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0080/2024 - Adesão à alimentação escolar em estudantes do 9º ano da rede municipal de ensino da cidade de Pelotas, RS
Adherence to school meals among ninth-grade students in the municipal education network of the city of Pelotas, RS

Autor:

• Manuela Ferreira Viana - Viana, M. F. - <manufviana@hotmail.com>
ORCID: Manuela Ferreira

Coautor(es):

• Angélica Ozório Linhares - Linhares, A. O - <angelicaozorio@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3526-9427

• Gicele Costa Mintem - Mintem, G. C. - <giceleminten.epi@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9321-2330

• Ludmila Correa Muniz - Muniz, L.C - <ludmuniz@yahoo.com.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4270-7704

• Cristina Correa Kaufmann - Kaufmann, Cristina Correa - <cristinackaufmann@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6533-4317

• Renata Moraes Bielemann - Bielemann, R.M - <renatabielemann@hotmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0202-3735



Resumo:

Objetivou-se descrever a adesão à alimentação escolar e possíveis fatores associados entre estudantes da rede municipal de Pelotas, Rio Grande do Sul. Estudo transversal com os alunos matriculados no nono ano das escolas municipais de ensino fundamental localizadas na zona urbana do município. As informações foram coletadas através de um questionário padronizado e autoaplicável. As medidas de peso e altura foram aferidas para a avaliação do estado nutricional. Foram utilizados os testes estatísticos qui-quadrado, tendência linear ou exato de Fisher para as análises bivariadas e regressão de Poisson com variância robusta nas análises brutas e ajustadas. Prevalência do consumo da alimentação escolar foi 77,9%, e a adesão efetiva (consumo de 4 a 5 dias na semana) foi 38,1%, sendo maior nos escolares com outra cor da pele (1,39; IC95% 1,13-1,70) e naqueles que apresentavam sobrepeso (1,35; IC95% 1,13-1,70). Baixa prevalência de adesão efetiva à alimentação escolar, o que mostra a necessidade da educação nutricional e alimentar entre os estudantes com o intuito de aumentar a conscientização sobre a importância da nutrição adequada, da alimentação oferecida pela escola e incentivar escolhas saudáveis e, por consequência, promover uma melhor adesão ao programa.

Palavras-chave:

Alimentação escolar. Estudantes. Adolescentes.

Abstract:

The aim was to describe the adherence to school meals and potential associated factors among students in the municipal school network of Pelotas, Rio Grande do Sul. A cross-sectional study was conducted with students enrolled in the ninth grade of municipal primary schools located in the urban area of the municipality. Information was collected through a standardized self-administered questionnaire. Weight and height measurements were taken to assess nutritional status. Chi-square, linear trend or Fisher\'s exact statistical tests were used for bivariate analyses, and Poisson regression with robust variance was used for both crude and adjusted analyses. Prevalence of school meal consumption was 77,9%, and effective adherence (consumption for four to five days a week) was 38,1%, being higher among students with a diferente skin color (1.39; 95% CI 1.13-1.70) and those who were overweight (1.35; 95% CI 1,13-1,70). A low prevalence of effective adherence to school meals was observed, highlighting the need for nutritional and dietary education among students to increase awareness about the importance of proper nutrition and the food provided by the school. This aims to encourage healthy choices and, consequently, promote better adherence to the program.

Keywords:

School meals. Students. Adolescents.

Conteúdo:

INTRODUÇÃO
A adolescência é uma fase da vida marcada por mudanças intensas, principalmente biológicas e psicológicas, e o crescimento acelerado resulta em maiores necessidades energéticas e nutricionais1. Além disso, os adolescentes possuem maior autonomia, portanto as escolhas alimentares podem ser influenciadas de forma significativa e duradoura, tornando essa fase uma etapa crítica para o desenvolvimento saudável2. A escolha por uma alimentação inadequada pode afetar negativamente a saúde e contribuir para o ganho excessivo de peso3. Em 2022, cerca de 2 milhões de adolescentes brasileiros apresentavam sobrepeso, obesidade ou obesidade grave, o que corresponde a 31,2%4.
A escola desempenha papel fundamental no cuidado com a saúde dos adolescentes, visto que eles permanecem boa parte dos seus dias nesse ambiente, e por essa razão, torna-se um espaço privilegiado para ações que promovam a saúde, previnam doenças e incentivem hábitos alimentares saudáveis2.
O fornecimento de refeições pelas escolas, quando adequadas e nutricionalmente equilibradas, melhora o estado nutricional dos estudantes, além de gerar um impacto positivo em suas habilidades cognitivas5. Nesse contexto, o Brasil tem destaque com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A alimentação oferecida pelo PNAE é gratuita e destinada aos alunos da rede pública básica. São oferecidas de uma a três refeições por dia, com quantidade energética adequada a faixa etária do aluno, turno (matutino, vespertino, noturno ou integral) e da série frequentada2. Além disso, tem como propósito oferecer uma alimentação com base em gêneros alimentícios básicos, proibição de bebidas açucaradas, restrição de alimentos ultraprocessados com alto teor de sódio ou gordura saturada, e estabelece vínculos com a agricultura familiar local6,3.
A oferta de uma alimentação saudável a todos os alunos de escolas públicas é uma proposta essencial, no entanto, a obtenção da adesão efetiva ainda é um desafio não superado pelo PNAE7. Dados apontam que a prevalência de adesão é considerada baixa, haja vista que estudos realizados com amostra de estudantes adolescentes em todos os estados brasileiros mostra adesão efetiva variando de 17,2% a 21,5%1,2.
Uma dificuldade para esta adesão ser efetiva são os alimentos “competitivos”, que estão disponíveis para venda nas próprias escolas ou estabelecimentos próximos, e aqueles trazidos de casa para consumo no ambiente escolar8. A oferta desses alimentos permite que os estudantes tenham fácil acesso a produtos ultraprocessados, que impactam negativamente na saúde9.
É necessário ressaltar que a adesão efetiva à alimentação escolar é de extrema importância para a promoção da saúde e melhoria dos hábitos alimentares dos estudantes. Dessa forma, este estudo tem como objetivo descrever a adesão à alimentação escolar entre estudantes do nono ano da rede municipal de ensino da cidade de Pelotas, auxiliando na implementação de medidas educativas direcionadas aos fatores modificáveis para promover a saúde e prevenir doenças nessa população.
MÉTODOS
Estudo transversal realizado no ano letivo de 2019, com escolares matriculados no 9º ano das escolas municipais de ensino fundamental (EMEF’s) da zona urbana de Pelotas, RS, integrantes do Programa Saúde na Escola (PSE). Vale ressaltar que o estudo faz parte de uma pesquisa mais abrangente, que avaliou o estado nutricional e outros indicadores de saúde de todos os escolares matriculados do 1º ao 9º ano do ensino fundamental das escolas municipais urbanas de Pelotas.
No período que o estudo foi conduzido, a zona urbana do município de Pelotas contava com 40 escolas municipais de ensino fundamental. Destas, 30 possuíam ensino fundamental completo (1º ao 9º ano), sendo 25 vinculadas ao PSE. Deu-se preferência às escolas vinculadas ao PSE, que tinham o termo de autorização de participação em Programas de Prevenção de Doenças e Promoção da Saúde para todos os alunos, permitindo, assim, a realização da avaliação antropométrica. A coleta de dados restringiu-se a essas escolas, porque a pandemia de COVID-19, ao implicar suspensão das atividades presencias nas escolas no início do ano letivo de 2020, impossibilitou a conclusão do trabalho de campo nas escolas ainda faltantes.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação e Desporto de Pelotas, em 2019, as 25 escolas, onde os dados foram coletados, ofereciam ensino fundamental para 11.658 estudantes, sendo elegíveis para o presente estudo todos os 951 matriculados no 9º ano. O recorte populacional em estudantes do 9º ano do ensino fundamental justifica-se pelo fato de ser a mínima escolarização necessária para responder ao questionário autoaplicável, além do fato de os estudantes matriculados nesse ano escolar terem idade próxima à idade de referência preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)10, que é a de 13 a 15 anos.
Alunos com incapacidade intelectual grave e sem acompanhante para auxiliar no preenchimento do questionário, bem como aqueles que estavam impossibilitados de fazer a avaliação antropométrica devido à condição física, como por exemplo, cadeirantes ou com gesso em alguma parte do corpo, e estudantes com idade superior a 19 anos, pois o trabalho se limitava a adolescentes, não foram incluídos no estudo.
As informações foram obtidas por meio de um questionário elaborado pela equipe coordenadora do projeto, tendo como base o questionário utilizado na PeNSE de 201511. O preenchimento do questionário foi realizado pelos próprios alunos em sala de aula, após um membro da equipe apresentar o trabalho e ler o instrumento juntamente com a turma. O qual ficou disponível para esclarecer dúvidas, evitar conversas paralelas durante o preenchimento do instrumento e recolher os questionários preenchidos ao final da atividade.
O desfecho foi definido a partir da resposta a questão sobre a adesão efetiva à alimentação escolar: “Você come a alimentação oferecida pela escola?” acompanhado das alternativas “não” e “sim”, e “Nos últimos sete dias, em quantos você comeu a alimentação oferecida pela escola?” com as seguintes alternativas de resposta: “não comi a alimentação da escola (zero dia), um dia na semana, dois dias na semana, três dias na semana, quatro dias da semana, cinco dias na semana e não sei”. E, para fins de análise, houve o agrupamento das categorias quatro e cinco dias na semana, que foi considerado como adesão efetiva à alimentação escolar5,7,12,13.
As variáveis independentes incluíram características demográficas: sexo (masculino ou feminino), cor da pele (branca ou outras) e a idade (13 a 14, 15 ou 16 a 19 anos completos); socioeconômicas: escolaridade materna (< 8, 8 a 11 ou ? 12 anos completos) e o índice de bens em tercis, estes calculados a partir da análise de componentes principais (PCA) de renda14. Do primeiro tercil fazem parte os alunos de menor renda. As informações utilizadas para realizar o PCA foram: posse de telefone fixo, celular, computador, carro, motocicleta, disponibilidade de internet, presença de empregada doméstica (com as opções de resposta “não” ou “sim”) e número de banheiros presentes na residência. Quanto às variáveis de estado de saúde, foram usados o estado nutricional e o consumo de alimentos competitivos.
Para definir o estado nutricional foram consideradas as medidas de peso e altura aferidas. Portanto, as antropometristas (acadêmicas da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Pelotas treinadas para executar tal tarefa) aferiram as medidas em um local reservado nas dependências da escola.
Na aferição do peso foram utilizadas balanças da marca Tanita, com capacidade para suportar até 150 kg e precisão de 100 gramas. Para medir a altura foi utilizada uma fita métrica fixada15, com fita adesiva transparente, em uma parede lisa e sem rodapés. Utilizou-se um esquadro de madeira para realizar a leitura da medida. A fita métrica foi fixada na parede a uma distância de 50 cm do solo, com a escala invertida e com o auxílio de um prumo, que pode ser feito com qualquer objeto pesado preso a um barbante, garantindo que a fita estivesse perpendicular ao solo. Ambos, peso e altura, foram aferidos duas vezes, utilizando-se para fins de análise a média das medidas16. Caso a diferença entre as duas medidas de altura fosse superior a 7 mm, foram realizadas duas novas medidas17,18.
Após a coleta das medidas de peso e altura, foi calculada a média entre duas medidas, adicionando-se 50 cm não cobertos pela fita métrica. Esses dados foram inseridos no software AnthroPlus® para avaliação do estado nutricional, utilizando o indicador antropométrico IMC/idade e seguindo as curvas de crescimento para crianças e adolescentes de 5 a 19 anos. Os participantes foram classificados como magreza acentuada (IMC/idade < -3 Escore-Z), magreza (IMC/idade ? -3 e < -2 Escore-Z), eutrofia (IMC/idade ? -2 e < 1 Escore-Z), sobrepeso (IMC/idade ? 1 e < 2 Escore-Z), obesidade (IMC/idade ? 2 e < 3 Escore-Z) e obesidade grave (IMC/idade ? 3 Escore-Z)19. Para as análises foram agrupadas as categorias magreza acentuada e magreza, além da obesidade e obesidade grave, resultando na seguinte categorização para o estado nutricional: magreza, eutrofia, sobrepeso e obesidade.
Informações como sexo e data de nascimento foram obtidas a partir do livro de matrícula da escola, e quando essas variáveis estavam indisponíveis, foi questionado diretamente ao estudante durante a avaliação antropométrica.
Relacionado à alimentação escolar, as variáveis utilizadas foram: alimentos que mais gosta (“Quais alimentos oferecidos pela escola que você mais gosta?”), alimentos que menos gosta (“Quais alimentos oferecidos pela escola que você menos gosta?), costuma repetir a alimentação (“Quando você come a alimentação oferecida pela escola, costuma repetir?” “não”, “sim” ou “não como a alimentação da escola”) e alimentos que gostaria de fossem incluídos na alimentação escolar (“Quais alimentos você gostaria que fossem incluídos na alimentação oferecida pela escola?”).
As variáveis referentes ao consumo de alimentos competitivos foram: compra de alimentos dentro da escola (“Você compra alimentos dentro da escola?” “não”, “sim” ou “não existe venda de alimentos dentro da escola”); de quem compra alimentos dentro da escola (“Bar ou cantina” “Professores” “Merendeiros” “Alunos” “Pais de alunos” “Outro” seguido das respostas “não” ou “sim”); compra de alimentos em estabelecimentos próximos a escola (“Você compra alimentos em locais perto da escola?” “não”, “sim” ou “não existe venda de alimentos em locais perto da escola”); quais alimentos são comprados (“Quais são esses alimentos que você compra em locais perto da escola?”); alimentos levados de casa (“Você traz alimentos de casa para comer na escola?” “não” ou “sim”) e quais são esses alimentos levados de casa (“Quais são esses alimentos que você traz de casa para comer na escola?”).
Quanto à aceitação da alimentação escolar, os alunos deram notas de zero (muito ruim) a dez (muito bom) para os itens: temperatura do alimento servido, quantidade do alimento servido, local das refeições, talheres, copos ou canecas, pratos e tempo para fazer a refeição. Para calcular o índice de aceitabilidade foi feito o seguinte cálculo: IA (%) = A x 100/B, onde A = nota média obtida para o item, e B = nota máxima dada ao item. O IA com boa repercussão foi considerado igual ou superior a 70%20.
Os dados foram duplamente digitados por pessoas diferentes no programa Epidata 3.1® para verificação de possíveis inconsistências e as análises estatísticas foram realizadas no software Stata 13.0®.
Em um primeiro momento, procedeu-se com a caracterização da população do estudo, na qual o número de participantes e as proporções foram apresentadas para as variáveis categóricas. O desfecho é apresentado como proporção e seu intervalo de confiança de 95%. Nas análises bivariadas foram realizados os testes estatísticos qui-quadrado, tendência linear ou exato de Fisher com nível de significância de 5%. Na análise bruta e ajustada foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta. Foi considerado o ajuste de um modelo conceitual em níveis hierárquicos21, estando no primeiro nível as variáveis demográficas e socioeconômicas (idade, sexo, cor da pele, escolaridade materna e índice de bens), no segundo nível as variáveis de saúde (estado nutricional e consumo de alimentos competitivos). Foram mantidas no modelo as variáveis com valor p < 0,20.
Para a realização da pesquisa foi obtida a autorização da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SMED) e o consentimento da escola pelos diretores. Os responsáveis pelos estudantes menores de idade e os próprios estudantes com 18 anos ou mais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para permitir o preenchimento dos questionários. No momento da coleta de dados, o assentimento verbal após leitura do Termo de Assentimento Livre e Esclarecido foi solicitado. A permissão para a realização das medidas antropométricas foi concedida mediante a assinatura pelos responsáveis da autorização de participação nos Programas de Prevenção de Doenças e Promoção da Saúde, tendo em vista que a atividade é prevista pelo PSE. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Federal de Pelotas sob parecer nº 2.843.572/2018.
RESULTADOS
Dos 951 estudantes elegíveis para o estudo, 810 (85,2%; 11,3% de perdas e 3,6% de recusas) responderam ao questionário aplicado. Na Tabela 1 encontra-se a caracterização da amostra dos escolares do 9º ano das 25 EMEF’s. Observa-se que a maioria dos participantes era do sexo feminino (51,6%), com cor de pele branca (61,2%), idade de 15 anos (41,6%), mãe com 12 ou mais anos completos de estudo (58,8%), pertencentes ao 2º tercil de renda (39,1%) e eutróficos (62,0%).
Quando questionados sobre o consumo da alimentação escolar, 802 estudantes responderam à questão, sendo que 77,9% referiram consumir a alimentação escolar. Destes, 4% afirmaram não ter consumido a alimentação oferecida pela escola na última semana, 10,1% afirmaram ter consumido apenas um dia, 33,4% consumiram de dois a três dias, 46,7% consumiram de quatro a cinco dias e 5,8% não souberam responder. Para o desfecho foram excluídos aqueles que não souberam responder à questão, portanto a prevalência de adesão efetiva à alimentação escolar (consumo de quatro a cinco dias por semana) foi de 38,1% (IC95% 34,7-41,6%) (dados não mostrados em Tabela).
A Tabela 2 descreve a adesão efetiva à alimentação escolar de acordo com as características demográficas, socioeconômicas e estado nutricional dos escolares. Maior adesão pelos escolares do sexo feminino (43,3%), com idade entre 16 e 19 anos (46,9%), com cor de pele classificada como outras (47,2%) e que estavam no 1º tercil do índice de bens (48,8%). Além de maior adesão entre os adolescentes com mães que completaram entre 8 a 11 anos de estudo (49,5%) e aqueles que apresentavam sobrepeso (46,3%).
Na Figura 1 observa-se os indicadores relacionados à aceitação da alimentação escolar. Os itens que tiveram as menores notas foram o tempo para realizar a refeição (62,0%) e a quantidade de alimento servido (68,0%), e os que obtiveram nota acima da média (70,0%) foram: temperatura do alimento (71,0%), copos disponíveis (79,0%), local para realizar a refeição (80,0%), disponibilidade de talheres (83,0%) e pratos (85,0%).
Com relação às preferências alimentares dos alunos, foi questionado qual alimento oferecido pela escola que eles mais gostavam e o mais citado foi bolo (11,9%), seguido do cachorro-quente (9,5%) e o terceiro mais citado foi o galinhão (7,7%), o qual consiste em um sanduíche recheado com frango desfiado. Tal resultado nos mostra a preferência dos alunos por refeições que são caracterizadas como “lanches”. Quando questionados sobre o alimento que menos gostavam, o primeiro a ser citado foi o leite com bolacha (12,2%), seguido da bolacha (6,2%) e o leite (5,4%). Em relação ao alimento que eles gostariam que fosse incluído na alimentação escolar e o mais citado foi o strogonoff (4,7%), seguido de pizza (3,8%) e suco/lasanha (2,9%). Quando questionados sobre repetir a alimentação escolar, a maioria respondeu positivamente à questão (52,3%) (dados não mostrados em Tabela).
Na Figura 2 observa-se os resultados sobre os alimentos competitivos. Daqueles que compravam na escola (22,0%), a maioria (88,4%) respondeu que comprava de colegas, alunos da própria escola, e mais da metade (54,1%) ainda comprava no bar ou cantina. Quando questionados sobre qual alimento era o mais comprado em estabelecimentos próximos à escola, o mais citado foi o pastel (8,1%) e o alimento mais levado de casa foi a bolacha (7,1%).
A Tabela 3 mostra a análise bruta e ajustada entre adesão à alimentação escolar e as variáveis independentes do estudo. Após ajuste para potenciais fatores de confusão, a cor da pele e o estado nutricional permaneceram associadas ao desfecho. Escolares com outra cor de pele apresentaram 39,0% (1,39; IC95% 1,13-1,70) mais chance de aderir à alimentação escolar do que seus pares de cor de pele branca. Quanto ao estado nutricional, àqueles com estado nutricional classificado como sobrepeso apresentaram 35,0% (1,35; IC95% 1,06-1,71) mais chance de aderir à alimentação oferecida pela escola.
DISCUSSÃO
Embora o propósito do PNAE seja proporcionar alimentação saudável e adequada a todos os estudantes de escola pública, o programa tem dificuldade em alcançar uma adesão efetiva satisfatória7. Os resultados do presente estudo mostraram baixa adesão efetiva (38,1%), sendo este achado comum entre adolescentes e escolares de outras faixas etárias22,23. Estudo realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em 2001, tendo por base amostra representativa de unidades escolares públicas do Brasil, mostrou adesão diária de 62,4% dos alunos pertencentes às escolas urbanas, porém, com o passar dos anos e novos estudos, a adesão baixou significativamente24. Dados da PeNSE de 2015 mostram adesão efetiva de 21,5% entre adolescentes de 11 a 19 anos2 e estudo realizado no Paraná, com adolescentes de 10 a 19 anos, encontrou 19,8% de adesão efetiva7. Considerando a extensão e importância do PNAE, bem como o investimento realizado, torna-se imprescindível que os alunos consumam regularmente as refeições disponibilizadas pelas escolas, pois somente assim será possível garantir a efetividade das ações propostas25.
Em relação aos fatores associados, após análise ajustada, as maiores prevalências de adesão efetiva à alimentação escolar foram observadas entre adolescentes de cor da pele não branca e os que estavam com sobrepeso. Estudo realizado com amostra de adolescentes pertencentes a todos os estados brasileiros, encontrou maior adesão à alimentação oferecida pela escola entre os estudantes do sexo feminino, não brancos e de nível socioeconômico baixo1. Pesquisa realizada com dados da PeNSE de 20152 mostrou associação da adesão com cor da pele preta/parda. O presente estudo também obteve esses achados, sendo que ter outra cor da pele que não branca foi uma variável que se manteve associada após análise ajustada.
Ademais, é conhecido que fatores socioeconômicos apresentem relação com a adesão à alimentação escolar. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram uma disparidade significativa na renda média entre brancos e pretos/pardos no Brasil, sendo a renda dos brancos aproximadamente 74,0% maior do que a dos pretos/pardos26, o que corrobora os resultados encontrados no presente estudo, onde encontrou-se maior percentual (46,0%) de indivíduos com outra cor de pele no menor tercil de renda. Estudo realizado no estado do Paraná, com adolescentes de 10 a 19 anos, o qual avaliou adesão efetiva da alimentação escolar, obteve como resultado maior consumo da alimentação entre aqueles de menor renda per capita5 e os resultados da PeNSE de 2015 mostraram menor consumo naqueles com maior índice de bens2.
A proposta do PNAE é de suplementar as necessidades nutricionais diárias dos estudantes matriculados na rede pública6,9. Porém, o perfil nutricional das crianças e adolescentes mudou consideravelmente nas últimas décadas27, com queda acentuada de baixo peso e alta prevalência de excesso de peso. O consumo da alimentação escolar considerando o estado nutricional dos estudantes, foi maior entre aqueles que apresentavam sobrepeso, enquanto estudo realizado em 20058 mostrou maior consumo naqueles que apresentavam baixo peso.
A adolescência é uma faixa etária com características e comportamentos peculiares, fase de transformações físicas, psicológicas e sociais, que têm impacto significativo nas necessidades nutricionais, nos hábitos alimentares, nos comportamentos e nas escolhas relacionadas à alimentação e onde também é possível observar que suas decisões podem ser influenciadas pela opinião e aceitação do grupo ao qual pertencem28,9. Um dos problemas de saúde pública mais sérios nessa faixa etária é a obesidade, juntamente com as alterações metabólicas associadas2. A mudança do estado nutricional pode ser justificada por maior exposição aos alimentos ultraprocessados e ao marketing da indústria de tais produtos nas diferentes mídias. O excesso de peso está cada vez mais comuns entre os adolescentes e pode persistir na vida adulta, aumentando o risco de desenvolvimento de doenças, além de diminuir a qualidade e expectativa de vida9.
Em relação ao comportamento alimentar dos adolescentes, estudo realizado no estado do Sergipe22, com dados de estudantes de escolas da rede municipal, localizadas na zona urbana, revelou que os alunos preferiam lanches em vez de “comidas de panela”, da mesma forma ocorreu no presente estudo, os alunos relataram preferir bolo e cachorro-quente. A alimentação oferecida pela escola parece não corresponder aos desejos e preferências dos estudantes7, e essa hipótese parece ser confirmada ao observar os alimentos preferidos pelos estudantes, além da prevalência de estudantes que consomem alimentos diferentes daqueles fornecidos pela alimentação escolar, os chamados “alimentos competitivos”, durante o período que permanecem na escola.
No estado do Rio Grande do Sul, foi promulgada a Lei nº15.216 de 30 de julho de 201829, com o objetivo de promover a alimentação saudável e proibir a comercialização de produtos não saudáveis em cantinas e estabelecimentos similares localizados em escolas públicas e privadas. Conforme estabelecido pela Lei, está proibida a venda de produtos ultraprocessados, com alto teor de gordura, açúcar e sódio, além de determinar que a cantina escolar disponibilize diariamente, no mínimo, duas variedades de frutas da estação. Contudo, o presente estudo mostrou alta prevalência de escolares comprando alimentos do tipo pastel, salgadinho, bolacha e biscoito, dentro da própria escola, em estabelecimentos próximos ou trazendo de casa. Embora a Lei esteja em vigor, a presença de cantinas em escolas públicas pode ser atribuída à falta de iniciativas por parte dos municípios e dos estados para regulamentar e fiscalizar a comercialização de alimentos ultraprocessados no ambiente escolar30.
Os hábitos alimentares dos adolescentes são caracterizados, cada vez mais, pela substituição de alimentos tradicionais por opções de baixo valor nutricional, elevado valor calórico, alta palatabilidade e de fácil consumo8. O problema da escolha por esses alimentos menos saudáveis é complexo, pois pode ser influenciado por diversos fatores, como a publicidade, hábitos familiares, influência social, fatores socioeconômicos, além de conhecimento nutricional limitado, o que leva à necessidade de esforços abrangentes de educação nutricional, políticas públicas e mudanças na indústria alimentícia para promover opções mais saudáveis e equilibradas9,2. A fiscalização nas cantinas escolares é necessária e urgente, por parte do poder público, e ao mesmo tempo torna-se imprescindível o investimento em ações de conscientização por parte dos adolescentes quanto às escolhas dos alimentos comprados em estabelecimentos próximos ou levados de casa.
A aceitabilidade da alimentação escolar é outra questão que também pode influenciar na escolha dos estudantes. Dois itens tiveram avaliação abaixo de 70,0%: tempo para realizar a refeição e quantidade de alimento servido pela escola. Estudo realizado em Chapecó, no estado de Santa Catarina, com dados de escolas estaduais e municipais31 ressaltou o fato de que a duração do intervalo é pequena para que os escolares façam a refeição e usufruam do recreio, e isso pode levá-los a consumir muito rapidamente os alimentos para que possam aproveitar o momento de descanso. Conceder a devida importância à alimentação fornecida pela escola a todos os estudantes é garantir um ambiente adequado ao seu propósito, com tempo apropriado para realizar a refeição e horários que permitam também atividades de descanso, promovendo assim a valorização do momento das refeições, tanto por seu significado nutricional quanto pelo aspecto de convívio social7.
De forma geral, os alimentos disponíveis para compra e preferidos pelos estudantes vão em direção oposta à alimentação considerada saudável e , esses alimentos não fazem parte e não deveriam fazer parte dos cardápios escolares7,28. A escola desempenha papel essencial na prevenção da má-nutrição, oferecendo oportunidades para educação alimentar e permitindo que os adolescentes se tornem agentes de mudança em suas famílias28. A formação de hábitos alimentares saudáveis pode ser promovida por meio de diálogos entre educadores e alunos sobre alimentação, saúde e interpretação de mensagens veiculadas pela mídia e redes sociais28,30.
Para fortalecer o PNAE e aumentar a adesão à alimentação escolar, medidas como ações de educação alimentar e nutricional são essenciais. O estímulo ao cultivo de hortas, palestras e oficinas sobre os alimentos, e a revisão dos horários da alimentação, são estratégias para promover estilo de vida saudável na escola. A adoção dessas iniciativas sobre alimentação adequada no ambiente escolar contribui significativamente para a formação integral dos estudantes, auxiliando em escolhas conscientes e, preferencialmente, por alimentos saudáveis23.
Por se tratar de um estudo transversal, a causalidade reversa, deve ser considerada na análise de algumas variáveis em relação ao desfecho no presente estudo. O uso de questionário autopreenchido pelos estudantes pode ser suscetível a vieses e falta de compreensão por parte dos mesmos, mas para isto foi realizada a leitura de todas as questões previamente e pessoas treinadas ficaram disponíveis para esclarecimentos, quando necessário, durante o preenchimento.
Como vantagem, o estudo proporcionou o conhecimento sobre a adesão à alimentação escolar em uma população representativa de estudantes do ensino fundamental da rede municipal no Sul do Brasil, o que possibilita o desenvolvimento de ações educativas com o propósito de orientar e conscientizar sobre a importância de escolhas alimentares saudáveis e do consumo da alimentação oferecida pela escola.
Considerando a importância do PNAE, como uma das políticas públicas voltadas para a promoção da segurança alimentar e nutricional, torna-se fundamental o planejamento de ações de intervenção embasadas em pesquisas na área, com o objetivo principal de aprimorar os índices de eficácia do programa. Para melhorar essa adesão é necessário implementar estratégias que abordem esses desafios de forma abrangente e multifacetada englobando educação, participação ativa, integração escolar e monitoramento constante. A adoção dessas estratégias possibilitará maior conscientização sobre a importância da nutrição e de escolhas saudáveis, garantindo o direito humano à alimentação adequada e saudável (DHAAS) para os adolescentes atendidos pelo programa.
Dessa forma, é recomendado que o tema alimentação saudável seja discutido em sala de aula, a fim de compreender melhor a situação e orientar de forma adequada os estudantes sobre a importância de consumir alimentos saudáveis e, sobretudo, entre aqueles que se encontram com excesso de peso.

CONTRIBUIÇÕES

M.F. Viana contribuiu na análise estatística, interpretação dos resultados e redação do manuscrito. A.O. Linhares colaborou na análise estatística, interpretação dos resultados e elaboração do manuscrito. G.C. Mintem participou da elaboração do projeto, preparação do banco de dados, análise estatística, interpretação dos resultados e revisão final do manuscrito. L.C. Muniz, C.C Kaufmann e R.M. Bielemann se envolveram no planejamento, coleta de dados, avaliação de inconsistências, organização dos bancos de dados e na revisão da ideia principal do artigo. Todas as autoras aprovam a versão final do manuscrito a ser publicado.

REFERÊNCIAS
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2. Rauber F, Boklis-Berer M, Azeredo CM, Levy RB, Louzada MLDC. School meals consumption is associated with a better diet quality of Brazilian adolescents: results from the PeNSE 2015 survey. Public Health Nutrition 2021; page 1 of 9.
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Viana, M. F., Linhares, A. O, Mintem, G. C., Muniz, L.C, Kaufmann, Cristina Correa, Bielemann, R.M. Adesão à alimentação escolar em estudantes do 9º ano da rede municipal de ensino da cidade de Pelotas, RS. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2024/Mar). [Citado em 07/10/2024]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/adesao-a-alimentacao-escolar-em-estudantes-do-9-ano-da-rede-municipal-de-ensino-da-cidade-de-pelotas-rs/19128?id=19128&id=19128

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