0313/2016 - Trajectory in narratives: Experiences mental illness and Belo Horizonte City. Trajetória em narrativas: Loucuras e a cidade de Belo Horizonte.
• Amanda Elias Arruda - Arruda, Amanda Elias - Universidade Federal de Minas Gerais, Sociologia - <amandaarrudato@gmail.com>
Co-author(s):
• Ana Lúcia Modesto - Modesto, Ana Lúcia - Universidade Federal de Minas Gerais, Sociologia - <modesto926@terra.com.br> • Cláudio Santiago Dias Júnior - Dias-Júnior, C.S. - Universidade Federal de Minas Gerais, Sociology - <claudio.austin@gmail.com>
Thematic Area:
Saúde Mental
Abstract:
The article aims to understand the relations between experience mentally illness patients and the City of Belo Horizonte, the state capital of Minas Gerais. It is understood that the experience of mental illness is capable of generating narratives that seek to give meaning to suffering and help people to negotiate the everyday decisions. The biographical method was used for the construction of narratives of life trajectories of the three study participants. The biographical narratives revealed diverse experiences associated with mental illness as well as different meanings attributed to this condition. However, interestingly, these stories have a common pattern, often associated with marginal sociabilities the conventions of order, family and work. There is a break with the striking invisibility in asylums, as open services provide the social movement and manipulation of social codes, creating new territoralidades and encodings. However, highlights the need for empirical studies that address themes such as family relations, housing conditions and income of this population to then expand the right to health discussions for the right to housing, work, the right and no place in the city.
Trajetória em narrativas: Loucuras e a cidade de Belo Horizonte.
Abstract(resumo):
O artigo busca compreender as relações estabelecidas entre portadores de sofrimento mental assistidos em um serviço aberto e comunitário e a cidade de Belo Horizonte (BH), capital do Estado de Minas Gerais. Compreende-se que a experiência da loucura é capaz de gerar narrativas que buscam atribuir sentido ao sofrimento e auxiliam as pessoas a negociar as decisões cotidianas. O método biográfico foi utilizado para a construção das narrativas de trajetórias de vida dos três participantes do estudo. Cada pessoa atribuiu um sentido diferente à experiência da loucura, contudo, percebe-se a existência de trajetórias e sociabilidades marginais às convenções da ordem, da família e do trabalho. Verifica-se uma ruptura com a invisibilidade marcante nos manicômios, uma vez que, os serviços abertos proporcionam a circulação social e a manipulação de códigos sociais que entremeiam os deslocamentos, criando novas territoralidades e codificações. Contudo, evidencia-se a necessidade de estudos empíricos que contemplam temáticas como: as relações familiares, as condições de moradia e renda dessa população, para então, ampliar as discussões do direito à saúde para o direito à moradia, ao trabalho, enfim, o direito e o cabimento na cidade.