0025/2015 - Alteridade da Dor nas Práticas de Saúde Coletiva: implicações para a atenção à saúde de pessoas idosas Alteridade da Dor nas Práticas de Saúde Coletiva: implicações para a atenção à saúde de pessoas idosas
• Wagner Jorge dos Santos - Santos WJ - Belo Horizonte, MG - Centro de Pesquisas René Rachou/FIOCRUZ, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - <wagnerjorge@cpqrr.fiocruz.br>
• KARLA CRISTINA GIACOMIN - Giacomin, K. C. - BELO HORIZONTE, MG - Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte - <kcgiacomin@hotmail.com>
Área Temática:
Ciências Sociais
Resumo:
A dor é vivência solipsista que acontece sem a mediação do outro no seu mal-estar enquanto o sofrimento configura uma experiência alteritária de quem sofre e dirige ao outro sua demanda. Este artigo busca compreender o significado atribuído pelos idosos da comunidade sobre sua vivência álgica a partir da abordagem conferida à dor nas práticas de saúde coletiva. A pesquisa foi desenvolvida na abordagem qualitativa de cunho antropológico e fundamentada nos pressupostos da etnografia. Foram realizadas entrevistas individuais com roteiro semiestruturado em universo de 57 idosos. A metodologia de Signos, Significados e Ações orientou a coleta e análise dos dados possibilitando a investigação das representações e comportamentos concretos associados à experiência da dor. Observou-se o sentido da vivência da dor nas práticas da saúde coletiva em relação a duas categorias analíticas associadas ao processo saúde/doença e às relações de cuidado nos serviços públicos de saúde. A vivência da dor modula o conceito de saúde/doença dos entrevistados e medeia a produção de alteridade nas práticas de saúde coletiva, configurando a necessidade de um diálogo alteritário que nem sempre se estabelece com o profissional que cuida. É fundamental que este diálogo aconteça para que seja transmutado em cuidado que alivia e conforta.
Palavras-chave:
Dor
Alteridade
Idoso
Serviços Públicos de Saúde
Abstract:
A dor é vivência solipsista que acontece sem a mediação do outro no seu mal-estar enquanto o sofrimento configura uma experiência alteritária de quem sofre e dirige ao outro sua demanda. Este artigo busca compreender o significado atribuído pelos idosos da comunidade sobre sua vivência álgica a partir da abordagem conferida à dor nas práticas de saúde coletiva. A pesquisa foi desenvolvida na abordagem qualitativa de cunho antropológico e fundamentada nos pressupostos da etnografia. Foram realizadas entrevistas individuais com roteiro semiestruturado em universo de 57 idosos. A metodologia de Signos, Significados e Ações orientou a coleta e análise dos dados possibilitando a investigação das representações e comportamentos concretos associados à experiência da dor. Observou-se o sentido da vivência da dor nas práticas da saúde coletiva em relação a duas categorias analíticas associadas ao processo saúde/doença e às relações de cuidado nos serviços públicos de saúde. A vivência da dor modula o conceito de saúde/doença dos entrevistados e medeia a produção de alteridade nas práticas de saúde coletiva, configurando a necessidade de um diálogo alteritário que nem sempre se estabelece com o profissional que cuida. É fundamental que este diálogo aconteça para que seja transmutado em cuidado que alivia e conforta.
Alteridade da Dor nas Práticas de Saúde Coletiva: implicações para a atenção à saúde de pessoas idosas
Resumo (abstract):
A dor é vivência solipsista que acontece sem a mediação do outro no seu mal-estar enquanto o sofrimento configura uma experiência alteritária de quem sofre e dirige ao outro sua demanda. Este artigo busca compreender o significado atribuído pelos idosos da comunidade sobre sua vivência álgica a partir da abordagem conferida à dor nas práticas de saúde coletiva. A pesquisa foi desenvolvida na abordagem qualitativa de cunho antropológico e fundamentada nos pressupostos da etnografia. Foram realizadas entrevistas individuais com roteiro semiestruturado em universo de 57 idosos. A metodologia de Signos, Significados e Ações orientou a coleta e análise dos dados possibilitando a investigação das representações e comportamentos concretos associados à experiência da dor. Observou-se o sentido da vivência da dor nas práticas da saúde coletiva em relação a duas categorias analíticas associadas ao processo saúde/doença e às relações de cuidado nos serviços públicos de saúde. A vivência da dor modula o conceito de saúde/doença dos entrevistados e medeia a produção de alteridade nas práticas de saúde coletiva, configurando a necessidade de um diálogo alteritário que nem sempre se estabelece com o profissional que cuida. É fundamental que este diálogo aconteça para que seja transmutado em cuidado que alivia e conforta.
Santos WJ, Josélia Oliveira Araújo Firmo, Giacomin, K. C.. Alteridade da Dor nas Práticas de Saúde Coletiva: implicações para a atenção à saúde de pessoas idosas. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2015/abr). [Citado em 23/12/2024].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/alteridade-da-dor-nas-praticas-de-saude-coletiva-implicacoes-para-a-atencao-a-saude-de-pessoas-idosas/15090?id=15090