0050/2023 - Consumption of non-standard medicines in indigenous health: rational use? Consumo de medicamentos não padronizados na saúde indígena: uso racional?
The study analyzed the consumption of non-standard medicines in indigenous health, emphasizing the rationality of pharmacotherapy, through a cross-sectional study of secondary data2018 and 2019 in the Special Sanitary District of Indigenous Health Minas Gerais/Espírito Santo. These medicines were classified by the Anatomical Therapeutic Chemical Classification. Non-parametric tests were employed to compare the origin of prescription and the form of acquisition, assessing access to medicines. Rationality was verified through the consumption profile and the therapeutic option in the list of standardized medicines. There were 104,928 pharmaceutical presentations consumed, 66,967 (66%) belonging to the alimentary tract and metabolism; 17,705 (17%) to the nervous system; 12,961 (12%) to the cardiovascular system. As for the most consumed medicines by region, 171 (90%) out of 190 had a therapeutic option. The prescriptions were morethe SUS. Differences were found in the way the medicines were acquired. The study pointed to an important consumption of non-standardized medicines, and there may be failures in therapeutic rationality. In indigenous health, ethnocultural and social issues are challenges to the access to medicines with rational use.
Keywords:
Rational Use of Medicines, Unified Health System, Health of Indigenous Peoples, Pharmaceutical Services.
Consumo de medicamentos não padronizados na saúde indígena: uso racional?
Abstract(resumo):
O estudo analisou o consumo de medicamentos não padronizados na saúde indígena, enfatizando a racionalidade da farmacoterapia, por meio de um estudo transversal dos dados secundários, de 2018 e 2019, no Distrito Especial Sanitário de Saúde Indígena Minas Gerais/Espírito Santo. Esses medicamentos foram classificados pela Anatomical Therapeutic Chemical Classification. Para a comparação da origem de prescrição e da forma de aquisição empregaram-se testes não paramétricos, avaliando o acesso a medicamentos. Verificou-se a racionalidade através do perfil de consumo e da opção terapêutica na lista de medicamentos padronizados. Consumiram-se 104.928 apresentações farmacêuticas, 66.967 (66%) pertenciam ao trato alimentar e metabolismo; 17.705 (17%) ao sistema nervoso; 12.961 (12%) ao sistema cardiovascular. Quanto aos medicamentos mais consumidos por regiões, 171 (90%) dos 190 possuíam opção terapêutica. As prescrições foram mais provenientes do SUS. Encontraram-se diferenças na forma de aquisição dos medicamentos. O estudo apontou importante consumo de medicamentos não padronizados, podendo existir falhas na racionalidade terapêutica. Na saúde indígena, questões etnoculturais e sociais constituem desafios para o acesso aos medicamentos com uso racional.
Keywords(palavra-chave):
Uso racional de medicamentos, Sistema Único de Saúde, Saúde de Populações Indígenas, Assistência Farmacêutica.