Abstract(resumo):
RESUMO
Este ensaio teórico tem como objetivo refletir sobre as possibilidades de incorporação de um corpus analítico queer aos processos de educação no campo da saúde. Aponta que o desenvolvimento do sistema único de saúde, com seus enunciados de novas práticas de saúde, tem revelado desafios que passam pela ampliação do escopo de conhecimentos que se fazem necessários aos novos arranjos propostos, bem como uma revitalização da noção de sujeito. Aqui, tomamos a perspectiva queer para compreender como as identidades, e em particular as de gênero e sexualidade, são naturalizadas e essencializadas em um processo social e cultural, e como isso pode determinar, nos micros espaços sociais, práticas educacionais com potência de reforçar a subalternidade das chamadas sexualidades minoritárias. A teoria queer, enquadrada nas chamadas teorias pós-críticas da educação, é analisada com base nas categorias: poder, resistência, transgressão em contextos de normalização e subjetivação. Assume-se que processos de educação na saúde, ancorados em uma pedagogia queer, trabalham no plano da diferença e não da diversidade, propondo processos de desconstrução dos binarismos tais como natureza/cultura, razão/paixão, homossexual/heterossexual, caminhando na conformação de sujeitos sociais e culturais mais transgressores.
Palavras-chave: TEORIA QUEER, GÊNERO E SEXUALIDADE, EDUCAÇÃO EM SAÚDE.
Keywords(palavra-chave):
teoria queer
gênero e sexualidade
educação em saúde
Access Issue in Scielo