0222/2017 - Atendimento dos casos de violência em serviços de urgência e emergência brasileiros com foco nas relações intrafamiliares e ciclos de vida.
Attendance of the cases of violence in Brazilian emergency services focusing on family relationship and life cycles.
Autor:
• Joviana Quintes Avanci - Avanci, J.Q - Rio de Janeiro - FIOCRUZ, Centro Latino-Americano de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli - <avanci@globo.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7779-3991
Coautor(es):
• Simone Assis - Assis, Simone - Fundacao Oswaldo Cruz, Departamento de Estudos de Violência e Saúde Jorge Careli - <simone@claves.fiocruz.br>• Liana Wernersbach Pinto - Pinto, L.W. - Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) , Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde - <lianawep@gmail.com>
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1928-9265
Área Temática:
Não CategorizadoResumo:
Analisa dados de violência intrafamiliar atendidos nos serviços de emergência segundo as características sociodemográficas das pessoas atendidas, do evento e a evolução do atendimento, da infância à velhice por sexo; e os fatores que diferenciam os eventos de violência intrafamiliar em comparação aos cometidos por não familiares. Foram analisados dados de 24 capitais brasileiras e do Distrito Federal, compreendendo 86 serviços de urgência e emergência e englobando um total de 4.893 indivíduos. Dentre o total de atendimentos, 26,6% sofreram violência intrafamiliar (40,0% crianças/adolescentes, 57,2% adultos e 2,8% idosos). O modelo ajustado, que compara as vítimas de violências cometidas por familiares em relação aos não familiares, mostra que ser do sexo masculino possui menor chance de sofrer violência intrafamiliar (OR = 0,23; IC95% = 0,18 – 0,29), ter menos anos de estudo têm risco aumentado (OR = 1,65; IC95% = 1,31 – 2,08) e mulheres têm maior chance de cometerem violência intrafamiliar se comparado com a categoria “ambos os sexos” (OR = 3,24; IC95% = 1,65 – 6,38).O estudo reforça que profissionais inseridos nos diversos níveis de complexidade dos setores de saúde precisam ser habilitados a lidar com o fenômeno da violência familiar, prestando apoio e suporte, realizando boas práticas e cuidados protocolares, cuidando das lesões e promovendo acesso a outros serviçosPalavras-chave:
Violência DomésticaViolência IntrafamiliarInquéritosCriança, Adolescente, Adulto, IdosoServiços Saúde de EmergênciaAbstract:
This article analyzes data on family violence treated in the emergency services,according to sociodemographic characteristics of the people attended, the event and theevolution of care,childhood to old age by sex; and the factors that differentiate the events of family violence compared to those committed by non-relatives. Data24
Brazilian capitals and the Federal District were analyzed, comprising 86 emergency and emergency services, and a total of 4,893 individuals surveyed. Of these, 26.6% suffered
intrafamily violence (40.0% were children/adolescents, 57.2% were adults and 2.8% were elderly). The adjusted model studied shows that being male is less likely to suffer
intrafamily violence (OR = 0.23, 95% CI = 0.18 - 0.29), having fewer years of study are at increased risk OR = 1.65, 95% CI = 1.31 - 2.08) and women are more likely to
commit intrafamily violence when compared to the \"both sexes\" category (OR = 3.24, 95% CI = 1.65 - 6.38). The study reinforces that professionals within the various levels
of complexity of the health sector need to be able to deal with the phenomenon of family violence, providing support and support, performing good protocol practices, taking care of injuries and promoting access to other services.