• Claudia Osorio da Silva - Osorio da Silva, C. - Universidade Federal Fluminense - <claudiaosorio@terra.com.br> +
Coautor(es):
• Tatiana Ramminger - Ramminger, T. - Barra do Pirai, RJ - Universidade Federal Fluminense (Volta Redonda) - <tatiramminger@gmail.com> +
Área Temática:
Saúde e Trabalho
Resumo:
Os estudos sobre a relação entre saúde e trabalho tendem a destacar seu viés negativo e patológico, como se o trabalho produzisse apenas adoecimento e alienação. Ao contrário, nossa proposta é pensar como o trabalho também pode produzir saúde. A partir do conceito de saúde de Canguilhem e das contribuições das chamadas “clínicas do trabalho”, queremos analisar a função do trabalho como operador de saúde. Canguilhem afirma que a saúde não é adaptativa, ou seja, não é um bem adaptar-se ao mundo, mas uma criação de normas de vida. Já as clínicas do trabalho nos fornecem ferramentas para nos aproximar do saber-fazer produzido pelos trabalhadores em seu cotidiano de trabalho, ou seja, de como os trabalhadores não apenas adaptam-se ao trabalho, mas o criam e recriam permanentemente. Sendo assim, podemos pensar no trabalho como operador de saúde quando há lugar para a criação coletiva e pessoal, bem como para o reconhecimento do trabalhador em sua atividade.
Palavras-chave:
saúde do trabalhador
trabalho
atividade
clínicas do trabalho
Abstract:
Studies on the relation between health and work tend to highlight its negative and pathological frame, as if work produced only sickness and alienation. On the opposite, our proposal is to think how work can also produce health. Departing from Canguillem‘s concept of health and from the contributions of the clinic of activity, we intend to analyze work as a health activator. Canguilhem affirms that health is not adaptive, i.e., it is not adapting well to the world, but the creation norms of life. And the work clinics provide tools to approach us to the know-do produced by workers in their daily work, that is, not only how workers adapt to work, but how they create and recreate it permanently Thus, we can think work as a health activator when there is room for collective and personal creation, as well as recognition of workers in their activity.
Studies on the relation between health and work tend to highlight its negative and pathological frame, as if work produced only sickness and alienation. On the opposite, our proposal is to think how work can also produce health. Departing from Canguillem‘s concept of health and from the contributions of the clinic of activity, we intend to analyze work as a health activator. Canguilhem affirms that health is not adaptive, i.e., it is not adapting well to the world, but the creation norms of life. And the work clinics provide tools to approach us to the know-do produced by workers in their daily work, that is, not only how workers adapt to work, but how they create and recreate it permanently Thus, we can think work as a health activator when there is room for collective and personal creation, as well as recognition of workers in their activity.
Osorio da Silva, C., Ramminger, T.. O trabalho como operador de saúde. Cien Saude Colet [periódico na internet] (2014/jan). [Citado em 23/12/2024].
Está disponível em: http://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/o-trabalho-como-operador-de-saude/14939?id=14939