × ?(0,1) + 50. O posicionamento das questões possibilitou identificar três níveis de conhecimento sobre alimentação saudável: escolha dos alimentos; dos alimentos à refeição; e, EAN, que estão descritos no Material Suplementar, quadro 1.
O nível 1 compreende conhecimentos em torno da escolha dos alimentos, incluindo as questões sobre: a relação do consumo de alimentos como arroz, feijão e castanhas e peso corporal (7), a leitura de rótulos (10), a substituição de carnes in natura (11) e as fontes confiáveis de informação sobre alimentação saudável (16). O nível 2 compreende conhecimentos em torno da escolha e combinação dos alimentos, incluindo, também, as questões sobre: o preço dos alimentos (4), a combinação de alimentos nas refeições (5, 6 e 9) e nas preparações culinárias (8). Já o nível 3 compreende conhecimentos em torno da escolha e combinação dos alimentos e importância das ações de EAN, incluindo, também, a questão sobre: o potencial das ações promotoras de autonomia para as escolhas alimentares (1).
As características dos professores que participaram desta etapa do estudo, considerando a amostra total e estratificada por nível de conhecimento sobre alimentação saudável, estão apresentadas nas tabelas 3 e 4. Um total de 591 professores participaram do estudo, sendo a maioria do sexo feminino (92,4%), com idade entre 23 e 55 anos (93,2%) e graduação (64,5%). Nenhum professor apresentou conhecimento no nível 3: EAN. Professores com maior escolaridade, renda e que trabalhavam em escolas que tinham o tema alimentação saudável como parte do conteúdo programático estavam no nível 2 da escala: dos alimentos à refeição. Por outro lado, aqueles professores que relataram apresentar a origem dos alimentos em sala de aula estavam no nível 1 da escala: escolha dos alimentos (p<0,05).
[INSERIR TABELA 3]

[INSERIR TABELA 4]

DISCUSSÃO
Para a adaptação do GAB-1 de forma a viabilizar a avaliação do conhecimento sobre alimentação saudável entre professores da Educação Básica, foi necessário substituir as expressões “usuários de serviços de saúde” por “alunos” e “profissional de saúde” por “professores”. O painel de juízes aprovou a versão adaptada, confirmando a clareza do conteúdo e relevância e pertinência do instrumento. Durante a validação da estrutura interna, observou-se que algumas questões não estavam trazendo informação para o instrumento ou a apresentavam com baixa precisão. Nesse sentido, das 16 questões adaptadas, dez foram mantidas, apresentando ajuste adequado (RMSEA=0,012; SRMSR=0,042; TLI=0,99 e CFI=0,99). Em continuação, foi proposta uma escala para interpretação do conhecimento sobre alimentação saudável em três níveis: escolha dos alimentos; dos alimentos à refeição; e, EAN. Dentre os professores que participaram deste estudo, apresentaram maior nível de conhecimento aqueles com maior escolaridade, renda e que estavam inseridos em uma instituição na qual a alimentação saudável estava incluída no conteúdo programático. Entretanto, o potencial das ações de EAN não foi reconhecido, requerendo um maior nível de conhecimento sobre alimentação saudável.
O nível 1 compreende o conhecimento sobre a escolha dos alimentos em conformidade com regra de ouro do Guia Alimentar, ou seja: alimentos in natura ou minimamente processados devem ser a base da alimentação brasileira6. Ainda neste primeiro nível da escala, os professores têm conhecimento sobre fontes confiáveis de informação, leitura de rótulos e a relação entre escolhas alimentares e saúde. Esse conhecimento é de extrema importância visto que a disponibilidade de alimentos ultraprocessados nos domicílios brasileiros é crescente nas últimas décadas e se verifica uma redução na participação relativa dos alimentos in natura ou minimamente processados e de ingredientes culinários20. Ao compartilhar esse conhecimento com os alunos, os professores podem apoiá-los a reconhecer os alimentos segundo o processamento, contribuindo para escolhas alimentares alinhadas às recomendações do Guia Alimentar e para uma redução da disponibilidade de alimentos ultraprocessados nos domicílios.
Ainda no nível 1, o reconhecimento da relação entre alimentação não saudável e agravos à saúde é essencial para promover práticas alimentares mais adequadas entre os alunos. Estudos incluindo crianças e adolescentes sinalizaram relação entre o aumento no consumo de alimentos ultraprocessados com impactos na saúde, como excesso de peso21,22, risco metabólico, chiado22, agravos à saúde bucal21 e qualidade e duração do sono prejudicadas23. Em um cenário de aumento do consumo de alimentos ultraprocessados na população brasileira24,25, especialmente entre pessoas negras, indígenas e com menor renda24, é urgente uma ação intersetorial articulada em defesa de um sistema alimentar promotor da alimentação adequada e saudável. Professores de escolas públicas com conhecimento sobre alimentação saudável podem contribuir para ambientes e práticas alimentares mais adequados, potencializando o desestímulo para o consumo de alimentos ultraprocessados entre os alunos e o diálogo com os setores, como saúde, agricultura urbana, abastecimento, dentre outros.
Em meio à quantidade de informação veiculada sobre alimentação, atenção especial deve ser direcionada para as práticas abusivas que contribuem para a manutenção do sistema alimentar hegemônico. O governo e as mídias constroem diferentes sentidos sobre o que compreende uma alimentação saudável e os agentes da indústria alimentícia veiculam informações favoráveis aos seus produtos e às próprias corporações, influenciando a ciência, as políticas públicas e as informações divulgadas sobre nutrição26,27. O nível 1 inclui o conhecimento sobre fontes confiáveis de informação que é estratégico para uma discussão crítica e sem conflitos de interesse sobre a qualidade dos alimentos no ambiente escolar. Em complementação à atuação dos professores, implementar políticas que limitam a venda dos alimentos ultraprocessados nas escolas também podem contribuir para um ambiente escolar promotor da alimentação adequada e saudável, livre da influência abusiva das grandes corporações28.
O nível 2 da escala capta o conhecimento em torno da escolha e combinação dos alimentos. Sabe-se que para entender e discutir sobre as escolhas alimentares se faz necessário distinguir os seus determinantes, como preferência, saúde, conveniência, tradição, preço e socialização29,30. Neste contexto, ao reconhecer a influência dos preços nas escolhas, os professores podem trabalhar com os alunos estratégias para uma tomada de decisão ponderando fatores como saudabilidade dos alimentos e custo-benefício dentro das realidades financeiras, identificando equipamentos públicos estratégicos para uma alimentação adequada e saudável. Burlandy et al31 ressaltam a necessidade de se deslocar de um discurso centrado no tradicionalismo, na racionalidade nutricional e biológica, no nutricionismo e na lógica de responsabilização dos indivíduos pelas escolhas alimentares. É fundamental, portanto, incorporar as diferentes dimensões da alimentação saudável, tendo como referência os sistemas alimentares, a segurança alimentar e nutricional e o direito humano à alimentação adequada e saudável31. Neste contexto, as hortas escolares exemplificam uma estratégia pedagógica com potencial para incluir a alimentação na ementa das disciplinas ao oportunizar uma vivência interpessoal fora das salas de aula para toda a comunidade escolar, potencializando o contato, cultivo e preparo dos alimentos32.
O nível 2 da escala inclui a questão com maior grau de dificuldade a qual aborda a composição da feijoada, um prato bastante representativo na cozinha brasileira. Resultado da miscigenação étnico-cultural e do cenário econômico e social, a feijoada é composta por feijão preto acrescido de alimentos in natura, processados e ultraprocessados. A comida típica é um representante cultural de uma região, de um povo ou de uma nação e esses aspectos demonstram como a alimentação é sociocultural, podendo ser descrita como parte de um sistema mediado pela socialização do homem33. Entretanto, apesar do simbolismo para a cultura alimentar brasileira, a feijoada é uma preparação culinária também relacionada com o ‘proibido’, ‘não saudável’ devido ao seu valor calórico e à presença de alimentos ultraprocessados. Neste sentido, o nutricionismo enraizado na concepção de alimentação adequada e saudável apresenta-se como importante justificativa para o maior nível de conhecimento necessário para acertar a questão.
Observou–se, também, que nenhum professor apresentou conhecimento no nível 3, o qual inclui o reconhecimento do alcance das ações de Educação Alimentar e Nutricional. O campo da EAN envolve ações e estratégias para promover conhecimento, habilidades e atitudes relacionados à alimentação saudável. Para isso, as ações não devem se concentrar na transmissão de conteúdo e mudança de comportamento; por outro lado, os indivíduos devem ser estimulados a desenvolver uma reflexão crítica para geração de autonomia nas escolhas alimentares34. Considerando as escolas como um espaço privilegiado para promover práticas alimentares saudáveis, ações de EAN estão previstas para serem realizadas no escopo do PNAE7. Entretanto, apesar de essa ser a política para a garantia da segurança alimentar e nutricional mais longeva e o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para Políticas Públicas34 ter sido publicado a mais de dez anos, outros resultados desse estudo vem a se somar com esse não reconhecimento do potencial da EAN: aproximadamente 55% dos professores não participaram de capacitação em alimentação saudável e mais de 80% não estavam vinculados às atividades do Programa Saúde na Escola (PSE). Em um cenário divergente quanto ao tempo de docência como o observado no estudo, é necessário apoiar os professores a realizarem as ações de EAN de forma mais sistemática, transversal e articulada com equipes da Atenção Primária à Saúde e comunidade escolar35,36. Algumas estratégias têm sido propostas como a inserção de temas de alimentação e nutrição nos livros didáticos e materiais educativos37 e a elaboração de materiais técnicos com sugestões de atividades educativas articuladas com o currículo escolar e o desenvolvimento psicomotor, cognitivo e social dos alunos36. Porém, seus alcances e limitações precisam ser avaliados de forma a reconhecer o impacto na realização da EAN nas escolas, bem como nas práticas alimentares dos escolares.
Algumas limitações do estudo precisam ser ponderadas. O formato online do painel de juízes inviabilizou a interação e construção compartilhada da avaliação do instrumento e apresentação de sugestões. No entanto, a participação de juízes provenientes de diferentes áreas ampliou o escopo das contribuições, enriquecendo o processo de adaptação do instrumento para uso no âmbito educacional. É importante ressaltar que a avaliação foi restrita à concordância dos juízes, mas a inclusão de um espaço para escrita de sugestões permitiu reunir contribuições valiosas sobre o conteúdo das questões, possibilitando adaptações no instrumento para melhor adequação ao contexto escolar.
Por outro lado, destacam-se as potencialidades dos resultados encontrados. O uso da Teoria de Resposta ao Item com estimação do parâmetro ci contribuiu para o refinamento do instrumento ao ampliar a avaliação de cada questão com a modelagem da probabilidade de acerto não pelo conhecimento, mas pelo chute. A disponibilização da escala GAB1-professores permite conhecer e caracterizar diferentes níveis de conhecimento, o que contribuiu para identificar a diferença desse constructo em torno das características socioeconômicas e profissionais dos respondentes. Uma avaliação a partir da GAB1-professores poderá auxiliar na identificação de pontos a serem trabalhados em ações de qualificação, direcionando esforços para o aprimoramento das competências ainda deficientes, bem como identificar se, após a participação nas ações, novas habilidades foram adquiridas. Ademais, a disponibilização de um instrumento alinhado ao que já é utilizado na Atenção Primária à Saúde pode potencializar o trabalho interprofissional, promovendo uma abordagem mais colaborativa e integrada, como previsto pelo PSE. Destaca-se que o instrumento é curto e apresenta linguagem clara, favorecendo a compreensão por todos os profissionais potenciais respondentes.

CONCLUSÃO
O instrumento adaptado é válido para uso no âmbito escolar, incluindo as questões chave para avaliar o conhecimento dos professores da Educação Básica sobre alimentação saudável. A descrição dos níveis da escala GAB1-professores sugere o seu potencial para reconhecer os elementos que devem ser trabalhados com professores de forma a construir e transformar hábitos alimentares dos alunos segundo o Guia Alimentar e a promover um posicionamento crítico-reflexivo com maior autonomia nas escolhas alimentares. Assim, o uso da escala pode contribuir para orientar os processos de formação de professores em direção a sair do lócus do nutricionismo e da culpabilização para uma atuação atenta com a complexidade do sistema alimentar e o direito humano à alimentação adequada e saudável.

FINANCIAMENTO
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).

REFERÊNCIAS
1. Elizabeth L, Machado P, Zinöcker M, Baker P, Lawrence M. Ultra-Processed Foods and Health Outcomes: A Narrative Review. Nutrients 2020;12(7):1955.
2. Monzani A, Ricotti R, Caputo M, et al. A Systematic Review of the Association of Skipping Breakfast with Weight and Cardiometabolic Risk Factors in Children and Adolescents. What Should We Better Investigate in the Future? Nutrients 2019;11(2):387.
3. Chaudhary A, Sudzina F, Mikkelsen BE. Promoting Healthy Eating among Young People—A Review of the Evidence of the Impact of School-Based Interventions. Nutrients 2020;12(9):2894.
4. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Para cada criança, nutrição - Estratégia de Nutrição 2020–2030 do UNICEF: Resumo. Published online 2020. https://www.unicef.org/media/109816/file/Nutrition%20Strategy%202020-2030%20(Brief)%20-%20Portuguese.pdf
5. Brasil. Guia Alimentar Para a População Brasileira: Promovendo a Alimentação Saudável. Ministério da Saúde; 2006.
6. Brasil. Guia alimentar para população brasileira. Ministério da Saúde; 2014.
7. BRASIL. Resolução No 06, de 08 de Maio de 2020.; 2020.
8. Katsagoni CN, Apostolou A, Georgoulis M, et al. Schoolteachers’ Nutrition Knowledge, Beliefs, and Attitudes Before and After an E-Learning Program. J Nutr Educ Behav 2019;51(9):1088-1098.
9. Almeida RMMP, Pereira MM, Cunha AC, et al. Conhecimento e percepção de autoeficácia e eficácia coletiva de professores sobre o Guia Alimentar. DEMETRA Aliment Nutr Saúde 2023;18:e71030.
10. Reis LCD, Jaime PC. Pool of items to measure Primary Health Care workers’ knowledge on healthy eating. Rev Saúde Pública 2021;55:55.
11. Rubio DM, Berg-Weger M, Tebb SS, Lee ES, Rauch S. Objectifying content validity: Conducting a content validity study in social work research. Soc Work Res 2003;27(2):94-104.
12. Nunes CHS da S, Primi R. Impacto do tamanho da amostra na calibração de itens e estimativa de escores por teoria de resposta ao item. Aval psicol 2005;4(2).
13. Embretson SE, Reise SP. Item Response Theory for Psychologists. Lawrence Erlbaum Associates Publishers; 2000.
14. Muñiz J. Teoría de Respuesta a Los Ítems: Un Nuevo Enfoque En La Evolución Psicológica y Educativa. Ediciones Pirámide; 1990.
15. Hair JF, Black WC, Babin BJ, Anderson RE, Tatham RL. Análise fatorial. In: Análise Multivariada Dos Dados. Bookman; 2009.
16. Andrade DF, Tavares HR. Teoria da Resposta ao Item: Conceitos e Aplicações. Associação Brasileira de Estatística; 2000.
17. Bortolotti SLV, Tezza R, De Andrade DF, Bornia AC, De Sousa Júnior AF. Relevance and advantages of using the item response theory. Qual Quant 2013;47(4):2341-2360.
18. Chernyshenko OS, Stark S, Chan KY, Drasgow F, Williams B. Fitting Item Response Theory Models to Two Personality Inventories: Issues and Insights. Multivar Behav Res 2001;36(4):523-562.
19. Brown T. Confirmatory Factor Analysis for Applied Research. The Guilford Press; 2015.
20. Levy RB, Andrade GC, Cruz GLD, et al. Três décadas da disponibilidade domiciliar de alimentos segundo a NOVA – Brasil, 1987–2018. Rev Saúde Pública 2022;56:75.
21. Mescoloto SB, Pongiluppi G, Domene SMÁ. Ultra-processed food consumption and children and adolescents’ health. J Pediatr (Rio J) 2023:S0021755723001213.
22. Louzada MLDC, Costa CDS, Souza TN, Cruz GLD, Levy RB, Monteiro CA. Impacto do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde de crianças, adolescentes e adultos: revisão de escopo. Cad Saúde Pública 2021;37(suppl 1):e00323020.
23. Delpino FM, Figueiredo LM, Flores TR, et al. Intake of ultra-processed foods and sleep-related outcomes: A systematic review and meta-analysis. Nutrition 2023;106:111908.
24. Louzada MLDC, Cruz GLD, Silva KAAN, et al. Consumo de alimentos ultraprocessados no Brasil: distribuição e evolução temporal 2008–2018. Rev Saúde Pública 2023;57(1):12.
25. Rodrigues RM, Souza ADM, Bezerra IN, Pereira RA, Yokoo EM, Sichieri R. Evolução dos alimentos mais consumidos no Brasil entre 2008-2009 e 2017-2018. Rev Saúde Pública 2021;55(Supl.1):1-10.
26. Mialon M, Cediel G, Jaime PC, Scagliusi FB. “A consistent stakeholder management process can guarantee the ‘social license to operate’”: mapping the political strategies of the food industry in Brazil. Cad Saúde Pública 2021;37(suppl 1):e00085220.
27. Barlow P, Thow AM. Neoliberal discourse, actor power, and the politics of nutrition policy: A qualitative analysis of informal challenges to nutrition labelling regulations at the World Trade Organization, 2007–2019. Soc Sci Med 2021;273:113761.
28. Silva AG da, Teixeira RA, Prates EJS, Malta DC. Monitoramento e projeções das metas de fatores de risco e proteção para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis nas capitais brasileiras. Ciênc Saúde Coletiva 2021;26(4):1193-1206.
29. Santos TSS, Julián C, Vincenzi SL, et al. A new measure of health motivation influencing food choices and its association with food intakes and nutritional biomarkers in European adolescents. Public Health Nutr 2021;24(4):685-695.
30. Moraes JMM, Alvarenga MDS. Adaptação transcultural e validade aparente e de conteúdo da versão reduzida da The Eating Motivation Survey (TEMS) para o Português do Brasil. Cad Saúde Pública 2017;33(10).
31. Burlandy L, Castro IRRD, Recine E, Carvalho CMPD, Peres J. Reflexões sobre ideias e disputas no contexto da promoção da alimentação saudável. Cad Saúde Pública 2021;37(suppl 1):e00195520.
32. Coelho DEP, Bógus CM. Vivências em hortas escolares: a construção de uma estratégia pedagógica para alimentação adequada e saudável. Campo Abierto 2018;37(1):19-32.
33. Bitelli FM, Jurema MLM. FEIJOADA: origem e considerações acerca de um patrimônio cultural imaterial. Contextos da Alimentação – Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade 2019;7(1).
34. Brasil. Marco de Referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Published online 2012.
35. DallaCosta M, Rodrigues RM, Schütz G, Conterno S. Programa Saúde na Escola: desafios e possibilidades para promover saúde na perspectiva da alimentação saudável. Saúde Em Debate 2022;46(spe3):244-260.
36. Maldonado L, Farias SC, Damião JDJ, Castro LMC, Silva ACFD, Castro IRRD. Proposta de educação alimentar e nutricional integrada ao currículo de Educação Infantil e Ensino Fundamental. Cad Saúde Pública 2021;37(suppl 1):e00152320.
37. Castro SFDF, Melgaço MB, Souza VMGD, Santos KSD. Convergência de políticas públicas educacionais na promoção da alimentação adequada e saudável. Rev Panam Salud Pública 2017:1-9.



Outros idiomas:







Como

Citar

Santos, TSS, Fonseca,GK, Pereira, MM, Silveira, MF, Pinho, L. Escala para avaliar o conhecimento sobre alimentação entre professores segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2025/jun). [Citado em 26/07/2025]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/escala-para-avaliar-o-conhecimento-sobre-alimentacao-entre-professores-segundo-o-guia-alimentar-para-a-populacao-brasileira/19673?id=19673

Últimos

Artigos



Realização



Patrocínio