Abstract(resumo):
Resumo: A gravidez representa uma excelente oportunidade para prevenção do carcinoma cervical, já que o exame ginecológico faz parte da rotina de pré-natal. Na prática esta oportunidade parece não estar sendo aproveitada. Objetivo: Descrever características associadas a não realização do citopatológico (CP) e avaliar a cobertura da citologia no início e no final do pré-natal. Método: Estudo transversal, onde foram entrevistadas 445 puérperas utilizando-se questionários padronizados. Resultados: A prevalência de CP atualizado era de 38,9% no inicio da gestação, chegando a 59,1% no puerpério (p>0,001). As puérperas com 19 anos ou menos, não brancas, com escolaridade inferior a onze anos, com renda familiar inferior a um salário mínimo, sexarca aos 15 anos ou menos, inicio do pré-natal após 1º trimestre e com o acompanhamento no SUS, apresentaram menor cobertura do citopatológico. Na análise ajustada, estas variáveis não mostraram significância associada à cobertura do citopatológico. Entretanto a realização do pré-natal mostrou uma tendência à melhora da cobertura do CP com razão de prevalência de 1,18 (95%CI: 0,98-1,42). Conclusão: O serviço local de saúde mostrou-se pouco efetivo e desigual. Revelando a necessidade de aumentar a cobertura do citopatológico, motivando e capacitando os profissionais quanto à importância dos procedimentos da rotina pré-natal. Pois este pode ser o único contato que uma mulher em idade reprodutiva tem com o serviço de saúde. Palavras-chaves: Assistência pré-natal, prevenção do câncer do colo uterino, avaliação da qualidade dos cuidados de saúde, desigualdades em saúde
Access Issue in Scielo