0385/2023 - Eu, Nós... ELAS Quilombolas: documentary about vaccination against COVID-19 in Quilombolas as an anti-racist device Eu, nós… ELAS Quilombolas: documentário sobre vacinação contra COVID-19 em Quilombolas enquanto dispositivo antirracista
Eu, Nós… Elas Quilombolas, a documentary that shows the Quilombola identity and the right to the Covid-19 vaccine, brings up notions of priority, rights, privileges and identity during the process that needs to link the number of vaccine doses to the arms of citizens. In Brazil, faced with the federal government\'s omission, grounded in necropolitics and denialism, the lack of information led Quilombola communities to take responsibility for creating lists of those eligible to receive the vaccine. The production\'s objective was to use images as a political language in the field of health, documenting and providing visibility to these issues as an illustration of the confronting processes of social and health inequalities and inequities rooted in structural racism. By combining science and art, the method of audiovisual production, tangled with the references of the image sociology, visual anthropology, and the production and aesthetic devices of Coutinho, brought forth three central categories: the I, the We, and the THEM. This article presents these categories that underpinned the narrative construction of the documentary based on the potential of images, which presented themselves as an anti-racist political-educational devices, both during the production process and throughout public screenings.
Keywords:
COVID-19, Quilombola, Vaccination, Documentaries and Factual Films, Racism
Eu, nós… ELAS Quilombolas: documentário sobre vacinação contra COVID-19 em Quilombolas enquanto dispositivo antirracista
Abstract(resumo):
Eu, Nós... ELAS Quilombolas, documentário que aborda a identidade quilombola e o direito à vacinação contra a COVID-19, faz emergir noções como prioridade, direito, privilégio e identidade durante o processo que precisa vincular números de doses a braços de cidadãos. No Brasil, diante da omissão do governo federal, fundamentada na necropolítica e no negacionismo, a falta de informações levou as comunidades Quilombolas a se responsabilizarem pela construção das listas de aptos a receberem a vacina. O objetivo da produção foi utilizar as imagens como linguagem política na área da saúde, documentando e dando visibilidade para estas questões como ilustração de processos de enfrentamento das desigualdades e iniquidades sociais e de saúde, pautadas no racismo estrutural. Ao associar ciência e arte, o método de produção audiovisual, entrelaçado com os referenciais da sociologia das imagens, da antropologia visual e dos dispositivos de produção e estética de Coutinho, fez emergir três categorias: o Eu, o Nós e o ELAS. Este artigo apresenta as categorias que embasaram a construção narrativa do documentário a partir das potencialidades das imagens, que se apresentaram como dispositivo político-pedagógico antirracista, tanto durante o processo de produção quanto ao longo das exibições públicas.
Gerhardt, T. E., Migon, N. B., Madrid, R. S., Soares, J. O., Lubisco, R. P., Eschiletti, J. C., Santos, J.. Eu, Nós... ELAS Quilombolas: documentary about vaccination against COVID-19 in Quilombolas as an anti-racist device. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2023/Dec). [Citado em 27/09/2024].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/en/articles/eu-nos-elas-quilombolas-documentary-about-vaccination-against-covid19-in-quilombolas-as-an-antiracist-device/19011
