Artigos

Autor:

• Leila Posenato Garcia - Garcia, L. P. - Brasília - DF, DF - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea - <leilapgarcia@gmail.com>

Coautor(es):

• Adriana Pacheco Aurea - Aurea, A. P. - Departamento de Economia da Saúde e Desenvolvimento, Secretaria Executiva, Ministério da Saúde - <adriana.pacheco@saude.gov.br>

• Ana Cláudia SantAnna - SantAnna, AC - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea - <ana.santanna@ipea.gov.br>

• Luís Carlos Garcia de Magalhães - Magalhães, L. C. G. - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea - <luis.magalhaes@ipea.gov.br>

Área Temática:

Políticas em Saúde

Resumo:

Os gastos privados representam parcela relevante do gasto total com saúde no Brasil. Com o objetivo de descrever a composição e a evolução desses gastos entre famílias brasileiras residentes em regiões metropolitanas, foram estudadas as Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) de 1995-1996, 2002-2003 e 2008-2009. Para a comparação dos dados entre as POFs, as categorias de gasto foram compatibilizadas e os valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No período 1995-2009, os gastos médios das famílias com saúde apresentaram redução de R$ 194,68 para R$ 179,01. Os componentes que contribuíram para a redução foram tratamento dentário, consultas médicas e outros gastos com saúde. Os planos de saúde foram o componente que apresentou o maior incremento em sua participação em relação ao gasto total com saúde, de 29% para 44% e maior elevação do gasto médio, de R$ 56,50 para R$ 78,62. A redução do gasto médio com saúde ocorreu principalmente entre famílias de menor renda, uma vez que entre aquelas com maior renda, os valores permaneceram estáveis. O gasto com saúde das famílias se tornou menos regressivo, uma vez que as famílias de menor renda passaram a comprometer menor parte de sua renda com esses gastos, enquanto para as famílias de maior renda, observou-se o inverso.

Palavras-chave:

Família Seguro Saúde Economia Economia da Saúde Desigualdades em Saúde

Abstract:

Private spending represents a significant portion of the total health spending in Brazil. In order to describe the evolution and composition of health spending among Brazilian families living in metropolitan areas, the Family Budget Surveys (POFs) conducted in 1995-1996, 2002-2003, and 2008-2009 were studied. To allow for comparison of data among the POFs, the categories of spending were made compatible and values were adjusted by the Broad Consumer Price Index (IPCA). In the period 1995-2009, average family spending on health fell from R$ 194.68 to R$ 179.01. The spending components that most contributed to the reduction were dental care, medical consultations and other spending on health. Private health insurance was the spending component with the largest increase in participation in relation to the total health spending, from 29% to 44%, and also showed higher increase on of the average spending from R$ 56.50 to R$ 78.62. The reduction of average health spending occurred mainly among lower income families, meanwhile among those with higher incomes, these figures remained stable. The family health spending became less regressive, since lower income families began to pledge a lower proportion of their income on these expenses, while for families with higher incomes, the opposite was observed.

Keywords:

Family Insurance, Health Economics Health Economics Health Inequalities

Conteúdo:

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