0066/2019 - The consumption of crack by women: An analysis of the senses constructed by professionals of Street Clinics of the city of Rio de Janeiro O consumo de crack por mulheres: Uma análise sobre os sentidos construídos por profissionais de consultórios na rua da cidade do Rio de Janeiro.
This paper problematizes meanings constructed by health professional working with Consultation Offices in the Street (CnaR) about the use of crack by women and its implication to health care practices. This is a qualitative research involving four CNAR teams working in three different health territories in the city of Rio de Janeiro. Focal groups were conducted with 25 professionals. Different meanings emergedthe empirical data about crack understanding, referred as “the death drug” or “the happiness stone”. Data discussion and analysis revealed that gender is a concept controversially integrated in health services daily routine. Even though discourses point out to differences in crack patterns of use between men and women, women’s treatment is still based on their reproductive capacity; even while being attended in health services, female crack users remain stigmatized for being “a woman who consumes crack” and for being homeless. These results unveil a prominent conception of “women-mother” in the organization of health care services. We defend that it is imperative to incorporate the empirical-analytical framework of gender studies into health care policy towards crack users.
Keywords:
Crack; Women; Gender; Consultation Offices in the Street
O consumo de crack por mulheres: Uma análise sobre os sentidos construídos por profissionais de consultórios na rua da cidade do Rio de Janeiro.
Abstract(resumo):
Este artigo problematiza os sentidos construídos por profissionais de Consultórios na Rua (CnaR) sobre o consumo de crack por mulheres e suas implicações às práticas de cuidado. Pesquisa qualitatitava realizada junto a quatro equipes de CnaR (eCnaR) que atuam em três territórios do município do Rio de Janeiro, totalizando 25 profissionais. Produzidos a partir de grupos focais, os dados empíricos apontam para a diversidade de sentidos na compreensão do crack, entendido como a “droga da morte” ou a ‘pedra da felicidade’.A discussão e a análise dos dados revelam que o gênero é incorporado de modo controverso no cotidiano dos serviços: mesmo que os discursos sinalizem para diferenças nos padrões de consumo de crack entre homens e mulheres, no acesso e uso dos serviços psicossociais e na forma de obtenção da droga, as mulheres continuam sendo pensadas pela sua capacidade reprodutiva. Apontam, ainda, que mesmo nos serviços da rede assistencial de saúde, usuárias de crack são estigmatizadas: por serem mulheres que consomem crack e pela situação de rua. Sinalizam que impera na organização da rede de serviços o ideário da mulher-mãe. Advoga-se pelo imperativo da incorporação do referencial empírico-analítico dos estudos de gênero na política de atenção à saúde de usuários de crack.
Santos, GC, Constantino, P., SCHENKER M, Rodrigues, LB. The consumption of crack by women: An analysis of the senses constructed by professionals of Street Clinics of the city of Rio de Janeiro. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2019/Mar). [Citado em 22/01/2025].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/en/articles/the-consumption-of-crack-by-women-an-analysis-of-the-senses-constructed-by-professionals-of-street-clinics-of-the-city-of-rio-de-janeiro/17140?id=17140&id=17140
