A Medicina Nuclear desempenha um importante papel no manejo de pacientes com doenças crônicas, especialmente oncológicas e cardiovasculares. Neste estudo, foi realizada uma análise da evolução da área no Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Para tanto, foram realizadas análises restrospectivas entre 2015 e 2021 de dados públicos. Embora o Brasil possua uma quantidade considerável de instalações, sua distribuição geográfica é desigual. A mesma disparidade é observada em relação às unidades produtoras e distribuidoras de radiofármacos, limitando o acesso da população brasileira, particularmente àqueles com meia-vida inferior a duas horas. Percebe-se a alta dependência tecnológica de empresas estrangeiras, com pouca ou nenhuma produção nacional, o que contribui para o déficit na balança comercial. Apesar das possíveis demandas crescentes sobre a área devido a fatores como o envelhecimento da população e mudanças epidemiológicas a área não se expandiu. É crucial implementar políticas sociais e econômicas voltadas à área para reduzir as vulnerabilidades do sistema de saúde, assegurar sua sustentabilidade e promover um acesso igualitário e universal aos serviços de Medicina Nuclear.
Palavras-chave:
Medicina Nuclear; Diagnóstico por Imagem; Compostos Radiofarmacêuticos; Tomografia por Emissão de Pósitrons combinada à Tomografia Computadorizada; Cintilografia
Abstract:
Nuclear Medicine plays an important role in the management of patients with chronic diseases, especially oncological and cardiovascular conditions. In this study, an analysis of the evolution of this field in Brazil was conducted within the framework of the Unified Health System. Retrospective analyses2015 to 2021 of public data were performed. Although Brazil has a considerable number of NM facilities, their geographical distribution is uneven. The same disparity is observed in relation to units that produce and distribute radiopharmaceuticals, limiting access for the Brazilian population, particularly to those with a half-life of less than two hours. There is a noticeable high technological dependence on foreign sources, with little or no domestic production, contributing to a deficit in the trade balance. Despite the increasing demands due to factors such as population aging and epidemiological changes, the area did not expand. It is crucial to implement social and economic policies to reduce vulnerabilities in the public healthcare system, ensure its sustainability, and promote equal and universal access to Nuclear Medicine.
Introdução
A medicina nuclear (MN) tem se desenvolvido rapidamente nas últimas duas décadas considerando os números de equipamentos de imagem instalados, de radiofármacos disponíveis e de recursos humanos qualificados. A introdução de novos radionuclídeos (especialmente os emissores de pósitrons) e o fortalecimento da medicina teranóstica são alguns dos fatores que impulsionaram esta especialidade médica1. Ações da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), por meio de Acordo Regional de Cooperação para Ciência e Tecnologia Nucleares na América Latina e no Caribe (ARCAL) e outros foram fundamentais para o desencolvimento da região. Segundo Orellana et al., no Brasil, o número de gama-câmaras instaladas quase quadruplicou entre 2014 e 20202. Este crescimento não ocorreu de forma homogênea em todos os países, devido a recursos humanos insuficientes e disponibilidade limitada de radiofármacos. Estes podem ser reunidos em dois grupos, com base em suas meia-vidas: superior a 2h e inferior a 2h. Os do primeiro grupo (T1/2 > 2h) podem ser emissores gama ou de partículas e são utilizados em MN para fins diagnósticos e terapêuticos, respectivamente; a captação da radiação emitida pelos radiofármacos é feita por meio de gama-câmaras, principalmente na modalidade conhecida por tomografia por emissão de fóton único (SPECT). O equipamento para a obtenção dessas imagens pode ser acoplado ao tomógrafo computadorizado (SPECT/CT)3. As imagens são obtidas predominantemente utilizando-se radiofármacos marcados com tecnécio-99m (99mTc), mas tálio-204 (204Tl), iodo-131 (131I) e gálio-67 (67Ga) também são utilizados para adquirir informações fisiológicas de cérebro, pulmão, coração e ossos, por exemplo 3. Por vezes, essa área é chamada de MN convencional. Os radionuclídeos terapêuticos incluem 131I, samário-153 (153Sm), rádio-223 (223Ra), actínio-225 (225Ac), ítrio-90 (90Y) e lutécio-177 (177Lu). São obtidos por ativação de nêutrons ou fissão nuclear em reatores nucleares ou, em menor escala, em cíclotrons4. Aqueles com meia-vida inferior a 2h (T1/2 < 2h) são emissores de pósitrons e a detecção de sua distribuição origina a tomografia por emissão de pósitrons (PET). Este equipamento também pode estar associado ao CT (PET/CT) ou ao de ressonância magnética (PET/MR)5,6. Os radiofármacos mais utilizados mundialmente são aqueles radiomarcados com fluor-18 (18F), sobretudo a desoxiglicose ([18F]FDG). São produzidos em cíclotrons, entregues prontos para uso ou via geradores de radionuclídeos para marcação local. Atualmente, a legislação brasileira permite a produção e comercialização de radiofármacos no país pela iniciativa privada8.
O acesso da população brasileira aos serviços de MN está diretamente relacionado à disponibilidade destes serviços nos estabelecimentos públicos de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e à contratação de serviços da iniciativa privada. A MN é regulamentada pelo Ministério da Saúde (MS), do ponto de vista sanitário, e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC), por meio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), do de proteção radiológica.
O Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) mantém diversas informações administrativas, sanitárias e econômicas, indispensáveis ao processo de planejamento, operação e controle do SUS. Os dados secundários e administrativos são continuamente registrados em diferentes bases de dados, como o Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), o Sistema de Informações Hospitalares (SIH), o Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do SUS (SIGTAP), ou o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Esses dados são coletados pelas Secretarias Estaduais de Saúde.
Procedimentos clínicos, diagnósticos e terapêuticos podem ser reembolsados pelo componente federal do SUS após aprovação do Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (SECTICS/MS) baseado em ampla discussão e análise realizada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (CONITEC) sob demanda9. Esta deve conter documentação de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS) com a descrição da nova tecnologia e evidências científicas comparando-a com a tecnologia existente (já incorporada pelo SUS), avaliação econômica e impacto orçamentário. Um dos requisitos fundamentais para que as tecnologias sejam avaliadas na CONITEC é que os produtos de saúde usados estejam registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA),que não sejam consideradas experimentais e tenham o preço fixado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), no caso de medicamentos10.
A ANVISA mantém bases de dados de produtos para saúde com autorizações de comercialização e uso. A regulamentação para radiofármacos está sendo continuamente atualizada para considerar novas possibilidades de produção, como a modalidade in house e comercialização por notificação (sem registro definitivo na Agência). Após a autorização de comercialização, a indústria de medicamentos deve solicitar uma análise a ser realizada pela CMED, que estabelece o preço máximo que pode ser cobrado. Uma vez que os radiofármacos são considerados medicamentos pela regulamentação da ANVISA, seus preços também deveriam ser analisados pela CMED.
A CNEN também mantém bancos de dados públicos com informações sobre estabelecimentos, insumos permitidos (tipo e quantidade) e pessoal autorizado para uso de radiações ionizantes em saúde.
O Ministério da Fazenda (MF) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) também desempenham importante papel na manutenção e possível expansão desta área no país a partir das atividades do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) e da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), uma vez que uma parte expressiva dos insumos é importada.
Em 2021, o CONFAZ publicou o Convênio ICMS nº 131 autorizando os governos estaduais a conceder isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações com medicamentos radioativos utilizados exclusivamente para radiomarcação para procedimentos de medicina nuclear, realizados no âmbito do SUS11 e entrou em vigor a em 1º de janeiro de 2023. Como Estado integrante do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), o Brasil adota a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e a Tarifa Externa Comum do MERCOSUL (TEC)12. Esta é uma tarifa de importação cobrada pelos países do bloco sobre as importações de países externos para estimular a competitividade dos Estados Partes e seus níveis tarifários devem ajudar a evitar a formação de oligopólios ou reservas de mercado. Como regra geral, o Brasil adota a TEC para todos os códigos NCM, mas há instrumentos e regras de exceção. No caso de produtos sujeitos a ações específicas de desabastecimento, o Brasil não aplica a TEC.
O objetivo deste trabalho é analisar a evolução da área de MN de 2015 a 2021 na perspectiva do SUS, considerando as bases de dados públicas brasileiras, a situação tarifária e a balança comercial.
Materiais e Métodos
A abordagem metodológica adotada é de pesquisa exploratória com busca de dados nas principais bases de dados públicas relacionados à MN no SUS. Trata-se de estudo retrospectivo descritivo. Estudos com este desenho estão isentos de análise por comitês de ética em pesquisa pois foram utilizadas bases de dados secundárias, sem identificação de indivíduos13.
Foram realizadas buscas nos bancos de dados públicos para obter informações sobre: i) Panorama da NM e ii) Situação fiscal e balança comercial.
Para o levantamento dos dados sobre o panorama da NM, foram realizadas buscas de dados sobre as instalações autorizadas (cíclotrons, radiofarmácias centralizadas e serviços de MN); radiofármacos aprovados para uso em humanos; equipamentos; procedimentos diagnósticos e terapêuticos realizados e aprovados e sua distribuição geográfica; e custos e reembolsos do componente federal do SUS. As bases de dados consultadas com seus respectivos dados fornecidos foram:
- CNES/MS14: Número e localização de estabelecimentos de saúde que realizam procedimentos de MN convencional e PET; Número total de equipamentos em uso (gama-câmaras e tomógrafos PET); O Número total de equipamentos em uso no SUS foi estimado considerando dois cenários: (1) apenas um equipamento por estabelecimento e (2) todos os equipamentos por estabelecimento que oferece serviço ao SUS.
- SIA e SIH/MS15,16: Número de procedimentos diagnósticos e terapêuticos aprovados por ano e por região;
- SIGTAP/MS17: Procedimentos autorizados para diagnóstico e terapia;
- ANVISA/MS18,19: Radiofármacos registrados e aqueles comercializados por notificação; Registros e autorização de comercialização de dispositivos médicos;
- CNEN/MCTI20: Quantidade e localização de instalações radiativas com cíclotrons, radiofarmácias centralizadas e de serviços de MN;
- IBGE21: População por ano e estado brasileiro.
Para o levantamento da balança comercial, foi realizada busca na base de dados de estatísticas de comércio exterior do Brasil “COMEX STAT” do MDIC, com consultas detalhadas das importações e exportação brasileiras22. As alterações fiscais foram levantadas no sítio eletrônico do CONFAZ do MF.
Todos os dados foram coletados considerando todos os Estados brasileiros, de 2015 a 2021, para considerar o início da cobertura de procedimentos de PET/CT. Os dados foram gravados e analisados em planilhas de software comercial (Microsoft Excel).
Resultados
De acordo com o banco de dados da CNEN, em dezembro de 2021, havia 2 estabelecimentos públicos com instalações cíclotron e apenas 3 empresas privadas que agrupam os outros 9 estabelecimentos produtores. A Figura1 mostra a existência de 4 farmácias centralizadas, que comercializam doses unitárias de radiofármacos diversos. Existiam 449 serviços de MN convencional e 159 instalações com PET no país. Enquanto 55,2% das instalações de MN convencionais e 52,8% das instalações de PET estão localizadas na região Sudeste, apenas 4,9 e 4,4%, respectivamente, estão localizadas na região Norte. Por outro lado, de acordo com o banco de dados do CNES, havia 614 instalações com gama-câmaras e 102, com PET no Brasil. Além disso, a pesquisa apontou 462 instalações de MN in vivo no total, 145 instalações de MN in vitro e 53 MN classificadas como “telemedicina”. O número de instalações autorizadas, serviços de MN convencional e PET, por Região é apresentado na Figura 1.
Figura 1
A Figura 2 mostra o total de equipamentos de imagem (gama-câmara e PET/CT) em uso e as estimativas de equipamentos em uso no SUS por milhão de habitantes nos cenários 1 e 2 descritos anteriormente. Nota-se redução na quantidade de gama-câmaras por milhão de habitantes em uso especialmente a partir de 2019. Entretanto, as estimativas do número de gama-câmaras em uso no SUS oscilaram em torno de 37,5% e de 47,6% entre 2015 e 2018, nos cenários 1 e 2 respectivamente, e em torno de 39,6% e de 52% entre 2019 e 2021. Por outro lado, houve aumento contínuo no número de equipamentos PET em uso por milhão de habitantes, embora esse aumento não tenha sido observado de maneira proporcional no SUS. Os equipamentos de PET em uso no SUS correspondiam a 59,5% do total em uso em 2015 nos dois cenários estimados, mas ao longo dos anos esse valor foi reduzindo e, em 2021, chegou a 49,1%, no cenário 1, ou 52,8%, no cenário 2.
Figura 2
Segundo a base de dados do SIGTAP, 54 procedimentos diagnósticos de MN são reembolsados pelo componente federal do SUS, incluindo imagens dos sistemas cardiovascular, digestivo, endócrino, genitourinário, esquelético, nervoso, respiratório, hematológico e outras como a dacriocintilografia. Atualmente, a radioiodoterapia para carcinoma diferenciado de tireoide é reembolsada pelo SUS, com valores de ressarcimento que dependem da atividade radioativa administrada e que variam de 1,11 GBq (30 mCi) a 1,85 GBq (50 mCi) (procedimentos ambulatoriais) e de de 3,70 GBq (100 mCi) a 9,25 GBq (250 mCi) (procedimentos hospitalares). Há ainda tratamentos paliativos de dor óssea e hipertireoidismo. Os procedimentos de imagem PET/CT foram incorporados ao SUS em 2014 para três indicações com o uso do radiofármaco [18F]FDG24: estadiamento clínico do câncer de pulmão de células não pequenas, detecção de metástases hepáticas e potencialmente ressecáveis de câncer colorretal e estadiamento e avaliação da resposta ao tratamento de linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin.
A evolução da quantidade total de procedimentos diagnósticos e terapêuticos reembolsados pelo componente federal do SUS por milhão de habitantes no período avaliado é mostrada na Figura 3. Nota-se que as regiões Sul e Sudeste tiveram pouca variação na quantidade de procedimentos diagnósticos aprovados em MN convencional, mesmo na fase pandêmica, diferente das outras regiões, que tiveram redução perceptível. Os principais procedimentos diagnósticos em MN continuam sendo a varredura óssea, seguida pela cintilografia miocárdica de stress e repouso, sem grande variação em todo o período em todas as regiões do país. Estes três procedimentos somam entre 80,1% a 85,2% do total de procedimentos nos Estados. O diagnóstico com PET conservou a tendência de crescimento mesmo com variação entre 2019 e 2021, exceto na região Norte. O número de procedimentos aprovados por equipamento no SUS nos cenários 1 e 2 oscilou em torno de 5,3 e de 4,1 respectivamente para MN convencional e de 2,0 e de 1,9 para PET.
Quanto à quantidade aprovada de procedimentos terapêuticos, a região Sul se sobressai entre todas as outras regiões, embora este número tenha mostrado tendência de queda ao longo dos anos.
Figura 3
A lista de radiofármacos e equipamentos com autorização para comercialização no Brasil é mostrada na Tabela 1. São sete radiofármacos para PET. Somente uma empresa privada comercializa produtos liofilizados para marcação com 99mTc. Não há registro de gama-câmara nem PET/CT de produção nacional. Foram encontrados 12 registros de grupos de equipamentos de MN convencional com 24 modelos diferentes (dois portáteis, sete dedicados à cardiologia, oito SPECT e sete SPECT/CT ) e cinco fabricantes em diferentes países: Espanha (um registro), Dinamarca (dois registros), Israel (sete registros, dos quais dois são compartilhados com a China) e EUA (dois registros). Foram encontrados oito registros de equipamentos PET/CT originados de 16 modelos diferentes e seis fabricantes. Os países fabricantes são: China (três registros), EUA (três registros), Japão (um registro) e Holanda (um registro), evidenciando a alta dependência tecnológica. Também existem dois registros para o equipamento híbrido PET/MR, fabricados nos EUA e Alemanha e um registro de PET dedicado à mamografia, fabricado na Espanha.
Tabela 1
Outros dispositivos compõem o cenário da MN. O ativímetro é fundamental para a acurácia diagnóstica e eficácia terapêutica, além de contribuir para a radioproteção de pacientes e trabalhadores. Mas existe somente um registro com três modelos fabricados nos EUA. Há também quatro registros de sistemas para inalação com material radioativo com três modelos e uma blindagem, fabricados na Austrália e no Brasil. São usados para um procedimento específico de cintilografia de pulmão por inalação. Por fim, são quatro registros de sondas gama usadas para cirurgias radioguiadas (especialmente de câncer de mama), produzidos na França, Alemanha e Argentina.
O uso de detetores de radiação (equipamentos de imagem, ativímetros, monitores de radiação e sondas gama) exige aferição e calibração constantes com fontes radioativas de diferentes energias. Existem dez registros de fontes de calibração de ativímetros fabricadas nos EUA e na Turquia.
Situação fiscal e balança comercial
As mudanças fiscais decorrentes de alterações de tributos federais (IPI, PIS e COFINS) e desoneração de impostos estaduais (ICMS) não contemplaram os equipamentos usados na área. Os medicamentos radiofármacos, em especial, o gerador de 99mTc, agentes radioativos marcados com 131I, com 18F (por exemplo, [18F]FDG, [18F]PSMA, [18F]NaF), com 68Ga ( [68Ga]Ga-DOTA, [68Ga]Ga-PSMA), com 177Lu ([177Lu]Lu-PSMA, [177Lu]Lu-DOTA), 223Ra e 225Ac não são tributados pelo IPI e nem por ICMS. Já sobre o equipamento de PET e a Gama-câmara incidem 1,3% de IPI e o ICMS varia de acordo com o Estado. PIS e COFINS são os mesmos para todos os produtos: 2,10% e 9,65%, respectivamente.
Quanto à TEC, foram observadas diferenças nas taxas dos produtos, próximas ao mínimo para agentes radioativos (2%) e próximas ao máximo para o gerador de 99mTc (10%).
Os valores das NCMs de produtos de medicina nuclear, de 2015 a 2021, em dólares, foram atualizados pelo Índice CPI/EUA25. O saldo da balança comercial é deficitário em cerca de U$30 milhões por ano (Figura 4) e corresponde a cerca de 0,20% do déficit da balança comercial do Complexo Econômico Industrial da Saúde (CEIS), atualmente próximo a U$ 15 bilhões/ano26. O gerador de 99mTc representa cerca de 50% do déficit, seguido pelos agentes radioativos com cerca de 30%. Entre 2015 e 2016, logo após a aprovação do procedimento pela CONITEC, o déficit devido ao equipamento de PET/CT superou o de compostos radioativos, respondendo por cerca de 40% no período.
Figura 4
Discussão
Desde 2006, a legislação brasileira permite que entidades privadas produzam e comercializem radiofármacos com T1/2<2h em território brasileiro. Essa flexibilização permitiu o crescimento do número de cíclotrons no país27. No entanto, esse aumento não ocorreu de forma equânime, permanecendo as regiões Centro - Oeste (exceto o DF) e Norte sem aceleradores. Já a existência de radiofarmácias centralizadas pode ser uma solução para reduzir a complexidade da área, uma vez que o estabelecimento responsável pela obtenção das imagens não seria obrigado a manter um laboratório de manipulação de material radioativo. Entretanto, este trabalho não avaliou a possível relação com a redução de custos que essa realidade traria, especialmente no SUS.
A consulta às bases de dados da CNEN e da CNES sobre instalações de MN e PET no Brasil reafirmam as discrepâncias entre os números reportados em cada uma dessas bases já apontadas em 2015 por Pozzo et al28. É possível que algumas instalações radioativas estejam erroneamente cadastradas no CNES como instalações de MN. Desta forma, sugere-se a criação de uma base de dados única que integre informações sanitárias e radiológicas para facilitar o processo burocrático de otenção e acompanhamento de licenças e autorizações e agilizar o processo de aquisição de material.
Outro aspecto revelado nesta consulta foi a distribuição geográfica desigual das instalações MN e PET autorizadas no território brasileiro. Apesar da maior concentração estar ligada ao maior adensamento populacional, ainda há regiões com pouco acesso à MN sem acesso a PET. Toscas et al29 e Hanna et al30 discutem no âmbito do plano de expansão da radioterapia30,31 que os altos custos associados ao equipamento PET e sua manutenção, transporte e instalação representam obstáculos para a expansão da área. Essa conclusão pode ser facilmente generalizada para todos os equipamentos de imagem de medicina nuclear, pois são equipamentos de alto grau tecnológico e alto custo. Em 2020 foram encontradas apenas três aprovações de projetos para aquisição de equipamentos PET/CT financiados pelo SUS29.
Entretanto, o número de equipamentos por milhão de habitantes é mais esclarecedor, uma vez que uma instalação pode ter mais de um equipamento. Os valores reportados pelo CNES relativos aos números total de equipamentos em uso para o período estudado (3,50 gama-câmaras/milhão de habitantes e 0,54 PET/milhão de habitantes, em 2020, por exemplo) estão abaixo dos valores obtidos por Orellana et al. para os EUA (45,2 e 7,3, respectivamente, em 2020) e países da Europa (onde esta relação varia de 6,7 a 16,0 e de 0,1 a 8,0, respectivamente)2. Os valores também estão abaixo das médias apresentadas no Atlas global de equipamentos médicos da Organização Mundial da Saúde (48,4 gama-câmara ou outros equipamentos de MN/milhão de habitantes e 5,4 PET/milhão de habitantes) para os EUA em 202232. Para o equipamento PET/CT, A Secretaria de Atenção à Saúde do MS33 estabelece o critério de um equipamento de PET/CT por 1,5 milhão de habitantes a uma distância que permita o acesso ao radiofármaco (no máximo, duas horas) para aquisição e gestão dessa tecnologia. Já a publicação da IAEA34 indica 1 equipamento por milhão de habitantes em uma aproximação inicial; num contexto mais desenvolvido, considera alcançar de 2,0 a 2,5 equipamentos por milhão de habitantes. Entretanto, não há nenhuma consideração para gama-câmaras nos dois documentos. Embora os números apresentados neste trabalho possam estar subdimensionados, uma vez que a inserção da informação sobre o tipo e a quantidade de equipamentos nesta base não é compulsória, percebe-se um cenário propício para a ampliação da infraestrutura relacionada à MN. Ciabattari e Menezes avaliaram a distribuição dos equipamentos de PET/CT no território brasileiro em 2020, levando em consideração o número de indivíduos potencialmente atendidos por esses equipamentos a uma distância máxima de 100 km35. Seriam necessários 385 equipamentos adicionais (148 em locais que já possuem PET/CT e 237 em locais que não possuem nenhum equipamento) para atingir a média recomendada por Paez et al. de 500 mil habitantes por equipamento36. Um ponto importante a se considerar é que equipamentos de SPECT e SPECT/CT e, por outro lado, de PET, PET/CT e PET/MR são bastante diferentes quanto às necessidades de infraestrutura, manutenções e de treinamento de pessoal especializado. Como consequência, apresentam eficácia e efetividade clínica diferentes para cada procedimento adotado5,6. No âmbito da CNEN ou ANVISA, essas consequências não são consideradas, sendo a CONITEC a responsável pela sua análise para fins de incorporação das tecnologias mais custo-efetivas.
No presente trabalho, chama a atenção a redução do número total de gama-câmaras e aumento do de equipamentos PET em uso no Brasil de 2015 a 2021. Não é possível obter o número real de quipamentos disponibilizados ao SUS pois essa informação não é requerida aos estabelecimentos de saúde. Ainda assim, pode-se afirmar que o percentual estimado de gama-câmaras em uso no SUS no período estudado se manteve, enquanto que o de equipamentos de PET teve redução de aproximadamente 10%, sendo que a quantidade de procedimentos por equipamento se manteve estável. Esse resultado é corroborado pelo fato de que o número total de procedimentos de MN contratados pelo SUS também sofreu queda nesse período, enquanto que o de PET aumentou. Ou seja, estes resultados sugerem que o tempo de equipamento dedicado a procedimentos ressarcidos pelo SUS se manteve.
Dos procedimentos diagnósticos em MN, em torno de 80% correspondem às cintilografias miocárdicas em stress e repouso e à varredura óssea. Este resultado pode ser entendido considerando-se que, no Brasil, as doenças cardiovasculares e o câncer são duas das principais causas de morte não violenta37. Ressalta-se que o estudo regionalizado e estratificado por procedimento não foi objeto deste trabalho, mas seria importante para maior compreensão das tendências e necessidades.
Já a quantidade de procedimentos de PET ressarcidos pelo SUS em nivel federal vem crescendo desde sua aprovação pela CONITEC, mesmo durante a pandemia de COVID-19. Portanto, para as indicações aceitas para reembolso pela União, este aumento pode ser um bom indicador de que os objetivos da Lei no 13896/ 201938 , estejam sendo alcançados para esses casos, ao menos nos locais com acesso à tecnologia. Entretanto, é necessário também investigar se o aumento de diagnósticos proporcionado pelo PET tem resultado em maior acesso a tratamento, no prazo de 60 dias, preconizado pela Lei no 12732/ 201239.
Segundo o SIGTAP, os procedimentos terapêuticos não se limitam à iodoterapia. Quanto à quantidade aprovada de procedimentos terapêuticos, a região Sul se sobressai entre todas as outras regiões. Com base nos dados40 sobre incidência de câncer de tireóide nas diferentes regiões brasileiras, pode-se inferir que um grande número de casos ambulatoriais (dor óssea ou condições benignas como hipertireoidismo) estão sendo tratados nessa região. Seria importante avaliar a distribuição de cada procedimento terapêutico para maior entendimento do cuidado ofertado à população de acordo com suas necessidades.
Praticamente todos os equipamentos e insumos utilizados na MN são importados, resultando num déficit de aproximadamente U$30 milhões ao ano na balança comercial do CEIS. É importante notar que esse resultado foi obtido antes da alteração da Constituição Federal que autorizou a produção e comercialização de Radiofármacos para a iniciativa privada em 20228. Até essa data, o IPEN CNEN-SP era o principal fornecedor destes insumos, com facilidades tributárias de importação por ser um órgão público e preços estabelecidos pela CNEN. A maior parte dos radiofármacos para MN convencional deixou de ser ofertada pelas instituições públicas e hoje é comercializada por um número pequeno de empresas privadas que praticam a livre negociação e têm isenção de vários impostos como mostrado aqui, o que impacta no repasse aos municípios (IPI) e na seguridade social (PIS e COFINS).
Com a falta de reposição de pessoal e entraves associados à gestão pública de um centro de produção de radiofármacos ligado à agenda de ciência e tecnologia, o principal ente estatal, responsável pelo abastecimento de insumos para a área de MN vem perdendo sua capacidade de pesquisa, desenvolvimento e produção de maneira vertiginosa41. Em 2021, diante da possibilidade de desabastecimento devido à inexistência de alocação de recursos do governo federal ao IPEN CNEN-SP, a ANVISA permitiu, em regime excepcional, a importação de radiofármacos sem o devido registro por órgãos e entidades públicas e por pessoas jurídicas de direito privado, incluindo os estabelecimentos e serviços de saúde42. Esta resolução foi sendo anualmente prorrogada e hoje vale até 31 de março de 202443. Diante desse cenário, é provável que o déficit da balança comercial cresça nos próximos anos. Por outro lado, o projeto de construção do Reator Multipropósito Brasileiro pretende extinguir a dependência externa de insumos radioativos para MN e radioterapia, mas não deve ocorrer antes de 5 anos, mesmo com sua inclusão no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)44 em 2023.
Os equipamentos de imagem são comercializados por empresas estrangeiras com representação no país. Ainda que a comercialização de equipamentos usados e recondicionados já seja regulamentada45, para aumentar o parque tecnológico, a redução de possíveis vazios assistenciais aliada ao desenvolvimento tecnológico e produtivo poderia ocorrer adaptando o plano de expansão da radioterapia (PER-SUS)25. Este plano licitou a compra de 80 aceleradores de partículas novos em 2012, mas exigiu um acordo de compensação tecnológica para redução das vulnerabilidades contemplando transferência de tecnologia, desenvolvimento de fornecedores locais, instalação de unidade fabril e centro de treinamento.
Conclusão
A MN é uma área multidisciplinar, de alta complexidade, regulada de diferentes formas pelo Estado brasileiro. Este trabalho mostra a necessidade, presente desde o início do período estudado, de se reunir os dados administrativos ligados ao cumprimento das leis e normas dos estabelecimentos radiativos e de saúde em um banco de dados integrado.
A oferta de novos radiofármacos para PET aumentou a partir da Emenda Constitucional Nº 49/2006. Mas isso só se traduziu em maior acesso da população pelo SUS a partir da incorporação desse procedimento à Tabela Unificada em 2014 em que é usado o radiofármaco [18F]FDG. Nenhum dos outros seis radiofármacos disponíveis para PET é usado de maneira rotineira no SUS, o que sugere a necessidade de estudos de ATS para decisão de incorporação. Os Estabelecimentos que disponibilizam equipamentos PET ao SUS reservam ao mesmo uma parte pequena do tempo de uso, o que pode ser inferido pelo baixo número de procedimentos aprovados por equipamento estimado neste trabalho.
O parque tecnológico se manteve com aproximadamente metade dos equipamentos disponibilizados ao SUS. O número de equipamentos de imagem disponíveis ao SUS por milhão de habitantes é baixo, o que pode resultar em desigualdade de acesso a tecnologias de MN. A alta complexidade para a implementação e gestão de gama câmaras e PET/CT exige estratégias robustas de difusão para que a oferta no SUS ocorra em condições de equidade. A adoção e publicação de critérios técnicos e parâmetros assistenciais para oferta no SUS de gama câmaras, como ocorre com PET/CT, pode contribuir no uso racional dessas tecnologias.
Os procedimentos da MN reembolsados pelo componente federal do SUS continuam sendo os mesmos, inclusive com a descrição de radiofármacos usados e protocolos defasados, o que indica necessidade de revisão de indicação de incorporação.
A necessidade de expandir o acesso aos procedimentos de MN, o grande deficit da balança comercial mantido ao longo do período estudado, com possibilidade de aumento com a saída do produtor público de radiofármacos, aliada à grande dependência tecnológica indicam a urgência de se estabelecer uma força tarefa para avaliação do papel da MN no contexto específico da saúde pública.
Agradecimentos
A Bernardo Bahia Cesário e demais colegas da Coordenação de Ações Prospectivas da Presidência / Grupo de Inovação em Saúde CP-GIS/Fiocruz nos dados da balança comercial. Também à Niege Tavares Ucha Rodrigues, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias do MS, pela revisão, comentários e contribuição nos temas de situação fiscal.
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Nuclear Medicine in Brazilian Health System
Resumo (abstract):
Nuclear Medicine plays an important role in the management of patients with chronic diseases, especially oncological and cardiovascular conditions. In this study, an analysis of the evolution of this field in Brazil was conducted within the framework of the Unified Health System. Retrospective analyses2015 to 2021 of public data were performed. Although Brazil has a considerable number of NM facilities, their geographical distribution is uneven. The same disparity is observed in relation to units that produce and distribute radiopharmaceuticals, limiting access for the Brazilian population, particularly to those with a half-life of less than two hours. There is a noticeable high technological dependence on foreign sources, with little or no domestic production, contributing to a deficit in the trade balance. Despite the increasing demands due to factors such as population aging and epidemiological changes, the area did not expand. It is crucial to implement social and economic policies to reduce vulnerabilities in the public healthcare system, ensure its sustainability, and promote equal and universal access to Nuclear Medicine.
A Medicina Nuclear no Sistema Único de Saúde
Nuclear Medicine in Brazilian Health System
Lorena Pozzo
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares,
Comissão Nacional de Energia Nuclear, São Paulo (SP)
lorena.pozzo@ipen.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3850-5819
Mércia Liane de Oliveira
Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste. Recife (PE).
mercialoliveira@gmail.com , mercia.oliveira@cetene.gov.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6410-4157
Mário Olímpio de Menezes
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares,
Comissão Nacional de Energia Nuclear, São Paulo (SP)
mario@ipen.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0263-3541
Fotini Santos Toscas
Instituto de Saúde, São Paulo (SP)
fotini.toscas@isaude.sp.gov.br
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-6447-2045
Resumo
A Medicina Nuclear desempenha um importante papel no manejo de pacientes com doenças crônicas, especialmente oncológicas e cardiovasculares. Neste estudo, foi realizada uma análise da evolução da área no Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde. Para tanto, foram realizadas análises restrospectivas entre 2015 e 2021 de dados públicos. Embora o Brasil possua uma quantidade considerável de instalações, sua distribuição geográfica é desigual. A mesma disparidade é observada em relação às unidades produtoras e distribuidoras de radiofármacos, limitando o acesso da população brasileira, particularmente àqueles com meia-vida inferior a duas horas. Percebe-se a alta dependência tecnológica de empresas estrangeiras, com pouca ou nenhuma produção nacional, o que contribui para o déficit na balança comercial. Apesar das possíveis demandas crescentes sobre a área devido a fatores como o envelhecimento da população e mudanças epidemiológicas a área não se expandiu. É crucial implementar políticas sociais e econômicas voltadas à área para reduzir as vulnerabilidades do sistema de saúde, assegurar sua sustentabilidade e promover um acesso igualitário e universal aos serviços de Medicina Nuclear.
Palavras chave: Medicina Nuclear; Diagnóstico por Imagem; Compostos Radiofarmacêuticos; Tomografia por Emissão de Pósitrons combinada à Tomografia Computadorizada; Cintilografia
Abstract
Nuclear Medicine plays an important role in the management of patients with chronic diseases, especially oncological and cardiovascular conditions. In this study, an analysis of the evolution of this field in Brazil was conducted within the framework of the Unified Health System. Retrospective analyses from 2015 to 2021 of public data were performed. Although Brazil has a considerable number of facilities, their geographical distribution is uneven. The same disparity is observed in relation to units that produce and distribute radiopharmaceuticals, limiting access for the Brazilian population, particularly to those with a half-life of less than two hours. There is a noticeable high technological dependence on foreign companies, with little or no domestic production, contributing to a deficit in the trade balance. Despite the increasing demands due to factors such as population aging and epidemiological changes, the area did not expand. It is crucial to implement social and economic policies to reduce vulnerabilities in the public healthcare system, ensure its sustainability, and promote equal and universal access to Nuclear Medicine.
Keywords: Nuclear Medicine; Diagnostic Imaging; Radiopharmaceuticals; Positron Emission Tomography Computed Tomography; Radionuclide Imaging
Introduction
Nuclear medicine (NM) has developed rapidly in the last two decades considering the number of installed imaging equipment, available radiopharmaceuticals and qualified human resources. The introduction of new radionuclides (especially positron emitters) and the strengthening of theranostic medicine are some of the factors that boosted this medical specialty1. Actions by the International Atomic Energy Agency (IAEA), through the Regional Cooperation Agreement for the Promotion of Nuclear Science and Technology in Latin America and the Caribbean (ARCAL) and others were fundamental to the development of the region. According to Orellana et al., in Brazil, the number of installed gamma cameras almost quadrupled between 2014 and 20202. This growth did not occur homogeneously in all countries, due to insufficient human resources and limited availability of radiopharmaceuticals. These can be grouped into two groups, based on their half-lives: greater than 2h and less than 2h. Those in the first group (T1/2 > 2h) can be gamma or particle emitters and are used in NM for diagnostic and therapeutic purposes, respectively; The radiation emitted by radiopharmaceuticals is captured using gamma cameras, mainly in the modality known as single photon emission tomography (SPECT). The equipment to obtain these images can be coupled to a computerized tomography (SPECT/CT)3. Images are predominantly obtained using radiopharmaceuticals labeled with technetium-99m (99mTc), but thallium-204 (204Tl), iodine-131 (131I) and gallium-67 (67Ga) are also used to acquire physiological information from the brain, lung, heart and bones, for example3. Sometimes this area is called the conventional NM. Therapeutic radionuclides include 131I, samarium-153 (153Sm), radium-223 (223Ra), actinium-225 (225Ac), yttrium-90 (90Y), and lutetium-177 (177Lu). They are obtained by activation of neutrons or nuclear fission in nuclear reactors or, to a lesser extent, in cyclotrons4. Those with a half-life of less than 2h (T1/2 < 2h) are positron emitters and the detection of their distribution leads to positron emission tomography (PET). This equipment can also be associated with CT (PET/CT) or magnetic resonance imaging (PET/MR)5,6. The radiopharmaceuticals most used worldwide are those radiolabeled with fluor-18 (18F), especially deoxyglucose ([18F]FDG). They are produced in cyclotrons, delivered ready for use or via radionuclide generators for local marking. Currently, Brazilian legislation allows the production and commercialization of radiopharmaceuticals in the country by the private sector 7,8.
The Brazilian population\'s access to NM services is directly related to the availability of these services in public health establishments within the scope of the Unified Health System (SUS) and to the contracting of services from the private sector. NM is regulated by the Ministry of Health (MS), from a health point of view, and by the Ministry of Science, Technology and Innovation (MCTI), through the National Nuclear Energy Commission (CNEN), from a radiological protection point of view.
The Department of Information and IT of the Unified Health System (DATASUS) maintains various administrative, health and economic information, essential to the processes of planning, operation and control of the SUS. Secondary and administrative data are continuously recorded in different databases, such as the Ambulatory Information System (SIA), the Hospital Information System (SIH), the SUS Procedures, Medications and OPM Table Management System (SIGTAP), or the National Registry of Health Establishments (CNES). This data is collected by the State Health Departments.
Clinical, diagnostic and therapeutic procedures can be reimbursed by the federal component of the SUS after approval by the Secretary of Science, Technology, Innovation and Health Complex (SECTICS/MS) based on extensive discussion and analysis carried out, on demand, by the National Commission for the Incorporation of SUS Technologies (CONITEC)9. This must contain Health Technology Assessment (ATS) documentation with a description of the new technology and scientific evidence comparing it with the existing technology (already incorporated by the SUS), economic evaluation and budge impact. One of the fundamental requirements for technologies to be evaluated at CONITEC is that the health products used are registered with the National Health Surveillance Agency (ANVISA), that they are not considered experimental and have the price fixed by the Medicines Market Regulation Chamber (CMED), in the case of medicines10.
ANVISA maintains databases of health products with commercial and use authorizations. The regulations for radiopharmaceuticals are continually being updated to consider new production possibilities, such as in-house mode and commercialization by notification (without definitive registration with the Agency). After marketing authorization, the medicine industry must request an analysis to be carried out by CMED, which establishes the maximum price that can be charged. Since radiopharmaceuticals are considered medicines by ANVISA regulations, their prices should also be analyzed by CMED.
CNEN also maintains public databases with information on establishments, permitted inputs (type and quantity) and authorized personnel for the use of ionizing radiation in healthcare.
The Ministry of Finance (MF) and the Ministry of Development, Industry, Commerce and Services (MDIC) also play an important role in the maintenance and possible expansion of this area in the country through the activities of the National Council for Financial Policy (CONFAZ) and the Chamber of Foreign Trade (CAMEX), since a significant part of the inputs is imported.
In 2021, CONFAZ published ICMS Agreement No. 131 authorizing state governments to grant exemption from the Tax on Circulation of Goods and Services (ICMS) in operations with radioactive medicines used exclusively for radiolabeling for nuclear medicine procedures, carried out within the scope of SUS11 which came into effect on January 1, 2023. As a member state of the Southern Common Market (MERCOSUR), Brazil adopts the MERCOSUR Common Nomenclature (NCM) and the MERCOSUR Common External Tariff (TEC)12. This is an import tariff charged by the bloc\'s countries on imports from external countries to stimulate the competitiveness of States Parties and its tariff levels should help avoid the formation of oligopolies or market reserves. As a general rule, Brazil adopts the TEC for all NCM codes, but there are exceptional instruments and rules. In the case of products subject to specific shortage episodes, Brazil does not apply the TEC.
The objective of this work is to analyze the evolution of the NM area from 2015 to 2021 from the perspective of the SUS, considering Brazilian public databases, the tariff situation and the trade balance.
Materials and Methods
The methodological approach adopted is exploratory research with a search for data in the main public databases related to NM in the SUS. This is a retrospective, descriptive study. Studies with this design are exempt from analysis by research ethics committees because secondary databases were used, without identifying individuals13.
Searches were carried out in public databases to obtain information on: i) Panorama of NM and ii) Fiscal situation and trade balance.
To collect data on the NM panorama, data searches were carried out on authorized facilities (cyclotrons, centralized radiopharmacies and NM services); radiopharmaceuticals approved for use in humans; equipment; diagnostic and therapeutic procedures performed,approved and their geographic distribution; and costs and reimbursements from the federal component of the SUS. The databases consulted with their respective data provided were:
- CNES/MS14: Number and location of healthcare facilities that perform conventional NM and PET procedures; Total number of equipment in use (gamma cameras and PET tomographs); The total number of equipment in use in the SUS was estimated considering two scenarios: (1) only one piece of equipment per establishment and (2) all equipment per establishment that offers services to the SUS.
- SIA and SIH/MS15,16: Number of diagnostic and therapeutic procedures approved per year and per region;
- SIGTAP/MS17: Authorized procedures for diagnosis and therapy;
- ANVISA/MS18,19: Registered radiopharmaceuticals and those marketed by notification; Registration and marketing authorization for medical devices;
- CNEN/MCTI20: Number and location of radioactive installations with cyclotrons, centralized radiopharmacies and NM services;
- IBGE21: Population by year and state in Brazil.
To survey the trade balance, a search was carried out in the Brazilian foreign trade statistics database “COMEX STAT” from the MDIC, with detailed consultations on Brazilian imports and exports22. The tax changes were raised on the MF\'s CONFAZ website.
All data was collected considering all Brazilian States, from 2015 to 2021, to consider the beginning of coverage of PET/CT procedures. Data were recorded and analyzed in commercial software spreadsheets (Microsoft Excel).
Results
According to the CNEN database, in December 2021, there were 2 public establishments with cyclotron installations in the Southeast region and only 3 private companies that group the other 9 producing establishments. Figure 1 shows the existence of 4 centralized pharmacies, which sell unit doses of various radiopharmaceuticals. There were 449 conventional NM services and 159 PET facilities in the country. While 55.2% of conventional NM facilities and 52.8% of PET facilities are located in the Southeast region, only 4.9 and 4.4%, respectively, are located in the North region. On the other hand, according to the CNES database, there were 614 facilities with gamma cameras and 102 with PET in Brazil. In addition, the survey identified 462 in vivo NM facilities in total, 145 in vitro NM facilities and 53 NM classified as “telemedicine”. The number of authorized facilities, conventional NM and PET services, by Region is shown in Figure 1.
Figure 2 shows the total number of imaging equipment (gamma camera and PET/CT) in use and the estimates of equipment in use in the SUS per million inhabitants in scenarios 1 and 2 described previously. A reduction in the number of gamma cameras per million inhabitants in use has been noted, especially since 2019. However, estimates of the number of gamma cameras in use in the SUS fluctuated around 37.5% and 47.6% between 2015 and 2018, in scenarios 1 and 2 respectively, and around 39.6% and 52% between 2019 and 2021. On the other hand, there was a continuous increase in the number of PET equipment in use per million inhabitants, although this increase has not been observed proportionally in the SUS. The PET equipment in use in the SUS corresponded to 59.5% of the total in use in 2015 in the two estimated scenarios, but over the years this value was reduced and, in 2021, it reached 49.1%, in scenario 1, or 52.8%, in scenario 2.
Figure 2
According to the SIGTAP database, 54 MN diagnostic procedures are reimbursed by the federal component of the SUS, including images of the cardiovascular, digestive, endocrine, genitourinary, skeletal, nervous, respiratory, hematological systems and others such as dacryoscintigraphy. Currently, radioiodine therapy for differentiated thyroid carcinoma is reimbursed by the SUS, with reimbursement amounts depending on the radioactive activity administered and ranging from 1.11 GBq (30 mCi) to 1.85 GBq (50 mCi) (outpatient procedures) and from 3.70 GBq (100 mCi) to 9.25 GBq (250 mCi) (hospital procedures). There are also palliative treatments for bone pain and hyperthyroidism. PET/CT imaging procedures were incorporated into the SUS in 2014 for three indications using the radiopharmaceutical [18F]FDG24: clinical staging of non-small cell lung cancer, detection of liver metastases and potentially resectable colorectal cancer and staging and evaluation of response to treatment of Hodgkin and non-Hodgkin lymphomas.
The evolution of the total number of diagnostic and therapeutic procedures reimbursed by the federal component of the SUS per million inhabitants in the period evaluated is shown in Figure 3. It is noted that the South and Southeast regions had little variation in the number of diagnostic procedures approved in conventional NM, even during the pandemic phase, unlike other regions, which had a noticeable reduction. The main diagnostic procedures in NM continue to be bone scan, followed by stress and rest myocardial scintigraphy, with no major variation throughout the period in all regions of the country. These three procedures account for between 80.1% and 85.2% of the total number of procedures in the States. Diagnosis with PET maintained its growth trend despite variations between 2019 and 2021, except in the North region. The number of procedures approved per equipment in the SUS in scenarios 1 and 2 fluctuated around 5.3 and 4.1 respectively for conventional NM and 2.0 and 1.9 for PET.
Regarding the approved number of therapeutic procedures, the South region stands out among all other regions, although this number has shown a downward trend over the years.
Figure 3
The list of radiopharmaceuticals and equipment authorized for sale in Brazil is shown in Table 1. There are seven radiopharmaceuticals for PET. Only one private company sells freeze-dried products marked with 99mTc. There is no record of nationally produced gamma cameras or PET/CT. 12 records of groups of conventional NM equipment were found with 24 different models (two portable, seven dedicated to cardiology, eight SPECT and seven SPECT/CT) and five manufacturers in different countries: Spain (one record), Denmark (two records), Israel (seven records, of which two are shared with China) and USA (two records). Eight records of PET/CT equipment originating from 16 different models and six manufacturers were found. The manufacturing countries are: China (three registrations), USA (three registrations), Japan (one registration) and the Netherlands (one registration), highlighting the high technological dependence. There are also two registrations for hybrid PET/MR equipment, manufactured in the USA and Germany, and a PET registration dedicated to mammography, manufactured in Spain.
Table 1
Other devices make up the NM scenario. The activimeter is essential for diagnostic accuracy and therapeutic efficacy, in addition to contributing to the radioprotection of patients and workers. But there is only one record with three models manufactured in the USA. There are also four records of systems for inhalation with radioactive material with three models and a shield, manufactured in Australia and Brazil. They are used for a specific inhalation lung scintigraphy procedure. Finally, there are four records of gamma probes used for radio-guided surgeries (especially for breast cancer), produced in France, Germany and Argentina.
The use of radiation detectors (imaging equipment, activimeter, radiation monitors and gamma probes) requires constant measurement and calibration with radioactive sources of different energies. There are ten records of activimeter calibration sources manufactured in the USA and Turkey.
Fiscal situation and trade balance
The tax changes resulting from changes in federal taxes (IPI, PIS and COFINS) and relief from state taxes (ICMS) did not include equipment used in the area. Radiopharmaceuticals, in particular, the 99mTc generator, radioactive agents labeled with 131I, with 18F (for example, [18F]FDG, [18F]PSMA, [18F]NaF), with 68Ga ([68Ga]Ga-DOTA, [68Ga]Ga-PSMA), with 177Lu ([177Lu]Lu-PSMA, [177Lu]Lu-DOTA), 223Ra and 225Ac are not taxed by IPI or ICMS. PET equipment and Gama-camara are subject to 1.3% IPI and ICMS varies according to the State. PIS and COFINS are the same for all products: 2.10% and 9.65%, respectively.
Regarding TEC, differences were observed in product rates, close to the minimum for radioactive agents (2%) and close to the maximum for the 99mTc generator (10%).
The NCM values of nuclear medicine products, from 2015 to 2021, in dollars, were updated using the CPI/USA25 Index. The trade balance deficit is around US$30 million per year (Figure 4) and corresponds to around 0.20% of the trade balance deficit of the Health Industrial Economic Complex (CEIS), currently close to US$15 billion/year26. The 99mTc generator represents around 50% of the deficit, followed by radioactive agents with around 30%. Between 2015 and 2016, shortly after the procedure was approved by CONITEC, the deficit due to PET/CT equipment exceeded that of radioactive compounds, accounting for around 40% in the period.
Figure 4
Discussion
Since 2006, Brazilian legislation has allowed private entities to produce and sell radiopharmaceuticals with T1/2<2h in Brazilian territory. This flexibility allowed the number of cyclotrons in the country to grow27. However, this increase did not occur equally, with the Central-West (except the DF) and North regions remaining without accelerators. The existence of centralized radiopharmacies can be a solution to reduce the complexity of the area, since the establishment responsible for obtaining the images would not be obliged to maintain a laboratory for handling radioactive material. However, this work did not evaluate the possible relationship with the cost reduction that this reality would bring, especially in the SUS.
The consultation of the CNEN and CNES databases on NM and PET installations in Brazil reaffirms the discrepancies between the numbers reported in each of these databases already highlighted in 2015 by Pozzo et al28. It is possible that some radioactive facilities are incorrectly registered with the CNES as NM facilities. Therefore, it is suggested the creation of a single database that integrates sanitary and radiological information to facilitate the bureaucratic process of obtaining and monitoring licenses and authorizations and speed up the material acquisition process.
Another aspect revealed in this consultation was the uneven geographic distribution of NM and PET facilities authorized in Brazilian territory. Although the greater concentration is linked to greater population density, there are still regions with little access to NM and no access to PET. Toscas et al29 and Hanna et al30 discuss within the scope of the radiotherapy expansion plan30,31 that the high costs associated with PET equipment and its maintenance, transport and installation represent obstacles to the expansion of the area. This conclusion can be easily generalized to all nuclear medicine imaging equipment, as they are high-tech and high-cost equipment. In 2020, only three project approvals were found for the acquisition of PET/CT equipment financed by SUS29.
However, the number of devices per million inhabitants is more informative, since an installation can have more than one piece of equipment. The values reported by CNES relating to the total number of equipment in use for the period studied (3.50 gamma cameras/million inhabitants and 0.54 PET/million inhabitants, in 2020, for example) are below the values obtained by Orellana et al. for the USA (45.2 and 7.3, respectively, in 2020) and European countries (where this ratio varies from 6.7 to 16.0 and from 0.1 to 8.0, respectively)2. The values are also below the averages presented in the World Health Organization\'s Global Atlas of Medical Equipment (48.4 gamma-camera or other NM equipment/million inhabitants and 5.4 PET/million inhabitants) for the USA in 202232. For the PET/CT equipment, the Secretary of Health Care of the MS33 establishes the criteria of one PET/CT equipment per 1.5 million inhabitants at a distance that allows access to the radiopharmaceutical (maximum two hours) for acquisition and management of this technology. The IAEA34 publication indicates 1 equipment per million inhabitants in an initial approximation; in a more developed context, it considers reaching 2.0 to 2.5 equipment per million inhabitants. However, there is no consideration for gamma cameras in the two documents. Although the numbers presented in this work may be undersized, since the inclusion of information on the type and quantity of equipment in this database is not compulsory, a favorable scenario for expanding the infrastructure related to NM can be seen. Ciabattari and Menezes evaluated the distribution of PET/CT equipment in Brazilian territory in 2020, taking into account the number of individuals potentially served by this equipment within a maximum distance of 100 km35. 385 additional equipment would be needed (148 in places that already have PET/CT and 237 in places that do not have any equipment) to reach the average recommended by Paez et al. of 500 thousand inhabitants per equipment36. An important point to consider is that SPECT and SPECT/CT equipment and, on the other hand, PET, PET/CT and PET/MR equipment are quite different in terms of infrastructure, maintenance and training needs for specialized personnel. As a consequence, they present different efficacy and clinical effectiveness for each procedure adopted5,6. Within the scope of CNEN or ANVISA, these consequences are not considered, with CONITEC being responsible for its analysis for the purpose of incorporating the most cost-effective technologies.
In the present work, attention is drawn to the reduction in the total number of gamma cameras and the increase in the number of PET equipment in use in Brazil from 2015 to 2021. It is not possible to obtain the real number of equipment made available to the SUS as this information is not required from healthcare establishments. Even so, it can be stated that the estimated percentage of gamma cameras in use in the SUS during the studied period remained unchanged, while that of PET equipment decreased by approximately 10%, with the number of procedures per equipment remaining stable. This result is corroborated by the fact that the total number of NM procedures contracted by the SUS also fell during this period, while PET procedures increased. In other words, these results suggest that the equipment time dedicated to procedures reimbursed by the SUS was maintained.
Of the diagnostic procedures in NM, around 80% correspond to stress and rest myocardial scintigraphy and bone scan. This result can be understood considering that, in Brazil, cardiovascular diseases and cancer are two of the main causes of non-violent death37. It should be noted that the regionalized and stratified study by procedure was not the object of this work, but it would be important for a greater understanding of trends and needs.
The number of PET procedures reimbursed by the SUS at the federal level has been growing since its approval by CONITEC, even during the COVID-19 pandemic. Therefore, for indications accepted for reimbursement by the Union, this increase may be a good indicator that the objectives of Law no. 13896/201938 are being achieved for these cases, at least in places with access to technology. However, it is also necessary to investigate whether the increase in diagnoses provided by PET has resulted in greater access to treatment, within 60 days, recommended by Law no. 12732/201239.
According to SIGTAP, therapeutic procedures are not limited to iodine therapy. Regarding the approved number of therapeutic procedures, the South region stands out among all other regions. Based on data40 on the incidence of thyroid cancer in different Brazilian regions, it can be inferred that a large number of outpatient cases (bone pain or benign conditions such as hyperthyroidism) are being treated in this region. It would be important to evaluate the distribution of each therapeutic procedure to better understand the care offered to the population according to their needs.
Practically all equipment and inputs used in NM are imported, resulting in a deficit of approximately US$30 million per year in the CEIS trade balance. It is important to note that this result was obtained before the amendment of the Federal Constitution that authorized the production and commercialization of Radiopharmaceuticals for the private sector in 20228. Until that date, IPEN CNEN-SP was the main supplier of these inputs, with import tax facilities as it is a public body and prices are established by CNEN. Most radiopharmaceuticals for conventional NM are no longer offered by public institutions and are now sold by a small number of private companies that practice free negotiation and are exempt from various taxes as shown here, which impacts the transfer to municipalities (IPI) and social security (PIS and COFINS).
With the lack of personnel replacement and obstacles associated with the public management of a radiopharmaceutical production center linked to the science and technology agenda, the main state entity responsible for supplying inputs to the NM area has been losing its capacity for research, development and production at a dizzying rate41. In 2021, faced with the possibility of shortages due to the lack of allocation of resources from the federal government to IPEN CNEN-SP, ANVISA allowed, under an exceptional regime, the import of radiopharmaceuticals without due registration by public bodies and entities and by legal entities of private law, including health establishments and services42. This resolution has been extended annually and is currently valid until March 31, 202443. Given this scenario, it is likely that the trade balance deficit will increase in the coming years. On the other hand, the construction project of the Brazilian Multipurpose Reactor aims to eliminate external dependence on radioactive inputs for NM and radiotherapy, but it should not occur before 5 years, even with its inclusion in the new Growth Acceleration Program (PAC)44 in 2023.
Imaging equipment is sold by foreign companies with representation in the country. Even though the sale of used and refurbished equipment is already regulated45, to increase the technological park, the reduction of possible care gaps combined with technological and productive development could occur by adapting the radiotherapy expansion plan (PER-SUS)25. This plan called for the purchase of 80 new particle accelerators in 2012, but required a technological compensation agreement to reduce vulnerabilities, including technology transfer, development of local suppliers, installation of a manufacturing unit and training center.
Conclusion
NM is a multidisciplinary, highly complex area, regulated in different ways by the Brazilian State. This work shows the need, present since the beginning of the period studied, to gather administrative data linked to compliance with the laws and regulations of radioactive and health establishments in an integrated database.
The supply of new radiopharmaceuticals for PET increased after Constitutional Amendment No. 49/2006. But this only translated into greater access for the population through the SUS after the incorporation of this procedure into the Unified Table in 2014 in which the radiopharmaceutical [18F]FDG is used. None of the other six radiopharmaceuticals available for PET are routinely used in the SUS, which suggests the need for ATS studies to decide on incorporation. Establishments that provide PET equipment to the SUS reserve a small part of the usage time for it, which can be inferred from the low number of procedures approved per equipment estimated in this work.
The technology park maintained itself with approximately half of the equipment made available to the SUS. The number of imaging equipment available to the SUS per million inhabitants is low, which can result in unequal access to NM technologies. The high complexity of implementing and managing gamma cameras and PET/CT requires robust dissemination strategies so that the offer in the SUS occurs under equitable conditions. The adoption and publication of technical criteria and care parameters for offering gamma cameras in the SUS, as occurs with PET/CT, can contribute to the rational use of these technologies.
The NM procedures reimbursed by the federal component of the SUS remain the same, including the description of radiopharmaceuticals used and outdated protocols, which indicates the need to review the indication for incorporation.
The need to expand access to NM procedures, the large deficit in the trade balance maintained throughout the period studied, with the possibility of an increase with the exit of the public producer of radiopharmaceuticals, combined with the great technological dependence indicate the urgency of establishing a task force to evaluate the role of NM in the specific context of public health.
Acknowledgements
To Bernardo Bahia Cesário and other colleagues from the Coordination of Prospective Actions of the Presidency / Health Innovation Group CP-GIS/Fiocruz on the trade balance data. Also to Niege Tavares Ucha Rodrigues, Department of Management and Incorporation of Technologies of the MS, for the review, comments and contribution on fiscal situation issues.
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Como
Citar
Pozzo, L., Oliveira, M. L., Menezes, M. O, Toscas, F. S.. A Medicina Nuclear no Sistema Único de Saúde. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2023/nov). [Citado em 22/12/2024].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/a-medicina-nuclear-no-sistema-unico-de-saude/18979?id=18979&id=18979