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0334/2023 - Mesmo que a gente seja a mão que cuida”: médicas negras e racismo estrutural no contexto da Atenção Primária à Saúde
“Even if we are the caring hand”: black doctors and structural racism in the context of Primary Health Care

Autor:

• Letícia Batista Silva - Silva, L. B - <leticiabatistas@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2520-2621

Coautor(es):

• Daniel de Souza Campos - Campos, D. S - <daniel.ufano@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8937-7474

• Marcos Vinícius Ribeiro de Araújo - Araújo, M. V. R - <marcos.araujo@ufba.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5400-0207

• Regimarina Soares Reis - Reis, R. S - <regimarina.reis@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2741-4380



Resumo:

Trata-se de estudo sobre o racismo estrutural na formação e trabalho de trabalhadoras e trabalhadores negros atuando na Atenção Primária à Saúde (APS) no município do Rio de Janeiro, a partir da experiência de médicas negras. Realizou-se estudo qualitativo, utilizando Grupo Focal, realizado em novembro de 2022. Utilizou-se o interacionismo simbólico como referência para a interpretação relacionada às situações que compõem as experiências/vivências a partir do racismo. Os achados foram reunidos em dois eixos: manifestação do racismo estrutural e institucional no âmbito do SUS; e como o racismo atravessa os processos de trabalho em saúde e suas repercussões. Os resultados revelam uma continuidade das implicações do racismo desde a formação de médicas negras até o trabalho na APS, tornando-se um obstáculo na reorganização do processo de trabalho na perspectiva territorial de atenção à saúde. As participantes identificam o racismo institucional e estrutural na negligência da gestão, na violência do território e na vacância de médicos nas equipes destes territórios, limitando a oferta de um cuidado adequado. É necessário desvelar e aprofundar a compreensão do caráter estrutural do racismo da organização do trabalho em saúde, tendo como imagem-objetivo a saúde como direito.

Palavras-chave:

racismo sistêmico, médicos, atenção básica, negros, cuidado em saúde primária.

Abstract:

This study scrutinizes structural racism\'s influence on the training and work of Black professionals in Primary Health Care (PHC) in Rio de Janeiro, particularly focusing on the experiences of Black female physicians. Employing a qualitative approach via a Focus Group, conducted in November 2022, we adopted symbolic interactionism to interpret racism-related experiences. Our findings encompass two primary dimensions: the manifestation of structural and institutional racism within the Unified Health System (SUS), and how racism permeates health work processes and consequences. Results highlight enduring impacts, spanning education to PHC roles, obstructing healthcare process recalibration. Participants identify institutional and structural racism,managerial neglect to territorial violence and physician scarcity, constraining comprehensive care. It is crucial to unveil and grasp racism\'s structural essence within healthcare, aligned with the vision of health as a fundamental right.

Keywords:

systemic racism, physicians, primary care, blacks, primary health care.

Conteúdo:

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Como

Citar

Silva, L. B, Campos, D. S, Araújo, M. V. R, Reis, R. S. Mesmo que a gente seja a mão que cuida”: médicas negras e racismo estrutural no contexto da Atenção Primária à Saúde. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2023/Nov). [Citado em 02/07/2024]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/mesmo-que-a-gente-seja-a-mao-que-cuida-medicas-negras-e-racismo-estrutural-no-contexto-da-atencao-primaria-a-saude/18960?id=18960

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