The high vulnerability of the woman imprisoned is amplified when she is pregnant or give birth during incarceration. This paper outlines the profile of incarcerated mothers living with their children in women‘s prisons in capitals and metropolitan areas of Brazil, as well as the conditions and practices related to pregnancy and childbirth care during incarceration. This study is a case series analysis from a national census, conducted between August 2012 and January 2014. From the 241 mothers included in the current analysis, 45% were below 25 year of age, 57% were of brown color, 53% had less than eight years of schooling e 83% were multiparous. When arrested, 89% of women were already pregnant and two thirds did not want the current pregnancy. Access to prenatal care was inadequate for 36% of women. During hospitalization for birth, 15% reported having suffered some sort of abuse (verbal, psychological or physical). Only 15% considered the health care received as excellent. Incarcerated women had little social and family support during labor and delivery and more than one third of women reported the use of handcuffs in during hospitalization for birth. Pregnancy and childbirth care were worse for incarcerated mothers compared to non-incarcerated mothers, users of SUS. This study also highlighted human rights violations, especially during childbirth.
Nascer na prisão: gestação e parto atrás das grades no Brasil
Abstract(resumo):
A alta vulnerabilidade da mulher presa é ampliada quando ela está grávida e pari durante o encarceramento. Este artigo traçou o perfil da população feminina encarcerada que vive com seus filhos em unidades prisionais femininas das capitais e regiões metropolitanas do Brasil bem como as condições e as práticas relacionadas à atenção à gestação e ao parto durante o encarceramento. O presente estudo é uma análise de série de casos proveniente de um censo nacional realizado entre Agosto de 2012 e Janeiro de 2014. A população incluída nessa análise foi de 241 mães, sendo 45% com menos de 25 anos de idade, 57% de cor parda, 53% com menos de oito anos de estudo e 83% multíparas. No momento da prisão, 89% das mulheres já estavam grávidas e dois terços não desejou a gravidez atual. O acesso à assistência pré-natal foi inadequado para 36% das mães. Durante o período de hospitalização 15% referiram ter sofrido algum tipo de violência (verbal, psicológica ou física). O atendimento recebido foi considerado excelente por apenas 15% das mães. Foi baixo o suporte social/familiar recebido e o uso de algemas na internação para o parto foi relatado por mais de um terço das mulheres. Piores condições da atenção à gestação e ao parto foram encontradas para as mães encarceradas em comparação às não encarceradas, usuárias do SUS. Este estudo também evidenciou violações de direitos humanos, especialm
Ayres, Barbara, Leal, Maria do Carmo, Esteves-Pereira, A.P, Sánchez, A., Larouze, Bernard. Birth in Prison: pregnancy and childbirth behind the bars in Brazil. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2016/Apr). [Citado em 27/09/2024].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/en/articles/birth-in-prison-pregnancy-and-childbirth-behind-the-bars-in-brazil/15596?id=15596
