0384/2025 - Relação entre distribuição de fisioterapeutas, atendimentos e fatores socioeconômicos: estudo ecológico brasileiro
Relation between physiotherapists distribution, services, and socioeconomic factors: a brazilian ecological study
Autor:
• Maria Jhany da Silva Marques - Marques, MJS - <jhany.marques@gmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3592-7995
Coautor(es):
• Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco - Branco, MRFC - <mrfcbranco@gmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3537-0840
• Yuri Oliveira Feitosa - Feitosa, YO - <yfeitosa@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7961-2779
• Carlos Magno Monteiro Souza - Souza, CMM - <carlosmgn56@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0009-0004-1604-4515
• Mairla Souza Cavalcante - Cavalcante, MS - <mairla.souza@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0009-0007-21693933
• Claudia Maria Coelho Alves - Alves, CMC - <cmcoelhoa@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4705-4914
Resumo:
Estudo ecológico que analisou a evolução da quantidade de profissionais e atendimentos de fisioterapia no SUS, relacionando-os aos fatores socioeconômicos Produto Interno Bruto (PIB) per capita e orçamento do SUS per capita. Dados foram obtidos do DATASUS, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (SIOPS), referente ao período de 2008 a 2019. A análise estatística incluiu covariância, correlações de Pearson, contraste de Tukey e mapas de correlação. Houve correlação positiva entre fisioterapeutas e PIB per capita em todas as unidades federativas (UFs). O quantitativo de atendimentos correlacionou-se positivamente com o PIB per capita em sete UFs, destacando-se Paraíba (r=0,96), Acre (r=0,88) e Amazonas (r= 0,84); e com o orçamento do SUS per capita no Acre (r=0,84), Amazonas (r=0,76), Tocantins (r=0,73), Paraíba (r=0,65) e Rondônia (r=0,64). A distribuição de fisioterapeutas e atendimentos foi heterogênea. PIB per capita e orçamento do SUS per capita foram associados positivamente ao aumento do número de fisioterapeutas e à quantidade de atendimentos, especialmente nas UFs da região Norte.Palavras-chave:
Fisioterapeutas. Saúde Pública. Assistência Ambulatorial. Fatores socioeconômicos. Análise Espacial.Abstract:
An ecological study analyzed the evolution of the number of physiotherapists and physiotherapy appointments in the Brazilian Unified Health System (SUS), relating them to socioeconomic factors Gross Domestic Product (GDP) per capita and SUS budget per capita. Data were obtained from DATASUS, the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), and the Public Health Budget Information System (SIOPS) for the period 2008 to 2019. Statistical analysis included covariance, Pearson correlations, Tukey's contrast, and correlation maps. A positive correlation was observed between the number of physiotherapists and GDP per capita across all federal units (FUs). The number of appointments was positively correlated with GDP per capita in seven FUs, notably Paraíba (r=0.96), Acre (r=0.88), and Amazonas (r=0.84); and with SUS budget per capita in Acre (r=0.84), Amazonas (r=0.76), Tocantins (r=0.73), Paraíba (r=0.65), and Rondônia (r=0.64). The distribution of physiotherapists and appointments was heterogeneous. GDP per capita and SUS budget per capita were positively associated with an increase in the number of physiotherapists and the quantity of appointments, particularly in FUs in the Northern region.Keywords:
Physiotherapists. Public Health. Outpatient Care. Socioeconomic Factors. Spatial Analysis.Conteúdo:
O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta o desafio de prover assistência em um país diversificado e geograficamente extenso1. Desigualdades na distribuição de recursos de saúde, associadas à diversidade demográfica, territorial e socioeconômica, contribuem para disparidades no acesso aos serviços2,3. A distribuição heterogênea de fisioterapeutas pelo Brasil reflete essa realidade, acentuando diferenças no tempo de espera e na qualidade do atendimento, especialmente em áreas vulneráveis com infraestrutura e financiamento inadequados4,5. Apesar disso, há carência de estudos que analisaram como essa alocação evoluiu no país na década pré-pandemia de COVID-19.
Em 2020, o Brasil contava com 278.708 fisioterapeutas, em média 11,35 profissionais por 10 mil habitantes6. No entanto, a distribuição regional permaneceu desigual: estados do Norte e Nordeste apresentaram densidades abaixo da média nacional, enquanto São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro se destacaram com as maiores proporções7. Esses dados evidenciam a necessidade de compreender os determinantes socioeconômicos que influenciam o acesso a esses profissionais e de propor intervenções que reduzam as disparidades regionais.
Nesse contexto, a Estratégia Saúde da Família (ESF) tem contribuído para fortalecer a Atenção Primária à Saúde (APS) e promover maior equidade no SUS. No entanto, enfrenta limitações, especialmente na inclusão de fisioterapeutas nas equipes multiprofissionais, o que pode comprometer a efetividade das ações preventivas e reabilitadoras4. A presença desses profissionais é relevante para reduzir a sobrecarga nos níveis secundário e terciário e para melhorar os desfechos clínicos6. Contudo, as desigualdades regionais na distribuição de fisioterapeutas, associadas ao subfinanciamento do sistema, ainda dificultam o acesso equitativo aos serviços de saúde8.
Além disso, a fragmentação do SUS afeta a continuidade e a integralidade do cuidado, com reflexos diretos na assistência fisioterapêutica. A desarticulação entre os níveis de atenção gera falhas nos encaminhamentos e atrasos nos tratamentos, aumentando a demanda nos serviços especializados, especialmente em regiões mais vulneráveis9,10. A desigualdade na distribuição de fisioterapeutas, frequentemente concentrados em áreas urbanas, agrava as barreiras ao acesso à reabilitação6.
Diante desse cenário, este estudo investigou como a distribuição de fisioterapeutas e de atendimentos fisioterapêuticos evoluiu no SUS no período de 2008 a 2019, analisando a relação com os fatores socioeconômicos PIB per capita e orçamento do SUS per capita. Adicionalmente, os padrões de evolução de regiões e estados brasileiros foram comparados, interpretando as diferenças a partir das desigualdades regionais e intrarregionais. Essa análise é importante para compreender fatores socioeconômicos que podem influenciar o acesso à fisioterapia e fornecer subsídios para políticas públicas mais direcionadas, que promovam maior equidade nos serviços de reabilitação e assistência fisioterapêutica.
Métodos
Tipo de Estudo
Estudo ecológico baseado em informações extraídas de bancos de dados oficiais brasileiros. As unidades de observação incluíram o Brasil, suas macrorregiões, unidades federativas (UFs) e o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2019. A coleta de dados ocorreu em junho de 2023.
Cenário de Estudo
O Brasil, caracterizado por diversidade geográfica, social e econômica, é composto por cinco macrorregiões: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, abrangendo 26 UFs e o Distrito Federal. De acordo com estimativas populacionais, o país possuía 189,6 milhões de habitantes em 2008 e 210,1 milhões em 2019. A região Sudeste era a mais densamente povoada, com cerca de 80,2 milhões de habitantes em 2008 e 88,4 milhões em 2019, seguida pela Nordeste (53,1 milhões em 2008 e 57,1 milhões em 2019), e pela macrorregião Sul (27,5 milhões em 2008 e 30,0 milhões em 2019). São Paulo, no Sudeste, foi a unidade federativa mais populosa, com aproximadamente 41,0 milhões de habitantes em 2008 e 45,9 milhões em 201911.
Em relação ao Produto Interno Bruto per capita (PIB), o Brasil registrou R$ 15.989,75 em 2008. O Sudeste apresentou o PIB per capita mais alto (R$ 21.182,65), enquanto o Nordeste registrou o mais baixo (R$ 7.487,49)12. Em 2019, o PIB per capita brasileiro alcançou R$ 35.161,70, com o Distrito Federal mantendo-se como a unidade federativa de maior riqueza, com R$ 90.742,7513.
Bases de Dados
Os dados foram obtidos a partir do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA) e Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). O CNES reúne informações de todos os estabelecimentos de saúde do Brasil, constituindo a base para mais de 90 sistemas nacionais, incluindo o SIA14. O SIA processa as informações de atendimentos ambulatoriais e é utilizado como instrumento de gestão15. O SIDRA disponibiliza indicadores econômicos e demográficos16. O SIOPS concentra informações orçamentárias públicas em saúde, monitorando o cumprimento da aplicação mínima de recursos17.
Coleta de Dados
Foi realizado o levantamento do número de fisioterapeutas registrados no CNES e do volume de atendimentos ambulatoriais de fisioterapia reportados ao SIA/SUS, no âmbito do SUS. Dados provenientes de serviços privados ou entidades não identificadas não foram incluídos. Optou-se por utilizar as informações de atendimentos por sua relevância na análise da distribuição geográfica da demanda por serviços de saúde.
Extraiu-se a quantidade e a média anual de fisioterapeutas por UF, a média de profissionais de fisioterapia por 100 mil habitantes e a razão entre o total de fisioterapeutas e a população estimada da UF. Foram analisadas as quantidades de atendimentos fisioterapêuticos por 100 mil habitantes e a razão entre o total de atendimentos e a população estimada por UF.
As variáveis sociodemográficas e econômicas consideraram a população estimada e o PIB per capita por UF e por ano. O investimento em saúde foi avaliado por meio do orçamento per capita do SUS.
As informações foram organizadas em planilhas no programa Microsoft Excel 2010 e importadas para análise na linguagem de programação R (R Studio, versão 4.2.2). Os dados utilizados são de domínio público e dispensam aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, conforme Resolução n° 510/2016, do Ministério da Saúde18.
Análises Estatísticas
A normalidade das variáveis foi testada pelo teste de Shapiro-Wilk. Duas análises de covariância (ANCOVAs) foram realizadas para investigar a evolução dos atendimentos e do número de fisioterapeutas, com o teste de Tukey para identificar diferenças significativas entre os estados (p<0,05).
Mapas de correlação foram elaborados para examinar as associações entre o orçamento per capita do SUS, o PIB per capita e os indicadores de fisioterapia, utilizando correlações de Pearson para identificar relações significativas. A visualização das discrepâncias entre estados e regiões foi aprimorada por meio da colorização dos mapas. A análise do orçamento per capita do SUS e do PIB per capita também utilizou ANCOVAs e comparações de Tukey para identificar diferenças estatisticamente significativas (p<0,05).
Resultados
As ANCOVAS apontaram interações significativas entre os anos e os estados (Tabela 1). Todas as Unidades Federativas apresentaram taxas de crescimento positivas no número de fisioterapeutas ao longo dos anos. As maiores médias foram observadas na Paraíba (média=27,76; DP=9,53), Tocantins (média=25,39; DP=8,85) e Piauí (média=22,49; DP=10,15), enquanto Amazonas (média=8,20; DP=2,68), Pará (média=8,69; DP=2,77) e Rondônia (média=12,57; DP=2,90) registraram os menores crescimentos (Figura 1).
Tocantins (média=457,74; DP=149,69), Paraíba (média=262,26; DP=73,58) e Acre (média=209,53; DP=77,28) mostraram as maiores taxas de crescimento do número de atendimentos fisioterapêuticos por ano. Em contraste, Bahia (média=242,85; DP=113,92), Santa Catarina (média=242,47; DP=110,47), Rio de Janeiro (média=221,14; DP=131,97), Rio Grande do Sul (média=266,49; DP=141,50) e Paraná (média=306,34; DP=155,82) mostraram redução na quantidade de atendimentos (Figura 2).
O crescimento mais acentuado no orçamento per capita do SUS foi registrado no Distrito Federal (média=1550,62; DP=1221,35), seguido por Roraima (média=1270,26; DP=1036,38) e Acre (média=1308,75; DP=1032,65). Minas Gerais (média=333,80; DP=203,19), Pará (média=318,42; DP=214,28) e São Paulo (média=486,33; DP=258,59) exibiram incrementos mais discretos (Figura 3A).
O PIB per capita também apresentou crescimento em todas as UFs, com destaque para o Distrito Federal (média=14,94; DP=67,53). Contudo, Sergipe (média=2,90; DP=15,56), Maranhão (média=2,84; DP=10,14) e Acre (média=3,06; DP=14,59) registraram os menores crescimentos (Figura 3B).
Correlação positiva foi identificada entre a quantidade de atendimentos e o orçamento per capita do SUS no Acre (r=0,84; p=0,001), Amazonas (r=0,76; p=0,004), Tocantins (r=0,73; p=0,007), Paraíba (r=0,65; p=0,024) e Rondônia (r=0,64; p=0,025), enquanto correlação negativa foi observada no Paraná (r= -0,69; p=0,013), Bahia (r= -0,63; p=0,027), Rio de Janeiro (r= -0,63; p=0,027) e Santa Catarina (r= -0,62; p=0,033) (Figura 4A).
Com exceção do Acre (r=0,00; p=0,088) e Rio de Janeiro (r=0,00; p=0,101), todas as UFs apresentaram correlações positivas significativas da quantidade de fisioterapeutas com orçamento do SUS per capita (Figura 4B).
Paraíba (r=0,96; p<0,001), Acre (r=0,88; p<0,001), Amazonas (r= 0,84; p=0,001), Mato Grosso (r=0,78; p=0,003), Tocantins (r=0,77; p=0,004), Roraima (r=0.74; p=0,005) e Espírito Santo (r=0,62; p=0,033) exibiram correlação positiva do quantitativo de atendimentos de fisioterapia com o PIB per capita, enquanto Paraná (r= -0,86; p<0,001), Rio Grande do Sul (r= -0,83; p=0,001), Rio de Janeiro (r= -0,80; p=0,002), Goiás (r= -0,77; p=0,003), Santa Catarina (r= -0,73; p=0,007) e Bahia (r= -0,72; p=0,008) apresentaram correlação negativa (Figura 4C). Em todos os estados apareceram correlações positivas entre o PIB per capita e a quantidade de fisioterapeutas (Figura 4D).
Tabelas e figuras
Discussão
Este estudo analisou a distribuição e os atendimentos de fisioterapeutas nas UFs e macrorregiões do Brasil, relacionando-os a fatores socioeconômicos. Encontrou-se associação positiva entre a presença de fisioterapeutas e o investimento per capita do SUS, além do PIB per capita anual, com exceção dos estados do Acre e Rio de Janeiro. A relação positiva entre atendimentos fisioterapêuticos anuais e esses indicadores foi mais evidente na região Norte, enquanto uma correlação negativa foi observada na região Sul.
A análise revela um panorama complexo e multifatorial da fisioterapia no Brasil. No período de 2008 a 2019, o aumento na taxa de fisioterapeutas em estados como Piauí, Paraíba e Tocantins foi impulsionado por fatores sociais, econômicos e pela ampliação da Estratégia Saúde da Família19. Políticas de formação e capacitação de profissionais também podem favorecer esse crescimento20. Por outro lado, o ritmo de contratação foi mais lento em estados como Bahia, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, fenômeno que pode ser atribuído à saturação do mercado de trabalho e à alta competitividade nessas localidades, onde a infraestrutura de saúde já está consolidada21,22.
A desigualdade regional no acesso aos serviços de saúde reflete-se nas taxas anuais de atendimento fisioterapêutico. Estados com cobertura de saúde mais ampla, como os do Sul, enfrentam desafios para sustentar a força de trabalho existente, pois a prioridade não está na expansão, mas na manutenção e distribuição equitativa. Em contrapartida, estados com menor cobertura, como Paraíba, Acre, Roraima e Tocantins, apresentaram aumento na demanda por fisioterapia, influenciados pela expansão da Estratégia Saúde da Família e pela inclusão de fisioterapeutas nas equipes de saúde23,24.
Particularmente, o aumento dos atendimentos no Tocantins pode ser explicado pela expansão do agronegócio na região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que trouxe crescimento populacional e aumento da demanda por serviços de saúde25. No Acre, apesar do crescimento limitado na taxa de fisioterapeutas, houve ampliação dos atendimentos provavelmente através de ajustes na estrutura de saúde pública e da atuação integrada entre profissionais26. Em Roraima, o crescimento da quantidade de atendimentos deve-se, em parte, à migração de venezuelanos, que gerou novas demandas de saúde pública e requer políticas inclusivas27-29.
Houve manutenção do orçamento per capita do SUS praticamente sem crescimento na região Sul, em várias UFs do Sudeste e no estado do Pará, de 2008 a 2019. Esse cenário reflete restrições econômicas e políticas que limitaram o financiamento da saúde pública30,31. A Emenda Constitucional 95/2016, somada à crise econômica nacional, aprofundou a restrição de verbas destinadas ao setor32. Na região Sul, fatores como a redistribuição dos recursos e um crescimento populacional estável podem ter contribuído para essa situação33. No Sudeste, a crise fiscal e a forte presença de um setor privado consolidado possivelmente impactaram negativamente nos investimentos públicos em saúde34.
O caso do Pará, único estado da região Norte com estagnação orçamentária, é emblemático. A desigualdade histórica na distribuição de serviços de saúde se expressa na concentração de recursos e maior disponibilidade assistencial nas áreas urbanas, em contraste com a precariedade das regiões rurais e ribeirinhas, onde longas distâncias, transporte insuficiente, rotatividade de profissionais e escassez de insumos limitam o acesso da população35. A expansão limitada dos serviços de saúde no estado reflete a fragilidade estrutural do sistema público, agravada pela ineficiência na gestão dos recursos disponíveis36. Em contraste, algumas UFs do Norte e Nordeste, como Roraima e Acre, aumentaram o orçamento per capita para a saúde, priorizando políticas administrativas e fiscais na saúde pública31.
A correlação negativa entre o PIB per capita e a taxa de atendimentos de fisioterapia no SUS nas UFs do Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia pode ser explicada por fatores estruturais. Koetz et al.37 destacam que o crescimento desordenado da formação de fisioterapeutas no Brasil levou à concentração desses profissionais em áreas urbanas, deixando regiões menos favorecidas com baixa oferta de serviços. A falta de políticas públicas que promovam a equidade no acesso à saúde acentua essa má distribuição, resultando em menor taxa de atendimento em locais com maior demanda.
A universalidade do SUS é comprometida pela falta de acesso a cuidados essenciais, especialmente em regiões com infraestrutura deficiente38. Ribeiro e Spolador39 apontam que os investimentos em saúde e educação se relacionam à renda estadual, o que sugere maior aporte em estados mais ricos. No entanto, o caso do Rio de Janeiro evidencia que essa relação não é uniforme, pois, apesar do elevado PIB, a disponibilidade e utilização da atenção fisioterapêutica não acompanhou a expectativa. A fragmentação do sistema de saúde contribui para explicar essas distorções, ao prejudicar a atenção de média complexidade, conforme discutido por Liebel et al.32.
A fisioterapia é frequentemente subestimada no contexto de saúde pública, evidenciando-se em sua subutilização. Esse cenário decorre tanto da percepção limitada sobre a relevância do serviço quanto do desconhecimento, por parte dos gestores, acerca das possibilidades de atuação do fisioterapeuta, o que dificulta sua inclusão nas equipes de saúde??. A correlação positiva entre PIB per capita anual e taxas de fisioterapeutas no SUS nesta pesquisa pode ser explicada pelo fato de que o crescimento desse indicador socioeconômico geralmente está associado ao aumento na capacidade de investimento em saúde, permitindo a contratação de mais profissionais.
A relação entre a população economicamente ativa e o uso de serviços de saúde revela aspectos importantes. Liebel et al.32 mostram que indivíduos de 20 a 59 anos, especialmente mulheres, buscam mais frequentemente serviços de saúde, incluindo fisioterapia, em estados com maior PIB per capita, impulsionando a demanda. No entanto, as exceções, como o Acre e o Rio de Janeiro, precisam ser exploradas. No Acre, a geografia e a baixa densidade populacional dificultam o acesso aos serviços, enquanto no Rio de Janeiro, a complexidade na gestão do SUS e a desigualdade social afetam a distribuição de recursos.
A correlação negativa entre o orçamento anual do SUS per capita e a taxa de atendimentos de fisioterapia nas UFs do Sul do Brasil pode ser atribuída à priorização dos recursos financeiros alocados para outras áreas da saúde dentro do SUS. Apesar do orçamento per capita ter aumentado, a alocação de recursos pode não ter sido direcionada para a fisioterapia, resultando em diminuição da taxa de atendimento4. A distribuição desigual dos fisioterapeutas e a gestão dos serviços de saúde são frequentemente heterogêneas, levando à subutilização dos serviços, mesmo em estados com orçamentos mais elevados41.
A fragmentação do sistema de saúde resulta em gestão ineficaz dos recursos, diminuindo a capacidade de atendimento em áreas como a fisioterapia42. Se os recursos não forem geridos de forma eficaz, mesmo um orçamento maior pode não resultar em aumento nos atendimentos. A priorização de outras áreas da saúde em detrimento da fisioterapia pode impactar os atendimentos, pois em estados com orçamento elevado, a expectativa de maior investimento em saúde nem sempre se traduz em aumento proporcional nos atendimentos de fisioterapia43.
A correlação positiva entre o orçamento anual do SUS e a taxa anual de fisioterapeutas nas UFs brasileiras pode ser explicada pelo aumento do orçamento do SUS, que geralmente resulta em maior capacidade de contratação de profissionais. A priorização de políticas públicas que incentivem a formação e distribuição de fisioterapeutas é fundamental para garantir que o incremento no orçamento se traduza em melhorias no acesso e na qualidade dos serviços de saúde.
O estudo apresenta limitações relacionadas à unidade de análise, que foi restrita às UFs e macrorregiões brasileiras, ou seja, não avaliou diretamente o nível municipal ou de regiões de saúde, onde dinâmicas locais poderiam ser observadas. Adicionalmente, a abordagem ecológica não possibilita inferências causais e restringe as conclusões ao nível agregado. As análises bivariadas empregadas avaliam relações diretas entre variáveis, sem considerar fatores adicionais que podem influenciar nestas associações.
Destaca-se como pontos fortes desta pesquisa, a abrangência nacional e a análise temporal de mais de uma década, o que permitiu identificar padrões e desigualdades regionais. Além disso, os dados utilizados, oriundos de sistemas de informação em saúde no Brasil, têm apresentado melhorias ao longo do tempo, conferindo maior consistência às análises. A abordagem utilizada contribui para subsidiar políticas públicas voltadas à redução de desigualdades no acesso aos serviços de fisioterapia em diferentes regiões do país.
Conclusão
Os resultados desta pesquisa revelam uma série de complexidades relacionadas à distribuição de fisioterapeutas, atendimentos, orçamento SUS e PIB per capita em diferentes regiões do Brasil. As principais constatações foram: disparidade na distribuição de fisioterapeutas, com menor concentração na região Norte; e PIB per capita e orçamento do SUS influenciando o acesso à fisioterapia, estando associados com o incremento do número de fisioterapeutas em todos os estados e com o aumento da quantidade de atendimento em UFs da região Norte.
Ressalta-se a importância de priorizar o SUS e garantir o cumprimento de seus princípios fundamentais, mesmo diante de desafios como o subfinanciamento e a concorrência com o setor privado. Assim, destaca-se a necessidade de abordar questões de distribuição de profissionais e recursos de forma mais equitativa e a promoção de um sistema de saúde verdadeiramente universal.
Financiamento
Este estudo recebeu apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior/Ministério da Educação - CAPES/MEC [Código de Financiamento 001].
Declaração de Disponibilidade de Dados
As fontes dos dados utilizados na pesquisa estão indicadas no corpo do artigo.
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