0043/2019 - Intersetorialidade na saúde do trabalhador: velhas questões, novas perspectivas?
Intersectoriality in worker health: old questions, new perspectives?
Autor:
• Selma Lancman - Lancman, S. - <lancman@usp.br>ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4094-5861
Coautor(es):
• Maria Teresa Bruni Daldon - Daldon, M.T.B. - <mtbdaldon@gmail.com>ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8110-3308
• Tatiana de Andrade Jardim - Jardim, TA - <tati.ajardim@usp.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1683-5550
• Thainá de Oliveira Rocha - Rocha, TO - <thaina.rocha@usp.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1692-1029
• Juliana de Oliveira Barros - Barros, J.O. - <juliana.obarros@usp.br>
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4453-7809
Resumo:
A construção da intersetorialidade em Saúde do Trabalhador (ST), apesar de fundamental, tem se mostrado como um desafio para este campo de saberes e práticas. Objetivo: apresentar e discutir como o conceito de intersetorialidade é tratado nas políticas públicas em ST - em quais contextos ele é empregado, como é definido e quais são as diretrizes para sua efetivação. Método: Pesquisa documental de abordagem qualitativa. Analisou-se documentos promulgados entre 1986 e 2015, acessados pelas bases de dados do Ministérios da Saúde, do Trabalho e da Previdência Social, além dos sites da FUNDACENTRO e da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). Resultados: Há uma clara liderança do setor saúde nos documentos que propõem a construção de intersetorialidade. Termos como ações integradas, articulação, diálogo e integração e, finalmente, intersetorialidade, foram sendo usados ora como sinônimos, ora como avanços conceituais, expressões genéricas, polissêmicas e supostamente consensuais. Conclusão: Apesar da evolução do conceito intersetorialidade nas políticas da área e da participação crescente dos diferentes setores nesta construção, observa-se serem poucas as proposições claras sobre a efetivação desta prática entre gestores e entre os trabalhadores que compõem o campo.Palavras-chave:
Saúde do Trabalhador; Intersetorialidade; Políticas Públicas de Saúde.Abstract:
The construction of intersectoriality in Worker Health (WH), although fundamental, has been shown as a challenge for this field of knowledge and practice. Objective: Present and discuss how the concept of intersectorality is addressed in WH public policies, in what contexts it is used, how it is defined and what are the guidelines for its implementation. Method: Qualitative documentary research. Documents promulgated between 1986 and 2015 were analyzed, accessed through the databases of the Ministries of Health, Labor and Social Security, as well as the websites of FUNDACENTRO and the National Association of Occupational Medicine (ANAMT). Results: There is clear leadership of the health sector in the documents that propose the construction of intersectoriality. Terms such as integrated actions, articulation, dialogue and integration, and finally, intersectoriality, were used one moment as synonyms, the next as conceptual advances, generic, polysemic and supposedly consensual expressions. Conclusion: In spite of the evolution of the intersectoriality concept in the policies of the area and the growing participation of the different sectors in this construction,it is observed that there are few clear propositions about the effectiveness of this practice among managers and among the workers that compose the field.