EN PT

Artigos

0408/2023 - BARREIRAS E FACILITADORES PARA ADESÃO À FARMACOTERAPIA EM DOENÇAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Barriers and facilitators to medication adherence in chronic diseases: a scoping review

Autor:

• Ana Maria Rosa Freato Gonçalves - Gonçalves, A. M. R. F. - <anafreato@hotmail.com>
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-9428-4539

Coautor(es):

• Marília Silveira Almeida Campos - Campos, M. S. A. - <anafreato@hotmail.com>
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-9428-4539

• Lara Almeida de Menezes - Menezes, L. A. - <laramenezes07@usp.br>
ORCID: https://orcid.org/0009-0005-4305-6180

• Leonardo Régis Leira Pereira - Pereira, L. R. L. - <lpereira@fcfrp.usp.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8609-1390



Resumo:

Para nortear as intervenções dos profissionais de saúde é preciso identificar as razões para a não adesão ao tratamento. Essa revisão de escopo objetiva identificar e discutir acerca das barreiras e facilitadores para a adesão à farmacoterapia em doenças crônicas. Dos 3482 estudos elegíveis, observou-se nos 114 estudos que atenderam aos critérios de seleção facilitadores como renda, suporte social, maior idade, escolaridade, motivação para utilizar a farmacoterapia, formação de vínculo com o profissional de saúde; educação em saúde; acreditar na farmacoterapia; perceber os benefícios da farmacoterapia; motivação para o autocuidado e severidade da doença; foram comuns às diversas condições crônicas de saúde, bem como as barreiras: custo com o medicamento, complexidade da farmacoterapia; Reação Adversa ao Medicamento; maior número de prescritores e farmácias utilizadas; maior idas aos serviços de urgência e emergências; acreditar que o medicamento não é necessário e ter depressão. A análise desses fatores fornece subsídios para o profissional de saúde identificar os motivos que levaram a não adesão e nortear as intervenções a serem realizadas, promovendo a adesão ao tratamento.

Palavras-chave:

Adesão ao tratamento; Revisão; Cooperação e Adesão ao Tratamento; Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde.

Abstract:

To guide the interventions of health professionals, it is necessary to identify the reasons for non-adherence to treatment. This scope review aims to identify and discuss barriers and facilitators for adherence to pharmacotherapy in chronic diseases. Of the 3482 eligible studies, it was observed that the 114 that met the criteria studies facilitators such as income, social support, older age, education, motivation to use pharmacotherapy, bonding with the health professional; Health education; believe in pharmacotherapy; realize the benefits of pharmacotherapy; motivation for self-care and disease severity; were common to the various chronic health conditions, as well as the barriers: cost of medication, complexity of pharmacotherapy; Drug-Related Side Effects; greater number of prescribers and pharmacies used; more trips to urgent and emergency services; to believe that the medication is not necessary and have depression. The analysis of these factors provides subsidies for the health professional to identify the reasons that led to non-adherence and guide the interventions to be carried out, promoting adherence to treatment.

Keywords:

Medication Adherence; Review; Treatment Adherence and Compliance; Health Knowledge, Attitudes, Practice

Conteúdo:

Introdução
A OMS estima que 50% dos pacientes não são aderentes ao tratamento prescrito em países desenvolvidos1; e ainda, existem evidências de que a não adesão à terapia prescrita por um profissional de saúde provoca aumento da morbidade, mortalidade e maiores custos, principalmente quando trata-se de doenças crônicas2–5.
Além disso, a não adesão ao tratamento proporciona um grande impacto financeiro no que tange aos gastos com saúde5; e em consonância com esse fato, a adesão ao tratamento em doenças crônicas como o Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica e Hipercolesterolemia, diminui o custo com hospitalizações e demais desfechos relacionados6.
Nesse universo, dentre as intervenções para promover a adesão ao tratamento é possível citar: a educação em saúde, o manejo da farmacoterapia (utilizando estratégias para simplificação da terapia, por exemplo), o acompanhamento pelo farmacêutico clínico, terapia cognitivo-comportamental, dispositivos para lembrar de utilizar o medicamento e incentivos (financeiros, por exemplo) para a utilização do medicamento7. Dentro desse contexto, com o objetivo de nortear a intervenção a ser realizada, é preciso identificar as razões para a não adesão, e nesse sentido, ressalva-se a importância de identificar as barreiras e facilitadores para esse comportamento.7
Nesse cenário, essa revisão objetiva identificar e discutir acerca das barreiras e facilitadores para a adesão à farmacoterapia em doenças crônicas.
Metodologia
A revisão foi realizada segundo o protocolo PRISMA-ScR (Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews Checklist)8, com a finalidade de identificar assuntos relevantes para mensurar a adesão; essa revisão foi registrada no PROSPERO (Internacional Prospective Register of Sistematic Reviews): 2020 CRD42020157637 e objetivou responder a seguinte pergunta: Quais fatores influenciam na adesão do paciente/pessoa a farmacoterapia de doenças crônicas?
Foram utilizados os seguintes descritores: Tratamento Farmacológico/Drug Therapy/Tratamiento Farmacológico; Educação de Pacientes como Assunto/Patient Education as Topic/Educación del Paciente como Assunto; Doença Crônica/Chronic Disease/Enfermedad Crónica; Adesão à Medicação/Medication Adherence/Cumplimiento de la Medicación; Patient Compliance; Treatment Adherence and Compliance.
A busca sistematizada foi realizada em junho de 2019 nas seguintes bases de dados: Scopus, Embase, PubMed e a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e as estratégias de buscas utilizadas em cada uma dessa bases estão descritas no apêndice A. A seleção dos estudos foi realizada utilizando o Software Ryyan QCRI®.
Os Critérios de inclusão desses artigos foram: escritos em inglês, espanhol ou português; tratar de fatores associados a adesão sobre farmacoterapia de doenças crônicas; estudo com adultos e/ou idosos, e pacientes com capacidade cognitiva. Os critérios de exclusão nessa revisão foram: editoriais, revisão narrativa, protocolo de estudo, adaptação transcultural, pacientes em cuidados paliativos, estudos envolvendo pacientes oncológicos, estudos realizados com cuidadores e população carcerária.
A busca foi realizada por dois pesquisadores independentes (AMRFG e MSAC) para evitar viés na inclusão e exclusão dos estudos, sendo as disparidades resolvidas por uma reunião de consenso.
Inicialmente, os títulos e/ou nos resumos foram triados para identificar os critérios de inclusão e exclusão. Os artigos que não continham dados suficientes para a seleção pelo título e resumo, passaram pela leitura integral do texto.
Após a seleção dos estudos, as seguintes variáveis foram coletadas: autor e ano de publicação, localidade do estudo, idioma, doença/comorbidade crônica, desenho do estudo, número amostral, os fatores associados à adesão avaliados e se houve evidência estatística de associação. E ainda, os fatores associados à adesão foram classificados como barreira ou facilitador e alocados em um dos seguintes grupos, conforme proposto ela OMS: Fatores relacionados à farmacoterapia; Fatores relacionados à pessoa; Fatores relacionados com o sistema e equipe de saúde; Fatores socioeconômicos; Fatores relacionados à farmacoterapia e Fatores relacionados à doença1. Não foi realizada a análise da qualidade metodológica dos estudos realizados, uma vez que houve a possibilidade de inclusão de diversos delineamentos de pesquisa, o que dificultaria a comparação da qualidade de tais estudos.
Análise dos dados
Os dados obtidos foram tabulados utilizando programa Microsoft Office Excel® (Office 2013). Para a estatística descritiva foi utilizado a frequência absoluta e relativa (%) para as variáveis coletadas.
Resultados
A busca na literatura resultou em 4200 artigos, dos quais, 718 (17,09%) eram duplicados e 3368 artigos (80,19%) foram excluídos segundo os critérios estabelecidos. Os fatores que influenciam na adesão foram extraídos de 114 estudos selecionados (Figura 1).
Com relação às características dos estudos (Apêndice A), 13 (11,40%) foram realizados apenas com a população idosa e um (0,88%) foi realizado com gestantes, enquanto o restante (N: 100, 92,98%) foram realizados somente com adultos ou com adultos e idosos. A maioria dos (59,65%) estudos avaliaram os fatores que influenciam na adesão em somente uma condição crônica de saúde, e 38,42% (78) mensuraram a adesão por meio de técnicas subjetivas, 28 estudos (24,56%) utilizaram técnicas objetivas, enquanto oito (7,02%) utilizaram técnicas subjetivas e objetivas (Tabela 01).Com relação ao desenho de estudo adotado para avaliar os fatores que influenciam na adesão, apenas 4 (3,51%) eram ensaios clínicos, sendo que o restante apresentou delineamento observacional e destes, a maioria (N: 48, 42,11%) apresentou delineamento transversal (Tabela 02).
Dos 114 estudos foi extraído um total de 1080 fatores relacionados com a adesão à farmacoterapia; destes, a maioria (n:415; 38,42%) foram classificados dentro da dimensão socioeconômico, 241 (22,40%) relacionados ao paciente, 172 (18,92) relacionados com a farmacoterapia, 169 (15,64%) relacionados com a doença e 82 (7,59%) relacionados com a equipe e o sistema de saúde.
Os fatores que apresentaram evidência de associação da adesão com a doença crônica correspondente estão descritos no quadro 01; é possível observar que a maioria dos fatores se repetem nas mais diversas doenças crônicas.
No que tange aos fatores socioeconômicos, dentre os facilitadores para a adesão, ressalva-se a renda, idosos menores de 80 anos e não residir sozinho, o gênero feminino aparece tanto nos facilitadores, como nas barreiras; fatores como consumo de álcool, tabagismo, e drogas ilícitas apareceram dentre as barreiras, no entanto, encontrou-se tais fatores somente em estudos no contexto do hipotireoidismo e do HIV, respectivamente.
Com relação aos fatores relacionados à farmacoterapia, destacam-se a percepção da melhora após utilizar o medicamento, e dificuldades para utilizar o medicamento como aparecimento de Reação Adversa ao Medicamento (RAM) e desconfortos causados pelo medicamento na rotina; o maior número de medicamentos utilizados foi coletado como barreira e facilitador nos estudos incluídos nessa revisão.
Os fatores relacionados à formação e vínculo com a equipe de saúde destacam-se dentre os facilitadores na dimensão sistema e equipe de saúde, indo ao encontro com a falta de vínculo (utilização de maior número de médicos e farmácias) que estão entre as barreiras, juntamente com maiores visitas aos serviços de urgência e emergência.
Dentre os facilitadores relacionados à pessoa, vale destacar a motivação, o sentir-se capaz de realizar o tratamento (auto-eficácia) e a educação em saúde, dentre as barreiras, destaca-se não estar motivado, sentir-se incapaz e parar de utilizar o medicamento quando percebe melhoras clínicas. Com relação aos fatores relacionados à doença, observa-se que a severidade da doença, presença de comorbidades se destacam, porém aparecem tanto nos facilitadores quanto nas barreiras.
Discussão
Vários estudos apresentaram que a adesão ao tratamento é maior em idosos (o corte etário dependeu do país cenário do estudo) quando comparado em adultos mais jovens9–51; e quando a comparação utilizava idosos maiores de 80 anos o aumento da adesão já não era mais observado52,53, provavelmente porque nessa faixa etária aumentam os problemas de adesão não intencional (esquecimento, falta de habilidade psicomotora e cognitiva, necessidade de cuidados)54,55. Além disso, com relação às demais dimensões os fatores que influenciam na adesão são semelhantes às demais faixas etárias: dentre as barreiras é possível observar o número de medicamentos utilizados51,56; não acreditar na farmacoterapia57; número de comorbidades56 e uso de medicamentos inapropriados para idosos (risco de provocar RAM)52. Dentre os facilitadores estão a escolaridade52; subsídios para acesso ao medicamento51; educação em saúde53 e qualidade de vida58 Dessa maneira, tais resultados contribuem para a possibilidade de tomada de condutas semelhantes entre os idosos e adultos não idosos por parte do profissional de saúde em um cenário de possível não adesão, uma vez que as barreiras e facilitadores são semelhantes entre essas faixas etárias.
Estudos transversais demandam baixo custo e são passíveis de serem realizados em tempos menores em comparação com outros estudos de delineamento observacional, em contrapartida não é possível realizar correlações temporais59; nesse sentido, tendo em vista que a maioria dos estudos dessa revisão apresentou delineamento transversal, estabelecer a relação entre a causa e o efeito dos fatores que influenciam na adesão, sobretudo na severidade da doença e presença de comorbidades, foi difícil, uma vez que tais fatores tendem a aparecer em pacientes que não têm adesão ao tratamento, tal fato pode ter facilitado o aparecimento desses fatores tanto nas barreiras14–16,18,24,29,33,35,37,41,48,51,60–64, quanto nos facilitadores13,28,37,49,65–67; sendo assim, não obstante às questões relacionadas ao desenho de estudo, e levando em consideração que esses fatores podem motivar o paciente a utilizar o medicamento, salienta-se que a severidade dos sintomas e presença de complicações podem motivar a adesão uma vez que, segundo o modelo de crenças em saúde, a suscetibilidade percebida motiva a adesão ao tratamento68.
Ainda com relação aos fatores que influenciam na adesão, encontrou-se divergências no que tange ao consumo de álcool e tabagismo como barreira para adesão no contexto da dor crônica12, hipotireoidismo24 e tabagismo e uso de drogas ilícitas em pacientes com HIV69. O hábito de fumar é comum em pessoas com dor crônica70, além disso, diferenças entre as populações utilizadas podem explicar tais divergências, uma vez que esses estudos utilizaram pessoas mais jovens e existem evidências de que o consumo dessas substâncias não está associado ao envelhecimento saudável71. Ademais, um estudo realizado no contexto de doenças crônicas respiratórias encontrou evidências de que a adesão era menor no grupo de pessoas vacinadas contra o vírus influenza72; e ainda, um facilitador para a adesão exclusivo do DM foi o hábito de transportar a insulina67, característica importante, uma vez que a pessoa precisa transportar e armazenar corretamente a insulina quando sai de casa73; e por fim, um outro facilitador encontrado no contexto da asma foi o diagnóstico fornecido pela atenção básica à saúde46, a literatura recomenda que essa condição crônica de saúde seja tratada no nível da atenção básica à saúde, sendo recomendado o encaminhamento ao especialista em casos mais graves.74
O gênero foi largamente avaliado nos estudos incluídos nessa revisão, no entanto, alguns estudos não apresentaram evidências de associação entre a adesão e o gênero11–13,16–19,21,22,24,29,31–34,36,38,42–47,49,57,63,67,69,75–96e alguns estudos encontraram evidências de que o gênero feminino é um facilitador para a adesão14,19,28,39,41,61,62,97,98, enquanto outros apresentaram o gênero feminino como uma barreira para a adesão15,26,35,37,50,52,99; esses achados evidenciam uma contradição na literatura no que tange ao gênero como fator que influencia na adesão.
Apesar da maioria dos estudos apresentarem a polifarmácia como uma barreira para a adesão12,14,18,19,51,92,93,96, alguns estudos apresentaram evidências de que o número de medicamentos é um facilitador para a adesão31–33,47,49; essa divergência pode ser explicada sobretudo por meio de fatores ligados à equipe de saúde, ou seja, pacientes recebendo vários medicamentos podem ter recebido melhores orientações de como utilizá-los33, salienta-se que uma vez que o paciente tenha acesso ao medicamento a polifarmácia em si pode não ser um impedimento para a adesão e pode denotar maior percepção por parte do paciente da suscetibilidade provocada pela doença, motivando assim a adesão32, mas sobretudo, acreditar na farmacoterapia e aceitar a doença pode ser facilitadores para adesão que se sobrepõem à polifarmácia31,49.
Vários estudos apresentaram a Reação Adversa ao Medicamento como uma barreira para a adesão21,33,60,64,67,81,97,100–102; e ainda, também nesse sentido a percepção dos malefícios da farmacoterapia16,23,28,48,60,64,78,81,97,99,103–105 também foi encontrada como uma barreira para adesão; dessa maneira, ressalta-se a importância da realização de intervenções que visam minimizar os efeitos indesejados causados pelo uso do medicamento, tendo em vista a promoção da adesão ao mesmo. Não obstante a relevância da equipe multiprofissional para a prevenção de RAM, o farmacêutico clínico tem um papel fundamental na prevenção e notificação das RAM106. Por fim, identificar a barreira que está motivando a não adesão ao invés de apenas identificar a presença da não adesão, torna-se essencial no sentido de nortear as intervenções realizadas pelo profissional de saúde.
Tendo em vista que promoção da adesão ao medicamento deve ser de responsabilidade mútua entre o paciente e o profissional de saúde107, essa revisão encontrou evidências de que corroboram com essa perspectiva sobre a adesão, pois dentre os facilitadores para a adesão encontrou-se o número e duração de consultas médicas11,24,46,47,82,92,95, confiança e satisfação com a equipe de saúde22,24,33,66,80,104,108, acesso ao serviço de saúde35,62,99,109, e visita do agente comunitário de saúde98; e corroborando com a importância da formação de vínculo com a equipe de saúde, um maior número de prescritores e farmácias, visitas ao serviço de urgência e emergência são barreiras para a adesão14,18,47,110. Nesse contexto, o contato com a equipe de saúde torna-se essencial para a promoção da adesão à farmacoterapia.
Nesse universo, a percepção da severidade da doença e dos benefícios da farmacoterapia9,13,21,23,30,62,66,75,78,80,81,97,103,111–113, juntamente com a educação em saúde11,13,24,26–28,33,38,62,114–116, foram identificados como facilitadores para a adesão e corroboram com a importância da equipe de saúde no que tange à promoção da adesão à farmacoterapia.
Outra barreira para a adesão encontrada nos estudos dessa revisão foi a depressão9,60,96,117,118, trata-se de outro gatilho para os profissionais de saúde atentarem na avaliação da adesão.
Uma limitação desse estudo foi a inclusão de estudos de delineamento transversal, impossibilitando a determinação da relação causa efeito entre os fatores que influenciam na adesão e a utilização do medicamento, sobretudo nos fatores relacionados à doença, no entanto, a não utilização desse desenho de estudo diminuiria a quantidade de fatores encontrados, uma vez que a maioria dos estudos incluídos apresentaram esse delineamento; além disso, salienta-se que as divergências encontradas, possivelmente causadas pela delineamento transversal, foram largamente discutidas, proporcionando ao leitor uma visão ampla sobre tais situações.
Em uma Overview realizada por Gaste, Mathes119, os fatores que influenciam na adesão foram apresentados, nas mais diversas condições crônicas, assim como nessa revisão, no entanto, essa revisão trouxe originalidade no que tange a uma maior quantidade de fatores e discussão sobretudo sobre fatores relacionados ao sistema de saúde e a pessoa.
Clyne et al120 encontraram que os profissionais de saúde tendem a superestimar a adesão ao tratamento prescrito em seus pacientes; dessa maneira, tendo em vista a importância de entender a peculiaridade dos fatores que levam o paciente a não aderir à farmacoterapia deve ser rotina na prática clínica dos profissionais de saúde121, a revisão realizada nesse estudo proporcionou uma abrangente visão sobre os fatores, sobretudo no que tange a comparação entre as diversas condições crônicas de saúde, dando subsídios para a identificação dos motivos que levaram a não adesão para nortear as intervenções dos profissionais de saúde.
Esta revisão incluiu diversas condições crônicas de saúde que vão além das Doenças Crônicas não Transmissíveis, como dor crônica e AIDS, considerando o termo “guarda-chuva” problema de saúde crônico tendo em vista a necessidade da utilização de medicamentos por um longo período (maior que três meses) comum a todos esses problemas de saúde122. Nesse contexto, essa revisão forneceu subsídios para a comparação desses fatores nos mais diversos problemas de saúde crônicos; salienta-se a grande semelhança encontrada nesses fatores, ou seja, facilitadores como renda, suporte social, maior idade, escolaridade, motivação para utilizar a farmacoterapia, formação de vínculo com o profissional de saúde; educação em saúde; acreditar na farmacoterapia; perceber os benefícios da farmacoterapia; motivação para o autocuidado e severidade da doença; foram comuns às diversas condições crônicas de saúde, bem como as barreiras: custo com o medicamento, complexidade da farmacoterapia; Reação Adversa ao Medicamento; maior número de prescritores e farmácias utilizadas; maior idas aos serviços de urgência e emergências; acreditar que o medicamento não é necessário e ter depressão. Essa revisão contribuiu para salientar a relevância desses fatores, uma vez que são comuns as condições crônicas de saúde e forneceu subsídios para nortear as intervenções dos profissionais de saúde das diversas áreas, tendo em vista a promoção da adesão à farmacoterapia.
Referências
1. Sabate? Eduardo, World Health Organization. Adherence to Long-Term Therapies?: Evidence for Action. World Health Organization; 2003.
2. Simpson SH, Eurich DT, Majumdar SR, et al. A meta-analysis of the association between adherence to drug therapy and mortality. BMJ. 2006;333(7557):15. doi:10.1136/bmj.38875.675486.55
3. Chisholm-Burns MA, Spivey CA. The “cost” of medication nonadherence: Consequences we cannot afford to accept. Journal of the American Pharmacists Association. 2012;52(6):823-826. doi:10.1331/JAPhA.2012.11088
4. Bargiacchi O, Brondolo R, Rizzo G, Garavelli PL. The Pharmacoeconomics of Antiretroviral Drugs and the Role of Adherence. Le Infezioniin Medicina, n.4,p. 245-250; 2012.
5. Gandjour A. Protocol-driven costs in trial-based pharmacoeconomic analyses. Expert Rev Pharmacoecon Outcomes Res. 2011;11(6):673-675. doi:10.1586/erp.11.75
6. Sokol MC, Mcguigan KA, Verbrugge RR, Epstein RS. Impact of Medication Adherence on Hospitalization Risk and Healthcare Cost. Vol 43.; 2005.
7. Kini V, Michael Ho P. Interventions to Improve Medication Adherence: A Review. JAMA - Journal of the American Medical Association. 2018;320(23):2461-2473. doi:10.1001/jama.2018.19271
8. Tricco AC, Lillie E, Zarin W, et al. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): Checklist and explanation. Ann Intern Med. 2018;169(7):467-473. doi:10.7326/M18-0850
9. Gadkari AS, Mchorney CA. Unintentional Non-Adherence to Chronic Prescription Medications: How Unintentional Is It Really?; 2012. http://www.biomedcentral.com/1472-6963/12/98
10. Christensen AJ, Smith TW, Turner CW, Cundick KE. Patient Adherence and Adjustment in Renal Dialysis: A Person • Treatment Interactive Approach 1. Vol 17.; 1994.
11. Miura T, Kojima R, Sugiura Y, Mizutani M, Takatsu F, Suzuki Y. Incidence of Noncompliance and Its Influencing Factors in Patients Receiving Digoxin. Vol 19.; 2000.
12. Broekmans S, Dobbels F, Milisen K, Morlion B, Vanderschueren S. Pharmacologic Pain Treatment in a Multidisciplinary Pain Center Do Patients Adhere to the Prescription of the Physician?; 2010. www.clinicalpain.com
13. Nicklas LB, Dunbar M, Wild M. Adherence to pharmacological treatment of non-malignant chronic pain: The role of illness perceptions and medication beliefs. Psychol Health. 2010;25(5):601-615. doi:10.1080/08870440902783610
14. Choudhry NK, Fischer MA, Avorn J, et al. The implications of therapeutic complexity on adherence to cardiovascular medications. Arch Intern Med. 2011;171(9):814-822. doi:10.1001/archinternmed.2010.495
15. Khanna R, Pace PF, Mahabaleshwarkar R, Basak RS, Datar M, Banahan BF. Medication adherence among recipients with chronic diseases enrolled in a state medicaid program. Popul Health Manag. 2012;15(5):253-260. doi:10.1089/pop.2011.0069
16. Krauskopf K, Federman AD, Kale MS, et al. Chronic obstructive pulmonary disease illness and medication beliefs are associated with medication adherence. COPD: Journal of Chronic Obstructive Pulmonary Disease. 2015;12(2):151-164. doi:10.3109/15412555.2014.922067
17. Hatah E, Lim KP, Ali AM, Shah NM, Islahudin F. The influence of cultural and religious orientations on social support and its potential impact on medication adherence. Patient Prefer Adherence. 2015;9:589-596. doi:10.2147/PPA.S79477
18. Tavares NUL, Bertoldi AD, Mengue SS, et al. Factors associated with low adherence to medicine treatment for chronic diseases in brazil. Rev Saude Publica. 2016;50. doi:10.1590/S1518-8787.2016050006150
19. Dabaghian F, Maryam R, Sadighi J, Ghods R. Adherence to prescribed medications of Iranian traditional medicine in a group of patients with chronic disease. J Res Pharm Pract. 2016;5(1):52. doi:10.4103/2279-042x.176563
20. Calabria S, Cinconze E, Rossini M, et al. Adherence to alendronic or risedronic acid treatment, combined or not to calcium and vitamin D, and related determinants in Italian patients with osteoporosis. Patient Prefer Adherence. 2016;10:523-530. doi:10.2147/PPA.S95634
21. Shruthi R, Jyothi R, Pundarikaksha HP, Nagesh GN, Tushar TJ. A study of medication compliance in geriatric patients with chronic illnesses at a tertiary care hospital. Journal of Clinical and Diagnostic Research. 2016;10(12):FC40-FC43. doi:10.7860/JCDR/2016/21908.9088
22. Fortuna RJ, Nagel AK, Rocco TA, Legette-Sobers S, Quigley DD. Patient Experience With Care and Its Association With Adherence to Hypertension Medications. Am J Hypertens. 2018;31(3):340-345. doi:10.1093/ajh/hpx200
23. Ding W, Li T, Su Q, Yuan M, Lin A. Integrating factors associated with hypertensive patients’ self-management using structural equation modeling: A cross-sectional study in Guangdong, China. Patient Prefer Adherence. 2018;12:2169-2178. doi:10.2147/PPA.S180314
24. el Helou S, Hallit S, Awada S, et al. Adherence to levothyroxine among patients with hypothyroidism in lebanon. Eastern Mediterranean Health Journal. 2019;25(3):149-159. doi:10.26719/emhj.18.022
25. Lauffenburger JC, Gagne JJ, Song Z, Brill G, Choudhry NK. Potentially disruptive life events: what are the immediate impacts on chronic disease management? A case-crossover analysis. BMJ Open. 2016;6:10958. doi:10.1136/bmjopen-2015
26. Quisel T, Foschini L, Zbikowski SM, Juusola JL. The association between medication adherence for chronic conditions and digital health activity tracking: Retrospective analysis. J Med Internet Res. 2019;21(3). doi:10.2196/11486
27. Teshome DF, Bekele KB, Habitu YA, Gelagay AA. Medication adherence and its associated factors among hypertensive patients attending the Debre Tabor General Hospital, Northwest Ethiopia. Integr Blood Press Control. 2017;10:1-7. doi:10.2147/IBPC.S128914
28. Kolios AGA, Hueber AJ, Michetti P, et al. ALIGNed on adherence: subanalysis of adherence in immune-mediated inflammatory diseases in the DACH region of the global ALIGN study. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology. 2019;33(1):234-241. doi:10.1111/jdv.15179
29. Akdogan N, Incel-Uysal P, Oktem A, Hayran Y, Yalcin B. Educational level and job status are the most important factors affecting compliance with oral antihistamine therapy for patients with chronic urticaria. Journal of Dermatological Treatment. 2019;30(2):183-188. doi:10.1080/09546634.2018.1476651
30. Horne R, Weinman J. PATIENTS’ BELIEFS ABOUT PRESCRIBED MEDICINES AND THEIR ROLE IN ADHERENCE TO TREATMENT IN CHRONIC PHYSICAL ILLNESS. Vol 47.; 1999.
31. Shalansky SJ, Levy AR. Effect of Number of Medications on Cardiovascular Therapy Adherence Cardiology. Vol 36.; 2002. www.theannals.com
32. Grant RW, O’leary KM, Weilburg JB, Singer DE, Meigs JB. Impact of Concurrent Medication Use on Statin Adherence and Refill Persistence. http://archinte.jamanetwork.com/
33. Burge, S. et al. Correlates of Medication Knowledge and Adherence: Findings From the Residency Research Network of South Texas. Fam Med, n. 7, v. 10, p.712-718, 2005.
34. Axelsson M, Brink E, Lundgren J, Lötvall J. The influence of personality traits on reported adherence to medication in individuals with chronic disease: An Epidemiological study in West Sweden. PLoS One. 2011;6(3). doi:10.1371/journal.pone.0018241
35. Muzina DJ, Malone DA, Bhandari I, Lulic R, Baudisch R, Keene M. Rate of non-adherence prior to upward dose titration in previously stable antidepressant users. J Affect Disord. 2011;130(1-2):46-52. doi:10.1016/j.jad.2010.09.018
36. Laliberté F, Nelson WW, Lefebvre P, Schein JR, Rondeau-Leclaire J, Duh MS. Impact of daily dosing frequency on adherence to chronic medications among nonvalvular atrial fibrillation patients. Adv Ther. 2012;29(8):675-690. doi:10.1007/s12325-012-0040-x
37. Desai PR, Adeyemi AO, Richards KM, Lawson KA. Adherence to oral diabetes medications among users and nonusers of antipsychotic medication. Psychiatric Services. 2014;65(2):215-220. doi:10.1176/appi.ps.201300118
38. Sufiza Ahmad N, Ramli A, Islahudin F, Paraidathathu T. Medication adherence in patients with type 2 diabetes mellitus treated at primary health clinics in Malaysia. Patient Prefer Adherence. 2013;7:525-530. doi:10.2147/PPA.S44698
39. Langley CA, Bush J. The Aston Medication Adherence Study: Mapping the adherence patterns of an inner-city population. Int J Clin Pharm. 2014;36(1):202-211. doi:10.1007/s11096-013-9896-3
40. Cheung MMY, Lemay K, Saini B, Smith L. Does personality influence how people with asthma manage their condition? Journal of Asthma. 2014;51(7):729-736. doi:10.3109/02770903.2014.910220
41. Gupte-Singh K, Kim G, Barner JC. Impact of comorbid depression on medication adherence and asthma-related healthcare costs in Texas Medicaid patients with asthma. Journal of Pharmaceutical Health Services Research. 2015;6(4):197-205. doi:10.1111/jphs.12111
42. Smalls BL, Gregory CM, Zoller JS, Egede LE. Assessing the relationship between neighborhood factors and diabetes related health outcomes and self-care behaviors. BMC Health Serv Res. 2015;15(1). doi:10.1186/s12913-015-1086-7
43. Serna MC, Real J, Cruz I, Galván L, Martin E. Monitoring patients on chronic treatment with antidepressants between 2003 and 2011: Analysis of factors associated with compliance. BMC Public Health. 2015;15(1). doi:10.1186/s12889-015-2493-8
44. Li YT, Wang HHX, Liu KQL, et al. Medication Adherence and Blood Pressure Control Among Hypertensive Patients With Coexisting Long-Term Conditions in Primary Care Settings. Medicine (United States). 2016;95(20). doi:10.1097/MD.0000000000003572
45. Tan CSL, Teng GG, Chong KJ, et al. Utility of the morisky medication adherence scale in gout: A prospective study. Patient Prefer Adherence. 2016;10:2449-2457. doi:10.2147/PPA.S119719
46. Bidwal M, Lor K, Yu J, Ip E. Evaluation of asthma medication adherence rates and strategies to improve adherence in the underserved population at a Federally Qualified Health Center. Research in Social and Administrative Pharmacy. 2017;13(4):759-766. doi:10.1016/j.sapharm.2016.07.007
47. Surbhi S, Graetz I, Wan JY, Gatwood J, Bailey JE. The effect of opioid use and mental illness on chronic disease medication adherence in superutilizers. J Manag Care Spec Pharm. 2018;24(3):198-207. doi:10.18553/jmcp.2018.24.3.198
48. Lemay J, Waheedi M, Al-Sharqawi S, Bayoud T. Medication adherence in chronic illness: Do beliefs about medications play a role? Patient Prefer Adherence. 2018;12:1687-1698. doi:10.2147/PPA.S169236
49. Shani M, Lustman A, Vinker S. Adherence to oral antihypertensive medications, are all medications equal? J Clin Hypertens. 2019;21(2):243-248. doi:10.1111/jch.13475
50. Bhuyan SS, Shiyanbola O, Deka P, et al. The role of gender in cost-related medication nonadherence among patients with diabetes. Journal of the American Board of Family Medicine. 2018;31(5):743-751. doi:10.3122/jabfm.2018.05.180039
51. Lefort M, Neufcourt L, Pannier B, et al. Sex differences in adherence to antihypertensive treatment in patients aged above 55: The French League Against Hypertension Survey (FLAHS). J Clin Hypertens. 2018;20(10):1496-1503. doi:10.1111/jch.13387
52. Pradhan S, Panda A. Effect of potentially inappropriate medication on treatment adherence in elderly with chronic illness. Biomedical and Pharmacology Journal. 2018;11(2):935-943. doi:10.13005/bpj/1451
53. Lai X, Zhu H, Huo X, Li Z. Polypharmacy in the oldest old (?80 years of age) patients in China: A cross-sectional study. BMC Geriatr. 2018;18(1). doi:10.1186/s12877-018-0754-y
54. Smaje A, Weston-Clark M, Raj R, Orlu M, Davis D, Rawle M. Factors associated with medication adherence in older patients: A systematic review. Aging Medicine. 2018;1(3):254-266. doi:10.1002/agm2.12045
55. Richard J, Botelho J, Dudrak R, York E. Home Assessment o f Adherence to Long-Term Medication in the Elderly.; 1992.
56. Zuckerman IH, Sato M, Rattinger GB, Zacker C, Stuart B. Does an increase in non-antihypertensive pill burden reduce adherence with antihypertensive drug therapy? Journal of Pharmaceutical Health Services Research. 2012;3(3):135-139. doi:10.1111/j.1759-8893.2012.00092.x
57. Park HY, Seo SA, Yoo H, Lee K. Medication adherence and beliefs about medication in elderly patients living alone with chronic diseases. Patient Prefer Adherence. 2018;12:175-181. doi:10.2147/PPA.S151263
58. Holt EW, Muntner P, Joyce CJ, Webber L, Krousel-Wood MA. Health-related quality of life and antihypertensive medication adherence among older adults. Age Ageing. 2010;39(4):481-487. doi:10.1093/ageing/afq040
59. Wang X, Cheng Z. Cross-Sectional Studies: Strengths, Weaknesses, and Recommendations. Chest. 2020;158(1):S65-S71. doi:10.1016/j.chest.2020.03.012
60. Mann DM, Ponieman D, Leventhal H, Halm EA. Predictors of adherence to diabetes medications: The role of disease and medication beliefs. J Behav Med. 2009;32(3):278-284. doi:10.1007/s10865-009-9202-y
61. Chen HF, Tsai YF, Lin YP, Shih MS, Chen JC. The relationships among medicine symptom distress, self-efficacy, patient-provider relationship, and medication compliance in patients with epilepsy. Epilepsy and Behavior. 2010;19(1):43-49. doi:10.1016/j.yebeh.2010.06.007
62. Ambaw AD, Alemie GA, Wyohannes SM, Mengesha ZB. Adherence to antihypertensive treatment and associated factors among patients on follow up at University of Gondar Hospital, Northwest Ethiopia. BMC Public Health. 2012;12(1). doi:10.1186/1471-2458-12-282
63. Frech S, Kreft D, Guthoff RF, Doblhammer G. Pharmacoepidemiological assessment of adherence and influencing co-factors among primary open-angle glaucoma patients—An observational cohort study. PLoS One. 2018;13(1). doi:10.1371/journal.pone.0191185
64. Russell J, Kazantzis N. THE NEW ZEALAND MEDICAL JOURNAL Medication Beliefs and Adherence to Antidepressants in Primary Care. Vol 121.; 2008.
65. Ibrahim OM, Jirjees F, Al-Obaidi H, Mohamed Ibrahim OH, Jirjees J, Mahdi HJ. Barriers Affecting Compliance of Patients with Chronic Diseases: A Preliminary Study in United Arab Emirates (UAE) Population. Barriers Affecting Compliance Of Patients With Chronic Diseases?: A Preliminary Study In United Arab Emirates (Uae) Population.; 2011. https://www.researchgate.net/publication/236700105
66. Mekonnen HS, Gebrie MH, Eyasu KH, Gelagay AA. Drug adherence for antihypertensive medications and its determinants among adult hypertensive patients attending in chronic clinics of referral hospitals in Northwest Ethiopia. BMC Pharmacol Toxicol. 2017;18(1). doi:10.1186/s40360-017-0134-9
67. Gerada Y, Mengistu Z, Demessie A, Fantahun A, Gebrekirstos K. Adherence to insulin self administration and associated factors among diabetes mellitus patients at Tikur Anbessa specialized hospital. J Diabetes Metab Disord. 2017;16(1). doi:10.1186/s40200-017-0309-3
68. Clark, M. N. et al, Self-Management of Cronic Disease by Older Adults. Journal of Aging and health, v. 3, n. 1, p. 3-27, 1991.
69. Degroote S, Vogelaers D, Vermeir P, et al. Determinants of adherence in a cohort of Belgian HIV patients: A pilot study. Acta Clin Belg. 2014;69(2):111-115. doi:10.1179/0001551214Z.00000000035
70. Fishbain DA, Lewis JE, Cole B, Cutler RB, Rosomoff HL, Rosomoff RS. Variables associated with current smoking status in chronic pain patients. Pain Medicine. 2007;8(4):301-311. doi:10.1111/j.1526-4637.2007.00317.x
71. Daskalopoulou C, Stubbs B, Kralj C, Koukounari A, Prince M, Prina AM. Associations of smoking and alcohol consumption with healthy ageing: A systematic review and meta-analysis of longitudinal studies. BMJ Open. 2018;8(4). doi:10.1136/bmjopen-2017-019540
72. Dhamane AD, Schwab P, Hopson S, et al. Association between adherence to medications for COPD and medications for other chronic conditions in COPD patients. International Journal of COPD. 2016;12:115-122. doi:10.2147/COPD.S114802
73. Bahendeka Ramaiya Kaushik Andrew Babu Swai Fredrick Otieno Sarita Bajaj Sanjay Kalra Charlotte Bavuma Claudine Karigire SM, Bahendeka S, Kaushik R, et al. EADSG Guidelines: Insulin Storage and Optimisation of Injection Technique in Diabetes Management. doi:10.6084/m9.figshare.7594157
74. Wu TD, Brigham EP, McCormack MC. Asthma in the Primary Care Setting. Medical Clinics of North America. 2019;103(3):435-452. doi:10.1016/j.mcna.2018.12.004
75. Nelson, E. C., et al. Impact os pacientes perceptions on compliance with treatment for hypertension. Medical Care, v. XVI, n. 11, p. 893-906, 1978.
76. Dompeling Petrus Van Grunsven EM, van Schayck Hans Folgering CP, Molema J, van Weel C. Treatment with Inhaled Steroids in Asthma and Chronic Bronchitis: Long-Term Compliance and Inhaler Technique. Vol 9.; 1992. http://fampra.oxfordjournals.org/
77. Billups SJ, Malone DC, Carter BL. The relationship between drug therapy noncompliance and patient characteristics, health-related quality of life, and health care costs. Pharmacotherapy. 2000;20(8I):941-949. doi:10.1592/phco.20.11.941.35266
78. Park HY, Seo SA, Yoo H, Lee K. Medication adherence and beliefs about medication in elderly patients living alone with chronic diseases. Patient Prefer Adherence. 2018;12:175-181. doi:10.2147/PPA.S151263
79. de Lourdes Souza Dewulf N, Aparecida Monteiro R, Dinis Costa Passos A, Meloni Vieira E, Ernesto de Almeida Troncon L. Adesão Ao Tratamento Medicamentoso Em Pacientes Com Doenças Gastrintestinais Crônicas Acompanhados No Ambulatório de Um Hospital Universitario. Vol 42.; 2006.
80. Gauchet A, Tarquinio C, Fischer G. Psychosocial Predictors of Medication Adherence among Persons Living with HIV. Vol 14. Lawrence Erlbaum Associates, Inc; 2007.
81. Clifford S, Barber N, Horne R. Understanding different beliefs held by adherers, unintentional nonadherers, and intentional nonadherers: Application of the Necessity-Concerns Framework. J Psychosom Res. 2008;64(1):41-46. doi:10.1016/j.jpsychores.2007.05.004
82. Weiss GA, Bartov E. Article in The Israel Medical Association Journal: IMAJ ·. Vol 13.; 2011. https://www.researchgate.net/publication/221830612
83. Farley, J. F., et al. Antiphsycotic Adhrence and its correlation to health outcomes for chronic comorbid conditions. Prim Care Companion CNS Disord, n. 14, v. 13, 2012.
84. Park YH, Kim H, Jang SN, Koh CK. Predictors of adherence to medication in older Korean patients with hypertension. European Journal of Cardiovascular Nursing. 2013;12(1):17-24. doi:10.1016/j.ejcnurse.2011.05.006
85. Marcum ZA, Zheng Y, Perera S, et al. Prevalence and correlates of self-reported medication non-adherence among older adults with coronary heart disease, diabetes mellitus, and/or hypertension. Research in Social and Administrative Pharmacy. 2013;9(6):817-827. doi:10.1016/j.sapharm.2012.12.002
86. Banik, S.; Ray, D.; Kumar. S. Analyzing the Pattern of Prescription Noncompliance in Patients of Cardiac and Diabetic Clinic of a Terceary Care Hospital. American Journal of Drug Discovery and Development, n. 3, v. 2, p. 106-112, 2013
87. Cantudo-Cuenca MR, Jiménez-Galán R, Almeida-González C v., Morillo-Verdugo R. Concurrent use of comedications reduces adherence to antiretroviral therapy among HIV-infected patients. Journal of Managed Care Pharmacy. 2014;20(8):844-850. doi:10.18553/jmcp.2014.20.8.844
88. Asefzadeh B, Rett D, Pogoda TK, Selvin G, Cavallerano A. Glaucoma medication adherence in veterans and influence of coexisting chronic disease. J Glaucoma. 2014;23(4):240-245. doi:10.1097/IJG.0000000000000044
89. Huertas-Vieco MP, Pérez-García R, Albalate M, et al. Psychosocial factors and adherence to drug treatment in patients on chronic haemodialysis. Nefrologia. 2014;34(6):737-742. doi:10.3265/Nefrologia.pre2014.Jul.12477
90. Xia Z, Xiao Z, Ma E, Xu F. Impact of mood disorder on medication adherence in patients with chronic diseases at a shanghai rural hospital. International Journal of Pharmacology. 2015;11(5):518-522. doi:10.3923/ijp.2015.518.522
91. Kearney SM, Aldridge AP, Castle NG, Peterson J, Pringle JL. The association of job strain with medication adherence is your job affecting your compliance with a prescribed medication regimen? J Occup Environ Med. 2016;58(7):707-711. doi:10.1097/JOM.0000000000000733
92. Evans C, Marrie RA, Zhu F, et al. Adherence and persistence to drug therapies for multiple sclerosis: A population-based study. Mult Scler Relat Disord. 2016;8:78-85. doi:10.1016/j.msard.2016.05.006
93. Napolitano F, Napolitano P, Angelillo IF. Medication adherence among patients with chronic conditions in Italy. Eur J Public Health. 2016;26(1):48-52. doi:10.1093/eurpub/ckv147
94. Etebari F, Pezeshki MZ, Fakour S. Factors related to the non-adherence of medication and nonpharmacological recommendations in high blood pressure patients. J Cardiovasc Thorac Res. 2019;11(1):28-34. doi:10.15171/jcvtr.2019.05
95. Kellici S, Miraci M, Fida M. Medication Adherence among Albanian Patients with Rheumatoid Arthritis Pregnancy and Dermatologic Pathologies View Project Biologic Treatment in Psoriasis View Project. https://www.researchgate.net/publication/331559670
96. Idiáquez, J. F., et al. Adhesión al tratamiento farmacológico y descripción de sus factores asociados en pacientes con miastenia grave. Rev Neurol, v. 66, n. 1, p. 15-20, 2018.
97. Yoel U, Hammad-Abu T, Cohen A, Aizenberg A, Vardy D, Shvartzman P. Population Minority a in Adherence of Scenes the Behind. IMAJ. 2013;15:17-22.
98. Remondi FA, Cabrera MAS, de Souza RKT. Não adesão ao tratamento medicamentoso contínuo: Prevalência e determinantes em adultos de 40 anos e mais. Cad Saude Publica. 2014;30(1):126-136. doi:10.1590/0102-311X00092613
98. Denhaerynck K, Berben L, Dobbels F, et al. Multilevel factors are associated with immunosuppressant nonadherence in heart transplant recipients: The international BRIGHT study. American Journal of Transplantation. 2018;18(6):1447-1460. doi:10.1111/ajt.14611
100. Awad A, Osman N, Altayib S. Medication adherence among cardiac patients in Khartoum State, Sudan: A cross-sectional study. Cardiovasc J Afr. 2017;28(6):350-355. doi:10.5830/CVJA-2017-016
101. Wei L, Champman S, Li X, et al. Beliefs about medicines and non-adherence in patients with stroke, diabetes mellitus and rheumatoid arthritis: A cross-sectional study in China. BMJ Open. 2017;7(10). doi:10.1136/bmjopen-2017-017293
102. Tedla YG, Bautista LE. Drug Side Effect Symptoms and Adherence to Antihypertensive Medication. Am J Hypertens. 2016;29(6):772-779. doi:10.1093/ajh/hpv185
103. Márquez, C. H., et al. Influencia de las creencias hacia los medicamentos en la adherencia al tratamiento concomitante en pacientes VIH+. Farm Hosp, v. 39, n. 1, p. 23-28, 2015.
104. Lee S, Jiang L, Dowdy D, Alicia Hong Y, Ory MG. Attitudes, beliefs, and cost-related medication nonadherence among adults aged 65 or older with chronic diseases. Prev Chronic Dis. 2018;15(12). doi:10.5888/pcd15.180190
105. Zidan A, Awisu A, El-Hajj MS, Al-Abdulla SA, Figueroa DCR, Kheir N. Medication-Related Burden among Patients with Chronic Disease Conditions: Perspectives of Patients Attending Non-Communicable Disease Clinics in a Primary Healthcare Setting in Qatar. Pharmacy. 2018;6(3):85. doi:10.3390/pharmacy6030085
106. van Grootheest K, Olsson S, Couper M, de Jong-van den Berg L. Pharmacists’ role in reporting adverse drug reactions in an international perspective. Pharmacoepidemiol Drug Saf. 2004;13(7):457-464. doi:10.1002/pds.897
107. Vrijens B, de Geest S, Hughes DA, et al. A new taxonomy for describing and defining adherence to medications. Br J Clin Pharmacol. 2012;73(5):691-705. doi:10.1111/j.1365-2125.2012.04167.x
108. Nagy, V. T.; Wolf, G. R. Cognitive Predictors of compliance in chronic disease patients. Medical Care, v. 22, n. 8, p. 912-921, 1984
109. Sherman BW, Glave Frazee S, Fabius RJ, Broome RA, Manfred JR, Davis JC. Impact of Workplace Health Services on Adherence to Chronic Medications. www.ajmc.com
110. Lauffenburger JC, Khan NF, Brill G, Choudhry NK. Quantifying Social Reinforcement Among Family Members on Adherence to Medications for Chronic Conditions: a US-Based Retrospective Cohort Study. J Gen Intern Med. 2019;34(6):855-861. doi:10.1007/s11606-018-4654-9
111. Hsiao CY, Chang C, Chen CD. An investigation on illness perception and adherence among hypertensive patients. Kaohsiung Journal of Medical Sciences. 2012;28(8):442-447. doi:10.1016/j.kjms.2012.02.015
112. Unni E, Shiyanbola OO. Clustering medication adherence behavior based on beliefs in medicines and illness perceptions in patients taking asthma maintenance medications. In: Current Medical Research and Opinion. Vol 32. Taylor and Francis Ltd; 2016:113-121. doi:10.1185/03007995.2015.1105204
113. Turrise S. Illness representations, treatment beliefs, medication adherence, and 30-day hospital readmission in adults with chronic heart failure a prospective correlational study. Journal of Cardiovascular Nursing. 2016;31(3):245-254. doi:10.1097/JCN.0000000000000249
114. Kelly, G. R.; Scott, J. E. Medication compliance and health education among outpatients with cronic mental disorders. Medical Care, v. 28, n. 12, 1990.
115. Hernandez-Tejada MA, Campbell JA, Walker RJ, Smalls BL, Davis KS, Egede LE. Diabetes empowerment, medication adherence and self-care behaviors in adults with type 2 diabetes. Diabetes Technol Ther. 2012;14(7):630-634. doi:10.1089/dia.2011.0287
116. Awwad O, Akour A, Al-Muhaissen S, Morisky D. The influence of patients’ knowledge on adherence to their chronic medications: a cross-sectional study in Jordan. Int J Clin Pharm. 2015;37(3):504-510. doi:10.1007/s11096-015-0086-3
117. Sheth SS, Coleman J, Cannon T, et al. Association between depression and nonadherence to antiretroviral therapy in pregnant women with perinatally acquired HIV. AIDS Care - Psychological and Socio-Medical Aspects of AIDS/HIV. 2015;27(3):350-354. doi:10.1080/09540121.2014.998610
118. Daniali SS, Darani FM, Tavassoli E, Afshari A, Forouzande F, Eslami AA. The prevalence of depression and its association with self-management behaviors in chronic disease patients. Iran J Psychiatry Behav Sci. 2019;13(1). doi:10.5812/ijpbs.10161
119. Gast A, Mathes T. Medication adherence influencing factors - An (updated) overview of systematic reviews. Syst Rev. 2019;8(1). doi:10.1186/s13643-019-1014-8
120. Clyne W, McLachlan S, Mshelia C, et al. “My patients are better than yours”: Optimistic bias about patients’ medication adherence by Eeuropean health care professionals. Patient Prefer Adherence. 2016;10:1937-1944. doi:10.2147/PPA.S108827
121. Meddings J, Kerr EA, Heisler M, Hofer TP. Physician assessments of medication adherence and decisions to intensify medications for patients with uncontrolled blood pressure: Still no better than a coin toss. BMC Health Serv Res. 2012;12(1). doi:10.1186/1472-6963-12-270.
122. Bernell S, Howard SW. Use Your Words Carefully: What Is a Chronic Disease? Front Public Health. 2016;4. doi:10.3389/fpubh.2016.00159


Outros idiomas:







Como

Citar

Gonçalves, A. M. R. F., Campos, M. S. A., Menezes, L. A., Pereira, L. R. L.. BARREIRAS E FACILITADORES PARA ADESÃO À FARMACOTERAPIA EM DOENÇAS CRÔNICAS: UMA REVISÃO DE ESCOPO. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2023/Dez). [Citado em 07/10/2024]. Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/barreiras-e-facilitadores-para-adesao-a-farmacoterapia-em-doencas-cronicas-uma-revisao-de-escopo/19034?id=19034

Últimos

Artigos



Realização



Patrocínio