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Artigos

0045/2025 - Levantamento de saúde de base escolar em adolescentes brasileiros PeNSE-2019: marcadores de consumo alimentar segundo regiões geográficas
School-based health survey in Brazilian adolescents PeNSE-2019: Food consumption markers according to geographical regions

Autor:

• Juliane Macedo dos Santos - Santos, J.M - <giulianemacedo@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2895-6106

Coautor(es):

• Bruna Grazielle Mendes Rodrigues - Rodrigues, B.G.M - <bgrazielle67@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-0190-4138

• Vanessa Silva do Nascimento - Nascimento, V.S - <vanessanascimento@ufpi.edu.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-5404-0134

• Layanne Cristina de Carvalho Lâvor - Lâvor, L.C.C - <layannecristina94@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3954-2870

• Márcio Dênis Medeiros Mascarenhas - Mascarenhas, M.D.M - <mdm.mascarenhas@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5064-2763

• Malvina Thais Pacheco Rodrigues - Rodrigues, M.T.P - <malvina@ufpi.edu.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5501-0669

• Fernando Ferraz do Nascimento - do Nascimento, F.F - <fernandofn@ufpi.edu.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0625-0097

• Karoline de Macêdo Gonçalves Frota - Frota, K.M.G - <karolfrota@ufpi.edu.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9202-5672



Resumo:

RESUMO
Com o objetivo de analisar a prevalência de marcadores de consumo alimentar saudável e não saudável em adolescentes segundo dependência administrativa escolar e região geográfica, realizou-se estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019 (n=129.922). Estimaram-se prevalências e razões de prevalência bruta e ajustada (RPaj) por regressão de Poisson segundo variáveis sociodemográficas, dependência administrativa escolar e região geográfica. Adolescentes da rede privada apresentaram menor prevalência de consumo de feijão (RPaj=0,88; IC95%=0,86-0,90) e refrigerante (RPaj=0,93; IC95%=090-0,97), e maior consumo de frutas (RPaj=1,06; IC95%=1,04-1,09) e verduras (RPaj=1,09; IC95%=1,07-1,12) comparados aos da rede pública. O consumo de frutas e verduras foi significativamente maior nas regiões Sul (RPaj=1,28; IC95%=1,24-1,32) e Centro-Oeste (RPaj=1,17; IC95%=1,13-1,20), respectivamente. A região Centro-Oeste apresentou as maiores prevalências de consumo de refrigerante (RPaj=1,40; IC95%=1,33-1,46) e guloseimas doces (RPaj=1,24; IC95%=1,20-1,28). Adolescentes de escolas privadas foram mais protegidos quanto ao consumo saudável, e regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste mais expostos ao consumo menos saudável.

Palavras-chave:

Consumo alimentar; Adolescente; Alimentos Ultra processados; Estudos transversais.

Abstract:

In order to analyze the prevalence of healthy and unhealthy food consumption markers in adolescents according to school administrative dependence and geographic region, a cross-sectional study was carried out with datathe 2019 National School Health Survey (n=129,922). Prevalence and crude-to-adjusted prevalence ratios (crude-to-adjusted PR) were estimated by Poisson regression according to sociodemographic variables, school administration and geographic region. Adolescentsprivate schools had a lower prevalence of consumption of beans (PRadj=0.88; 95%CI=0.86-0.90) and soft drinks (PRadj=0.93; 95%CI=090-0.97), and higher consumption of fruit (PRadj=1.06; 95%CI=1.04-1.09) and vegetables (PRadj=1.09; 95%CI=1.07-1.12) compared to thosepublic schools. Consumption of fruit and vegetables was significantly higher in the South (PRadj=1.28; 95%CI=1.24-1.32) and Midwest (PRadj=1.17; 95%CI=1.13-1.20) regions, respectively. The Center-West region had the highest prevalence of soft drink consumption (PRadj=1.40- 95%CI=1.33-1.46) and sweet treats (PRadj=1.24; 95%CI=1.20-1.28). Adolescentsprivate schools were more protected in terms of healthy consumption, and the Midwest, South and Southeast regions were more exposed to less healthy consumption.

Keywords:

Eating; Adolescent; Food Processed; Cross-sectional studies.

Conteúdo:

INTRODUÇÃO
A adolescência é um período de mudanças de cunho biológico, emocional e social, que se relacionam a modificações no comportamento alimentar e podem acarretar na adoção de hábitos alimentares não saudáveis, com baixo consumo de alimentos in natura e maior consumo de Alimentos Ultra Processados (AUP) 1,2. O maior consumo desses alimentos está associado a uma alimentação hipercalórica, de baixa qualidade nutricional, menor ingestão de fibras alimentares e micronutrientes, os quais estão presentes nos alimentos in natura 3,4.
Como consequência das mudanças no padrão de consumo alimentar das populações, tem-se a transição nutricional, caracterizada pelo aumento na prevalência de sobrepeso e de obesidade. Em 2020, 31,9% dos adolescentes brasileiros acompanhados pela Atenção Primária à Saúde (APS) foram classificados com excesso de peso e 12% com obesidade, com estimativa de 11 milhões de adolescentes com excesso de peso e 4,1 milhões apresentando obesidade 5. O quadro de excesso de peso é o principal agravo nutricional dentre os relacionados ao consumo alimentar inadequado em todas as faixas etárias, inclusive na adolescência. Nessa população, o peso corporal foi apontado como principal causa de busca por serviços de saúde, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015 6,7.
A alimentação inadequada, inatividade física, piora da qualidade do sono e aumento do tempo despendido com telas têm favorecido o aumento da prevalência de sobrepeso e de obesidade cada vez mais precocemente, assim como o desenvolvimento de comorbidades a eles relacionados, aumentando o risco de desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e maior chance de mortalidade 1,8-10.
Nesse contexto, o consumo alimentar deve ser observado para um maior conhecimento sobre a realidade da população adolescente, assim como a observância de quadros carenciais e de excesso de peso que se iniciam na infância e adolescência e podem persistir em outras fases da vida. O conhecimento acerca desse consumo auxilia na adoção de intervenções que reduzam comportamentos obesogênicos, levando em consideração as diferenças encontradas regionalmente nos hábitos alimentares de uma país de dimensões continentais como o Brasil.
Considerando a alimentação e nutrição como fator determinante e condicionante de saúde, conhecer o consumo alimentar da população é essencial na busca de um cenário favorável à promoção de um perfil alimentar saudável ¹¹. Os marcadores de alimentação vêm sendo empregados para verificação do consumo alimentar, partindo da importância do acompanhamento do consumo dos denominados marcadores de uma alimentação saudável, compostos por alimentos in natura como frutas, verduras e feijão, e não saudável, baseados em alimentos ultra processados, para a orientação de ações e políticas de saúde ¹²,¹³. Para o monitoramento de saúde de escolares, foi implementada a aplicação regular de inquéritos de saúde abrangendo todas as regiões brasileiras, a qual é denominada PeNSE 14.
Com base na PeNSE, pesquisas têm evidenciado um elevado consumo dos marcadores de alimentação não saudável desde a primeira edição em 2009, bem como um elevado consumo de marcadores de alimentação não saudável nas edições de 2012 e 2015, demonstrando a necessidade de acompanhamento e intervenção no consumo dos adolescentes 15,16. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência de marcadores de consumo alimentar saudáveis e não-saudáveis em adolescentes brasileiros segundo a dependência administrativa escolar e região geográfica referente a PeNSE 2019.

MÉTODOS

Desenho do estudo

Trata-se de um estudo transversal analítico, realizado com adolescentes brasileiros, matriculados do sexto ao nono ano do ensino fundamental e do primeiro ao terceiro ano do ensino médio. Foram selecionados para este estudo os dados secundários advindos da PeNSE, em sua edição de 2019. A PeNSE é uma pesquisa com escolares brasileiros realizada desde 2009, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os Ministérios da Saúde e da Educação.
Participaram da pesquisa aproximadamente 188.000 escolares, buscando fornecer informações que permitam o monitoramento de comportamentos de risco na população escolar. Foram considerados aptos a compor a amostra deste estudo todos os questionários que apresentaram respostas completas ao conjunto de variáveis consideradas neste estudo.

Critérios de inclusão e exclusão

Participaram da pesquisa adolescentes, de ambos os sexos, em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal (DF), frequentadores de escolas das redes pública e privada de ensino, na área urbana e rural. Foram excluídos todos os estudantes que não realizaram o preenchimento do conjunto de variáveis utilizadas para compor esse estudo.

Coleta de dados

A coleta dos dados da pesquisa ocorreu no período compreendido entre abril e setembro de 2019, através da aplicação do Questionário do aluno, abordando questões relativas ao consumo alimentar, saúde bucal, prática de atividade física, imagem corporal, segurança, situações em casa e na escola, acesso a serviços de saúde, saúde sexual e reprodutiva, uso de cigarro, de bebidas alcoólica e drogas. Para a presente pesquisa foram explorados apenas os dados referentes ao consumo alimentar dos adolescentes, assim como dados sociodemográficos.

Instrumento e variáveis

Foram consideradas variáveis dependentes para verificar o consumo alimentar dos adolescentes os dados relativos ao consumo de: frutas, verduras, feijão, guloseimas doces, refrigerantes, lanches fast food e a omissão do café da manhã, relativos às questões do questionário aplicado pela PeNSE. Como variáveis independentes, relativas a características sociodemográficas, foram consideradas: sexo, idade, dependência administrativa da escola, escolaridade dos adolescentes, escolaridade materna e região geográfica.
As características sociodemográficas dos adolescentes foram verificadas através de dados de sexo (masculino ou feminino), idade (< 13 anos; 13-15 anos; 16-17 anos; ? 18 anos), dependência administrativa da escola (pública ou privada), escolaridade (6° ano do ensino fundamental; 7° ano do ensino fundamental; 8° ano do ensino fundamental; 9° ano do ensino fundamental; 1° ano do ensino médio; 2° ano do ensino médio; 3° ano do ensino médio), escolaridade materna (sem escolaridade; ensino fundamental-incompleto/completo; ensino médio-incompleto/completo; ensino superior-incompleto/completo) e região geográfica de residência (Norte; Nordeste; Sul; Sudeste; Centro-oeste).
Para determinação dos marcadores alimentar (saudável ou não saudável), os alimentos foram categorizados de acordo com o grau de processamento em alimentos in natura ou minimamente processados (frutas frescas ou salada de frutas, legumes e/ou verduras e feijão), os quais foram considerados marcadores de alimentação saudável. Alimentos ultra processados (refrigerante, guloseimas doces e fast food) foram considerados marcadores de alimentação não saudável e a omissão regular do café da manhã foi considerada um marcador de comportamento não saudável.
O consumo alimentar foi obtido por meio das respostas ao questionário de frequência alimentar que incluiu o consumo ou não nos sete dias que antecederam a pesquisa, de marcadores de alimentação saudável, refrigerantes, guloseimas doces e fast food (Não comi nos últimos 7 dias; 1 dia; 2 dias; 3 dias; 4 dias; 5 dias; 6 dias; Todos os dias), considerado como consumo alimentar regular aquele igual ou superior a cinco dias por semana. A omissão regular do café da manhã foi obtida por meio da variável relativa ao consumo dessa refeição (Sim, todos os dias; Sim, 5 a 6 dias por semana; Sim, 3 a 4 dias por semana; Sim, 1 a 2 dias por semana; Raramente; Não) e verificada por meio de um consumo menor que cinco dias por semana. A seguir são apresentadas as perguntas referentes ao consumo alimentar presentes no questionário:
- Nos últimos 7 dias, em quantos dias você comeu feijão?
- Nos últimos 7 dias, em quantos dias você comeu pelo menos um tipo de legume ou verdura que não seja batata ou aipim (mandioca/macaxeira)?
- Nos últimos 7 dias, em quantos dias você comeu frutas frescas ou salada de frutas?
- Nos últimos 7 dias, em quantos dias você comeu guloseimas doces, como balas, confeitos, chocolates, chicletes, bombons, pirulitos e outros?
- Nos últimos 7 dias, em quantos dias você tomou refrigerante?
Adicionalmente, foi analisada a omissão ou não de café da manhã pelos adolescentes, incluído como marcador de comportamento alimentar não saudável:
- Você costuma tomar café da manhã?
A população de estudo foi descrita por meio de distribuição de frequências relativas segundo sexo, faixa etária, nível de escolaridade materna, dependência administrativa da escola e região geográfica. Em seguida, foi estimado o percentual de consumo para verificação do consumo regular de marcadores de alimentação saudável e não saudável, adotados para o conjunto completo da amostra escolar, e segundo dependência administrativa da escola e região geográfica de residência.

Análise estatística

Os dados foram apresentados através das prevalências relativas e seus respectivos Intervalos de Confiança (IC95%). A associação entre a prevalência de consumo de alimentos marcadores de hábitos alimentares saudáveis e não saudáveis/omissão regular do café da manhã e o tipo de escola, assim como a associação entre a prevalência dos marcadores saudáveis e não saudáveis/omissão regular do café da manhã e a região geográfica, foi analisada por regressão de Poisson com variância robusta, expressa em Razão de Prevalência (RP) bruta e ajustada para seus potenciais fatores de confundimento. Foram adotados como potenciais fatores de confundimento a idade, o sexo, a escolaridade do adolescente e a escolaridade materna que foram utilizados para ajuste da Razão de Prevalência (RP ajustada).
As análises foram realizadas utilizando o modo survey do programa Stata (Statistical software for data science) versão 13.0 (https://www.stata.com), considerando-se os pesos de pós-estratificação. Foi estabelecido nível de significância de 5%.

Aspectos éticos

As Pesquisas de Saúde do Escolar, em suas quatro edições (2009, 2012, 2015 e 2019), foram aprovadas pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa para Seres Humanos do Ministério da Saúde, sob o parecer nº 11.537, estando os dados disponíveis para acesso e uso público. As informações dos adolescentes e escolas participantes da pesquisa são confidenciais e não passíveis de identificação. Uma vez que se trata de um estudo realizado com dados secundários não existe a necessidade de submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) para seu desenvolvimento.

RESULTADOS
Após exclusão dos questionários que não apresentaram respostas completas ao conjunto de variáveis consideradas neste estudo, a amostra obtida foi de 129.922 adolescentes. A maioria era do sexo feminino (51,9 %; IC95% = 51,6 - 52,2), na faixa etária de 13 a 15 anos (51,4%; IC95% = 50,4 - 52,5), matriculados na rede privada de ensino (51,88%; IC95% = 50,4 - 53,3) e a escolaridade materna referida como ensino superior (47,5%; IC95% = 46,5 - 48,5) (Tabela 1).
Dentre os marcadores de alimentação saudável (consumo regular ? 5 dias por semana), verificou-se baixo consumo de frutas (29,3%; IC95% = 29,0 - 29,6) e verduras (33,0%; IC95% = 32,7 - 33,4), e consumo regular de feijão em 51,9% da amostra (IC95% = 51,4 - 52,4). Entre os marcadores de consumo regular de alimentação não saudável (? 5 dias por semana), caracterizada pelo consumo de AUP, a variável que apresentou a maior prevalência de consumo foi referente ao consumo regular de guloseimas doces, relatada por 32,5% dos adolescentes (IC95% = 32,3 - 32,9), seguida do consumo de refrigerantes (15,8%; IC95% = 15,5 - 16,0). Apenas 9,3% (IC95% = 9,2 - 9,6) dos entrevistados relataram omitir o café da manhã regularmente (Tabela 2).
Ao verificar a associação entre o consumo alimentar e a dependência administrativa das escolas através de análise bruta (RP), foi observado um menor consumo regular de feijão por alunos matriculados na rede privada de ensino (RP = 0,85; IC95% = 0,83 - 0,87). O consumo regular de refrigerantes (RP = 0,93; IC95% = 0,90 - 0,96) foi menos frequente entre alunos da rede privada do que entre alunos da escola pública. A dependência administrativa privada ainda esteve associada a uma maior prevalência do consumo de guloseimas doces (RP = 1,06; IC95% = 1,04 - 1,08) de frutas (RP = 1,23; IC95% = 1,20 - 1,25) e verduras (RP = 1,25; IC95% = 1,23 - 1,28), assim como menor prevalência de omissão regular de café da manhã (RP = 0,87; IC95% = 0,83 - 0,90) (Tabela 3).
As associações se mantiveram após ajuste, mostrando o menor consumo regular do feijão (RPaj = 0,88; IC95% = 0,86 - 0,90), refrigerantes (RPaj = 0,93; IC95% = 0,90 - 0,97) e maior consumo de frutas (RPaj = 1,06; IC95% = 1,04 - 1,09) e verduras (RPaj = 1,09; IC95% = 1,07 - 1,12) por adolescentes da rede privada. Foi observado um maior consumo de frutas (32,2; IC95% = 31,7 - 32,7) e verduras (36,6%; IC95% = 36,1 - 37,1) por adolescentes da rede privada em relação aos da rede pública de ensino, que apresentou valores de consumo regular de frutas de 26,2% (IC95% = 25,8 - 26,6) e verduras de 29,2% (IC95% = 28,7 - 29,6) respectivamente (Tabela 3).
Segundo os marcadores de consumo saudável, a menor prevalência de consumo regular de feijão foi verificada na região Sul (38,8%; IC95% = 37,5 - 40,3), a menor prevalência de consumo regular de frutas foi observada nas regiões Norte (26,2%; IC95% = 25,5 - 26,9) e Nordeste (26,8%; IC95% = 26,3 - 27,3). A região Nordeste também apresentou a menor prevalência de consumo regular de verduras (27,1%; IC95% = 26,7 - 27,5). Para o consumo de feijão entre os adolescentes nota-se uma menor razão de prevalência para a região Sul (RPaj = 0,92; IC95% = 0,88 - 0,96) e maiores razões de prevalência de consumo para as regiões Sudeste (RPaj = 1,47; IC95% = 1,42 - 1,51), Centro-oeste (RPaj = 1,44; IC95% = 1,40 - 1,48) e Nordeste (RPaj = 1,23; IC95% = 1,19 - 1,27). No que se refere ao consumo de frutas e verduras os adolescentes da região Nordeste apresentaram as menores prevalências de consumo (frutas: RPaj =1,04; IC95% = 1,01 - 1,07; verduras: RPaj = 0,83; IC95% = 0,81 - 0,86) comparados as regiões Sul (frutas: RPaj = 1,28; IC95% = 1,24 - 1,32; verduras: RPaj = 1,16; IC95% = 1,12 - 1,19), Sudeste (frutas: RPaj = 1,22; IC95% = 1,18 - 1,26; verduras: RPaj = 1,09; IC95% = 1,06 - 1,13) e Centro-Oeste (frutas: RPaj = 1,23; IC95% = 1,19 - 1,28; verduras: RPaj = 1,17; IC95% 1,13 - 1,20) (Tabela 4).
A maior prevalência do consumo de guloseimas doces foi observada na região Centro-Oeste (36,7%; RPaj =1,24; IC95% = 1,20 - 1,28), enquanto a menor prevalência ocorreu na região Norte em que 29,4% consumiram esse marcador. A maior prevalência de consumo do refrigerante foi apresentada por adolescentes na região Centro-Oeste (20,9%; RPaj = 1,40; IC95% = 1,33 - 1,46). As regiões Nordeste e Norte apresentaram as menores prevalências de omissão de café da manhã entre as regiões brasileiras, com valores de 7,6% (RPaj = 0,93; IC95% = 0,88 - 0,99) e 8,2%, respectivamente (Tabela 4).

DISCUSSÃO
Durante a adolescência ocorre um aumento de comportamentos e atitudes que geram riscos à saúde, dentre eles a adoção de uma alimentação inadequada, em que AUP contribuem significativamente com a energia diária consumida por esses indivíduos devido ao fácil acesso e alta palatabilidade 16-18. É apontada uma redução do consumo de alimentos in natura e minimamente processados como o feijão, frutas e verduras por jovens, assim como aumento do consumo de AUP 19,20.
Foi possível observar que mais da metade dos adolescentes apresentaram consumo regular de feijão, sendo o marcador de alimentação saudável mais prevalente. Uma maior prevalência de consumo de feijão ocorreu entre adolescentes de escolas públicas em relação à privada, reforçando pesquisas realizadas com dados de edições anteriores da PeNSE. Nos anos de 2009, 2012 e 2015 foram verificadas prevalências de consumo desse marcador de 62,5%, 60,0% e 56,3%, respectivamente, demonstrando a ocorrência de uma redução importante no consumo de feijão ao longo do tempo. Modificações de práticas alimentares, o meio social em que o adolescente está inserido e impactos da mídia sobre o consumo alimentar têm sido levantados como possíveis fatores de influência nesse cenário 21-24. Adicionalmente, embora tenha sido registrada uma redução constante da prevalência da ingestão de feijão segundo análises de tendência a partir da PeNSE, seu maior consumo regular entre adolescentes da rede pública de ensino pode ser decorrente da implementação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que busca ofertar para alunos da rede pública de educação uma alimentação baseada no consumo de alimentos in natura e minimamente processados, sendo considerado uma estratégia essencial na melhoria dos hábitos alimentares dos escolares 25,26.
Uma análise da prevalência de consumo de guloseimas doces e refrigerantes, a partir de dados comparáveis das edições de 2009, 2012 e 2015, também registrou uma redução constante do consumo destes alimentos não saudáveis ao longo das edições da pesquisa. Nos anos de 2009 e 2015, a prevalência do consumo de refrigerantes foi de 37,2% e 28,8%, respectivamente, enquanto a prevalência de doces foi de 50,9% e 40,9% 21. Esse estudo demonstra que mesmo com as reduções apresentadas, ambos os marcadores de alimentação não saudável ainda compõem regularmente a alimentação dos adolescentes, uma vez que representam um consumo maior ou igual a 5 dias por semana 17,27. Uma pesquisa de base populacional realizada com adolescentes e adultos jovens no município de São Paulo, apontou que os adolescentes apresentavam como principais alimentos comuns contribuintes de energia total: bolinhos, doces e guloseimas, pães, bebidas açucaradas e snacks salgados, respectivamente, contribuindo com 30,5% da energia consumida nessa faixa etária 28, demonstrando o impacto que esses alimentos com alto valor energético e baixa qualidade nutricional apresentam na rotina alimentar dessa população.
Ademais, foi verificado nesse estudo uma baixa prevalência de omissão de café da manhã, fator relevante uma vez que menor adesão ao consumo regular dessa refeição foi associada a um maior consumo de AUP, menor consumo de frutas e verduras, desenvolvimento de quadros de excesso de peso e aumento do risco cardiovascular na população adolescente 18,29-31. Nos anos de 2012 e 2015, a prevalência de omissão dessa refeição foi de 38,1% e 35,4%, respectivamente, indicando que o número de adolescentes que não realizam essa refeição regularmente vem diminuindo ao longo das edições da PeNSE 26.
Nessa população ocorre o acúmulo de práticas de risco à saúde, destacando-se o impacto dos comportamentos alimentares inadequados nessa fase da vida como fator determinante e condicionante de saúde e doença. O consumo de marcadores de alimentação não saudável, caracterizado pelos AUP foi associado a outros fatores como sedentarismo, escolaridade materna e dependência administrativa da escola 16,21,32,33. Pesquisas realizadas a partir de dados da PeNSE-2015 têm demonstrado uma associação entre um maior tempo de comportamento sedentário, assim como maiores níveis de escolaridade materna, e uma maior prevalência de consumo de alimentos não saudáveis 20,32.
A dependência administrativa escolar com maior prevalência de consumo de AUP pelos adolescentes foi da rede privada de ensino 16,21,32. Entretanto, esse estudo permitiu observar que o único marcador de alimentação não saudável mais prevalente entre adolescentes da rede privada quando comparados aos adolescentes de escolas públicas foi o de guloseimas doces.
Nesse contexto, o ambiente escolar apresentou impacto significativo no consumo alimentar de adolescentes. As cantinas, presentes nesse ambiente, são espaços de comercialização de alimentos no interior e entornos das escolas que influenciam nas escolhas alimentares dos adolescentes. Sua presença é um dos principais fatores relacionados à menor adesão à alimentação escolar, frequentemente encontradas em escolas da rede privada de ensino e ainda presentes em escolas públicas devido à regulamentação insuficiente dessa comercialização. A presença desses espaços acaba promovendo contato contínuo com os AUP 34, aumentando o risco de formação e consolidação de hábitos alimentares inadequados que associados a outros comportamentos inadequados aumentam o risco de desenvolvimento de obesidade, diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias e doenças cardiovasculares 1,35-37.
Segundo estudos conduzidos a partir da edição da PeNSE de 2015, alunos de escolas onde não eram ofertadas refeições segundo diretrizes do PNAE possuíam maiores chances de consumir AUP comparados aos alunos matriculados em escolas sob a cobertura do programa, ressaltando que a presença de cantinas particulares em escolas está associada ao maior consumo de uma alimentação inadequada por adolescentes brasileiros 1,38,39. Em contrapartida, pesquisas têm demonstrado desafios relacionados à efetivação do PNAE devido à baixa adesão à alimentação escolar, fator que pode estar relacionado ao menor consumo de frutas e verduras por adolescentes matriculados em escolas de dependência administrativa pública. Uma pesquisa realizada com 10.262 alunos da rede pública de ensino apresentou uma baixa prevalência de adesão à alimentação ofertada pelo programa, em que 64,2% dos estudantes não consumiam as refeições 40,41. O menor consumo de frutas e verduras também pode ser decorrente de fatores como um baixo acesso a alimentos saudáveis comercializados nas proximidades da residência e escolas, assim a oferta em maior ou menor quantidade devido à sazonalidade de alimentos in natura e minimamente processados podem favorecer o acesso e o consumo destes por adolescentes com condições econômicas menos favoráveis 29,42-44.
Estar matriculado na rede privada de ensino foi considerado um fator protetor para o consumo de AUP em comparação aos adolescentes matriculados em escolas da rede pública em um estudo realizado com escolares de 13 a 15 anos na Região da Grande Vitória - Espírito Santo, região Sudeste brasileira 43. Os resultados dessa pesquisa permitiram observar que adolescentes da rede privada apresentam uma maior prevalência de consumo regular de frutas e verduras quando comparados aos matriculados na rede pública de ensino, assim como menor consumo de refrigerantes.
Foi possível observar que podem ocorrer variações do consumo alimentar por adolescentes segundo a distribuição geográfica, embora ainda seja uma variável pouco explorada. Entretanto, destaca-se a importância dessa investigação na busca por estratégias em âmbito nacional e regional para o combate ao consumo de AUP em excesso e fortalecimento de uma alimentação adequada, respeitando as especificidades e cultura alimentar de diferentes regiões brasileiras, com continuidade da ampliação do PNAE e fortalecimento da educação alimentar em diferentes espaços, inclusive o escolar.
A comparação realizada para verificar a prevalência do consumo de AUP por adolescentes participantes da edição de 2015 da PeNSE entre as regiões brasileiras, mostrou que a região Sudeste apresentou a maior prevalência de consumo desses alimentos, enquanto a região Norte apresentou a menor 16. Esses resultados persistem, segundo estudo realizado para verificar os padrões alimentares de adolescentes brasileiros por região geográfica que também apresenta o Norte como a região brasileira em que os adolescentes têm mantido uma alimentação mais próxima da típica regional 45. Na situação geográfica verificada na edição de 2019 da PeNSE, a região Norte continua apresentando a menor prevalência de consumo regular de AUP entre as regiões brasileiras, enquanto a região Centro-Oeste demonstrou a maior. Esse cenário é consistente com observações realizadas acerca do consumo alimentar de adolescentes, em que foram verificadas prevalências significativamente maiores em regiões brasileiras mais desenvolvidas. Outro comportamento não saudável associado à região foi o de omissão do café da manhã, que também é mais prevalente em regiões mais desenvolvidas em comparação ao Norte e Nordeste brasileiros 16,30,45,46. Entretanto, as regiões mais desenvolvidas (Sudeste, Centro-Oeste e Sul) apresentam as maiores prevalências de consumo de frutas e verduras por adolescentes, esse cenário pode ser decorrente do maior poder aquisitivo e residência em áreas mais urbanizadas.
Além da cultura alimentar regional, foi observada que a condição socioeconômica menos favorecida, região de moradia menos urbanizada localizadas em áreas rurais e nas regiões Norte e Nordeste, tiveram menor acesso a compra de AUP verificando-se que adolescentes apresentavam comportamentos alimentares mais adequados, demonstrando que aspectos sociodemográficos influenciam no perfil alimentar desses indivíduos 2.
A PeNSE apresenta informações essenciais ao conhecimento de aspectos relacionados à saúde do escolar. Os dados disponibilizados por ela viabilizam a determinação e implementação de políticas públicas direcionadas a essa população. Existe a necessidade constante de realização de estudos relacionados aos comportamentos de risco praticados em diversos aspectos nessa faixa etária, inclusive o alimentar, que possui um impacto relevante sobre a qualidade de vida e desenvolvimento de agravos iniciados na adolescência e prolongados na fase adulta.
Esse estudo possui dados relevantes e representativos devido aos aspectos metodológicos empregados, por ser de base populacional, com representatividade nacional, importante na identificação de comportamentos de adolescentes brasileiros. Entretanto, apresenta como limitação as informações autorrelatadas pelos participantes. Além disso, por se tratar de um estudo de delineamento transversal não é possível a realização de uma inferência causal.
Sugere-se ainda que os dados relativos às regiões geográficas continuem sendo explorados de forma a contribuir com a construção de políticas públicas voltadas às iniquidades encontrada entre regiões brasileiras, uma vez que a alimentação inadequada impacta no crescimento de quadros de obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, aumento da morbimortalidade e incapacidades, gerando maiores demandas e gastos com serviços de saúde.

CONCLUSÃO
Conclui-se que os adolescentes brasileiros apresentaram um comportamento alimentar inadequado relativo ao consumo regular de marcadores de alimentação não saudável relativo a ingestão de guloseimas doces e refrigerantes, assim como baixo consumo de frutas e verduras. Esses dados demonstram a necessidade de atenção para o impacto do ambiente escolar nesse cenário e a necessidade de regulamentação e controle da comercialização de alimentos realizada nesse ambiente. A região geográfica também apresentou relação com o consumo de marcadores de alimentação, necessitando de atenções diferenciadas e baseadas em cada especificidade regional.

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Santos, J.M, Rodrigues, B.G.M, Nascimento, V.S, Lâvor, L.C.C, Mascarenhas, M.D.M, Rodrigues, M.T.P, do Nascimento, F.F, Frota, K.M.G. Levantamento de saúde de base escolar em adolescentes brasileiros PeNSE-2019: marcadores de consumo alimentar segundo regiões geográficas. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2025/fev). [Citado em 27/02/2025]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/levantamento-de-saude-de-base-escolar-em-adolescentes-brasileiros-pense2019-marcadores-de-consumo-alimentar-segundo-regioes-geograficas/19521?id=19521

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