0388/2025 - Impacts of exposure to pollution from sugarcane burning on the respiratory system: Integrative Review
Impactos da exposição à poluição da queima da cana-de-açúcar no sistema respiratório: Revisão Integrativa
Author:
• Cinthia Martins Menino Diniz - Diniz, CMM - <cinthiamartinsm@yahoo.com.br>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1570-636X
Co-author(s):
• Thiago Douberin da Silva - Silva, TD - <thiagodouberin@gmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6925-6392
• José Rafael Soares da Silva - Silva, JRS - <rafael.ssilva3@ufpe.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4450-2622
• João Pedro Alves Gomes - Gomes, JPA - <joao.pgomes@ufpe.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7345-7915
• Michelly Cristiny Pereira - Pereira, MC - <michelly.pereira@ufpe.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1672-8202
Abstract:
Introduction: Approximately 9.5% of sugarcane in Brazil and 71.7% in the state of Pernambuco are burned before harvest, which can have impacts on respiratory health. Objective: to identify the impact of sugarcane burning on the respiratory tract. Method: Integrative literature review, carried out in the databases and libraries CINAHL, BDENF, Medline/PubMed, Scopus, LILACS, Web of Science, Cocharane, Scielo and Google Scholar, to answer the guiding question: What are the impacts of smoke from sugarcane burning on the respiratory tract? The searches took place between June and August 2024, using the descriptors "sugarcane burning", "respiratory diseases", "air pollution" and "lung cancer". 968 articles were identified, of which 18 were analyzed and discussed. Results: Six studies showed an association between smoke from sugarcane burning and respiratory problems, three showed an increase in symptoms of asthma, pneumonia, decreased lung function and lung cancer, appearing in two articles each. Chronic obstructive pulmonary disease, respiratory infections, rhinitis and bronchiopneumonia appeared only once. Conclusion: It was concluded that the combustion of biomass from sugarcane burning of sugarcane has a positive relationship with the occurrence of respiratory diseases.Keywords:
Sugarcane burning; Respiratory diseases; Air pollution; Lung cancer.Content:
O complexo agroindustrial sucroalcooleiro é uma das atividades econômicas mais antigas no Brasil. De grande importância para a economia brasileira, o cultivo da cana-de-açúcar na safra 2024/25, atingiu 676,96 milhões de toneladas de cana. O corte da cana é mecanizado na maioria dos estados produtores, entretanto o sistema manual de colheita, onde o trabalhador realiza o corte braçalmente após a queima, ainda é frequente. Cerca de 9,5% da cana do Brasil e 71,7% do estado de Pernambuco são colhidas manualmente.1
Apesar da importância econômica, a queima da cana-de-açúcar pode acarretar um alto potencial de impacto ambiental e a saúde. Isso se deve pela emissão de compostos derivados da queima da biomassa, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, material particulado, monóxido e dióxido de carbono, entre outros.2,3
Os efeitos da exposição humana a poluição do ar pode acarretar problemas agudos ou crônicos de diversas formas e gravidades. Os efeitos agudos apresentam uma grande associação ao aumento dos números de consultas de urgência, e os crônicos tem sido relacionado ao aumento da mortalidade por doenças respiratórias, aumento da incidência de asma e de DPOC, comprometimento da função pulmonar e aumento da incidência e mortalidade por câncer de pulmão.4,5,6
Considerando o possível risco de adoecimento dos trabalhadores canavieiros e da população dos entornos das plantações da cana-de-açúcar expostos a queima da cana-de-açúcar e as lacunas ainda existentes na literatura científica, o presente estudo tem o objetivo de identificar o impacto da fumaça da queima da cana-de-açúcar no trato respiratório.
Método
A elaboração desta revisão percorreu as etapas: formulação do problema; busca na literatura dos estudos primários; avaliação dos estudos incluídos na revisão; análise dos dados; apresentação dos resultados. A pergunta condutora para elaboração da revisão integrativa seguiu a estratégia PICo (P=Paciente/Problema, I=Fenômeno de interesse; Co=Contexto), sendo P=Impacto da exposição a poluição, I= Queima da cana-de-açúcar, Co=sistema respiratório. Dessa forma, a pergunta de pesquisa elaborada foi: Quais os impactos da exposição a poluição da queima da queima da cana-de-açúcar no sistema respiratório?7
A busca das publicações ocorreu entre junho e agosto de 2024, nas bases de dados CINAHL, BDENF, Medline/PubMed, Scopus, LILACS, Web of Science e nas bibliotecas Cocharane e Scielo. Para viabilizar a busca foi realizado consultas dos Descritores em Ciências da Saúde (DeSC) e no Medical SubjectHeadings (MeSH). Foram identificados os seguintes descritores em português e seus correspondentes em inglês: “doenças respiratórias”, “cana-de-açúcar”, “poluição atmosférica” e “câncer de pulmão”. E, ainda as palavras chaves “problemas respiratórios” e “queima da cana-de-açúcar”. O descritor câncer de pulmão foi inserido pelo fato de ser o pior desfecho dos problemas respiratórios, pela sua importância epidemiológica, por estar inserido nas doenças ocupacionais e pela dificuldade de diagnóstico precoce. Notavelmente, não foram estabelecidos limites temporais quanto ao ano de publicação, considerando que o tema é sub-representado na literatura existente, permitindo assim a inclusão de um espectro mais amplo de estudos relevantes.
Os resultados dessa busca foram comparados para identificar possíveis discordâncias e correção de erros que viessem a existir. Ressalta-se que em todos os cruzamentos o descritor “queima da cana-de-açúcar” esteve presente.
Inicialmente, os descritores foram combinados entre si por meio do operador booleano AND, primeiramente aos pares buscando apreender as relações entre cana-de-açúcar com os demais descritores/palavras-chaves mencionados. Depois, foram realizados os cruzamentos entre três descritores, de maneira que “cana-de-açúcar” e “doenças respiratórias” foram mantidos em associação com os outros descritores/palavras-chaves: “poluição atmosférica” e “câncer de pulmão”. Todos os cruzamentos foram feitos igualmente e na mesma ordem em cada base de dados e bibliotecas de saúde (Quadro 1).
Quadro 1
Os estudos primários foram selecionados a partir dos critérios de inclusão: artigos originais que abordassem a temática do estudo, disponível na íntegra, em português, inglês e espanhol, sem restrição do espaço temporal. Cartas ao leitor, editoriais, teses, dissertações, livro, capítulos de livros, matéria de jornal, relato de experiência, estudo reflexivo, revisões sistemáticas ou integrativas da literatura e estudos que não respondessem a pergunta condutora, foram excluídos.
Na etapa de seleção dos estudos primários, foi realizada a leitura dos títulos das 2.451 publicações encontradas. Sendo excluídos 757 após a leitura dos títulos e 109 por não responderem a pergunta de pesquisa. Dos 1.656 selecionados para aplicação dos critérios de elegibilidade, excluindo-se 1.618 por não se adequarem aos critérios estabelecidos. As 38 publicações restantes foram submetidas à leitura na íntegra, 20 foram excluídos por não discorrer sobre a temática. Restaram 18 publicações para análise e discussão (Figura 1). Os artigos encontrados em mais de uma base de dados, foram catalogados apenas uma vez, de acordo com a ordem de identificação na primeira base de dados pesquisada.
Fig. 1
A extração dos dados foi norteada por um instrumento construído que contempla as informações sobre os autores, objetivo, características metodológicas e principais resultados do estudo. Para avaliar o rigor metodológico utilizou-se o instrumento adaptado do CriticalAppraisal Skills Programm (CASP), que classifica os estudos como: de boa qualidade metodológica e viés reduzido (categoria A - 6 a 10 pontos) e com qualidade metodológica satisfatória (categoria B - no mínimo 5 pontos)9, no entanto todos os artigos foram incluídos.
O nível de evidência foi avaliado de acordo com a classificação hierárquica, divididos em: nível 1: revisão sistemática ou metanálise; nível 2: ensaios clínicos randomizados controlados e bem delimitados; nível 3: ensaios clínicos controlados sem randomização; nível 4: estudos de casos controle e estudos de coorte; nível 5: estudos de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos; nível 6: estudos descritivos ou qualitativos e nível 7: opinião de especialistas10. Os resultados foram discutidos a luz da literatura científica.
Resultados
Dos 18 estudos selecionados, sete foram encontrados na base de dados Web pf Science11,12,13,14,19.20,21, oito na Medline/PubMed15,16,17,18,22,23,24,25, uma na Scoppus26 e uma na biblioteca virtual Scielo27. Quanto ao delineamento de pesquisa, cinco são estudo de caso-controle11,12,19,20,22, cinco corte transversal13,17,21,26,27, cinco ecológicos14,,15,16,18,25 e um desenho histórico23. Cinco estudos11,12,19,20,22 foram classificados com nível de evidência 4 e doze com nível de evidência 613,14,15,16,17,18,21,23,24,25,26,27. No que concerne a análise do rigor metodológico todos os artigos selecionados concentraram-se no nível A.
Os estudos foram publicados entre 1992 e 2023. A população estudada foi majoritariamente no Brasil, 11 no estado de São Paulo11,12,13,14,,15,16,,17,19,21,25,27,e um no estado do Rio de Janeiro22, um em Pernambuco18, dois nos Estados Unidos, no Havaí23 e na Flórida24 e, um na Índia20 e outro na Inglaterra26.
Em relação aos problemas respiratórios. seis observaram aumento dos atendimentos e internações hospitalares 13-19 (Quadro 2).
Quadro 2
Além disso, cinco, estudos17, 21,23,25,27 evidenciaram associação entre a fumaça da queima da cana-de-açúcar e problemas respiratórios de maneira geral, três, observaram o aumento de sintomas asmáticos13,15,19, além de rinites19, doença pulmonar obstrutiva crônica13, infecção de vias aéreas13, broncopneumonia13, lesão do parênquima pulmonar19 e aumento da morbimortalidade por doença respiratória 26 foram evidenciaram em apenas um estudo cada. Já penumonia14,16, diminuição da função pulmonar11,12, e câncer de pulmão20,24, foram observados em outros dois estudos (Quadro 3).
Quadro 3
Discussão
É característica no trabalho canavieiro a exposição a fatores externos, considerando que os trabalhadores realizam suas atividades a céu aberto durante um longo período. Aqueles que trabalham na queima da cana-de-açúcar ou na colheita, período pós queima, tendem a desenvolver problemas respiratórios relacionados, principalmente, a exposição à fumaça e aos compostos provenientes da fuligem.
A inalação do material particulado, proveniente da queima da biomassa, parece ser um dos principais fatores de risco que afetam as vias respiratórias superiores e inferiores. Quanto menor o tamanho da partícula, maior a probabilidade de atravessar as barreiras respiratórias e provocar um processo inflamatório com aumento das citocinas pró-inflamatórias, fibrose, aumentando a incidência de asma, doença obstrutiva crônica, pneumonia, câncer da cavidade oral, faringe, pulmão, dentre outras28,29.
Na literatura, evidências sinalizam que a fumaça das queimadas da cana aumentam os casos de atendimentos em serviços de urgência e internação hospitalar por doenças respiratórias, principalmente no que concerne as crianças e idosos, que apresentam sistema respiratório mais frágil, representando uma associação positiva entre o material particulado e o efeito agudo à exposição28. Nas crianças em função do menor volume pulmonar e sistema imunológico em desenvolvimento e nos idosos, pela diminuição da capacidade respiratória e imunológica própria da idade. E, esse aumento do fluxo nas instituições de saúde, leva a um aumento dos custos com a saúde e a possível inviabilidade de atendimento de todos que necessitam, infringindo o direito constitucional a saúde, garantida pelo Estado.
Ademais as repercussões respiratórias podem ser distintas a depender da forma como essa fuligem impacta sobre cada faixa etária, parece que crianças são mais acometidas com doenças como bronquite, asma e peneumonia e idosos com exacerbação de DPOC, enfisema, por exemplo. Uma análise espacial no Estado do Mato Grosso concluiu que o risco de internações em crianças com asma revela uma maior concentração em municípios com plantação de cana-de-açúcar e nas adjacências30. Apesar dos fatores genéticos estarem envolvidos na ocorrência da asma, o mecanismo fisiológico pulmonar, combinado a interação com os fatores ambientais e o nível de exposição, pode ser responsável pela elevada prevalência desse agravo, principalmente nos grupos mais vulneráveis, conforme observado nessa revisão.
Estudo realizado em uma plantação de cana-de-açúcar no período do cultivo e colheita da cana-de-açúcar evidenciou uma diminuição do fluxo expiratório forçado, volume expiratório forçado e da depuração mucociliar nasal31. Sendo o nariz, primeira linha de defesa do sistema respiratório, responsável pela umidificação, aquecimento e filtração do ar e quando expostos a poluentes suspensos na atmosfera pode levar um processo inflamatório e desenvolver sintomas respiratórios32,33.
Embora apenas dois estudos sugestionaram a associação entre a poluição proveniente da queima da cana-de-açúcar e o câncer de pulmão, estima-se que 14% dos óbitos por essa patologia sejam atribuídos a poluição ambiental. O risco médio varia entre 20-30% em relação ao aumento da concentração do material particulado e a exposição ao hidrocarboneto policíclico aromático34. Esse achado corrobora com estudo experimental, cuja avaliação da exposição a fumaça da queima da cana-de-açúcar por diversos períodos esteve associada ao aumento do processo inflamatório do tecido traqueal e pulmonar, com redução do espessamento do tecido conjuntivo e aumento da produção de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias induzindo processos necróticos inflamatórios progressivos mesmo em curtos períodos de exposição35.
Ainda sobre o câncer de pulmão, estudos tem observado um aumento dos casos entre população residente próximo a plantações de cana-de-açúcar, em virtude da exposição a sílica e HPA e a compostos cancerígenos, corroborando com outro estudo na cidade de São Paulo, cujo resultado evidenciou uma variação entre 18-62 casos da neoplasia36,37. Esse quadro deve ser interpretado no contexto produtivo, com São Paulo respondendo por 57,5% da moagem38.
No que se refere aos Estados Unidos (EUA), ao Reino Unido e à Índia, citados nos resultados deste estudo, observa-se que, embora os EUA não figurem entre os principais produtores, projeções indicam que o país poderá atingir aproximadamente 4,6 milhões de toneladas em 2025/2026³?. No caso do Reino Unido — país sem produção da cultura — pesquisas conduzidas por autores dessa região sugerem que a queima da biomassa agrícola libera partículas nocivas, como a sílica, as quais têm sido associadas a desfechos respiratórios adversos²?. Já a Índia, por sua vez, configura-se como o segundo maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com relevância significativa no cenário global da atividade38.
Outro aspecto relevante a ser considerado refere-se à distinção entre os diferentes grupos acometidos. Trabalhadores diretamente expostos à atividade agrícola, especialmente durante a queima da cana, parecem apresentar níveis de risco distintos em comparação às populações residentes nas áreas adjacentes, visto que estes podem estar expostos tanto ao material particulado da queima, quanto aos agrotóxicos utilizados na cana.
Além disso, indivíduos com predisposição genética, doenças respiratórias prévias ou faixa etária, podem manifestar maior vulnerabilidade, o que sugere que a interação entre fatores ambientais e individuais potencializa os desfechos respiratórios. Essa heterogeneidade de exposição e suscetibilidade pode introduzir desequilíbrios na interpretação causal, minimizando a ponderação exclusiva em favor do material particulado oriundo das queimadas. Neste contexto, são imprescindíveis estudos de predisposição genética associados à exposição ambiental para aprofundar estudos desta natureza ocupacional.
Assim, podemos inferir que a exposição aguda ou crônica aos poluentes provenientes da queima da cana-de-açúcar é capaz de induzir desde problemas respiratórios leves e até danos graves, não sendo razoável desagregar as queimadas nos canaviais dos problemas respiratórios das pessoas expostas aos poluentes, sejam elas trabalhadores ou moradores de áreas circunvizinhas. Entretanto deve-se considerar a causalidade na qual interagem os fatores climáticos, ambientais, socioeconômicos, individuais também podem afetar o sistema respiratório, potencializados pelas queimadas.
Além do mais, pesquisas adicionais necessitam ser realizadas para o seguimento de trabalhadores canavieiros e população exposta, ampliando o tempo de avaliação, a fim de determinar o espaço temporal necessário para o início dos sintomas e o desenvolvimento de problemas de saúde graves.
Agradecimentos: Registra-se o agradecimento ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), por proporcionar dispensa parcial das atividades laborais para dedicação a pós-graduação.
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